Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Biologia de sistemas

Como as conexões das células do coração afetam a viagem dos sinais

Um estudo mostra que as formas das conexões das células influenciam os sinais do batimento cardíaco.

― 8 min ler


Insights do Estudo deInsights do Estudo deConexão do Coraçãoimpactam a sinalização do coração.Analisando como as formas das células
Índice

O nó sinoatrial (SAN) é uma parte chave do coração. Ele funciona como o marcapasso natural, controlando o ritmo do coração. O SAN gera sinais elétricos que se espalham pelo coração, fazendo com que ele contraia e bombeie sangue. Se algo der errado nesse processo, pode causar vários problemas cardíacos, incluindo síndrome taquicardia-bradicardia ou parada do SAN. Um problema possível é conhecido como bloqueio de saída, que acontece quando os sinais não conseguem viajar suavemente do SAN para outra parte do coração chamada Átrio Direito (AD).

Esse bloqueio de saída pode ocorrer se a conexão entre o SAN e o AD for fraca. Outro problema surge pelo fato de que as células no AD têm um estado elétrico em repouso mais baixo em comparação com as células do SAN. Em termos simples, isso significa que as células do AD podem inibir o ritmo natural do SAN se não houver uma barreira adequada. Essa incompatibilidade nos estados elétricos entre o SAN e o AD pode criar desafios para manter um batimento cardíaco saudável.

Os pesquisadores pensaram em ideias sobre como o SAN pode lidar com esses desafios. Uma das ideias mais simples gira em torno do conceito de ter diferentes níveis de conexões entre os componentes do SAN. Algumas partes do SAN estão mais fortemente conectadas do que outras. Essa configuração pode proteger a área central do SAN dos efeitos negativos do estado elétrico do AD, enquanto ainda permite que o SAN estimule o AD adequadamente.

Em muitos animais, incluindo humanos, o centro do SAN tem menos conexões em comparação com as partes externas. Essa observação apoia a ideia de um modelo de gradiente, onde conexões mais fortes em certas áreas podem ajudar a manter a função do SAN. Além disso, o SAN é isolado do AD, protegendo-o ainda mais do estado elétrico mais baixo do AD. Os sinais viajam do SAN para o AD através de caminhos específicos formados por conexões entre células.

Em alguns estudos, previu-se que uma certa mistura de conexões e tipos celulares nesses caminhos ajudaria a prevenir bloqueios de saída. Há também evidências sugerindo que diferentes Tipos de Células podem existir entre o SAN e o AD, atuando como uma ponte. Essas células de transição podem ter propriedades típicas tanto das células do SAN quanto das células do AD, permitindo uma conexão mais suave.

Outra ideia explora a presença de interfaces interdigitadas entre as células do SAN e do AD. Essas interfaces criam uma conexão mais complexa e também podem melhorar a eficiência da propagação dos sinais. Em um estudo, os pesquisadores descobriram que essas interdigitâncias poderiam melhorar a propagação dos sinais quando conexões fortes estavam presentes.

Neste artigo, nosso objetivo é investigar mais a fundo como essas interdigitâncias podem prevenir bloqueios de saída. Vamos estudar diferentes formas de saliências que podem existir nessas interfaces para descobrir quais delas permitem que os sinais viajem de forma mais eficaz. Esse entendimento pode ajudar a guiar a criação de modelos laboratoriais que imitam a relação entre as células do SAN e do AD, especialmente em termos de formas que proporcionem conexões ideais.

Métodos de Pesquisa

Para estudar o impacto da interdigitação na ligação entre as células do SAN e do AD, usamos um modelo bidimensional. Neste modelo, analisamos como os sinais elétricos se espalham das células do SAN através de uma interface interdigitada para um tecido similar ao AD. Nosso modelo combina uma representação do SAN, AD e sua interface com modelos que simulam o comportamento elétrico das células em um nível detalhado.

Configuramos nosso modelo com base em condições laboratoriais típicas, onde um grupo de células do SAN se conecta com um grupo de células do AD através de caminhos estreitos. Essa configuração imita como o SAN se comunica com o AD de forma simplificada.

Focando na interdigitação, limitamos nosso estudo a dois tipos principais de células, ignorando as células de transição hipotéticas para maior clareza. Examinamos como os sinais viajam ao longo de limites irregulares que lembram a estrutura interdigitada. As simulações iniciais mostraram que interfaces interdigitadas de forma irregular poderiam levar a mais bloqueios de saída em comparação com limites lisos.

Assim, identificamos três características principais dessas bordas de tecido irregulares:

  1. Aumento do comprimento da borda devido à mistura dos dois tipos celulares.
  2. Interdigitação das formas celulares.
  3. Bordas não retas que levam a atrasos nos sinais chegando às células do AD.

Ao estudar esses três aspectos separadamente, identificamos que bordas mais longas com saliências de tamanho médio apoiavam uma melhor propagação dos sinais.

Resultados

Efeito do Comprimento da Interface

Primeiro, olhamos como o comprimento total da interface afeta a viagem dos sinais entre as células do SAN e do AD. Variamos a largura do tecido de conexão enquanto mantivemos a forma da borda consistente. Hipotetizamos que caminhos mais longos melhorariam a propagação dos sinais.

Nossas descobertas revelaram que um tecido de conexão mais largo, chamado de istmo, permite conexões mais fortes entre as células do AD. Isso resulta em ativação eficaz do tecido atrial. No entanto, se o istmo ficar muito largo, pode realmente suprimir a ativação espontânea das células do SAN devido às conexões fortes.

Influência da Morfologia da Interdigitação

Depois, consideramos a forma da interface. Ajustando as formas das saliências enquanto mantivemos o comprimento total da borda constante, conseguimos ver como diferentes designs afetavam a viagem dos sinais.

Executamos uma série de testes com vários padrões de interdigitação e descobrimos que saliências de tamanho médio melhoraram a confiabilidade da propagação dos sinais. Por outro lado, saliências menores ou maiores ofereceram menos melhorias. Esses resultados indicam que não é qualquer forma que funciona; o tamanho e a configuração das saliências são essenciais para uma transferência eficaz dos sinais.

Ativação Assíncrona

Um aspecto adicional que exploramos foi como a ativação assíncrona impacta a propagação dos sinais. Notamos que em alguns casos, os potenciais de ação chegavam à borda em momentos diferentes, levando a uma transmissão geral menos eficaz. Para entender isso melhor, criamos bordas inclinadas para ver como afetavam o tempo de chegada dos sinais.

N nossas observações indicaram que quando as bordas eram inclinadas, a ativação poderia ser melhorada; no entanto, isso ainda era menos eficaz do que com bordas retas do mesmo comprimento. Isso sugere que, embora certas formas de borda possam melhorar a propagação, a consistência no tempo é crucial.

Implicações

Entender as conexões entre o SAN e o AD é vital para garantir um batimento cardíaco saudável. Nossas descobertas apoiam a ideia de que as formas e estruturas na interface entre esses dois tipos de células influenciam muito como os sinais elétricos podem viajar.

Identificando quais formas melhoram a viagem dos sinais e quais a dificultam, podemos trabalhar para criar melhores modelos para estudar a função cardíaca no laboratório. Isso pode levar a avanços em tratamentos para condições cardíacas em que a propagação dos sinais é interrompida.

No geral, nosso estudo destaca a importância tanto da geometria quanto do tempo no sistema elétrico do coração. Pesquisas futuras podem se basear nessas percepções para aumentar nosso entendimento dos ritmos cardíacos e melhorar a saúde do coração.

Conclusão

Resumindo, a forma e a estrutura das conexões entre as células do SAN e do AD desempenham um papel significativo em como os sinais elétricos se propagam bem. Nosso trabalho demonstra que saliências de tamanho médio melhoram a transmissão dos sinais, enquanto formas irregulares ou largura excessiva podem criar desafios.

Focando nesses fatores, podemos ter uma imagem mais clara de como modelar os ritmos cardíacos no laboratório. Isso ajudará os pesquisadores a desenvolver melhores estratégias para lidar com distúrbios do ritmo cardíaco e melhorar a saúde cardíaca geral.

Por fim, as propriedades geométricas nas interfaces de diferentes tipos de células do coração são cruciais, sugerindo que futuros estudos devam continuar a explorar essas relações em várias configurações para aprimorar ainda mais nosso entendimento de como o coração funciona.

Fonte original

Título: In silico model suggests that interdigitation promotes robust activation of atrial cells by pacemaker cells

Resumo: The heartbeat is initiated by electrical pulses generated by a specialized patch of cells called the sinoatrial node (SAN), located on top of the right upper chamber, and then passed on to the atrium. Cardiac arrhythmias may arise if these electrical pulses fail to propagate toward the atrial cells. This computational modeling study asks how the morphology of the interface between sinoatrial (pacemaker) cells and atrial cells can influence the robustness of pulse propagation. Due to its strong negative potential, the atrium may suppress the pacemaker activity of the SAN if the electrical coupling between atrial cells is too strong. If the electrical coupling is too weak, however, the pacemaker cells cannot activate the atrial cells due to a source-sink mismatch. The SAN and atrium are connected through interdigitating structures, which are believed to contribute to the robustness of action potentials and potentially solve this trade-off. Here we investigate this interdigitation hypothesis using a hybrid model, integrating the cellular Potts model (CPM) for cellular morphology and partial-differential equations-based electrophysiological models for pulse propagation. Systematic examination of interdigitation patterns revealed that a symmetric geometry with medium-sized protrusions can prevent exit blocks. We conclude that interdigitation of SAN cells and atrial cells can promote robust propagation of action potentials toward the atrial tissue but only if the protrusions are of sufficient size and synchronicity of the action potential wave is maintained due to symmetry. This study not only highlights essential design principles for in vitro models of cardiac arrhythmias, but also provides insights into the occurrence of exit blocks in vivo. Author summaryOur hearts beat automatically and robustly. This autonomous heartbeat is initiated by electrical pulses generated by a specialized patch of cells called the sinoatrial node, located on top of the right upper chamber. These pulses can be interpreted as electrical signals that allow the heart muscle to contract. The heart muscle cells surrounding the sinoatrial node tend to hinder this spontaneous activation because of a mismatch in electrical properties. Therefore, the pacemaker cells must be sufficiently electrically insulated from their surroundings. However, full insulation of the pacemaker cells would hinder propagation of the activation pulse toward the rest of the heart. A common hypothesis is that the sinoatrial node is fully insulated, except for some specialized pathways. We have studied the arrangement of different cell types within these pathways with the central question: how should the sinoatrial node and atrium be connected to ensure robust propagation of the electrical pulse? We implemented a computational model inspired by in vitro experimental setups and found several relevant mechanisms. For example, we found that a folding-finger-like structure between the cell types can dramatically improve the robustness of action potentials propagating in such a tissue, provided that the folds do not become too small. This study may help improve design of in vitro models of sinoatrial node diseases.

Autores: Roeland M.H. Merks, M. A. de Jong

Última atualização: 2024-05-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.15.594103

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.15.594103.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes