Novas Insights sobre Elementos Alu e Seu Mecanismo de Salto
Pesquisadores analisam os movimentos dos elementos Alu e as variações genéticas.
― 8 min ler
Índice
- A Sequência Central do Alu
- Assay de Salto Massivamente Paralelo (MPJA)
- Como os Elementos Alu Saltam
- Otimizando o Assay de Retrotransposição
- Gerando Bibliotecas Mutagênicas
- Identificando Variantes de Haplótipo
- Analisando os Resultados
- Comparando Elementos Alu com Sequências Genômicas
- Implicações e Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
Os elementos Alu são pedaços pequenos de DNA que aparecem nos Genomas de muitos mamíferos, incluindo os humanos. Eles são um tipo de retrotransposon, o que significa que conseguem se mover dentro do genoma. Imagina esses elementos como partes de DNA que "pulam". Os elementos Alu são bem comuns, representando cerca de 42% dos genomas dos mamíferos. Eles vieram de um tipo específico de RNA e são classificados como Elementos Nucleares Interspersados Curtos (SINEs).
Os elementos Alu não conseguem se mover sozinhos; eles dependem de outros retrotransposons, como LINEs, para ajudar a dar o pulo em novos lugares no genoma. Nos humanos, são cerca de 1,1 milhão de cópias de elementos Alu. Eles podem ser agrupados em três famílias principais com base na idade e no nível de atividade:
- AluJ - Esses são os mais antigos, com cerca de 65 milhões de anos. A maioria já está quebrada e inativa.
- AluS - Esses elementos têm cerca de 30 milhões de anos. Alguns ainda estão ativos e bem parecidos com suas formas originais.
- AluY - Esses são os mais jovens, com aproximadamente 10 milhões de anos. Quase todos os elementos AluY são considerados ativos.
Sempre que um novo elemento Alu salta para o genoma de uma pessoa, estima-se que isso aconteça aproximadamente a cada 20 nascimentos vivos. A capacidade dos elementos Alu de pular está relacionada à sua estrutura-o tamanho de uma parte específica chamada cauda polyA influencia sua atividade.
A Sequência Central do Alu
Os cientistas estudaram a sequência central dos elementos Alu, que tem cerca de 280 pares de bases. Eles descobriram que certas partes dessa sequência são altamente conservadas, ou seja, permanecem inalteradas entre diferentes elementos Alu. Essa conservação sugere que essas regiões são importantes para a habilidade de salto dos elementos Alu.
Apesar do interesse em como esses elementos se movem, não houve um estudo detalhado correlacionando a atividade de salto dos elementos Alu com mudanças específicas em sua sequência de DNA. Testes de alta qualidade estão faltando, o que dificulta a análise de muitos elementos Alu ao mesmo tempo. Como resultado, os pesquisadores desenvolveram um novo método para testar a capacidade de salto de milhares de elementos Alu simultaneamente.
Assay de Salto Massivamente Paralelo (MPJA)
O novo método, chamado de assay de salto massivamente paralelo (MPJA), permite que os cientistas testem muitos elementos Alu em células humanas de uma vez só. Esse método começa criando uma biblioteca de diferentes sequências Alu. Usando um processo especial chamado PCR propenso a erro, os pesquisadores geraram mais de 165.000 versões únicas das sequências Alu. Depois, eles testaram quais dessas versões conseguiam pular nas células humanas.
Nos experimentos, descobriram que mais de 66.000 dessas novas versões conseguiam pular. Essa informação foi usada para identificar seções importantes do DNA Alu que ajudam na sua capacidade de movimento. Curiosamente, até pequenas mudanças na sequência de DNA podiam influenciar a capacidade de salto de um elemento Alu.
Como os Elementos Alu Saltam
Para os elementos Alu pularem, eles precisam ser copiados de RNA de volta para DNA e, em seguida, integrados em um novo lugar no genoma. Esse processo envolve várias etapas. A sequência Alu é primeiro transcrita em RNA. Durante esse processo, o RNA passa por um splice, que é como cortar e rearranjar partes da fita de RNA. O RNA esplanado é então alinhado com outra proteína ajudante que ajuda a inseri-lo em um novo lugar no genoma. Isso é semelhante a como um pedaço de fita adesiva pode ser movido de um lugar para outro.
No setup do MPJA, os pesquisadores usaram um vetor-um tipo de DNA que carrega a sequência Alu-para medir quão bem os elementos Alu conseguiam pular. Eles criaram um vetor que incluía um gene de resistência à neomicina. Se um elemento Alu conseguisse pular com sucesso para um novo local no genoma, as células que continham esse elemento sobreviveriam quando expostas à neomicina.
Otimizando o Assay de Retrotransposição
Para garantir que o assay de salto funcionasse bem, os pesquisadores o testaram com elementos Alu conhecidos por serem altamente ativos. Eles usaram uma versão específica, AluYa5, como controle positivo para se certificar de que o assay podia detectar o salto de forma confiável. Depois de realizar o assay, observaram colônias de células que haviam conseguido passar pela retrotransposição, confirmando que o método era eficaz.
Uma vez que estavam confiantes no assay, escolheram elementos Alu para serem testados. Eles escolheram membros da família AluS porque muitos estão inativos, mas ainda têm partes que podem potencialmente permitir que eles saltem se adquirirem as mudanças certas.
Gerando Bibliotecas Mutagênicas
Os pesquisadores sintetizaram as sequências Alu e introduziram Mutações aleatórias nelas usando PCR propenso a erro. Com isso, criaram várias bibliotecas de sequências Alu mutadas. Cada biblioteca mutada continha uma mistura de diferentes sequências Alu, cada uma com várias mudanças. Essa configuração permitiu que eles comparassem a capacidade de salto das sequências originais versus as versões mutadas.
Depois de criar as bibliotecas, eles testaram a capacidade de salto desses elementos Alu mutantes em células humanas. O objetivo era ver quais mutações poderiam aumentar o potencial de salto.
Identificando Variantes de Haplótipo
Durante sua análise, os pesquisadores precisavam identificar haplótipos-variações genéticas específicas associadas à atividade de salto. A investigação deles indicou que certas mutações aumentavam significativamente o potencial de salto. Os cientistas usaram uma razão log para quantificar as diferenças na atividade entre as sequências mutadas e as originais.
Eles notaram que um pequeno número de mutações era responsável por grandes mudanças na capacidade de salto. Em alguns casos, apenas uma mudança era suficiente para aumentar a eficiência de salto de um elemento Alu.
Analisando os Resultados
Os resultados dos assays mostraram que a maioria das mutações ativas estava em regiões específicas conhecidas como domínios de ligação SRP. Essas são essenciais para a interação dos elementos Alu com as proteínas que ajudam no salto. Ao observar as mudanças nas sequências Alu, os pesquisadores puderam identificar quais variantes específicas eram cruciais para o salto.
Os pesquisadores também notaram que, em muitos casos, um pequeno número de mudanças podia tanto aumentar quanto inibir a capacidade de salto dos elementos Alu.
Comparando Elementos Alu com Sequências Genômicas
Depois de identificar as mudanças-chave que afetavam o salto, os pesquisadores compararam suas descobertas com sequências Alu no genoma humano. Eles descobriram que muitas das mudanças necessárias para ativar os Elementos Alus eram diferentes daquelas no genoma de referência. Isso significa que até pequenas variações podem ter efeitos significativos sobre se um elemento pode pular.
As descobertas indicaram que certos elementos Alu no genoma humano podem estar a apenas algumas mutações de distância de conseguir saltar novamente.
Implicações e Direções Futuras
Essa pesquisa tem amplas implicações. Entender como os elementos Alu funcionam e como podem ser ativados é crucial para entender a diversidade genômica e a evolução. Os elementos Alu podem alterar o genoma e contribuir para variações genéticas, o que em alguns casos pode levar a doenças.
Como os retrotransposons são componentes significativos da genética humana, esse novo conhecimento pode ajudar a identificar como mutações nesses elementos podem levar a condições de saúde. Estudos futuros poderiam envolver testando outras famílias de Alu e explorando seu papel potencial em certas doenças.
O assay de salto massivamente paralelo pode ser modificado para outros retrotransposons e usado para entender como eles contribuem para a variação genética. Essa tecnologia abre portas para estudos futuros que podem ter implicações na medicina, evolução e genética.
Conclusão
Os elementos Alu representam uma área fascinante de pesquisa genética, dado que estão frequentemente presentes nos genomas dos mamíferos e têm a capacidade de influenciar a diversidade genética. O desenvolvimento de métodos abrangentes como o MPJA permite que os cientistas explorem a capacidade de salto desses elementos em grande escala.
Ao identificar mutações-chave que afetam o salto, os pesquisadores podem expandir sua compreensão de como esses elementos funcionam e seu papel na formação do genoma humano. Os resultados fornecem novos insights sobre a mecânica da retrotransposição e destacam o potencial para descobertas futuras em genética e evolução.
Título: Massively parallel jumping assay decodes Alu retrotransposition activity
Resumo: The human genome contains millions of retrotransposons, several of which could become active due to somatic mutations having phenotypic consequences, including disease. However, it is not thoroughly understood how nucleotide changes in retrotransposons affect their jumping activity. Here, we developed a novel massively parallel jumping assay (MPJA) that can test the jumping potential of thousands of transposons en masse. We generated nucleotide variant library of selected four Alu retrotransposons containing 165,087 different haplotypes and tested them for their jumping ability using MPJA. We found 66,821 unique jumping haplotypes, allowing us to pinpoint domains and variants vital for transposition. Mapping these variants to the Alu-RNA secondary structure revealed stem-loop features that contribute to jumping potential. Combined, our work provides a novel high-throughput assay that assesses the ability of retrotransposons to jump and identifies nucleotide changes that have the potential to reactivate them in the human genome.
Autores: Nadav Ahituv, N. Matharu, J. Zhao, A. Sohota, L. Deng, Y. Hung, Z. Li, J. Sims, S. Rattanasopha, J. Meyer, L. Carbone, M. Kircher
Última atualização: 2024-04-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.16.589814
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.16.589814.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.