Entendendo as Consultas Médicas Compartilhadas para Condições Crônicas
Uma visão geral das Consultas Médicas Compartilhadas e seu impacto no cuidado ao paciente.
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Índice
As Consultas Médicas Compartilhadas (CMCs) são um jeito de cuidar da saúde em que pacientes com problemas de saúde de longo prazo se reúnem com o médico em grupo. Essas consultas normalmente duram entre 60 a 120 minutos e podem ter não só médicos, mas também enfermeiros, farmacêuticos e psicólogos. O objetivo das CMCs é melhorar o cuidado de pacientes que geralmente têm várias condições de saúde.
Como Funcionam as CMCs
Em uma CMC típica, um grupo de cerca de 6 a 15 pacientes com condições de saúde parecidas se encontra. Eles têm tempo pra fazer perguntas e aprender sobre sua saúde durante a sessão. Embora as CMCs mantenham algumas partes das consultas tradicionais-como exames e revisões personalizadas dos registros médicos-o formato em grupo permite que os pacientes aprendam uns com os outros e compartilhem experiências. Elas têm sido usadas para várias questões de saúde, incluindo diabetes, pressão alta e dor crônica.
Benefícios das CMCs
Pesquisas mostram que tanto pacientes quanto médicos costumam ver as CMCs de forma positiva. Os pacientes relatam se sentir mais seguros em gerenciar sua saúde, enquanto os profissionais de saúde veem as CMCs como uma maneira mais eficiente de prestar atendimento. No entanto, estudos anteriores mostraram resultados mistos em relação à eficácia das CMCs. Alguns pacientes nos grupos de CMCs mostraram melhorias em certos marcadores de saúde, como níveis de açúcar no sangue e pressão arterial, em comparação com aqueles que receberam cuidados normais um-a-um.
Pesquisa sobre CMCs
Uma revisão importante focou nos efeitos das CMCs em pacientes com condições de saúde de longa duração, analisando Resultados de Saúde e o uso de serviços de saúde. As principais perguntas que foram feitas eram se as CMCs levam a melhores resultados de saúde para os pacientes e se elas reduzem o número de serviços de saúde utilizados.
Parâmetros do Estudo
A revisão incluiu vários estudos, coletando dados de ensaios realizados entre 2013 e 2020. Os pesquisadores garantiram que esses estudos seguissem certos critérios, focando especificamente em CMCs onde cada paciente ainda recebia um tempo individual com o médico.
Coletando Evidências
Para encontrar ensaios relevantes, os pesquisadores usaram uma estratégia de busca abrangente. Eles procuraram estudos em bancos de dados médicos, coletando dados tanto de estudos novos quanto de mais antigos, examinando referências em pesquisas anteriores. Cada ensaio elegível foi cuidadosamente selecionado e analisado quanto à qualidade e relevância.
Entendendo os Resultados
Os estudos analisados incluíram uma variedade de pacientes, sendo que a diabetes era a condição de longo prazo mais comum. Muitos dos ensaios de pesquisa ocorreram nos Estados Unidos, com alguns realizados em outros países.
Principais Descobertas
Quando se olhou para indicadores de saúde como níveis de açúcar no sangue e pressão arterial, algumas melhorias foram notadas em pacientes que participaram das CMCs em comparação com o atendimento tradicional. No entanto, não houve diferenças significativas em visitas ao hospital ou uso de emergência entre aqueles nas CMCs e aqueles no atendimento padrão.
Medidas Psicológicas e de Qualidade de Vida
A revisão também considerou como as CMCs afetaram a qualidade de vida dos pacientes e a satisfação em relação ao atendimento de saúde. Alguns estudos descobriram que pacientes em ambientes de CMC relataram uma qualidade de vida melhor do que aqueles que receberam o atendimento habitual. Contudo, os achados sobre autoeficácia-que é a confiança em gerenciar a própria saúde-eram mistos, sem claras vantagens para os participantes das CMCs.
Custos e Uso de Recursos
A Análise de Custos relacionadas às CMCs foi limitada, mas variada. Alguns ensaios sugeriram que as CMCs poderiam ser mais caras de realizar, enquanto outros mostraram economia em comparação com o atendimento regular. A inconsistência nesses achados torna difícil tirar conclusões firmes sobre as implicações financeiras das CMCs.
Limitações das Evidências Atuais
Embora essa revisão ofereça insights valiosos, tem limitações. Um grande desafio é que muitos estudos não reportaram detalhes suficientes sobre como as CMCs foram conduzidas. Essa falta de informação pode dificultar a compreensão de quais aspectos das CMCs contribuem para sua eficácia.
Além disso, a maioria dos estudos avaliou pacientes com condições crônicas como diabetes. Os resultados podem não se aplicar a pacientes com outras condições. Também há a preocupação de que os estudos muitas vezes não incluíram um suficiente controle de cegamento, o que poderia afetar os resultados.
Direções para Pesquisas Futuras
Pra melhorar o entendimento das CMCs, pesquisas futuras devem buscar unificar as medidas de resultados entre os estudos. Isso significa que todos os ensaios devem relatar os mesmos tipos de resultados, como atividade física e satisfação do paciente, pra facilitar comparações. Estabelecer um conjunto padrão de resultados para CMCs poderia facilitar avaliações mais confiáveis.
Além disso, examinar o papel de vários profissionais de saúde envolvidos nas CMCs pode fornecer insights sobre o que faz essas consultas serem bem-sucedidas. Entender como as CMCs podem se integrar nas práticas de saúde padrão também é essencial, especialmente porque alguns relatos sugerem que elas são usadas junto com consultas normais ao invés de substituí-las.
Conclusão
As Consultas Médicas Compartilhadas oferecem um jeito único de prestar atendimento de saúde a indivíduos com condições de longo prazo. Embora ofereçam alguns benefícios, especialmente em relação à confiança dos pacientes e aprendizado em grupo, mais pesquisas são necessárias pra entender completamente sua eficácia e impacto potencial nos serviços de saúde. Garantir que estudos futuros sejam bem planejados e forneçam detalhes completos contribuirá pra melhores resultados para os pacientes e uma visão mais clara de como as CMCs se encaixam no sistema de saúde.
Título: Effectiveness of shared medical appointments delivered in primary care for improving health outcomes in patients with long-term conditions: a systematic review of randomised controlled trials
Resumo: ObjectivesShared medical appointments (SMAs) have the potential to address interlinked challenges of limited capacity in primary healthcare and rising prevalence of patients with multiple long-term conditions (LTCs). This review aimed to examine the effectiveness of SMAs compared to one-to-one appointments in primary care at improving health outcomes and reducing demand on healthcare services. MethodsWe searched for randomised controlled trials (RCTs) of SMAs involving patients with LTCs in primary care across six databases from 2013-2020 and added eligible papers identified from previous relevant reviews. Data were extracted and outcomes narratively synthesised, meta-analysis was undertaken where possible. ResultsTwenty-three unique trials were included. SMA models varied in terms of components, mode of delivery and target population. Most trials recruited patients with a single LTC, most commonly diabetes (n=12), although eight trials selected patients with multiple LTCs. There was substantial heterogeneity in outcome measures which we categorised into health outcomes (biomedical indicators, psychological and well-being measures), healthcare utilisation, and cost and resource use. Meta-analysis showed that participants in SMA groups had lower diastolic blood pressure than those in usual care (d=-0.123, 95%CI = - 0.22, -0.03, n=8). No statistically significant differences were found across other outcomes. Compared with usual care, SMAs had no significant effect on healthcare service use. ConclusionsSMAs were at least as effective as usual care in terms of health outcomes and did not lead to increased healthcare service use in the short-term. To strengthen the evidence base, future studies should target standardised behavioural and health outcomes and clearly report SMA components so key behavioural ingredients can be identified. Similarly, transparent approaches to measuring costs would improve comparability between studies. To better understand SMAs potential to reduce demand on healthcare services, further investigation is needed as to how SMAs can be best incorporated in the patient care pathway. PROSPERO protocol registrationCRD42020173084 299/300 STRENGTHS AND LIMITATIONSO_LIFocus on randomised controlled trials, highest quality evidence of the effectiveness of SMAs in primary care for long term conditions C_LIO_LIRobust search strategy, based on previous high-quality review; refined by information specialists to focus on primary care C_LIO_LIRapidly evolving area of practice and publications and the most recent evidence may be missing. C_LIO_LISmall number of studies reported resource use and costs limiting conclusions regarding efficacy of SMAs in primary care. C_LI FUNDINGThis paper is independent research commissioned and funded by the NIHR PRU in Behavioural Science (Award: PR-PRU-1217-20501). The views expressed in this publication are those of the authors and not necessarily those of the NHS, the National Institute for Health Research, the Department of Health and Social Care or its arms length bodies, and other Government Departments. The funders had no role in the design of the study, collection, analysis or interpretation of data or in the writing of the manuscript. COMPETING INTERESTSNone to declare. CHECKLISTSee supplementary material for PRISMA checklist.
Autores: Fiona E Graham, M. Y. Tang, A. O'Donnell, F. Beyer, C. Richmond, F. F. Sniehotta, E. F. S. Kaner
Última atualização: 2023-09-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.03.24.22272866
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.03.24.22272866.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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