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Estudo de Anticorpos da COVID-19: Principais Descobertas e Tendências

Analisando os dados de seroprevalência, dá pra ver uns padrões importantes na imunidade contra a COVID-19.

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Tendências de AnticorposTendências de Anticorposdo COVID-19 ReveladasCOVID-19 e impacto da vacinação.Principais insights sobre imunidade ao
Índice

Três anos atrás, a Organização Mundial da Saúde identificou um novo vírus chamado SARS-CoV-2, que causa a COVID-19. Embora o estado de emergência tenha sido levantado, a COVID-19 ainda afeta muitas vidas globalmente. A pandemia resultou em milhões de mortes, tornando essencial entender como o vírus se espalha e afeta a Imunidade.

O Desafio do Teste

No início da pandemia, os testes para COVID-19 eram limitados. Mesmo com o aumento dos testes, muitas pessoas com o vírus passaram despercebidas. Isso dificultou a estimativa de quantas pessoas foram expostas ao SARS-CoV-2 ou tinham imunidade. Entender quem ficou doente e quem não ficou é crucial para gerenciar pandemias atuais e futuras. Pesquisas sobre exposição e imunidade durante a pandemia podem ajudar a avaliar a resposta à COVID-19 e a preparar para futuros surtos.

Entendendo os Sintomas da COVID-19

Os sintomas da COVID-19 podem variar bastante. Algumas pessoas têm doenças graves, enquanto outras podem não ter sintomas nenhum. Estudos que estimam o número de pessoas com Anticorpos para o vírus mostraram que muitas infecções passaram despercebidas, contribuindo para a disseminação do vírus. Pesquisas anteriores indicaram que cinco vezes mais pessoas tinham anticorpos para a COVID-19 em comparação ao número de casos confirmados.

Imunidade e Testes de Anticorpos

Os testes para imunidade de longa duração à COVID-19 geralmente procuram anticorpos que reconhecem partes do vírus. O anticorpo mais estudado é a Imunoglobulina G (IgG), que é conhecida por permanecer na corrente sanguínea por mais tempo do que outros tipos. Desde o início da pandemia, várias Variantes do vírus apareceram, cada uma afetando a imunidade de forma diferente. Quatro variantes principais foram identificadas: Alpha, Beta, Gamma e Delta.

Diferentes variantes do vírus podem gerar respostas de anticorpos variadas nas pessoas. Uma mutação significativa, E484K, levantou preocupações, pois afeta a eficácia dos anticorpos na neutralização do vírus. Enquanto as vacinas focam principalmente em anticorpos contra a proteína Spike, infecções por SARS-CoV-2 também podem gerar anticorpos contra outras partes do vírus, como a proteína nucleocapsídeo, que indica infecções passadas mesmo sem vacinação.

Pesquisas mostraram que os anticorpos Nucleocapsídeos diminuem com o tempo, exigindo testes regulares para confirmar adequadamente infecções passadas.

O Impacto da Disponibilidade de Testes

Com a maior disponibilidade de testes, rastrear infecções por COVID-19 se tornou mais fácil. No entanto, muitas infecções ainda não foram relatadas. O surgimento de novas variantes e a vacinação em massa complicam a compreensão da soropositividade resultante de infecções naturais ou vacinação. Este estudo visa fornecer dados valiosos sobre a soroprevalência nos Estados Unidos ao longo da pandemia, levando em conta infecções anteriores, variantes e tipos de anticorpos.

Inscrição e Demografia dos Participantes

Para realizar o estudo, os participantes foram reinscritos de uma pesquisa anterior. Dados de acompanhamento foram coletados em dois pontos: 6 meses e 12 meses após a inscrição inicial. Aproximadamente 56,6% dos participantes retornaram para o acompanhamento de 6 meses, e cerca de 52,4% retornaram para o acompanhamento de 12 meses. Foi observado uma queda significativa no número de participantes em áreas rurais em comparação com áreas urbanas, com participantes rurais mostrando uma diminuição de 79,3%.

Design do Estudo e Análise

O estudo envolveu a pesquisa de um grande número de participantes de diversas origens. O objetivo era avaliar a presença de anticorpos em relação à proteína Spike e seu domínio de ligação ao receptor (RBD). Esses anticorpos podem estar presentes devido a infecções anteriores, vacinação ou uma combinação de ambos.

Analisando Tendências de Soropositividade

Os dados coletados mostraram uma correlação positiva entre a presença de anticorpos contra a proteína Spike e RBD em todos os tipos de amostra. Um aumento nos níveis de anticorpos foi observado tanto no acompanhamento de 6 meses quanto no de 12 meses. Especificamente, os valores medianos de densidade óptica para anticorpos estavam abaixo da detecção no marco de 6 meses, mas subiram significativamente até o marco de 12 meses.

Curiosamente, alguns participantes mostraram anticorpos IgG para Spike ou RBD, mas não ambos, na checagem de 6 meses. Já no acompanhamento de 12 meses, a maioria dos participantes estava positiva para ambos.

Taxas Gerais de Soropositividade

As taxas gerais de soropositividade aumentaram drasticamente, com variações entre diferentes regiões e grupos demográficos. No acompanhamento de 6 meses, a taxa de soropositividade era de 36,2%, e isso saltou para 89,3% ao chegar ao ponto de 12 meses. Em particular, a região do Meio-Oeste apresentou a maior soroprevalência, com 93,5%. Os indivíduos mais jovens tiveram as maiores taxas de soroprevalência aos 6 meses, enquanto os participantes mais velhos mostraram um aumento acentuado na soroprevalência até o marco de 12 meses.

Fatores Socioeconômicos e Demográficos

Fatores socioeconômicos também tiveram um papel nas taxas de soropositividade. Famílias com crianças menores de 18 anos tiveram uma taxa de soropositividade um pouco maior no ponto de 6 meses. No entanto, aos 12 meses, a diferença desapareceu. Embora participantes com níveis de educação mais altos tivessem menor soropositividade no início, essa tendência mudou no acompanhamento de 12 meses, com graduados mostrando as taxas mais altas.

Em relação ao status de moradia, proprietários mostraram uma soroprevalência maior do que inquilinos ou aqueles em outras situações de moradia até o marco de 12 meses. Curiosamente, indivíduos desempregados apresentaram as maiores taxas de soropositividade aos 6 meses, mas sofreram uma queda aos 12 meses em comparação com outros grupos.

Fatores Relacionados à Saúde

Fatores de saúde também foram considerados. Aqueles sem cobertura de saúde tinham taxas de soropositividade mais altas no marco de 6 meses em comparação aos com cobertura. Indivíduos com diabetes mostraram taxas de soropositividade mais baixas, embora essa diferença tenha diminuído até o acompanhamento de 12 meses.

O papel das vacinas contra gripe e pneumonia também foi significativo. Aos 12 meses, indivíduos que receberam vacinas contra gripe ou pneumonia tinham uma soroprevalência maior em comparação àqueles que não receberam.

Variação na Soroprevalência do Nucleocapsídeo

A soropositividade para nucleocapsídeo variou entre diferentes grupos demográficos e socioeconômicos. Inicialmente, uma pequena porcentagem de amostras apresentou resultados positivos para o anticorpo nucleocapsídeo. No entanto, até o marco de 12 meses, um número maior de amostras indicou exposição ao vírus. A prevalência de anticorpos nucleocapsídeos foi semelhante na maioria das áreas, mas participantes negros mostraram maior soroprevalência.

Acompanhando os Níveis de Anticorpos ao Longo do Tempo

O estudo também se concentrou em acompanhar os níveis de anticorpos à medida que a pandemia progredia e as vacinações eram realizadas. Anticorpos IgG mostraram forte persistência durante o período do estudo. Um aumento notável na soroprevalência foi ligado à introdução das vacinas, especialmente na revisão de 12 meses.

Resumo dos Resultados

O estudo mostra um aumento significativo na seroreatividade ao SARS-CoV-2 na população dos EUA ao longo de 12 meses, com tendências chave emergindo antes e depois da introdução da vacina. Os dados indicam um aumento acentuado na soropositividade, particularmente devido aos esforços de vacinação.

Identificar padrões entre diferentes grupos demográficos e socioeconômicos ajuda a destacar populações que podem ser vulneráveis a futuras infecções.

Limitações e Conclusão

Como todos os estudos, esse tem suas limitações. Os níveis de anticorpos podem cair com o tempo, levando a desafios na determinação precisa de infecções anteriores. Discrepâncias nas taxas de participação no estudo entre diferentes grupos também podem distorcer os resultados.

Em conclusão, essa pesquisa fornece insights vitais sobre a dinâmica da soroprevalência do SARS-CoV-2 durante um período crítico da pandemia, focando na disseminação da infecção e no impacto da vacinação. Acompanhar essas tendências pode ser essencial para gerenciar futuros surtos de vírus respiratórios e preparar as respostas de saúde pública.

Fonte original

Título: Dynamics of SARS-CoV-2 Seroprevalence in a Large US population Over a Period of 12 Months

Resumo: Due to a combination of asymptomatic or undiagnosed infections, the proportion of the United States population infected with SARS-CoV-2 was unclear from the beginning of the pandemic. We previously established a platform to screen for SARS-CoV-2 positivity across a representative proportion of the US population, from which we reported that almost 17 million Americans were estimated to have had undocumented infections in the Spring of 2020. Since then, vaccine rollout and prevalence of different SARS-CoV-2 variants have further altered seropositivity trends within the United States population. To explore the longitudinal impacts of the pandemic and vaccine responses on seropositivity, we re-enrolled participants from our baseline study in a 6- and 12-month follow-up study to develop a longitudinal antibody profile capable of representing seropositivity within the United States during a critical period just prior to and during the initiation of vaccine rollout. Initial measurements showed that, since July 2020, seropositivity elevated within this population from 4.8% at baseline to 36.2% and 89.3% at 6 and 12 months, respectively. We also evaluated nucleocapsid seropositivity and compared to spike seropositivity to identify trends in infection versus vaccination relative to baseline. These data serve as a window into a critical timeframe within the COVID-19 pandemic response and serve as a resource that could be used in subsequent respiratory illness outbreaks.

Autores: Kaitlyn Sadtler, M. Karkanitsa, Y. Li, S. Valenti, J. Spathies, S. Kelly, L. Yee, J. A. Croker, J. Wang, A. Lucia Alfonso, M. Faust, J. Mehalko, M. Drew, J.-P. Denson, Z. Putman, P. Fathi, T. B. Ngo, N. Siripong, H. Ann Baus, B. Petersen, E. W. Ford, V. Sundaresan, A. Josyula, A. Han, L. T. Giurgea, L. Angela Rosas, R. Bean, R. Athota, L. Czajkowski, C. Klump-Thomas, A. Cervantes-Medina, M. Gouzoulis, S. Reed, B. Graubard, M. D. Hall, H. Kalish, D. Esposito, R. P. Kimberly, S. Reis, M. J. Memoli

Última atualização: 2023-10-21 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.20.23297329

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.20.23297329.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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