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Abordando a Incontinência Urinária em Crianças Refugiadas

A incontinência urinária afeta crianças em campos de refugiados, impactando suas vidas profundamente.

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A incontinência urinária (IU) é quando a pessoa perde o controle da urina. Isso é um problema comum que afeta muita gente no mundo todo e pode impactar bastante a vida diária, a autoestima e a capacidade de socializar. As crianças, especialmente as de cinco a onze anos, costumam lidar com isso, e isso pode gerar sentimentos de vergonha e isolamento. Em campos de refugiados como os de Cox’s Bazar, em Bangladesh, as crianças com IU enfrentam dificuldades extras por causa dos recursos e das instalações limitadas.

O Impacto da Incontinência Urinária

Crianças e suas famílias que vivem com IU enfrentam vários desafios. Essa condição pode afetar a dignidade, a sensação de segurança e a qualidade de vida em geral. Para as crianças e os responsáveis, lidar com isso pode ser angustiante. Muitos cuidadores relatam se sentir envergonhados, ansiosos ou enojados quando a criança tem IU, e esses sentimentos podem criar tensões nas relações familiares.

O estigma social em torno da IU muitas vezes faz com que as crianças não discutam seus problemas com os outros. Esse isolamento pode piorar a angústia psicológica. As crianças podem evitar participar de atividades comunitárias, ir à escola ou até eventos familiares por medo de serem zombadas ou punidas por se molharem.

Crianças e Enurese

A enurese se refere a molhar a cama em crianças, o que é uma experiência comum para muitas delas de cinco a onze anos. Às vezes, as crianças se molham durante o dia também, o que é conhecido como incontinência social. Isso pode acontecer não porque elas não conseguem controlar a bexiga, mas porque não conseguem chegar ao banheiro a tempo.

A vergonha e a humilhação que podem acompanhar esses acidentes muitas vezes levam a impactos emocionais duradouros, fazendo com que as crianças se sintam inadequadas. Algumas crianças até enfrentam abuso verbal ou físico de cuidadores ou colegas, causando mais danos psicológicos. É fundamental entender essas experiências para oferecer o suporte necessário às crianças afetadas.

Desafios Enfrentados pelas Crianças

As crianças com IU enfrentam vários obstáculos em suas vidas diárias. Um problema significativo é a falta de banheiros adequados em campos de refugiados. Muitos banheiros ficam longe das áreas de moradia, não são bem iluminados, estão sujos ou são assustadores de usar, especialmente à noite. Essa distância pode fazer com que as crianças hesitem em ir ao banheiro quando precisam, resultando em acidentes.

Além disso, os banheiros disponíveis podem não ser projetados para crianças. Os banheiros de adultos podem ser grandes demais para as crianças usarem confortavelmente. A falta de instalações amigáveis para crianças torna ainda mais difícil para elas se aliviarem sem medo ou dificuldade.

Experiências nos Campos

Em situações como campos de refugiados, o estresse pode ser ainda maior. As crianças são especialmente vulneráveis e podem passar por traumas que contribuem para a IU. A falta de higiene e instalações sanitárias adequadas nessas áreas pode agravar o problema. As crianças podem até passar despercebidas quando têm IU, já que a condição geralmente é estigmatizada e não discutida abertamente.

Pesquisas em campos mostraram que muitas crianças lidam com a IU em silêncio, e o trauma de suas experiências pode levar a um aumento nas taxas de acidentes. Famílias nessas situações muitas vezes não conseguem encontrar os recursos que precisam para gerenciar a IU de forma eficaz. Essa falta de apoio pode gerar sentimentos de impotência e desespero tanto para as crianças quanto para os pais.

Experiências dos Participantes

Em um estudo sobre crianças com IU em campos de refugiados, muitos participantes compartilharam suas experiências. As crianças expressaram medo e vergonha associados ao fato de se molharem. Elas costumam se sentir angustiadas após um acidente, temendo punição ou bronca de seus cuidadores. Algumas crianças relataram punição física quando molhavam a cama ou as roupas, o que só aumentava seus sentimentos de vergonha.

Os cuidadores também lutam com a forma de gerenciar a IU de seus filhos. Muitos se sentem sobrecarregados pela necessidade de lavar roupas e lençóis sujos, pois lavar pode ser um grande fardo. A falta de recursos hídricos significa que os cuidadores muitas vezes têm que buscar água de longe, o que aumenta seu estresse. Eles podem se preocupar com a saúde de seus filhos e com a percepção da comunidade sobre sua família.

Percepções da Comunidade

Dentro das Comunidades, muitas vezes existem equívocos sobre a IU, já que muitos acreditam que é uma doença que precisa de tratamento. Alguns cuidadores buscam ajuda de curandeiros tradicionais ou líderes locais, acreditando que explicações espirituais ou sobrenaturais podem estar envolvidas. Essa perspectiva cultural pode dificultar que as crianças recebam o apoio médico de que precisam.

A falta de compreensão sobre a IU pode levar a mais estigmatização, dificultando que as famílias comuniquem suas necessidades de ajuda ou recursos. Esse ciclo de vergonha e medo torna difícil para os cuidadores buscarem assistência, levando a problemas contínuos na gestão da IU.

Recomendações para Melhoria

Tem algumas sugestões para melhorar a situação das crianças que enfrentam IU em campos de refugiados. Primeiro, melhorar o acesso a banheiros apropriados que sejam mais perto das áreas de moradia, bem iluminados e seguros pode fazer uma grande diferença. Melhorar o design das instalações sanitárias para torná-las amigáveis para crianças ajudaria a deixá-las mais confortáveis ao usá-las.

Fornecer recursos como roupas extras, produtos para limpeza e itens de higiene pode aliviar parte do fardo que os cuidadores enfrentam. Garantir que as famílias tenham acesso a água limpa para lavagem pode diminuir o estresse e ajudar a lidar com a IU.

Treinamento para cuidadores e membros da comunidade sobre como apoiar crianças com IU também pode ajudar a quebrar Estigmas. Educar a comunidade sobre a condição pode levar a uma maior compreensão e mais compaixão pelas crianças que enfrentam esses desafios.

Apoio às Crianças e Famílias

À medida que o mundo continua a sentir o impacto de conflitos e desastres naturais, a atenção deve se voltar para grupos vulneráveis como as crianças em situações de refugiados. Garantir que as crianças tenham acesso a necessidades básicas de saneamento deve ser uma prioridade. Criar sistemas e estruturas para apoiar crianças que enfrentam IU é essencial para melhorar suas vidas e bem-estar.

Programas que se concentram em melhorar as instalações sanitárias, fornecer recursos educacionais sobre IU e criar um ambiente comunitário de apoio beneficiarão significativamente essas crianças e suas famílias. Construir uma atmosfera de suporte encorajará as crianças a expressarem suas necessidades e preocupações livremente.

Conclusão

Em resumo, a incontinência urinária entre crianças em campos de refugiados é uma questão complexa que afeta profundamente suas vidas e a vida de seus cuidadores. O estigma associado à IU pode levar a sentimentos de isolamento e vergonha, dificultando que as famílias encontrem ajuda. Ao trabalharmos para melhorar as instalações sanitárias, fornecer os recursos necessários e educar as comunidades, podemos ajudar a aliviar os fardos enfrentados pelas crianças que vivem com IU em ambientes desafiadores.

Criar um ambiente de apoio onde as crianças se sintam seguras para compartilhar suas experiências e os cuidadores se sintam empoderados para buscar ajuda pode levar a melhores resultados para todos os envolvidos. Abordar a incontinência urinária com compaixão e compreensão pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas e suas famílias.

Fonte original

Título: Experiences of children's self-wetting (including incontinence) in Cox's Bazar's Rohingya refugee camps, Bangladesh

Resumo: Self-wetting, including incontinence, affects people of all ages, ethnicities, and cultural backgrounds, and can have a significant negative impact on quality of life. We thus explored the attitudes towards self-wetting and experiences of children (ages five to 11), their caregivers, and humanitarian experts in the Rohingya refugee camps in Coxs Bazar, Bangladesh. We purposively selected participants from two camps where our partner organisation, World Vision Bangladesh - Coxs Bazar, works. We conducted Key Informant Interviews (KIIs) with community members and camp officials, Story Book (SB) sessions with Rohingya children and in-depth Interviews (IDIs) with caregivers of children who participated in the SB sessions, as well as surveying the communal toilets used by children of the caregivers. Self-wetting was commonly seen among the children. Due to self-wetting, children were likely to feel embarrassed, upset and uncomfortable, and frightened to use the toilet at night; many also indicated that they would be punished by their caregivers for self-wetting. Key informants indicated that caregivers have difficulty handling childrens self-wetting because they have a limited amount of clothing, pillows, and blankets, and difficulty cleaning these items. In the sanitation survey it was evident that the toilets are not appropriate and/or accessible for children. Children in the Rohingya camps studied self-wet due to both urinary incontinence (when unable to reach a toilet in time) and because the sanitation facilities offered are inappropriate. They are teased by their peers and punished by their caregivers. The lives of children who self-wet in these camps could be improved by increasing awareness on self-wetting to decrease stigma and ease the concerns of caregivers, as well as increasing the number of toilets, ensuring they are well-lit, providing child-friendly toilets and cubicles, fixing the roads/paths that lead to sanitation to facilities and increasing the provision of relevant continence management materials.

Autores: Dani J Barrington, M. U. Alam, S. D. Gupta, C. Rosato-Scott, D. M. Shoaib, A. H. Ritu, R. Nowshin, M. A. Rahat, N. Akram, J. Rose, B. E. Evans

Última atualização: 2023-08-21 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.23294365

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.23294365.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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