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# Biologia# Biofísica

Agrupamentos de Proteínas e Interações com Membranas

Estudo revela como as proteínas formam aglomerados perto das membranas.

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As proteínas nas células podem se comportar de formas interessantes quando estão perto de membranas. Esses comportamentos ajudam as proteínas a se reunir e reagir em áreas específicas da célula. Uma ideia chave é que, às vezes, as proteínas podem se juntar para formar aglomerados, mesmo quando não tem proteínas suficientes no líquido ao redor para isso.

O que é Separação de Fases?

Separação de fases é um processo onde substâncias se separam em diferentes fases, parecido com como óleo e água não se misturam. Nas células, isso pode acontecer de um jeito líquido, onde as proteínas se reúnem sem formar estruturas sólidas. Esse processo pode rolar em locais específicos, ajudando a localizer reações que são importantes para o funcionamento da célula.

Transição de Pré-Umidade Explicada

Quando as proteínas estão perto de uma superfície, como uma membrana, elas podem se comportar de forma diferente do que quando estão flutuando livremente na célula. O termo "pré-umidade" se refere a quando as proteínas começam a se reunir em uma superfície, mesmo que não tenha muitas delas por perto. É um pouco como uma esponja que consegue absorver água; as proteínas podem grudar na membrana e começar a formar aglomerados ou gotículas.

O Papel da Actina

A actina é uma proteína que ajuda a formar o esqueleto da célula. Ela pode interagir com outras proteínas para criar uma estrutura que suporta a forma e o movimento da célula. Quando a actina está presente, ela tende a influenciar como outras proteínas se comportam, especialmente no que diz respeito à criação desses aglomerados.

O Comportamento Dinâmico dos Aglomerados de Proteínas

Em sistemas vivos, os aglomerados de proteínas podem mudar rapidamente. Eles podem crescer, se desmanchar ou até mesmo se dissolver completamente. Pense neles como bolhas que podem se formar, crescer e estourar em um líquido. Essa natureza dinâmica é importante porque permite que as células se adaptem a diferentes situações.

Exemplos de Aglomerados de Proteínas em Ação

Pesquisadores observaram que em algumas células, como as de levedura e embriões, os aglomerados de proteínas podem se formar e se dissolver rapidamente. Por exemplo, no desenvolvimento inicial de uma célula-ovo, certos aglomerados de proteínas aparecem antes de se dissolverem rapidamente enquanto a célula se prepara para dividir. Essa mudança rápida ajuda as células a controlar seu ambiente interno para um melhor funcionamento.

Condensados Corticais em C. elegans

No verme C. elegans, durante a formação do embrião, muitos pequenos pontos cheios de uma proteína chamada N-WASP podem ser encontrados. Essas estruturas são ricas em proteínas que ajudam a criar uma rede de filamentos de actina. Essas redes são cruciais para a forma e os movimentos da célula.

Investigando Aglomerados de Proteínas no Laboratório

Para estudar como esses aglomerados de proteínas se formam, os pesquisadores criam ambientes especiais no laboratório que imitam as condições dentro de uma célula. Eles podem usar bicamadas lipídicas suportadas (SLBs) para replicar as superfícies da membrana com as quais as proteínas interagem.

Purificando Proteínas para Experimentos

Antes de observar como as proteínas se comportam, os cientistas primeiro precisam purificá-las. Purificar proteínas ajuda a garantir que os estudos estejam focados apenas nas proteínas de interesse, sem interferências de outras substâncias. Usando métodos como engenharia genética, os cientistas podem produzir grandes quantidades de proteínas específicas para seus experimentos.

Entendendo N-WASP e Separação de Fases

N-WASP é uma proteína que desempenha um papel essencial na ajuda à formação de filamentos de actina. Em experimentos de laboratório, os pesquisadores descobriram que N-WASP pode se acumular em membranas lipídicas, mesmo em concentrações mais baixas do que normalmente seriam necessárias para separação de fases. Isso significa que o N-WASP pode começar a formar aglomerados em superfícies antes de alcançar a concentração que normalmente se pensa ser necessária para esse comportamento.

Comportamento do N-WASP em Diferentes Condições

Os pesquisadores analisaram como o N-WASP se comporta sob diferentes concentrações de sal no laboratório. Eles descobriram que o N-WASP pode se aglomerar sem a ajuda de outras proteínas, indicando que ele tem uma forte tendência a formar essas estruturas por conta própria.

O Papel da Actina no Controle do Tamanho dos Aglomerados

Quando a actina está presente durante os experimentos com N-WASP, ela influencia o tamanho final dos aglomerados de N-WASP. A actina tende a limitar o quão grandes esses aglomerados podem ficar. À medida que os filamentos de actina crescem a partir desses aglomerados, eles também podem fazer com que os aglomerados se desmanchem.

Observando Características Líquidas dos Aglomerados de Proteínas

Em ambientes de laboratório, os cientistas notaram que os aglomerados de N-WASP exibiam características semelhantes a líquidos. Por exemplo, eles podiam se fundir e mudar de tamanho ao longo do tempo. Esse comportamento apoia a ideia de que esses aglomerados não são sólidos, mas sim mais fluidos, permitindo movimento e troca de componentes.

Imagem em Time-lapse para Estudar Dinâmicas

Usando técnicas de imagem em time-lapse, os pesquisadores puderam visualizar como os aglomerados de N-WASP se formaram e evoluíram ao longo do tempo. Isso envolveu observar quão rápido eles cresceram, como se combinaram entre si e como seu conteúdo mudou.

A Importância das Interações com a Membrana

A presença de uma membrana é crucial para a formação de aglomerados de N-WASP. Quando as proteínas interagem com as membranas, elas podem experimentar uma mudança significativa em como se comportam. O conceito de pré-umidade desempenha um papel aqui, já que as proteínas podem começar a se condensar na membrana, mesmo que a concentração ao redor não seja alta o suficiente para separação de fase em um fluido.

Entendendo Transições de Pré-Umidade

A transição de pré-umidade pode explicar como os aglomerados de proteínas se formam em uma superfície. Isso acontece de forma semelhante a como uma esponja absorve líquido; as proteínas podem se prender à membrana, e uma vez que atingem uma concentração crítica, começam a formar aglomerados.

Assinaturas de Pré-Umidade em Experimentos

Nos experimentos, os pesquisadores puderam ver sinais claros de transições de pré-umidade ao observar como as proteínas N-WASP se acumulavam nas SLBs ao longo do tempo. Inicialmente, as proteínas se ligavam individualmente, mas com o tempo, aglomerados distintos se tornaram aparentes. Essa transição foi rápida e destacou o papel chave da membrana em ajudar na formação de aglomerados.

Actina e Seus Efeitos Contrapostos

Enquanto os aglomerados de N-WASP podem se formar e ajudar a iniciar a polimerização da actina, a presença de actina também pode inibir ou reverter a formação de aglomerados. Isso significa que, à medida que as fibras de actina crescem, elas podem desestabilizar os aglomerados de N-WASP, levando a mudanças em como essas proteínas interagem entre si e com a membrana.

Medindo o Impacto da Actina no N-WASP

Os pesquisadores testaram como a actina afeta o N-WASP olhando para as duas proteínas juntas em experimentos de laboratório. Eles descobriram que, quando a actina e o N-WASP estão presentes, o tempo e a maneira como os aglomerados se formam mudam significativamente em comparação com experimentos que envolvem apenas N-WASP.

Mudando a Estrutura do Cortéx de Actina

A estrutura formada por filamentos de actina, conhecida como cortéx de actina, pode variar muito com base em como a actina é nucleada. Quando os filamentos de actina crescem a partir de aglomerados de N-WASP, podem criar uma estrutura diferente de quando a actina se forma sem esses aglomerados. Isso destaca a importância do N-WASP na modelagem da arquitetura da célula.

Comparando Estruturas do Cortéx

Experimentos mostraram que ter o N-WASP presente durante a formação de actina leva a uma estrutura mais agrupada, comparado à densa malha que se forma sem o N-WASP. Isso sugere que a condensação por pré-umidade do N-WASP pode ajudar a criar um citoesqueleto mais organizado e funcional.

Conclusão: Entendendo o Comportamento das Proteínas nas Células

O estudo de como proteínas como a N-WASP se comportam perto de membranas oferece insights valiosos sobre a complexa natureza das reações bioquímicas dentro das células. Ao observar como essas proteínas formam aglomerados e interagem com outros componentes como a actina, os pesquisadores podem entender melhor a mecânica da estrutura e função celular.

O Papel da Pré-Umidade e Dinâmicas da Actina

As descobertas sugerem que as transições de pré-umidade e a dinâmica da actina influenciam significativamente o comportamento dos aglomerados de proteínas, que por sua vez moldam a arquitetura e a função celular. Esse conhecimento não apenas amplia nossa compreensão sobre processos biológicos básicos, mas pode também ter implicações em áreas como biologia do desenvolvimento e entendimento de doenças.

Fonte original

Título: Actin polymerization counteracts prewetting of N-WASP on supported lipid bilayers

Resumo: Cortical condensates, transient punctate-like structures rich in actin and the actin nucleation pathway member N-WASP, form during activation of the actin cortex in the C. elegans oocyte. Their emergence and spontaneous dissolution is linked to a phase separation process driven by chemical kinetics. However, the physical process that drives the onset of cortical condensate formation near membranes remains unexplored. Here, using a reconstituted phase separation assay of cortical condensate proteins, we demonstrate that the key component, N-WASP, can collectively undergo surface condensation on supported lipid bilayers via a prewetting transition. Actin partitions into the condensates, where it polymerizes and counteracts the N-WASP prewetting transition. Taken together, the dynamics of condensate-assisted cortex formation appear to be controlled by a balance between surface-assisted condensate formation and polymer-driven condensate dissolution. This opens new perspectives for understanding how the formation of complex intracellular structures is affected and controlled by phase separation.

Autores: Stephan W Grill, T. Wiegand, J. Liu, A. W. Fritsch, L. Vogeley, I. Luvalle-Burke, J. Geisler, A. A. Hyman

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.14.589463

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.14.589463.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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