Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Ciências da saúde# Medicina respiratoria

Novo Método de Teste para Pneumonia por Pneumocystis Mostra Promessa

Um estudo explora swabs nasofaríngeos para diagnosticar pneumonia por Pneumocystis.

― 6 min ler


Swabs nasofaríngeos paraSwabs nasofaríngeos paradiagnóstico de PJPPneumocystis.melhorar os testes para pneumonia porPesquisas mostram que swabs podem
Índice

Pneumocystis jirovecii é um fungo minúsculo que pode causar pneumonia, principalmente em pessoas com o sistema imunológico fraco, como os que vivem com HIV/AIDS. Ele também é a causa fúngica mais comum de pneumonia em crianças pequenas que não têm HIV, especialmente as com menos de 5 anos. Mesmo com os avanços na prevenção e tratamento do HIV, muita gente ainda pega pneumonia por causa desse fungo. Isso rola, em parte, porque mais pessoas estão usando medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico, geralmente por causa de transplantes de órgãos ou tratamento de câncer. Além disso, em alguns países em desenvolvimento, gerenciar o HIV ainda é um desafio.

Desafios no Diagnóstico

Um dos principais problemas em diagnosticar Pneumonia por Pneumocystis (PJP) é que o fungo não pode ser cultivado em laboratório. Isso torna um tipo específico de teste chamado reação em cadeia da polimerase (PCR) super importante para o diagnóstico. Os testes de PCR geralmente são feitos em amostras coletadas da parte inferior dos pulmões, como escarro ou líquido dos pulmões. Mas alguns pacientes podem não conseguir fornecer essas amostras. Por exemplo, eles podem estar muito fracos, ser bem novos ou ter dificuldades para respirar. Coletar essas amostras pode ser desconfortável e às vezes arriscado, especialmente com procedimentos que precisam de ferramentas especiais.

Coletar amostras dos pulmões pode precisar de profissionais treinados e equipamentos caros. Isso pode dificultar para pacientes em áreas rurais ou países mais pobres conseguirem testes adequados.

Necessidade de Métodos de Teste Melhores

Precisa ter maneiras mais fáceis e baratas de coletar amostras para testar P. jirovecii que não coloquem os pacientes em risco. Uma alternativa pode ser usar Swabs nasofaríngeos, que são menos invasivos. Porém, não teve pesquisa suficiente recente comparando esses swabs com amostras tradicionais dos pulmões. O último grande estudo sobre isso foi há mais de dez anos e focou só em crianças em países com altas taxas de HIV.

Visão Geral do Estudo

Esse estudo quis ver se swabs nasofaríngeos poderiam ser uma boa opção para testar P. jirovecii ao diagnosticar pneumonia, e como a qualidade da amostra influencia os resultados do teste.

Design do Estudo

A pesquisa envolveu olhar para os registros dos pacientes. Os detalhes do estudo estão em uma lista de verificação que serve de guia.

Local e Participantes

O estudo rolou em Queensland, Austrália, onde cerca de 0,14% da população tem HIV. Os pacientes incluídos na pesquisa eram aqueles suspeitos de ter PJP. Eles já tinham feito o teste de PCR em amostras coletadas dos pulmões e também tiveram swabs nasofaríngeos coletados dentro de uma semana após os testes das amostras pulmonares.

Método de Teste

Os testes de PCR foram feitos tanto nas amostras dos pulmões quanto nos swabs nasofaríngeos. O objetivo principal era descobrir se os testes conseguiam mostrar sinais do fungo. O estudo usou um tipo específico de PCR que procura o DNA do fungo nas amostras.

Avaliando a Qualidade da Amostra

Para checar a qualidade das amostras, os pesquisadores analisaram um tipo específico de DNA humano como marcador. Isso ajudou a entender quantas células humanas estavam presentes na amostra. Quanto mais células humanas, melhor a qualidade da amostra.

Análise Estatística

Os pesquisadores focaram nos pacientes que tinham os resultados dos swabs nasofaríngeos disponíveis e verificaram quantos tinham amostras de alta qualidade. Eles calcularam vários valores para avaliar como os swabs nasofaríngeos estavam detectando PJP em comparação com as amostras dos pulmões.

Resultados

Um total de 111 pacientes atenderam aos critérios para serem incluídos no estudo. Alguns pacientes tinham dados faltando, o que foi anotado. Aqueles diagnosticados com PJP testaram positivo para o fungo através do PCR nas amostras dos pulmões.

Os achados mostraram que os swabs nasofaríngeos eram muito precisos em identificar casos de PJP. Se o resultado do teste fosse positivo, significava que o paciente provavelmente tinha PJP. No entanto, o teste perdeu alguns casos, ou seja, não era tão eficaz em encontrar todas as instâncias de PJP em comparação com as amostras dos pulmões.

A qualidade das amostras foi crucial. Swabs nasofaríngeos que deram positivo para PJP tinham uma quantidade maior de DNA humano, indicando melhor qualidade, em comparação com aqueles que deram resultados falso negativos.

Importância da Coleta de Amostras

Os resultados indicaram que ter amostras de melhor qualidade melhora as chances de um diagnóstico correto. Uma forma de fazer isso é coletar mais de um swab do paciente. Isso poderia aumentar a precisão dos resultados significativamente. Por exemplo, usar dois swabs poderia elevar a sensibilidade do teste para cerca de 88%.

A importância de coletar mais de um espécime também foi destacada em comparações com outros testes, como os de COVID-19, que tiveram taxas de detecção melhoradas quando múltiplas amostras foram testadas.

Conclusões no Contexto

Essa pesquisa é notável por ser uma das primeiras a investigar o uso de swabs nasofaríngeos para o diagnóstico de PJP em adultos em lugares com baixa prevalência de HIV. Um benefício de usar esses swabs é que os médicos poderiam testar outras possíveis infecções ao mesmo tempo. Neste estudo, alguns pacientes com PJP também tiveram confirmação de infecções virais através de testes de PCR.

Limitações

Os achados podem não se aplicar a crianças, já que nenhuma delas fez parte do estudo. O tamanho da amostra foi relativamente pequeno e, como o estudo foi observacional, poderia ter potenciais vieses. No entanto, os pesquisadores incluíram pacientes de diversos hospitais públicos em Queensland ao longo de dois anos para ajudar a reduzir esse risco.

É importante notar também que, embora os resultados tenham mostrado promissora, mais pesquisas são necessárias. Estudos futuros devem analisar um grupo maior de pacientes para ver se os achados se mantêm válidos em diferentes contextos e populações.

Conclusão

O estudo destacou as possíveis vantagens de usar swabs nasofaríngeos para diagnosticar pneumonia por Pneumocystis. As descobertas apoiam a necessidade de um estudo maior para confirmar esses resultados. Ter métodos de teste alternativos poderia facilitar para os pacientes receberem diagnósticos precisos e rápidos, melhorando assim os resultados do tratamento.

Fonte original

Título: Comparison of nasopharyngeal swab vs. lower respiratory tract specimen PCR for the diagnosis of Pneumocystis jirovecii pneumonia

Resumo: Background and objectiveDiagnosis of P. jirovecii pneumonia (PJP) is by PCR on lower respiratory tract specimens, the collection of which is not always well-tolerated and requires trained staff and costly equipment not usually available in low-resource settings. We aimed to evaluate P. jirovecii PCR performed on nasopharyngeal swabs (NPS) as a diagnostic test for PJP, as well as the impact of specimen quality on test performance. MethodsPatients with clinically-suspected PJP in public hospitals in Queensland, Australia, who had quantitative P. jirovecii PCR performed on lower respiratory tract specimens from 1 January 2015 to 31 December 2016, and also had NPS collected by healthcare staff within seven days of lower respiratory tract specimen collection were included in this retrospective cohort study. Quantitative P. jirovecii PCR was performed, and sensitivity, specificity, and positive and negative predictive values were calculated. Specimen quality was assessed by quantifying endogenous retrovirus 3 (ERV3) loads, with higher values indicating better specimen quality. ResultsOne hundred and eleven patients were included. The sensitivity of NPS P. jirovecii PCR was 0.66 and specificity was 1.0. The positive predictive value was 1.0 and the negative predictive value was 0.63. Median ERV3 loads in lower respiratory tract specimens and NPS were not significantly different in true positive vs. true negative patients, but was significantly higher in true positives vs. false negatives (7.55x102 vs. 3.67x102; P=0.05). ConclusionP. jirovecii PCR on NPS was highly specific but poorly sensitive. Proper specimen collection is essential to ensure adequate quality and prevent misclassification. Summary at a GlanceUsing nasopharyngeal swabs instead of lower respiratory tract specimens for PCR to diagnose P. jirovecii pneumonia (PJP) may be better tolerated and improve diagnostic accessibility. In this two-year retrospective cohort study of patients with clinically-suspected PJP from Queensland, Australia, P. jirovecii PCR on NPS had high specificity but low sensitivity.

Autores: Rusheng Chew, S. Tozer, K. Ulett, D. Paterson, D. Whiley, T. Sloots, D. Fielding, C. Zappala, F. Bashirzadeh, J. Hundloe, C. Bletchley, M. Woods

Última atualização: 2023-10-30 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.28.23297710

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.28.23297710.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes