Examinando uma Nova Abordagem para a Vacinação Contra a COVID
Um estudo sobre a vacina EXG-5003 mostra que pode melhorar a resposta imunológica.
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Índice
Desde o final de 2019, a pandemia de COVID-19 afetou milhões de vidas ao redor do mundo, causando mais de 7 milhões de mortes e deixando muitos com problemas de saúde a longo prazo. Pra combater isso, os cientistas trabalharam rápido pra criar vacinas eficazes. Bilhões de doses foram distribuídas globalmente, com as vacinas de mRNA sintéticas se destacando pela rápida evolução, bons métodos de produção e eficácia em ambientes clínicos. Essas vacinas mostraram ser mais bem-sucedidas do que as vacinas tradicionais que usam vírus enfraquecidos ou inativos. No entanto, algumas dificuldades surgiram com as vacinas de mRNA, incluindo efeitos colaterais e a necessidade de doses adicionais.
Um aspecto importante do desenvolvimento de vacinas é quão bem elas conseguem ativar as células imunológicas do corpo pra proteger contra doenças graves. À medida que novas variantes do vírus aparecem, o papel dessas células imunológicas, especialmente um tipo chamado Células T CD8+, tá ficando mais claro. Enquanto os anticorpos produzidos pelas vacinas atuais podem não funcionar bem contra novas variantes, as respostas das células T continuam fortes. Infelizmente, as vacinas de mRNA aprovadas não provocam uma resposta forte o suficiente dessas células T, e a imunidade que elas constroem pode desaparecer rapidamente.
A Promessa das Vacinas de RNA Autorreplicantes
Pra abordar as fraquezas das vacinas de mRNA existentes, os pesquisadores estão explorando um novo tipo de vacina de mRNA chamado RNA autorreplicante (srRNA), também conhecido como RNA autoamplificante. Esse tipo de vacina mostrou potencial em estudos com animais pra gerar respostas robustas das células imunológicas. No entanto, os testes iniciais em humanos das vacinas srRNA projetadas pra atacar o vírus não tiveram o desempenho esperado.
Uma dessas vacinas, chamada EXG-5003, é uma vacina srRNA que é única porque pode ser controlada pela temperatura. Ela funciona em torno de 33°C, que é a temperatura da pele, mas não a temperatura corporal usual de 37°C. Esse novo tipo de vacina é chamado de RNA autorreplicante controlável (c-srRNA). Diferente das vacinas tradicionais que são injetadas nos músculos, a EXG-5003 foi projetada pra ser aplicada na pele, o que pode aumentar a resposta imunológica, já que a pele é uma área rica em atividade imunológica. Além disso, a EXG-5003 não usa nanopartículas lipídicas (LNPs), que às vezes podem causar reações no local da injeção. Estudos iniciais mostraram que essa vacina pode criar uma forte resposta imunológica sem produzir anticorpos sozinha. No entanto, ela prepara o sistema imunológico pra responder mais rapidamente quando enfrenta o vírus real ou suas variantes.
Estudo Clínico da EXG-5003
Este artigo apresenta os resultados de um estudo projetado pra testar a Segurança, tolerabilidade e a resposta imunológica gerada pela EXG-5003 em adultos saudáveis.
Visão Geral dos Participantes
Um total de 46 participantes que concordaram em participar do estudo foram selecionados, e 40 foram escolhidos pra fazer parte. Esses participantes foram divididos em dois grupos. No primeiro grupo (Cohorte 1), 16 receberam uma dose menor de 5 µg da vacina, enquanto 4 receberam um placebo. O segundo grupo (Cohorte 2) envolveu 16 indivíduos que receberam uma dose maior de 25 µg da vacina e 4 que receberam um placebo. Todos os participantes foram monitorados por questões de segurança por 57 dias após suas vacinações.
Efeitos Adversos
Segurança eEm termos de segurança, o estudo constatou que os participantes tiveram principalmente efeitos colaterais leves. Isso incluiu um leve rubor no local da injeção e alguns pequenos problemas sistêmicos. O número de efeitos adversos foi significativamente menor do que os experimentados com as vacinas de mRNA atualmente aprovadas. Isso pode ser atribuído ao fato de que a EXG-5003 é feita apenas de RNA sem aditivos nocivos que podem causar problemas na pele.
Resposta Imunológica da EXG-5003
O estudo avaliou a resposta imunológica do corpo usando amostras de sangue coletadas em vários dias após a vacinação. Especificamente, os pesquisadores procuraram anticorpos produzidos contra o domínio de ligação ao receptor (RBD) do vírus e como o sistema imunológico poderia neutralizar o vírus.
Participantes que receberam o placebo mostraram alguns níveis elevados de anticorpos inesperados, mas o motivo exato disso ainda é incerto. Por outro lado, aqueles vacinados com a EXG-5003 exibiram baixos níveis de anticorpos.
Pra entender melhor a resposta imunológica, os pesquisadores realizaram testes pra medir a atividade das células T, estimulando as células sanguíneas com vários pools de peptídeos derivados do vírus. Os resultados iniciais mostraram que a EXG-5003 não melhorou significativamente as respostas das células T em comparação ao placebo. No entanto, quando analisou-se apenas o segundo grupo que recebeu a dose de 25 µg, houve uma melhoria notável na imunidade celular em comparação ao grupo placebo, indicando que essa dose maior pode ser mais eficaz em gerar uma resposta imunológica.
Imunidade a Longo Prazo e Vacinas de Reforço
Durante o estudo, vacinas aprovadas se tornaram disponíveis. Após os 57 dias iniciais, os participantes puderam escolher receber vacinas padrão aprovadas. No acompanhamento de um ano, os pesquisadores observaram que aqueles que receberam a EXG-5003 antes das vacinas aprovadas tinham níveis de anticorpos mais fortes do que aqueles que não receberam a EXG-5003. Isso sugere que a EXG-5003 pode ajudar a aumentar a resposta imunológica quando seguida por uma vacinação das vacinas aprovadas.
Imunidade Celular Após Reforços
O estudo também explorou quão bem a EXG-5003 preparou o sistema imunológico pra futuras vacinações. Participantes que receberam a EXG-5003 pareciam ter uma resposta mais forte das células T, principalmente entre aqueles que foram vacinados duas a três vezes com outras vacinas aprovadas. Essa vantagem foi particularmente evidente com as células T CD8+, que desempenham um papel fundamental no controle de infecções virais.
Conclusão
Resumindo, este estudo avaliou a vacina EXG-5003 em termos de segurança e resposta imunológica. Embora não tenha produzido respostas de anticorpos por si só, parece ter preparado o sistema imunológico pra respostas mais fortes a vacinações subsequentes. O perfil inicial de segurança da vacina é promissor e pode oferecer novas estratégias na luta contra a COVID-19 e outras doenças que exigem uma forte imunidade celular.
Direções Futuras
Os achados destacam o potencial da EXG-5003 como um agente de preparação para outras vacinas. Estudos futuros com grupos de participantes maiores serão necessários pra entender melhor como utilizar essa plataforma de vacina promissora. Os pesquisadores também pretendem avaliar se doses mais altas podem amplificar ainda mais a resposta imunológica sem comprometer a segurança.
Os pesquisadores estão otimistas de que combinar vacinas c-srRNA com vacinas de mRNA tradicionais pode resultar em uma proteção geral melhor contra variantes e outras infecções. Esses desenvolvimentos na tecnologia de vacinas podem ajudar a atender melhor às necessidades de saúde global.
Título: A phase I/II clinical trial of intradermal, controllable self-replicating RNA vaccine EXG 5003 against SARS-CoV-2
Resumo: mRNA vaccines against severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) have played a key role in reducing morbidity and mortality from coronavirus disease 2019 (COVID-19). We conducted a double-blind, placebo-controlled phase I/II trial to evaluate the safety, tolerability, and immunogenicity of EXG-5003, a two-dose, controllable self-replicating RNA vaccine against SARS-CoV-2. EXG-5003 encodes the receptor binding domain (RBD) of SARS-CoV-2 and was administered intradermally without lipid nanoparticles (LNP). The participants were followed for 12 months. Forty healthy participants were enrolled in Cohort 1 (5 {micro}g per dose, n = 16; placebo, n = 4) and Cohort 2 (25 {micro}g per dose, n = 16; placebo, n = 4). No safety concerns were observed with EXG-5003 administration. SARS-CoV-2 RBD antibody titers and neutralizing antibody titers were not elevated in either cohort. Elicitation of antigen-specific cellular immunity was observed in the EXG-5003 recipients in Cohort 2. At the 12-month follow-up, participants who had received an approved mRNA vaccine (BNT162b2 or mRNA-1273) >1 month after receiving the second dose of EXG-5003 showed higher cellular responses compared to equivalently vaccinated participants in the placebo group. The findings suggest a priming effect by EXG-5003 on the long-term cellular immunity of approved SARS-CoV-2 mRNA vaccines.
Autores: Yohei Doi, T. Koseki, M. Teramachi, M. Koga, M. S. H. Ko, T. Amano, H. Yu, M. Amano, E. Leyder, M. Badiola, P. Ray, J. Kim, A. C. Ko, A. Achour, N.-p. Weng, T. Imai, H. Yoshida, S. Taniuchi, A. Shintani, H. Fujigaki, M. Kondo
Última atualização: 2023-10-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.07.23296699
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.07.23296699.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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