Desafios de Viver com Esclerose Sistêmica
Uma olhada nos problemas de função física enfrentados por pacientes com esclerose sistêmica.
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Índice
- Desafios Comuns para os Pacientes
- Impacto nas Habilidades Físicas
- Fatores que Afetam a Função Física
- A Importância de Entender a Função Física
- Visão Geral do Estudo
- Quem Participou do Estudo?
- Avaliação da Função Física
- Resultados do Estudo
- Variações por País e Tipo de Doença
- Principais Descobertas sobre Fatores que Afetam a Função Física
- Dor e Seu Impacto
- Comparação com Outros Estudos
- Importância dos Resultados
- Necessidade de Estratégias de Manejo
- Forças e Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
Esclerose Sistêmica, também conhecida como esclerodermia, é uma doença rara e duradoura onde o sistema imunológico do corpo ataca suas próprias células. Isso causa danos nos pequenos vasos sanguíneos. O resultado é o espessamento ou endurecimento da pele e de outros órgãos como pulmões, estômago, rins e coração. Isso pode criar muitos desafios para as pessoas que têm a condição, tornando as atividades diárias mais difíceis e afetando a qualidade de vida.
Desafios Comuns para os Pacientes
Quem vive com esclerose sistêmica geralmente enfrenta várias dificuldades. Isso pode incluir habilidades físicas limitadas, problemas para respirar, questões estomacais, cansaço, Dor, problemas de sono e sentimentos de tristeza ou ansiedade. Eles também podem lidar com preocupações sobre a imagem corporal e incerteza sobre como a doença vai evoluir.
Impacto nas Habilidades Físicas
Pesquisas mostram que a Função Física de pessoas com esclerose sistêmica é frequentemente bem ruim. Por exemplo, um estudo revelou que a pontuação média de habilidades físicas em pessoas com a doença era bem mais baixa do que na população geral. Uma revisão separada que comparou pessoas com esclerose sistêmica a indivíduos saudáveis relatou resultados semelhantes, com pacientes pontuando muito mais baixo em medidas de função física.
Fatores que Afetam a Função Física
Só houve um grande estudo explorando os fatores que podem estar ligados à função física em quem tem esclerose sistêmica. Esse estudo analisou vários elementos como idade, espessura da pele (medida por uma escala específica), dor nas articulações, problemas estomacais, dificuldades respiratórias e outros sintomas. Destacou que muitos desses fatores foram relatados pelos próprios pacientes, ou seja, podiam ser influenciados por como eles se sentiam, e não por uma observação médica direta.
A Importância de Entender a Função Física
Para melhorar a vida das pessoas com esclerose sistêmica, é importante entender melhor suas habilidades físicas e os fatores que as afetam. Saber disso pode ajudar a criar melhores planos de manejo e tratamento focados em melhorar a qualidade de vida deles.
Visão Geral do Estudo
Um estudo recente analisou dados de um grande grupo de participantes com esclerose sistêmica de vários países. O objetivo era comparar suas pontuações de função física com as da população geral e identificar conexões entre a função física e vários fatores como idade, educação e sintomas específicos da doença.
Quem Participou do Estudo?
Os participantes incluíram indivíduos de sete países: Austrália, Canadá, França, México, Reino Unido, Estados Unidos e Espanha. Para participar do estudo, era necessário ter mais de 18 anos, falar inglês, francês ou espanhol e ser diagnosticado com esclerose sistêmica com base em certos critérios médicos.
Os dados foram coletados por meio de questionários online onde os participantes forneceram informações sobre seus antecedentes, hábitos e estado de saúde. As habilidades físicas deles foram avaliadas através de uma ferramenta de medição de saúde específica.
Avaliação da Função Física
O estudo usou um questionário para avaliar a função física, focando em como os participantes se sentiam sobre suas habilidades na semana anterior. As pontuações desse questionário foram comparadas com as médias da população geral. Uma pontuação acima de 45 indicava função normal, enquanto pontuações mais baixas mostravam diferentes graus de comprometimento.
Resultados do Estudo
Entre os 2.385 participantes, a pontuação média de função física foi de 43,7, que é menor do que a média da população geral. Os dados mostraram que um número significativo de participantes tinha limitações de leve a severa na função física.
Variações por País e Tipo de Doença
As pontuações médias variaram por país, mostrando diferentes níveis de função física com base na localização geográfica. Participantes diagnosticados com um certo subtipo de esclerose sistêmica tendiam a relatar pontuações de função física mais baixas em comparação com outros. No entanto, as pontuações eram semelhantes entre homens e mulheres.
Principais Descobertas sobre Fatores que Afetam a Função Física
O estudo analisou diferentes variáveis que podem impactar a função física. Idade mais avançada, ser mulher, menos educação e estar solteiro ou divorciado foram ligados a pontuações mais baixas. Escolhas de estilo de vida como fumar e consumir álcool também tiveram impacto, assim como o índice de massa corporal (IMC).
Quando olhamos especificamente para fatores relacionados à doença, vários elementos foram encontrados ligados a uma função física pior. Isso incluiu ter o subtipo difuso de esclerose sistêmica, problemas gastrointestinais, úlceras digitais, rigidez nas articulações, doenças pulmonares e certos tipos de hipertensão relacionados aos pulmões.
Dor e Seu Impacto
A dor foi examinada em detalhes porque pode afetar o quanto alguém funciona fisicamente. O estudo descobriu que uma maior intensidade da dor estava significativamente ligada a pontuações de função física mais baixas. Isso se alinha com achados anteriores que mostraram que muitos indivíduos com esclerose sistêmica lidam com altos níveis de dor e sua interferência na vida diária.
Comparação com Outros Estudos
Os achados desse estudo estavam alinhados com resultados de pesquisas anteriores sobre esclerose sistêmica e outras condições relacionadas. Outros estudos também mostraram pontuações de função física semelhantes entre pacientes com esclerose sistêmica e aqueles com doenças crônicas como artrite reumatoide ou lúpus.
Importância dos Resultados
Os resultados do estudo destacam os desafios enfrentados por indivíduos com esclerose sistêmica. Os muitos fatores diferentes que podem afetar a função física apontam para a necessidade de estratégias de manejo abrangentes. Alguns pacientes experimentam problemas de saúde sobrepostos, tornando ainda mais crítico encontrar opções de tratamento eficazes.
Necessidade de Estratégias de Manejo
Melhorar a função física em pessoas com esclerose sistêmica é vital. Pesquisas anteriores mostraram evidências limitadas sobre a eficácia da terapia de exercício para esses pacientes. Enquanto alguns testes mostraram efeitos positivos a curto prazo, os benefícios a longo prazo foram mínimos.
Programas de autogestão que ajudam pacientes a lidar com sua doença têm se mostrado úteis em outras condições. Pesquisas atuais incluem testes para explorar programas de autogestão adaptados para esclerose sistêmica.
Forças e Limitações do Estudo
As forças desse estudo incluem um grande tamanho de amostra de locais diversos e a participação de indivíduos com experiência em primeira mão da esclerose sistêmica. No entanto, algumas limitações existem. Como os participantes foram selecionados através de amostragem de conveniência, isso pode afetar a generalização dos achados. Além disso, a dependência dos pacientes para completar questionários online pode excluir alguns indivíduos e afetar a representação.
Conclusão
Em resumo, a função física entre aqueles com esclerose sistêmica é frequentemente significativamente prejudicada. Uma variedade de fatores, incluindo características da doença, idade, educação e escolhas de estilo de vida, podem influenciar as habilidades físicas. Identificar e abordar esses fatores é essencial para melhorar a qualidade de vida de quem vive com esclerose sistêmica. Pesquisas contínuas são necessárias para desenvolver estratégias que visem melhorar a função física e fornecer suporte mais eficaz para os pacientes.
Título: Factors Associated with Physical Function among People with Systemic Sclerosis: A Scleroderma Patient-centered Intervention Network (SPIN) Cohort Cross-sectional Study
Resumo: ObjectivesTo compare physical function in systemic sclerosis (SSc, scleroderma) to general population normative data and identify associated factors. MethodsScleroderma Patient-centered Intervention Network Cohort participants completed the Physical Function domain of the Patient-Reported Outcomes Measurement Information System Version 2 upon enrollment. Multivariable linear regression was used to assess associations of sociodemographic, lifestyle, and disease-related variables. ResultsAmong 2,385 participants, mean physical function T-score (43.7, SD = 8.9) was approximately 2/3 of a standard deviation (SD) below the US general population (mean = 50, SD = 10). Factors associated in multivariable analysis included older age (-0.74 points per SD years, 95% CI -0.78 to -1.08), female sex (-1.35, -2.37 to -0.34), fewer years of education (-0.41 points per SD in years, -0.75 to -0.07), being single, divorced, or widowed (-0.76, -1.48 to -0.03), smoking (-3.14, -4.42 to -1.85), alcohol consumption (0.79 points per SD drinks per week, 0.45 to 1.14), BMI (-1.41 points per SD, -1.75 to -1.07), diffuse subtype (-1.43, -2.23 to -0.62), gastrointestinal involvement (-2.58, -3.53 to -1.62), digital ulcers (-1.96, -2.94 to -0.98), moderate (-1.94, -2.94 to -0.93) and severe (-1.76, -3.24 to -0.28) small joint contractures, moderate (-2.10, -3.44 to -0.76) and severe (-2.54, -4.64 to -0.44) large joint contractures, interstitial lung disease (-1.52, -2.27 to -0.77); pulmonary arterial hypertension (-3.72, -4.91 to -2.52); rheumatoid arthritis (-2.10, -3.64 to -0.56) and idiopathic inflammatory myositis (-2.10, -3.63 to -0.56). ConclusionPhysical function is impaired for many individuals with SSc and associated with multiple disease factors. KEY MESSAGESO_LIIndividuals with systemic sclerosis (SSc) face many challenges that can impact their physical function C_LIO_LILevels of physical function in individuals with SSc are impaired compared to the general population C_LIO_LIMultiple disease factors are significantly associated with worse physical function in SSc C_LI
Autores: Brett Thombs, T. Dal Santo, D. B. Rice, M.-E. Carrier, G. Virgili-Gervais, B. Levis, L. Kwakkenbos, S. J. Bartlett, A. Gietzen, K. Gottesman, G. Guillot, M. Hudson, L. K. Hummers, V. L. Malcarne, M. D. Mayes, L. Mouthon, M. Richard, M. Sauv, R. K. Wojeck, M.-C. Geoffroy, A. Benedetti
Última atualização: 2023-08-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.23.23294495
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.23.23294495.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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