A Genética da Domesticação e Evolução
Essa pesquisa examina o impacto da domesticação na diversidade genética em várias espécies.
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Índice
- Simulando o Processo de Domesticação
- Tipos de Variantes Genéticas
- Modelos Conjuntos para Efeitos de Distribuição de Fitness
- Estimando Parâmetros Genéticos
- Avaliando a Distribuição dos Efeitos de Fitness
- Detectando Mudanças através da Simulação
- Comparando Métodos de Estimativa
- Implicações para Pesquisas Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
O crescimento da População humana e a ascensão da sociedade moderna estão super ligados à Domesticação de plantas e animais. A galera começou a domar várias formas de vida, permitindo cultivar coisas como trigo, e criar bichos como cães, porcos e galinhas. A domesticação é um rolê longo que ajuda humanos e outras espécies a formarem relações que são boas pra ambos. Essa relação começou há cerca de 10.000 a 15.000 anos e tá firme até hoje. Apesar da importância da domesticação em moldar a sociedade humana, a gente ainda não entende totalmente os aspectos Genéticos e evolutivos disso.
Do ponto de vista evolutivo, a domesticação rola rápido. É um processo gradual onde as características das espécies domesticadas melhoram com o tempo. Cientistas acham que os humanos têm um impacto mais forte e rápido na Seleção de características do que os processos naturais. Porém, estudos recentes mostram que as plantas domesticadas evoluem a uma taxa parecida com as plantas selvagens, indicando que a seleção natural também joga um papel nessas espécies. Além disso, a domesticação geralmente envolve uma redução do pool genético: só alguns indivíduos da selva se tornam domesticados, o que pode diminuir a eficácia da seleção natural.
Existem diferenças bem notáveis entre a seleção natural e a feita por humanos. Criadores modernos costumam escolher os melhores indivíduos de uma população para reprodução, conhecido como seleção por truncamento. Não tá claro quão comum era essa abordagem na natureza antes da era industrial. A seleção por truncamento é simples e eficiente, e tende a não causar problemas genéticos sérios em espécies com populações grandes. Um estudo recente descobriu que características genéticas prejudiciais são mais comuns em populações domesticadas do que em suas contrapartes selvagens, embora isso não se aplique a todas as espécies domesticadas.
A seleção, seja natural ou artificial, pode acontecer por meio de alguns genes com efeitos significativos ou por muitos genes com efeitos menores. A composição genética de uma característica, junto com a pressão de seleção aplicada a ela, determina as diferenças na diversidade genética ao redor desses genes selecionados. As tradicionais "seleções seletivas" foram notadas em alguns genes chave relacionados a características de domesticação, indicando que, em muitos casos, um pequeno número de genes explica a maior parte das diferenças nas características domesticadas.
Por outro lado, a adaptação poligênica se refere a mudanças em muitas pequenas variações genéticas que juntas influenciam as características que estão sendo selecionadas. Esse processo é difícil de observar porque muitas vezes exige combinar dados genéticos com características observadas. Alguns estudos conseguiram observar adaptação poligênica em várias espécies, sugerindo que esse processo também é significativo em populações domésticas e experimentais.
Essa pesquisa busca determinar quão efetivamente conseguimos detectar os sinais genéticos da domesticação examinando toda a distribuição dos efeitos de fitness de novas e existentes variações genéticas. Vamos analisar os efeitos de fitness de novas Mutações prejudiciais em grupos selvagens e domesticados. Os efeitos de fitness de mutações prejudiciais foram estudados anteriormente comparando várias espécies e assumindo que mutações úteis se fixam rapidamente em uma população, portanto, não contribuem para a variação genética.
No entanto, poucos estudos olharam como os efeitos de fitness diferem entre populações selvagens e domesticadas. Pesquisas passadas focaram principalmente em identificar grandes diferenças genéticas que influenciam as características visíveis desses grupos. Os efeitos de fitness gerais podem não ser sensíveis o suficiente para encontrar regiões genéticas sutis que variam entre grupos intimamente relacionados. A separação relativamente recente das populações selvagens das domesticadas sugere que seus efeitos de fitness podem ser bem parecidos.
Mudanças demográficas durante a domesticação foram exploradas em várias espécies. Esses estudos rastrearam a história de populações selvagens e domésticas, incluindo como elas se separaram, sofreram reduções populacionais e compartilharam genes. Alguns pesquisadores sugeriram que ignorar efeitos genéticos prejudiciais em estudos demográficos pode levar a estimativas imprecisas da variabilidade genética.
Aqui, vamos realizar simulações para estudar como a domesticação afeta a diversidade genética e a distribuição de fitness das mutações. Vamos criar modelos que considerem diferentes cenários demográficos e de seleção. Fazendo isso, pretendemos entender melhor as complexidades do processo de domesticação e ver como os efeitos de seleção moldam as histórias genéticas.
Simulando o Processo de Domesticação
Desenvolvemos uma simulação para estudar o processo de domesticação usando um software específico. No total, analisamos 18 cenários diferentes, com parâmetros detalhados para cada situação. O objetivo principal era criar um modelo realista que se parecesse com a estrutura genética, taxas reprodutivas e padrões de mutação encontrados em grandes mamíferos domesticados.
O modelo assume que o genoma consiste em um segmento com 10.000 locais genéticos específicos, cada um representando um pequeno segmento de DNA. Cada local tem uma mistura de posições genéticas neutras e selecionadas, formando a base de nossas simulações.
Detalhes Chave da Simulação
As simulações começam com uma população inicial que cresce por um longo período antes de se dividir em grupos selvagens e domesticados. Nosso objetivo era recriar um processo de domesticação geral que refletisse os registros históricos. Nossos modelos indicaram que o processo de domesticação começou há cerca de 10.000 anos. O tempo médio entre gerações em grandes mamíferos domésticos é estimado em cerca de cinco anos.
Para as populações domesticadas, simulamos uma queda no tamanho da população durante um período de gargalo, seguido por uma recuperação. Esse gargalo durou cerca de 100 gerações, após o qual a população voltou ao seu tamanho original.
Efeitos da Seleção
As características selecionadas durante a domesticação são modeladas alterando a influência de mutações específicas, novas ou existentes, no grupo doméstico. Existe uma chance de que essas mutações mudem de prejudiciais para benéficas e vice-versa. Em nossas simulações, examinamos três variações de como mutações benéficas podem se manifestar:
- Comuns e fracas: Um grande número de mutações tem benefícios sutis.
- Raras e fortes: Muito poucas mutações causam vantagens significativas.
- Pervasivas e quase neutras: Uma grande fração de mutações não mostra praticamente efeitos.
Cada cenário nos ajuda a entender melhor como as populações domesticadas podem diferir das populações selvagens devido aos processos de seleção impostos pelos humanos.
Tipos de Variantes Genéticas
Em nossas simulações, categorizamos os locais genéticos em vários grupos. Alguns locais são neutros, enquanto outros podem gerar efeitos significativos quando mutam. Por exemplo, algumas mutações na população selvagem podem ser prejudiciais, enquanto outras são benéficas. No entanto, em um ambiente domesticado, esses efeitos podem mudar, potencialmente alterando seus papéis de forma significativa.
Nossas simulações revelaram que mudanças na força das mutações selecionadas e a presença de migração podem remodelar a paisagem genética em grupos selvagens e domesticados. Essa mudança ilustra como o processo de domesticação pode impactar a diversidade genética, afetando, no fim das contas, a trajetória evolutiva dessas populações.
Modelos Conjuntos para Efeitos de Distribuição de Fitness
Para analisar toda a distribuição dos efeitos de fitness para populações selvagens e domesticadas, utilizamos duas principais abordagens: uma baseada em dados de população única e outra focando na comparação de duas populações.
O primeiro método estima como novas mutações afetam o fitness contrastando diferentes tipos de variações genéticas. O segundo método combina dados de duas populações para captar melhor as diferenças em suas histórias de seleção. Usar ambos os métodos nos permite focar em como os processos de seleção diferem entre os grupos.
Estimando Parâmetros Genéticos
Usando dados de simulação, buscamos determinar a distribuição dos efeitos de fitness, que pode variar entre populações selvagens e domesticadas. Aplicando vários modelos, pudemos observar quão bem essas abordagens refletiam as realidades genéticas subjacentes.
Nossas descobertas indicaram que distinguir entre as duas populações com base em seus traços genéticos é crucial. Essa distinção ajuda a destacar como diferentes processos de seleção podem levar a resultados genéticos diversos e padrões evolutivos.
Avaliando a Distribuição dos Efeitos de Fitness
Em nosso estudo, olhamos especificamente como os efeitos de fitness de novas mutações diferem entre populações selvagens e domesticadas. Quando se trata disso, notamos que mutações prejudiciais eram mais comuns em populações domesticadas. No entanto, o oposto era verdade para mutações benéficas, sugerindo que a domesticação influencia como as características evoluem dentro desses grupos.
A distribuição de mutações pode desempenhar um papel significativo em determinar o fitness geral de uma população dada. Através de nossas simulações, começamos a ganhar insights de como essas distribuições diferem e quais implicações elas podem ter para futuras gerações.
Detectando Mudanças através da Simulação
Enquanto examinávamos mudanças na distribuição de fitness, descobrimos que o efeito da seleção pode variar significativamente dependendo das características em consideração. Nossos modelos revelaram que uma seleção forte poderia levar a uma interpretação enganosa das histórias demográficas, impactando nossa compreensão de como a domesticação molda a diversidade genética.
Além disso, identificamos que mutações benéficas podem ser detectadas com menos eficácia devido à sua associação com mutações neutras, complicando a interpretação resultante sobre as distribuições de fitness. Essa observação destaca a importância de interpretar cuidadosamente os dados ao distinguir entre populações domesticadas e selvagens.
Comparando Métodos de Estimativa
Para avaliar as diferentes abordagens usadas para estimar parâmetros genéticos, fizemos comparações sistemáticas de nossos achados. Ao categorizar os resultados em modelos distintos, pudemos abordar questões cruciais sobre como a paisagem genética foi moldada pelo processo de domesticação.
Nossas análises sugeriram que usar múltiplos métodos leva a uma melhor compreensão de como as populações se adaptam e evoluem. Além disso, essa abordagem abrangente melhora nossa capacidade de capturar diferenças na diversidade genética e nas trajetórias evolutivas.
Implicações para Pesquisas Futuras
Essa pesquisa destaca a relação complexa entre domesticação e diversidade genética, contribuindo com insights valiosos sobre as dinâmicas evolutivas que governam esse processo. Nossas descobertas abrem caminho para estudos futuros que podem explorar como os processos de seleção variam em populações do mundo real, especialmente no contexto das práticas agrícolas.
Investigações adicionais serão necessárias para examinar as implicações mais amplas da domesticação nas dinâmicas ecológicas. Entender como as populações domesticadas e selvagens interagem pode oferecer uma visão mais abrangente da biodiversidade do nosso planeta e dos papéis intrincados que os humanos desempenham em moldá-la.
Conclusão
Em resumo, nosso estudo ilumina as conexões intrincadas entre domesticação, diversidade genética e mudança evolutiva. Ao examinar cuidadosamente os efeitos da seleção e aplicar múltiplas abordagens analíticas, começamos a desvendar a complexa interação que molda a paisagem genética de populações selvagens e domesticadas.
Esses achados oferecem uma estrutura convincente para pesquisas futuras sobre as mudanças genéticas associadas à domesticação e, de forma mais ampla, como esses processos influenciam o desenvolvimento das sociedades humanas. À medida que esse campo de estudo continua a evoluir, estamos ansiosos para descobrir novos insights sobre a história e o futuro dos organismos domesticados e seus papéis vitais em nosso mundo.
Título: Detection of Domestication Signals through the Analysis of the Full Distribution of Fitness Effects using Simulations
Resumo: The process of domestication involves a complex interplay between concurrent demographic and selective changes. While we can readily observe the phenotypic effects of domestication, the genetic consequences of domestication often remain elusive. Artificial selection can alter the selection coefficients of both new and pre-existing genetic variation within domesticated populations. To investigate this, we conducted simulations using a combination of population genomic parameters designed to reflect the domestication process observed in large livestock mammals. Our study uses forward-in-time simulations to examine the 1D and 2D site frequency spectra (SFS) of mutations in two populations that have diverged since the domestication split. In total, we examined eighteen different scenarios, varying the strength of selection acting on beneficial mutations and the proportion of mutations with altered selection coefficients post-domestication. First, we re-evaluate how linked selection and fluctuating selection coefficients affect the accuracy of inferred demographic histories. Second, we find that certain aspects of the full distribution of fitness effects (DFE), such as the shape and strength of the deleterious DFE, can be accurately estimated in both populations using only the 1D-SFS. However, the accurate characterization of the beneficial DFE remains a challenge, even when using the 2D-SFS. Third, using a novel joint DFE model, we are able to quantify the fraction of mutations that have experienced a change in their selection coefficient (pc) during domestication. Interestingly, classic hard selective sweeps can mimic a substantial increase in pc, even when the simulated pc was initially zero. In summary, our work highlights the strengths and limitations of detecting changes in the DFE using a novel joint DFE model and emphasizes the risks of over-interpreting demographic histories across a range of realistic domestication scenarios.
Autores: Sebastian E Ramos-Onsins, D. Castellano, I.-T. Vourlaki, R. N. Gutenkunst
Última atualização: 2024-05-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.08.24.505198
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.08.24.505198.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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