Falhas de Higiene em Hospitais Aumentam Riscos de Infecção
A falta de saneamento e higiene nas unidades de saúde aumenta as infecções.
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Índice
- Área do Estudo e Design
- Avaliação de Água, Saneamento e Higiene nas Unidades de Saúde
- Coleta de Amostras
- Manipulação e Transporte das Amostras
- Identificação de Bactérias
- Compreendendo a Resistência Antimicrobiana
- Garantia de Qualidade
- Análise de Dados
- Condições de WASH nas Unidades de Saúde
- Implicações de Práticas de Higiene Precárias
- Recomendações para Melhoria
- Conclusão
- Fonte original
As infecções que os pacientes pegam enquanto estão no hospital podem resultar em mais doenças, maior chance de morte e aumentar os custos da saúde devido a estadias mais longas. Essas infecções geralmente são causadas por germes que se tornaram resistentes a vários medicamentos. Todo ano, muitos recém-nascidos morrem por infecções, e uma boa parte desses casos acontece em hospitais, especialmente em países de baixa renda. Pesquisas mostram que os recém-nascidos em hospitais de nações mais pobres têm taxas de infecção muito mais altas do que aqueles em países mais ricos. Muitas dessas infecções ocorrem logo após o nascimento e têm germes que não respondem aos antibióticos comuns.
Condições ruins nos hospitais, como falta de Água limpa, Saneamento e Higiene, além de não seguir as regras de controle de infecções, podem piorar a situação. A superlotação nos hospitais aumenta o risco dessas infecções. Dados recentes indicam que cerca de 8% dos pacientes em enfermarias normais e mais da metade daqueles em unidades de terapia intensiva em áreas de baixa renda contraem infecções adquiridas no hospital. Em um estudo de um hospital na Etiópia, quase 1 em cada 5 pacientes teve uma infecção dessas. Em muitas unidades de saúde na África, os serviços básicos de saneamento e água são insuficientes, e isso é ainda pior em clínicas e centros menores.
Para melhorar a qualidade da saúde e prevenir esse tipo de infecção, é importante entender o quão comuns são os germes nocivos e quão resistentes eles são ao tratamento. Esse conhecimento ajudará a criar melhores serviços de água, saneamento e higiene (WASH) nas instituições de saúde.
Área do Estudo e Design
Essa avaliação foi feita em várias unidades de saúde em cidades das regiões de Oromia e SNNPR na Etiópia. O estudo analisou todos os tipos de unidades de saúde, incluindo hospitais, centros de saúde e postos de saúde que estavam operando durante a pesquisa.
Avaliação de Água, Saneamento e Higiene nas Unidades de Saúde
Para avaliar as condições de WASH, foi criada uma lista de verificação baseada em padrões globais para água e saneamento. Essa lista coletou informações sobre a limpeza das instalações, disponibilidade de água, áreas para lavar as mãos e métodos de descarte de resíduos. Além disso, diretrizes foram seguidas para verificar a adesão dos trabalhadores de saúde às regras de lavagem das mãos.
Coleta de Amostras
Amostras foram coletadas de superfícies em várias unidades de saúde para verificar a presença de germes nocivos. As superfícies incluíram camas, maçanetas e mesas. Amostras de água também foram coletadas de fontes usadas para lavagem e consumo nas unidades de saúde. Um total de 59 amostras de água e 90 swabs de superfícies foram coletados.
Manipulação e Transporte das Amostras
As amostras coletadas das superfícies foram armazenadas adequadamente para mantê-las seguras até chegarem ao laboratório. Uma vez lá, elas foram testadas para descobrir quais tipos de germes estavam presentes.
Identificação de Bactérias
As bactérias das amostras foram identificadas usando várias técnicas. Diferentes tipos de meios de cultura foram usados para cultivar as bactérias, e suas características foram examinadas para classificá-las corretamente.
Compreendendo a Resistência Antimicrobiana
Testes foram realizados para ver como as bactérias reagiam a diferentes antibióticos. O método de difusão em disco de Kirby-Bauer foi o principal utilizado. Esse método verifica como diferentes antibióticos podem matar ou inibir o crescimento de bactérias.
Garantia de Qualidade
Para garantir a precisão dos resultados, todos os materiais usados para os testes foram comparados com cepas padrão de qualidade de bactérias. Essa etapa ajuda a confirmar que os testes realizados são confiáveis.
Análise de Dados
Os dados coletados das avaliações foram analisados usando software para entender quantos tipos diferentes de bactérias foram encontrados e quão resistentes eram aos antibióticos.
Condições de WASH nas Unidades de Saúde
A avaliação mostrou que muitas unidades de saúde não tinham água limpa, banheiros adequados ou boas medidas de prevenção de infecções. As observações indicaram que as práticas de higiene das mãos entre os trabalhadores de saúde eram bem baixas. Em algumas áreas, menos de 5% dos trabalhadores de saúde estavam cumprindo as regras de higiene das mãos.
A partir dos swabs de superfícies e amostras de água, diferentes bactérias foram identificadas, com Staphylococcus, E. coli, e Klebsiella sendo as mais comuns. Essas bactérias costumavam ser encontradas em áreas de alto risco, como salas de cirurgia e unidades neonatais, representando uma ameaça significativa para os pacientes.
Implicações de Práticas de Higiene Precárias
A falta de WASH e higiene adequados nas unidades de saúde pode levar a taxas mais altas de infecção. Estudos mostraram que instalações de WASH inadequadas podem afetar significativamente a segurança dos pacientes e levar a piores resultados de saúde. Por exemplo, muitas das bactérias encontradas eram conhecidas por causar infecções graves, especialmente em recém-nascidos.
Recomendações para Melhoria
Para reduzir o risco de infecções, é essencial investir em melhores sistemas de abastecimento de água e serviços de saneamento nas unidades de saúde. Garantir que os trabalhadores de saúde tenham acesso a água limpa e sabão para lavar as mãos é crítico. Treinar a equipe sobre medidas adequadas de controle de infecções e fornecer as ferramentas necessárias, incluindo desinfetantes, deve ser uma prioridade.
Mudanças de comportamento também são necessárias; os trabalhadores de saúde precisam ser incentivados a priorizar práticas de higiene para proteger a si mesmos e seus pacientes. Além disso, deve haver um foco no uso responsável de antibióticos para combater a resistência.
Conclusão
A situação em muitas unidades de saúde, especialmente em países de baixa renda, é alarmante. Práticas de higiene deficientes e saneamento inadequado aumentam o risco de infecções, especialmente em populações vulneráveis como os recém-nascidos. As descobertas ressaltam a necessidade urgente de melhorar as condições de WASH nas unidades de saúde para garantir a segurança do paciente e oferecer uma qualidade melhor de atendimento. Para o futuro, é vital que os sistemas de saúde priorizem investimentos em água limpa, saneamento e higiene para combater a persistente questão das infecções adquiridas em hospitais e proteger a saúde dos pacientes.
Título: Water, sanitation, and hygiene in selected health facilities in Ethiopia: risks for healthcare acquired antibiotic resistant infections
Resumo: BackgroundInadequate water, sanitation and hygiene (WASH) in health facilities and the low adherence to infection control protocols can increase the risk of hospital-acquired (nosocomial) infections, which in turn can increase morbidity and mortality, health care cost, but also contribute to increased microbial resistance. ObjectivesThe study aimed to assess WASH facilities and practices, and levels of nosocomial pathogens in surface and water samples collected from selected health facilities in Oromia Region and Southern, Nations and Nationalities and Peoples Region (SNNPR). MethodsWASH in health care facilities in Bulle and Doyogena (SNNPR) and Bidre (Oromia) were assessed through interviews and direct observations (n= 26 facilities). Water and surface samples were collected from major hospitals and health centers. A total of 90 surface swabs and 14 water samples were collected from which a number of bacteria (n=224) were identified, characterized and tested for antimicrobial susceptibility. ResultsWater supply, toilet facilities, and waste management procedures were suboptimal. Only 11/26 of the health facilities had access to water at the time of the survey. The lowest hand-hygiene compliance was for Bidre (4%), followed by Doyogena (14%), and Bulle (36%). Over 70% of the identified bacteria were from four categories: Staphylococcus spp, Bacillus spp, E. coli, and Klebsiella spp. These bacteria were also found in high risk locations including neonatal intensive care units, delivery and surgical rooms. Antimicrobial susceptibility was detected in [≥] 50% of the isolates for penicillin, cefazolin, ampicillin, oxacillin, and cotrimoxazole, and [≥] 50% of the isolates displayed multi-drug resistance. ConclusionInvesting in WASH infrastructures, promotion of handwashing practices, implementing infection prevention and control (IPC) measures and antibiotic stewardship is critical to ensure quality care in these settings.
Autores: Kaleab Baye, T. Bekele, A. Assefa, L. Verstraete, A. F. Desta, T. Al-Mulla, K. Goyol
Última atualização: 2023-07-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.12.23292549
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.12.23292549.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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