Máquinas Aprendendo Palavras: Novas Ideias do MEWL
Um novo teste mede como as máquinas aprendem palavras como as crianças.
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Índice
Aprender novas palavras é uma parte crucial do crescimento. As crianças parecem pegar o significado de novas palavras rápido, mesmo ouvindo elas só algumas vezes. Essa habilidade de aprender palavras rápido é chamada de "fast mapping". Essa competência ajuda as crianças a entender o mundo ao seu redor e a se comunicar melhor. Apesar das melhorias na tecnologia e pesquisa, ainda não temos um jeito claro de ver como as máquinas, tipo os computadores, aprendem palavras de um jeito parecido com os humanos.
Esse artigo apresenta um novo parâmetro chamado MEWL, que testa como as máquinas aprendem palavras olhando para imagens e entendendo o contexto. O parâmetro inclui tarefas que se relacionam de perto com a forma como as crianças aprendem, focando em habilidades importantes como raciocínio em diferentes situações e captar significados baseados em dicas sociais.
Por que Aprender Palavras é Importante
Aprender palavras é um dos primeiros passos no desenvolvimento cerebral de uma criança. Isso fundamenta habilidades futuras como reconhecer diferentes tipos de objetos, formar ideias gerais e desenvolver a linguagem. As crianças são incríveis nisso. Elas conseguem aprender cerca de doze novas palavras por dia até os oito anos de idade.
Por exemplo, se uma criança vê um objeto novo chamado "daxy", ela pode chutar que se refere a uma cor, baseado no contexto, já que elas viram outros objetos coloridos antes. Essa rápida compreensão dos significados das palavras, mesmo com alguma incerteza, mostra como as crianças usam as informações ao redor delas para aprender de forma eficaz.
O Desafio para as Máquinas
As máquinas, por outro lado, não aprendem palavras da mesma forma. Embora tenhamos avançado um pouco em aprendizagem de máquina, muitos modelos existentes ainda lutam com tarefas que exigem que elas aprendam significados a partir do contexto, especialmente quando a informação é ambígua. Portanto, precisamos de uma forma de testar quão bem as máquinas podem aprender palavras como os humanos.
O Parâmetro MEWL
Para lidar com essa lacuna, criamos o parâmetro MEWL. Esse parâmetro ajuda a avaliar como as máquinas aprendem palavras em contextos visuais. O objetivo é ver se as máquinas podem usar técnicas parecidas com as usadas pelos humanos, como entender significados das palavras através do raciocínio em várias situações e usar dicas sociais para aprender de forma eficaz.
O parâmetro MEWL inclui nove tarefas projetadas para examinar essas habilidades. Cada tarefa é cuidadosamente feita para refletir o que as crianças conseguem fazer no seu processo de aprendizado de palavras, junto com teorias de estudos sobre desenvolvimento infantil.
Principais Estratégias de Aprendizagem em Crianças
As crianças aprendem palavras usando várias estratégias:
Aprender em diferentes situações: As crianças percebem como a mesma palavra é usada em vários contextos e usam essa informação para adivinhar significados.
Usar palavras conhecidas para aprender novas: As crianças frequentemente relacionam novas palavras com palavras que já conhecem. Por exemplo, se elas sabem o que é “carne”, podem chutar que uma nova palavra “dax” se refere a outro tipo de comida porque segue o mesmo padrão.
Entender o contexto social: As crianças muitas vezes contam com informações de adultos ou colegas ao aprender palavras. Se alguém aponta para um cubo azul e diz "cubo", a criança provavelmente entenderá que "cubo" se refere àquele objeto.
Como o MEWL Funciona
O parâmetro MEWL desafia tanto máquinas quanto humanos a aprender palavras baseadas em cenas visuais. Cada tarefa no parâmetro exige que o aprendiz (seja humano ou máquina) compreenda rapidamente o significado de novas palavras a partir do contexto.
Cada tarefa envolve um conjunto de imagens que fornecem contexto, junto com uma palavra nova ligada ao que é mostrado nas imagens. O aprendiz deve escolher a melhor opção entre várias, refletindo como as crianças descobrem significados a partir do mundo ao seu redor.
Estrutura das Tarefas
As nove tarefas no MEWL cobrem vários aspectos do aprendizado de palavras:
Nomeação básica: Identificar formas e suas palavras novas correspondentes.
Nomeação de atributos: Aprender a nomear cores baseando-se em pistas visuais.
Nomeação de material: Reconhecer diferentes materiais a partir de contextos dados.
Aprendizado situacional cruzado: Entender como as palavras se relacionam com objetos baseando-se em seus atributos.
Aprendizado baseado em sintaxe: Usar a estrutura das frases para inferir significados de novas palavras.
Aprendendo palavras relacionais: Entender palavras que descrevem a posição de objetos, como "esquerda" ou "direita."
Contagem: Aprender palavras associadas a números baseando-se na contagem dos objetos nas imagens.
Aprendizado pragmático: Usar gestos, como apontar, para entender a que objeto uma nova palavra se refere.
Construção complexa de palavras: Combinar palavras aprendidas para criar novas frases.
Testando Máquinas e Humanos
Para ver como as máquinas se saíram em comparação com os humanos, realizamos experimentos usando o parâmetro MEWL. Testamos tanto modelos multimodais (que podem processar texto e imagens) quanto modelos unimodais (que usam apenas texto).
Como as Máquinas se Desempenharam
Os resultados mostraram que a maioria das máquinas teve dificuldades com tarefas que eram simples para os humanos. Um modelo chamado Flamingo se saiu melhor entre os modelos multimodais, acertando cerca de 41% das respostas em comparação com os humanos, que acertaram cerca de 73%.
Outros modelos, especialmente os unimodais, foram um pouco melhores, mas ainda não replicaram a facilidade de aprendizado parecida com a humana. Por exemplo, o modelo BERT se saiu bem em algumas tarefas básicas, mas quando o assunto era entender relações complexas entre palavras, ele ficou devendo.
Desempenho Humano
Em uma comparação com as máquinas, os humanos mostraram capacidades mais fortes em reconhecer e aprender novas palavras. Eles se saíram especialmente bem em tarefas de nomeação simples baseadas em pistas visuais.
Interessantemente, tarefas que envolviam compreensão relacional ou prática foram mais desafiadoras para os humanos, mas eles ainda conseguiram alcançar um entendimento razoável através de suas estratégias de raciocínio.
Por que as Máquinas Têm Dificuldade Comparadas aos Humanos
A principal razão pela qual as máquinas acham difícil aprender palavras como os humanos é que frequentemente perdem o contexto social e o raciocínio complexo envolvido na aprendizagem de palavras humana.
Enquanto as máquinas podem "memorizar" padrões e reconhecer objetos com base em dados de treinamento, elas carecem da compreensão imaginativa e contextual que os humanos têm naturalmente. Quando os humanos ouvem uma nova palavra, eles utilizam toda a sua experiência de vida e conhecimento para encaixá-la em sua compreensão, enquanto as máquinas dependem apenas de seus dados de treinamento e algoritmos pré-definidos.
Direções Futuras
O parâmetro MEWL visa abrir caminho para criar máquinas que possam aprender palavras mais como os humanos. O objetivo é investigar como as máquinas podem ser treinadas para lidar com incertezas, entender dicas sociais e adotar estratégias de raciocínio que se alinhem de perto com a forma como as crianças aprendem.
Essa visão abre várias oportunidades de pesquisa. Por exemplo, como podemos melhorar as máquinas para que aproveitem dicas sociais e pragmáticas ao aprender palavras? O que podemos fazer para ajudar modelos de linguagem a aprender significados de forma semelhante a como as crianças expandem seu vocabulário?
Conclusão
A habilidade de aprender palavras rápido e intuitivamente é uma competência fundamental para os humanos e um bloco de construção essencial para uma comunicação eficaz e compreensão de conceitos.
Ao criar parâmetros como o MEWL, damos um passo significativo em entender melhor como as máquinas podem aprimorar seus processos de aprendizado para serem mais parecidas com os humanos. À medida que a tecnologia continua a evoluir, há uma necessidade crítica de mais exploração nesta área.
As percepções obtidas ao estudar o aprendizado de palavras das crianças podem servir como um guia para desenvolver modelos que não apenas aprendam de forma eficaz, mas também entendam o mundo de uma maneira mais centrada no ser humano.
Através de colaborações e pesquisas inovadoras, o futuro do aprendizado de máquina no contexto da aquisição de palavras similar à humana apresenta possibilidades empolgantes.
Título: MEWL: Few-shot multimodal word learning with referential uncertainty
Resumo: Without explicit feedback, humans can rapidly learn the meaning of words. Children can acquire a new word after just a few passive exposures, a process known as fast mapping. This word learning capability is believed to be the most fundamental building block of multimodal understanding and reasoning. Despite recent advancements in multimodal learning, a systematic and rigorous evaluation is still missing for human-like word learning in machines. To fill in this gap, we introduce the MachinE Word Learning (MEWL) benchmark to assess how machines learn word meaning in grounded visual scenes. MEWL covers human's core cognitive toolkits in word learning: cross-situational reasoning, bootstrapping, and pragmatic learning. Specifically, MEWL is a few-shot benchmark suite consisting of nine tasks for probing various word learning capabilities. These tasks are carefully designed to be aligned with the children's core abilities in word learning and echo the theories in the developmental literature. By evaluating multimodal and unimodal agents' performance with a comparative analysis of human performance, we notice a sharp divergence in human and machine word learning. We further discuss these differences between humans and machines and call for human-like few-shot word learning in machines.
Autores: Guangyuan Jiang, Manjie Xu, Shiji Xin, Wei Liang, Yujia Peng, Chi Zhang, Yixin Zhu
Última atualização: 2023-06-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.00503
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.00503
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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