Ativação de Macrófagos e Produção de Energia
Explorando como os macrófagos ajustam a produção de energia durante a ativação.
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Índice
Macrófagos são células importantes do sistema imunológico que ajudam a proteger o corpo contra infecções e doenças. Eles conseguem mudar seu comportamento com base nos sinais que recebem do ambiente, especialmente quando encontram substâncias nocivas. Entender como essas células mudam seu uso de energia durante a ativação é fundamental, porque pode revelar novas maneiras de influenciar seu comportamento em doenças.
Mudanças de Energia nos Macrófagos
Quando os macrófagos são ativados por certos sinais, eles passam por mudanças significativas na forma como produzem energia. Normalmente, as células produzem energia por meio de um processo chamado fosforilação oxidativa, que usa principalmente oxigênio. No entanto, ao serem ativados, os macrófagos mudam sua produção de energia para um método diferente chamado Glicólise, que não depende tanto do oxigênio.
A Mudança para Glicólise
Em resposta a sinais como lipopolissacarídeo (LPS), que vem de bactérias, os macrófagos passam a usar principalmente a glicólise para obter energia. Essa mudança está ligada a várias vias metabólicas que alteram como a célula produz energia e quais subprodutos são gerados. Essa mudança geralmente é benéfica para os macrófagos, permitindo que eles respondam de forma mais eficaz às infecções.
Mitocôndrias
Papel dasAs mitocôndrias são as fábricas de energia das células. Elas são cruciais para produzir energia e gerenciar várias funções metabólicas. Nos macrófagos ativados, as mitocôndrias parecem redirecionar seu papel de produzir energia através da fosforilação oxidativa para gerar moléculas de sinalização importantes que ajudam os macrófagos a cumprir suas funções.
Sinais Diferentes, Respostas Diferentes
Pesquisas mostram que nem todos os sinais que ativam os macrófagos levam às mesmas mudanças de energia. Por exemplo, enquanto o LPS normalmente inibe a respiração mitocondrial, outros sinais como Pam3CSK4 não têm o mesmo efeito, mesmo ativando os macrófagos. Isso indica que o processo de ativação pode variar bastante dependendo do tipo de estímulo.
Investigando os Efeitos da Ativação
Para entender melhor como diferentes sinais afetam o uso de energia dos macrófagos, os pesquisadores usam vários métodos. Isso inclui estudos genéticos, onde genes específicos são desativados para ver como isso muda o comportamento dos macrófagos, e abordagens farmacológicas, onde certos compostos são usados para inibir vias específicas.
Principais Descobertas dos Estudos
Nem Todos os Sinais Diminuem a Respiração: Macrófagos ativados com diferentes estímulos nem sempre mostram respiração reduzida. Por exemplo, o uso de Pam3 e Poly I:C juntos leva à diminuição da respiração mitocondrial, mas não quando usados separadamente.
Glicólise Continua Sendo Importante: O aumento da glicólise é crucial para a função dos macrófagos. Quando os macrófagos são ativados, eles conseguem aumentar significativamente sua atividade glicolítica, o que os ajuda a atender à demanda energética de suas respostas imunológicas.
Ácidos Graxos e Outros Sinais: A presença de outros metabolitos como itaconato e succinato também pode promover respostas pro-inflamatórias sem levar necessariamente à diminuição da fosforilação oxidativa. Esses metabolitos desempenham papéis importantes na sinalização em vez da produção de energia.
Óxido Nítrico
O Papel doO óxido nítrico (NO) é uma molécula de sinalização chave gerada durante a ativação dos macrófagos. Ele é produzido pela enzima sintase do óxido nítrico (iNOS) e está envolvido em várias respostas imunológicas. Os níveis de NO influenciam diretamente a função mitocondrial e podem levar à diminuição da capacidade respiratória nos macrófagos.
Como o NO Afeta a Produção de Energia
A produção de NO está ligada à inibição da respiração mitocondrial. Quando altos níveis de NO são produzidos, isso pode levar a uma diminuição na capacidade da célula de gerar energia através da fosforilação oxidativa. Essa inibição foi observada particularmente em macrófagos ativados por combinações de diferentes sinais.
Mudanças Medidas Durante a Ativação
Durante a ativação dos macrófagos, os pesquisadores medem várias propriedades para entender como a produção de energia muda. Isso inclui avaliar o consumo de oxigênio, medir metabolitos e examinar a função mitocondrial.
Mudanças Iniciais vs. Tardias
Os macrófagos respondem primeiro aos sinais de ativação aumentando rapidamente a expressão de genes Inflamatórios. Essas mudanças acontecem em poucas horas. No entanto, quedas notáveis na respiração mitocondrial geralmente ocorrem mais tarde, sugerindo que a resposta imediata não está diretamente ligada à função respiratória.
Expressão de Genes Pro-inflamatórios: Os macrófagos apresentam aumento na expressão de genes inflamatórios logo após a ativação. No entanto, essa resposta inicial não coincide com uma inibição respiratória significativa, indicando que a resposta imune rápida não depende da função mitocondrial reduzida.
Função Mitocondrial e Respiração: Em estágios posteriores da ativação, os pesquisadores descobriram que muitos macrófagos ainda mantinham a função respiratória mesmo quando ativados, sugerindo que eles conseguiam produzir energia de forma eficiente enquanto também respondiam a sinais inflamatórios.
Coletando Evidências de Modelos Humanos
Além dos modelos de camundongos, os pesquisadores também usam macrófagos humanos para entender como esses processos funcionam em nossos corpos. Estudos mostraram que os macrófagos humanos podem acumular metabolitos de sinalização, mesmo mantendo a fosforilação oxidativa.
Descobertas de Macrófagos Humanos
Produção de NO: Os macrófagos humanos também podem produzir NO durante a ativação, levando a mudanças na produção de energia semelhantes às observadas em camundongos. No entanto, a extensão dessas mudanças pode variar muito entre as espécies.
Níveis de Metabolitos: A acumulação de metabolitos como itaconato e succinato foi observada em macrófagos humanos, enfatizando ainda mais a ideia de que essas células podem responder a sinais de ativação sem necessariamente colapsar suas vias de produção de energia.
Respostas In Vivo
Quando olham para os macrófagos em organismos vivos, os pesquisadores descobrem que essas células conseguem manter a respiração mitocondrial enquanto ainda respondem a sinais pro-inflamatórios. Isso tem implicações importantes para entender como essas células funcionam em situações reais.
Observações Chave de Estudos In Vivo
Respiração Mantida: Estudos in vivo mostraram que os macrófagos ativados mantêm sua capacidade de produzir energia de forma eficiente, demonstrando que eles podem engajar uma resposta imune robusta sem sacrificar suas capacidades de produção de energia.
Produção de Citoquinas: Tanto em experimentos in vitro quanto in vivo, foi revelado que os macrófagos ativados produzem citoquinas-chave, que são moléculas de sinalização que ajudam a orquestrar a resposta imunológica.
Conclusão
A relação entre a ativação dos macrófagos e a produção de energia é complexa. Diferentes sinais podem levar a mudanças significativas na forma como essas células produzem energia, mas nem sempre se correlacionam com a diminuição da função mitocondrial. Entender esses processos pode abrir novas vias para intervenções terapêuticas que visem modular o comportamento dos macrófagos em doenças.
Resumindo, os macrófagos são células versáteis que podem ajustar sua produção de energia com base nos sinais que recebem, mantendo suas funções vitais mesmo durante a ativação. Pesquisas futuras continuarão a explorar as nuances dessas mudanças metabólicas e suas implicações para a saúde humana.
Título: Pro-inflammatory macrophage activation does not require inhibition of mitochondrial respiration
Resumo: Pro-inflammatory macrophage activation is a hallmark example of how mitochondria serve as signaling organelles. Upon classical macrophage activation, oxidative phosphorylation sharply decreases and mitochondria are repurposed to accumulate signals that amplify effector function. However, evidence is conflicting as to whether this collapse in respiration is essential or largely dispensable. Here we systematically examine this question and show that reduced oxidative phosphorylation is not required for pro-inflammatory macrophage activation. Only stimuli that engage both MyD88- and TRIF-linked pathways decrease mitochondrial respiration, and different pro-inflammatory stimuli have varying effects on other bioenergetic parameters. Additionally, pharmacologic and genetic models of electron transport chain inhibition show no direct link between respiration and pro-inflammatory activation. Studies in mouse and human macrophages also reveal accumulation of the signaling metabolites succinate and itaconate can occur independently of characteristic breaks in the TCA cycle. Finally, in vivo activation of peritoneal macrophages further demonstrates that a pro-inflammatory response can be elicited without reductions to oxidative phosphorylation. Taken together, the results suggest the conventional model of mitochondrial reprogramming upon macrophage activation is incomplete.
Autores: Ajit S Divakaruni, A. B. Ball, A. E. Jones, K. B. Nguyen, A. Rios, N. Marx, W. Y. Hsieh, K. Yang, B. R. Desousa, K. K. O. Kim, M. Veliova, Z. M. del Mundo, O. S. Shirihai, C. Beninca, L. Stiles, S. J. Bensinger
Última atualização: 2024-05-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.10.593451
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.10.593451.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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