Abordando o ruído nas etiquetas em modelos de aprendizado de máquina
Um novo método enfrenta rótulos tendenciosos na saúde e em outras áreas.
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Índice
Quando a gente tá construindo modelos na saúde e em outras áreas, muitas vezes rola um problema chamado "Ruído de Rótulo". Esse ruído acontece quando os rótulos nos nossos dados tão errados, o que pode fazer o modelo performar mal. A maioria dos métodos pra resolver isso presume que os rótulos errados aparecem de forma aleatória, sem influência das características dos dados. Mas, na real, os rótulos errados podem depender dessas características, criando tendenciosidade. Por exemplo, na área de saúde, pacientes mulheres podem ser rotuladas incorretamente com mais frequência em doenças cardiovasculares do que pacientes homens. Ignorar isso pode piorar a precisão dos modelos e aumentar as disparidades de saúde.
Pra lidar com esse desafio, a gente propõe uma nova abordagem em duas partes que aprende com os dados mesmo quando eles têm rótulos tendenciosos. Nosso método se baseia em um pequeno grupo de rótulos conhecidos como corretos e incorretos, que chamamos de "conjunto de alinhamento". Usando esse pequeno conjunto de forma eficaz, conseguimos melhorar a performance geral dos modelos em várias tarefas, enquanto também reduzimos a tendenciosidade.
Contexto
O ruído de rótulo é um problema bem conhecido em aprendizado de máquina. Quando treinamos um modelo, se alguns dados estão rotulados de forma errada, isso pode confundir o modelo, fazendo com que ele faça previsões ruins. Métodos tradicionais focam em casos onde o ruído é o mesmo em todos os dados. Eles tratam cada instância de dados sem considerar como certas características podem influenciar a probabilidade de um rótulo estar errado. Por exemplo, ao prever doenças cardiovasculares, mulheres podem receber rótulos incorretos com mais frequência, levando a previsões menos precisas.
Na nossa proposta, focamos no ruído de rótulo dependente da instância. Isso significa que consideramos que algumas características dos dados podem afetar a precisão dos rótulos. Nosso método visa aprender com todos os dados, levando em conta essas discrepâncias.
Por que os Métodos Atuais Não Funcionam
Existem algumas estratégias principais usadas pra lidar com ruído de rótulo. A primeira envolve identificar rótulos ruins e ignorá-los ou relabelá-los. Embora isso funcione em alguns casos, pode também levar a resultados tendenciosos, principalmente se certos grupos estiverem super ou sub-representados.
A segunda estratégia envolve usar funções objetivas robustas que visam minimizar o efeito do ruído nos rótulos. Porém, esses métodos muitas vezes presumem que o ruído é uniforme e não consideram as características específicas das instâncias afetadas. Como resultado, podem não ser eficazes em configurações com disparidades populacionais.
Dadas essas limitações, desenvolvemos uma abordagem que usa um pequeno conjunto de rótulos conhecidos pra aprender sobre os padrões de ruído, enquanto usa todos os dados pra treinar. Isso permite que o modelo entenda melhor como diferentes instâncias podem ser afetadas pelo ruído de rótulo.
Nossa Abordagem
Nosso método proposto é composto por duas etapas principais. Na primeira etapa, utilizamos o conjunto de alinhamento, que é um pequeno grupo de dados onde temos rótulos confiáveis. Focando nesse subconjunto, conseguimos aprender o padrão subjacente do ruído de rótulo. Na segunda etapa, treinamos nosso modelo usando todo o conjunto de dados enquanto minimizamos o impacto do ruído, baseado no que aprendemos com o conjunto de alinhamento.
Usando o Conjunto de Alinhamento
O conjunto de alinhamento é crucial pra nosso método. Ele contém instâncias com rótulos corretos e incorretos conhecidos. Observando essas instâncias, podemos deduzir como o ruído de rótulo se comporta dentro do conjunto de dados mais amplo. Isso nos permite fazer previsões melhores e melhorar a performance do modelo.
Treinando com Todos os Dados
Depois que aprendemos sobre o ruído de rótulo a partir do conjunto de alinhamento, usamos o conjunto completo de dados pra treinar. Essa etapa é projetada pra reduzir a tendenciosidade e melhorar a performance geral, considerando os insights obtidos do conjunto de alinhamento. Implementamos uma abordagem ponderada onde o modelo presta mais atenção a instâncias que têm mais chances de carregar ruído.
Realizando Experimentos
Pra validar nosso método, testamos ele em vários conjuntos de dados, incluindo dados relacionados à saúde e não. Esses testes incluem tarefas como prever o surgimento de doenças, níveis de renda e taxas de reincidência. O objetivo é ver como nosso método se sai em comparação com outras técnicas existentes e como lida com diferentes níveis de ruído de rótulo.
Dados Sintéticos
Começamos gerando dados sintéticos pra testar nossa abordagem. Isso nos permite controlar o ruído de rótulo e testar nosso algoritmo em um ambiente controlado. Nesse cenário, podemos facilmente introduzir níveis variados de ruído e observar como o modelo se comporta.
Dados Reais
Pra testes do mundo real, aproveitamos conjuntos de dados já estabelecidos, incluindo os conjuntos de dados MIMIC-III, Adult e COMPAS. Esses conjuntos cobrem áreas cruciais como saúde, renda e justiça criminal, oferecendo um bom chão pra avaliar nossa abordagem. Nós dividimos esses conjuntos em partes de treinamento e teste, garantindo que o modelo nunca tenha visto os dados de teste durante o treinamento.
Métricas de Avaliação
Pra avaliar a eficácia do nosso método, usamos duas métricas principais: performance discriminativa e mitigação de tendenciosidade. A performance discriminativa é medida pela área sob a curva de operação do receptor (AUROC), que ajuda a avaliar quão bem o modelo consegue distinguir entre diferentes classes. A mitigação de tendenciosidade é avaliada usando a área sob a curva de probabilidades igualadas (AUEOC). Essa métrica ajuda a determinar se o modelo performa de forma justa entre diferentes grupos definidos por atributos sensíveis.
Resultados
Performance em Dados Sintéticos
Nossos experimentos mostram que nosso método consistentemente supera as abordagens existentes, mesmo com o aumento da taxa de ruído. Testamos como as mudanças na taxa de ruído geral e a disparidade entre grupos afetam a performance do modelo. Nossa abordagem se mantém robusta, indicando que consegue lidar com vários níveis de ruído sem quedas significativas na precisão.
Performance em Dados Reais
Tendências semelhantes são observadas com dados reais. Nosso método não só mantém uma alta performance discriminativa, mas também mitiga a tendenciosidade de forma eficaz em várias tarefas e conjuntos de dados. Essa performance sugere que nossa abordagem pode se generalizar bem e ser aplicada em diferentes áreas.
Sensibilidade e Robustez
A gente também examina quão sensível nosso método é a mudanças no tamanho e na composição do conjunto de alinhamento. Nossas descobertas revelam que a abordagem é robusta, mesmo quando o conjunto de alinhamento é pequeno. Enquanto há alguma degradação na performance com conjuntos de alinhamento bem pequenos, nossa abordagem ainda supera as outras, demonstrando sua confiabilidade.
Conjunto de Alinhamento Tendencioso
Testar nosso método com conjuntos de alinhamento tendenciosos mostra que ele ainda pode performar razoavelmente bem. Porém, quando o conjunto de alinhamento está fortemente desequilibrado, há uma queda notável na performance, destacando uma limitação em cenários onde o conjunto de alinhamento não reflete com precisão a população mais ampla.
Conclusão
Resumindo, apresentamos uma nova abordagem pra lidar com o ruído de rótulo que considera a dependência da instância. Usando um pequeno conjunto de alinhamento pra aprender sobre o ruído de rótulo, conseguimos realizar um treinamento eficaz em todo o conjunto de dados. Nosso método mostra uma performance forte em manter a precisão enquanto também aborda a tendenciosidade, tornando-se aplicável em várias áreas, especialmente na saúde.
Nossas descobertas abrem novas possibilidades pra futuras pesquisas, já que entender e lidar com o ruído de rótulo será crucial pra garantir modelos de aprendizado de máquina justos e precisos. Acreditamos que nossa abordagem não só avança os limites das metodologias atuais, mas também destaca a importância de resultados equitativos nas aplicações de aprendizado de máquina.
Esse estudo sublinha a necessidade de avaliação e melhoria contínuas dos modelos usados em áreas sensíveis, garantindo que eles atendam todas as populações de forma justa e eficaz.
Título: Leveraging an Alignment Set in Tackling Instance-Dependent Label Noise
Resumo: Noisy training labels can hurt model performance. Most approaches that aim to address label noise assume label noise is independent from the input features. In practice, however, label noise is often feature or \textit{instance-dependent}, and therefore biased (i.e., some instances are more likely to be mislabeled than others). E.g., in clinical care, female patients are more likely to be under-diagnosed for cardiovascular disease compared to male patients. Approaches that ignore this dependence can produce models with poor discriminative performance, and in many healthcare settings, can exacerbate issues around health disparities. In light of these limitations, we propose a two-stage approach to learn in the presence instance-dependent label noise. Our approach utilizes \textit{\anchor points}, a small subset of data for which we know the observed and ground truth labels. On several tasks, our approach leads to consistent improvements over the state-of-the-art in discriminative performance (AUROC) while mitigating bias (area under the equalized odds curve, AUEOC). For example, when predicting acute respiratory failure onset on the MIMIC-III dataset, our approach achieves a harmonic mean (AUROC and AUEOC) of 0.84 (SD [standard deviation] 0.01) while that of the next best baseline is 0.81 (SD 0.01). Overall, our approach improves accuracy while mitigating potential bias compared to existing approaches in the presence of instance-dependent label noise.
Autores: Donna Tjandra, Jenna Wiens
Última atualização: 2023-07-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.04868
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.04868
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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