Saúde Mental e Discriminação na Adolescência
Analisando a ligação entre transtornos mentais e discriminação entre jovens.
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Índice
Transtornos Mentais são comuns entre as pessoas, especialmente os adolescentes. Eles geralmente vão junto com experiências de Discriminação, o que pode levar a resultados negativos em várias áreas da vida. Muitos jovens enfrentam problemas de saúde mental, com números alarmantes afetados por esses desafios, especialmente após a pandemia de COVID-19. Junto aos problemas de saúde mental, os relatos de discriminação com base em etnia, cor da pele ou religião estão alarmantemente altos.
A Ligação Entre Transtornos Mentais e Discriminação
A discriminação pode afetar muito a saúde mental de uma pessoa. Jovens adultos que enfrentam discriminação estão em maior risco de vários problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Por outro lado, pessoas com transtornos mentais também podem enfrentar mais casos de discriminação. A relação entre problemas de saúde mental e discriminação é complexa e pode acontecer nos dois sentidos: problemas de saúde mental podem levar à discriminação, ou viver a discriminação pode levar a problemas de saúde mental.
Fatores Que Influenciam a Saúde Mental e a Discriminação
O gênero também desempenha um papel importante nas experiências de discriminação. Pesquisas indicam que a discriminação muitas vezes começa na transição da infância para a adolescência. Vários fatores, incluindo educação, renda Familiar e origem étnica, contribuem para esse problema. Esses fatores tendem a se agrupar dentro das famílias, com crianças geralmente compartilhando origens socioeconômicas semelhantes com seus pais.
Influência Familiar na Saúde Mental
Estudos com gêmeos e famílias ajudaram a entender como fatores genéticos e ambientais contribuem para problemas de saúde mental. Famílias onde um membro tem um transtorno mental podem enfrentar mais isolamento social e dificuldades econômicas. Além disso, pessoas que desenvolvem problemas de saúde mental em uma idade mais jovem costumam ter menos acesso a tratamento e enfrentam piores resultados de saúde depois.
Explorando o Confundimento Familiar
Confundimento familiar se refere a como características familiares compartilhadas podem impactar a relação entre saúde mental e discriminação. Entender essa conexão é vital para desenhar intervenções eficazes. Pesquisadores podem estudar gêmeos para controlar esses fatores familiares, já que gêmeos compartilham um ambiente e um histórico genético semelhantes.
Objetivos da Pesquisa
Neste estudo, os pesquisadores tinham três objetivos:
- Examinar a ligação entre transtornos mentais diagnosticados e discriminação percebida.
- Determinar se fatores familiares influenciam essa conexão.
- Investigar se essa influência familiar é diferente para homens e mulheres.
Desenho do Estudo
A pesquisa envolveu duas coortes de gêmeos do mesmo sexo do Estudo TwinLife na Alemanha. A pesquisa inicial foi realizada em 2014-2015, seguida de um acompanhamento em 2016-2017. Um total de 4.088 gêmeos participou. A discriminação foi avaliada por meio de experiências autorrelatadas ao longo do último ano, enquanto os problemas de saúde mental também foram relatados pelos participantes.
Principais Descobertas sobre Discriminação e Transtornos Mentais
O foco principal era identificar como a experiência de discriminação se relacionava com ter um transtorno mental. Os resultados mostraram que indivíduos com transtornos mentais relataram taxas mais altas de discriminação. No entanto, ao considerar fatores familiares compartilhados, essa associação enfraqueceu significativamente.
Análise Estatística
Usando métodos estatísticos, os pesquisadores avaliaram as diferenças entre os grupos em relação à ocorrência de discriminação. Eles também calcularam correlações dentro dos pares de gêmeos para entender melhor os fatores de risco familiares. Modelos de regressão logística foram empregados para analisar a relação entre problemas de saúde mental e discriminação, ajustando-se a outros fatores.
Insights sobre Influências Familiares e de Gênero
As descobertas indicaram que ter um transtorno mental estava positivamente relacionado a experimentar discriminação, mesmo quando ajustado por fatores como sexo e satisfação com a vida. No entanto, ao observar pares de gêmeos, a associação desapareceu em grande parte, implicando que características familiares compartilhadas influenciaram significativamente tanto a saúde mental quanto as experiências de discriminação.
Gêneros
Diferenças EntreA análise mostrou que gêmeos homens com transtornos mentais tinham um risco muito maior de enfrentar discriminação em comparação com as mulheres. Essa descoberta sugere que intervenções podem precisar ser ajustadas com base no gênero, focando mais nos homens que podem ser mais suscetíveis a influências familiares.
O Papel do Status Migratório
O status migratório foi encontrado como relacionado à discriminação na análise preliminar, mas perdeu importância quando outros fatores foram considerados. No entanto, os migrantes ainda enfrentaram taxas mais altas de discriminação, destacando a necessidade de esforços de prevenção direcionados.
Interseccionalidade e Implicações Mais Amplas
A discriminação geralmente é complexa, resultando de múltiplos fatores combinados, em vez de uma única causa. Um entendimento melhor da interseção entre saúde mental e discriminação é essencial para desenhar intervenções eficazes. Abordar determinantes sociais da saúde e trabalhar em direção à equidade social pode ser um passo crucial para combater esses problemas.
Limitações do Estudo
O estudo teve algumas limitações. Diagnósticos autorrelatados podem não capturar a totalidade dos transtornos mentais presentes. Além disso, os pesquisadores podem não ter considerado todas as possíveis causas da discriminação devido ao tamanho limitado da amostra. Outra preocupação é o desafio de estabelecer uma relação direta de causa e efeito devido às limitações nas avaliações de linha do tempo.
Conclusão
As evidências dessa pesquisa indicam que a relação entre transtornos mentais e discriminação não é simples. Fatores familiares desempenham um papel crucial, levando à conclusão de que intervenções destinadas a reduzir a discriminação e melhorar a saúde mental devem envolver membros da família. Essa abordagem pode ser especialmente benéfica para jovens homens que mostram uma associação maior com esses problemas.
Recomendações para Pesquisas Futuras
Futuras pesquisas devem considerar uma gama mais ampla de fatores, incluindo influências genéticas e aspectos ambientais, para entender melhor suas interações. Há uma necessidade de pesquisa que foque em populações diversas para obter insights sobre como diferentes grupos vivenciam saúde mental e discriminação.
Implicações Gerais para a Sociedade
As descobertas ressaltam os desafios sociais contínuos relacionados à saúde mental e discriminação. Abordar esses problemas de forma abrangente pode ajudar a quebrar o ciclo de desvantagem, oferecendo melhor suporte para adolescentes e jovens adultos que enfrentam esses desafios.
Título: Mental disorders and discrimination: a prospective cohort study of young twin pairs in Germany
Resumo: BackgroundMental disorders and discrimination share common risk factors. The association between having a mental disorder and experiencing discrimination is well-known, but the extent to which familial factors, such as genetic and shared environmental factors, might confound this association, including gender differences in familial confounding, remains unexplored. AimsWe investigated potential unmeasured familial confounding in the relationship between mental disorders and discrimination. MethodWe examined 2,044 same-sex twin pairs aged 16-25 years from the German population-based study TwinLife. We used a matched design and random-effects regression applied to within-individual and within-and-between pair models for the association between mental disorder and discrimination, and used likelihood ratio tests (LRTs) to compare these models. Multivariable models were adjusted for body-mass-index, educational attainment, and global life satisfaction. ResultsMental disorder and discrimination were associated in the adjusted within-individual model (adjusted odds ratio=2.19, 95% Confidence Interval:1.42-3.39, P
Autores: Lucas Calais-Ferreira, G. Armstrong, E. Hahn, G. Newton-Howes, J. Foulds, J. L. Hopper, F. M. Spinath, P. Kurdyak, J. T. Young
Última atualização: 2023-11-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.01.23297942
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.01.23297942.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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