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Insights sobre Alucinações Verbais Auditivas Através da Tecnologia Móvel

Estudo explora como dados móveis ajudam a entender alucinações auditivas verbais.

― 9 min ler


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Alucinações são experiências onde a pessoa percebe algo que na verdade não tá lá. Um tipo disso é alucinações auditivas, onde a galera pode ouvir sons ou vozes sem ter uma fonte externa. Alucinação Verbal Auditiva (AVA) se refere especificamente à experiência de ouvir vozes quando ninguém tá falando. Esse fenômeno é comum entre pessoas diagnosticadas com problemas de saúde mental, como transtorno bipolar e esquizofrenia.

Importância da Valência nas Alucinações Verbais Auditivas

Pra entender melhor a AVA, a gente olha pra natureza das vozes-são negativas ou positivas? Essa parte é chamada de "valência." Avaliar como as pessoas se sentem em relação às vozes que ouvem pode dar uma ideia da gravidade das suas condições de saúde mental. Nesse estudo, trabalhei com 435 pessoas que relataram ter AVA. Esses participantes compartilharam informações sobre suas experiências através de um aplicativo, avaliando como se sentiam em relação às vozes que ouviam várias vezes por dia durante um mês.

Como Coletamos Dados

Os participantes recebiam lembretes no celular quatro vezes ao dia, perguntando sobre a natureza das vozes que ouviam. Eles podiam escolher de "nem um pouco" até "extremamente." Esse método, conhecido como Avaliação Ecológica Momentânea (AEM), permitiu a gente coletar dados em tempo real. Além dessas autoavaliações, os participantes gravaram diários em áudio onde expressavam verbalmente o que estavam vivendo.

A gente também coletou dados adicionais através de Sensoriamento Móvel, que incluía informações sobre o ambiente e comportamentos dos participantes sem precisar que eles interagissem ativamente. Usando vários recursos coletados pelos dispositivos móveis, conseguimos analisar a relação entre esses fatores e a ocorrência de AVA.

Nossa Abordagem de Previsão

Queríamos entender quão bem as informações coletadas dos diários em áudio e do sensoriamento móvel podiam prever a ocorrência e a natureza das alucinações verbais auditivas. Usando técnicas avançadas em aprendizado de máquina e fusão de dados, construímos um modelo que podia prever a valência das vozes baseado nos dados coletados. Nosso modelo neural alcançou uma pontuação de top-1 de 54% e uma pontuação de top-2 de 72% ao prever a natureza das vozes alucinatórias.

A Prevalência das Alucinações Verbais Auditivas

As alucinações verbais auditivas não são incomuns. Pesquisas mostram que entre 5% a 28% da população geral experienciam AVA em algum momento. Embora essas experiências estejam frequentemente associadas a doenças mentais graves como esquizofrenia, muitos que ouvem vozes podem não se encaixar nos critérios para um transtorno psicótico.

É fundamental distinguir entre indivíduos que podem precisar de cuidados clínicos e aqueles que não precisam. Algumas pessoas conseguem lidar com suas experiências sem ajuda profissional, enquanto outras podem precisar de um suporte mais intenso. Essa variação nas experiências torna crucial o estudo mais aprofundado da AVA.

Sensoriamento Móvel como Ferramenta

A tecnologia móvel se tornou um recurso chave para monitorar a saúde mental. Esses dispositivos podem coletar dados passivamente sobre o ambiente e comportamentos dos indivíduos, permitindo que pesquisadores identifiquem sinais precoces de problemas de saúde mental como ansiedade ou depressão. A variedade de sensores em smartphones possibilita uma ampla Coleta de Dados, desde rastrear localização até medir respostas fisiológicas como frequência cardíaca.

A gente também usou aplicativos móveis pra facilitar o processo de AEM, incentivando os participantes a responderem perguntas sobre suas experiências atuais. A natureza em tempo real dessa abordagem ajuda a capturar dados mais precisos em comparação com métodos tradicionais.

Linguagem e Saúde Mental

O uso da linguagem tem sido um assunto de grande interesse em relação à saúde mental. Pesquisadores descobriram que aspectos sutis da linguagem cotidiana podem indicar problemas de saúde mental subjacentes. Certos marcadores linguísticos podem prever a probabilidade de psicose, e alucinações auditivas estão entre os principais sintomas da psicose.

Avanços recentes em processamento de linguagem natural abriram novas possibilidades pra analisar padrões de fala e detectar sinais precoces de alucinações auditivas. Ao examinar como as pessoas falam sobre suas experiências, conseguimos obter insights valiosos sobre sua saúde mental.

Nossos Objetivos de Pesquisa

Nosso objetivo principal era avaliar a valência das alucinações verbais auditivas. Queríamos entender se as vozes eram principalmente negativas, o que poderia indicar um maior risco de episódios psicóticos severos. Nossa pesquisa visa mostrar como a tecnologia móvel pode ser usada efetivamente na avaliação da saúde mental, especialmente relacionada à AVA.

Metodologia do Estudo

Trabalhamos com indivíduos que relataram ouvir vozes e coletamos dados através de AEM e diários em áudio. Os participantes receberam instruções sobre como usar o aplicativo e quais dados seriam coletados durante o estudo. Os dados incluíam tanto auto-relatos quanto informações coletadas passivamente, permitindo examinar como diferentes variáveis poderiam se relacionar às experiências de AVA.

Processo de Coleta de Dados

Os participantes acessaram o estudo através de um anúncio online. Eles passaram por um processo de triagem pra garantir que atendessem a critérios específicos relacionados à experiência de alucinações verbais auditivas. Os elegíveis foram guiados na instalação do nosso aplicativo móvel, onde forneceram seu consentimento e foram informados sobre os dados que seriam coletados.

Demografia dos Participantes

No total, 435 indivíduos participaram do nosso estudo. A maioria dos participantes era feminina, e uma parte significativa tinha entre 25 e 50 anos. Pedimos aos participantes que relatassem qualquer diagnóstico de saúde mental pra entender melhor a população que estávamos estudando.

Avaliação Ecológica Momentânea (AEM)

O processo de AEM foi central pro nosso estudo. Os participantes recebiam lembretes no celular, perguntando se estavam ouvindo vozes no momento. Se respondessem "sim," perguntas de acompanhamento avaliavam a valência, intensidade, controle sobre as vozes, e o poder que percebiam ter. Os dados coletados através dessas perguntas formaram a base da nossa análise.

Dados Ativos vs. Passivos

Nosso estudo utilizou métodos de coleta de dados tanto ativos quanto passivos. Os dados ativos vinham dos diários em áudio que os participantes gravaram quando solicitados pela AEM. Os participantes podiam descrever suas experiências de AVA em detalhes. Os dados passivos, por outro lado, incluíam informações dos sensores coletadas em segundo plano enquanto os participantes usavam seus dispositivos móveis.

Diários em Áudio e Seu Papel

Quando os participantes relataram uma experiência de AVA, eles tinham a opção de gravar um diário em áudio explicando o que ouviram. Essas gravações foram transcritas e analisadas pra obter insights mais profundos sobre a natureza das vozes. Ao combinar dados dos diários em áudio com as respostas da AEM, buscamos estabelecer uma imagem mais clara das experiências de cada participante.

Dados de Sensoriamento Passivo

Nosso aplicativo móvel também coletou dados de sensoriamento passivo enquanto os participantes usavam seus dispositivos. Esses dados capturaram informações contextuais, como localização, uso do celular e conversas ao redor. Os dados de sensoriamento serviram como uma camada adicional de informação pra correlacionar com as experiências auto-relatadas de AVA.

Análise de Dados e Treinamento de Modelos

Depois de coletar os dados, partimos pra fase de análise, onde treinamos vários modelos usando os conjuntos de recursos coletados. Nossa abordagem envolveu gerar recursos auditivos a partir dos diários em áudio, extrair recursos textuais usando tecnologia de reconhecimento de fala, e transformar dados de sensoriamento passivo pra torná-los adequados ao aprendizado de máquina.

Aplicamos técnicas avançadas como aprendizado por transferência pra aprimorar o desempenho do nosso modelo. Usando modelos pré-treinados existentes, conseguimos melhorar as capacidades da nossa rede neural em prever a valência das alucinações verbais auditivas.

Resultados da Pesquisa

Nossos resultados revelaram que um modelo híbrido que combinava recursos dos diários em áudio, transcrições de texto, e dados de sensoriamento passivo teve o melhor desempenho ao prever eventos de AVA. O modelo alcançou uma pontuação de 54% para previsões top-1 e 72% para previsões top-2, indicando a eficácia da abordagem integrada.

Implicações do Estudo

Nossas descobertas sugerem que aplicativos móveis poderiam ser instrumentais para profissionais de saúde monitorarem pacientes com AVA. Essas ferramentas poderiam permitir avaliações contínuas dos eventos de alucinações auditivas, dando uma ideia da gravidade e da ocorrência ao longo do tempo. Ao oferecer uma plataforma pra atualizações regulares, tanto pacientes quanto profissionais podem reagir rapidamente a mudanças na saúde mental.

Abordando Questões de Privacidade

Com o aumento da coleta de dados móveis vem a responsabilidade de priorizar a privacidade e segurança dos dados dos participantes. Uma solução potencial é limitar o acesso aos dados brutos, garantindo que informações sensíveis fiquem nos dispositivos dos participantes. Ao conduzir as análises necessárias localmente através de modelos no dispositivo, podemos minimizar o risco de os dados serem mal utilizados ou compartilhados de forma inadequada.

Estudos Relacionados

Nossa pesquisa se alinha com outros estudos que enfatizam os benefícios das tecnologias móveis no monitoramento da saúde mental. Vários estudos demonstraram o valor dos dados passivos na identificação de sinais de ansiedade, depressão, e outras condições de saúde mental. Usando abordagens baseadas em AEM, pesquisadores capturaram com sucesso dados em tempo real, levando a avaliações mais precisas dos estados mentais.

Conclusão

Em resumo, nosso estudo mostra o potencial da tecnologia móvel em entender e avaliar alucinações verbais auditivas. Ao integrar dados auto-relatados com sensoriamento passivo, conseguimos criar uma visão abrangente de indivíduos que experienciam AVA. Esperamos que essa pesquisa abra caminho para estratégias de monitoramento e intervenção mais eficazes na saúde mental, melhorando a qualidade de vida de quem enfrenta esses desafios.

Fonte original

Título: Using Mobile Data and Deep Models to Assess Auditory Verbal Hallucinations

Resumo: Hallucination is an apparent perception in the absence of real external sensory stimuli. An auditory hallucination is a perception of hearing sounds that are not real. A common form of auditory hallucination is hearing voices in the absence of any speakers which is known as Auditory Verbal Hallucination (AVH). AVH is fragments of the mind's creation that mostly occur in people diagnosed with mental illnesses such as bipolar disorder and schizophrenia. Assessing the valence of hallucinated voices (i.e., how negative or positive voices are) can help measure the severity of a mental illness. We study N=435 individuals, who experience hearing voices, to assess auditory verbal hallucination. Participants report the valence of voices they hear four times a day for a month through ecological momentary assessments with questions that have four answering scales from ``not at all'' to ``extremely''. We collect these self-reports as the valence supervision of AVH events via a mobile application. Using the application, participants also record audio diaries to describe the content of hallucinated voices verbally. In addition, we passively collect mobile sensing data as contextual signals. We then experiment with how predictive these linguistic and contextual cues from the audio diary and mobile sensing data are of an auditory verbal hallucination event. Finally, using transfer learning and data fusion techniques, we train a neural net model that predicts the valance of AVH with a performance of 54\% top-1 and 72\% top-2 F1 score.

Autores: Shayan Mirjafari, Subigya Nepal, Weichen Wang, Andrew T. Campbell

Última atualização: 2023-04-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.11049

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.11049

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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