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Insights Genéticos sobre a Síndrome de Microcefalia-Linfedema-Chorioretinopatia

Uma olhada nas causas genéticas e sintomas da MLC.

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Síndrome de microcefalia-Linfedema-coriorretinopatia (MLC) é uma condição genética que pode afetar vários sistemas do corpo. Ela é passada de forma autossômica dominante, o que significa que uma cópia do gene mutado de um dos pais pode causar o distúrbio. Essa condição pode resultar em vários problemas, incluindo tamanho pequeno da cabeça, acúmulo de líquido nos tecidos (linfedema), problemas oculares e, às vezes, dificuldades cognitivas.

Cerca da metade das pessoas com MLC apresentam sinais de linfedema Congênito, que é o inchaço causado pelo acúmulo de líquido linfático. A maioria dos casos de MLC está ligada a mudanças em um gene chamado KIF11. Esse gene é crucial para os processos do ciclo celular e influencia a formação e o movimento de estruturas dentro das células.

Embora as mutações no KIF11 estejam ligadas a muitos sintomas da MLC, as razões exatas pelas quais essas mutações levam ao linfedema ainda não estão claras. O KIF11 codifica uma proteína que desempenha um papel fundamental na divisão celular. A falta de uma função adequada do KIF11 pode desregular várias atividades celulares, o que pode explicar a gama de sintomas observados em pacientes com MLC.

Sintomas e Características Clínicas

Indivíduos com MLC costumam ter sintomas bem visíveis ao nascer. Um sintoma comum é o linfedema, que geralmente aparece nas pernas e pés. O inchaço costuma afetar mais um lado do que o outro, e a condição pode ser persistente.

Algumas pessoas afetadas também enfrentam problemas no sistema digestivo, incluindo dificuldade para engolir e diarreia. Esses sintomas gastrointestinais são menos comuns, mas importantes para a avaliação clínica. Outros sintomas da MLC podem incluir atrasos no Desenvolvimento e problemas visuais, como questões na retina.

Como a MLC tem sintomas sobrepostos a outras condições, às vezes pode ser confundida com outros distúrbios genéticos. Por exemplo, a combinação de linfedema e outros sintomas pode ser confundida com a doença de Milroy, que é causada por mutações em um gene diferente (VEGFR3).

O Papel do KIF11 na Função Linfática

O gene KIF11 tem sido estudado para entender seu papel na MLC. Variações nesse gene frequentemente resultam em uma produção reduzida da proteína associada, que pode desregular funções celulares normais. Essa redução na função pode contribuir para o linfedema e outros problemas de desenvolvimento.

KIF11 é essencial para vários processos celulares importantes, incluindo a divisão e o movimento de vários componentes celulares. Quando a proteína KIF11 não funciona corretamente, pode levar a problemas na migração celular e na formação de novos vasos sanguíneos e linfáticos. Esses processos são cruciais durante as fases iniciais do desenvolvimento.

Entendendo os Mecanismos por trás da MLC

Os mecanismos subjacentes da MLC são complexos e ainda estão sendo investigados. Os pesquisadores se concentram na expressão genética - como os genes são ativados ou desativados durante o desenvolvimento - e como esses processos se relacionam com os sintomas vistos nos pacientes.

Para explorar isso, estudos foram realizados usando vários modelos, incluindo células de indivíduos afetados e modelos animais como camundongos e zebrafish. Esses modelos ajudam os cientistas a observar como as mutações no KIF11 afetam o desenvolvimento e a função normal do sistema linfático.

Ao estudar esses modelos, os pesquisadores podem identificar mudanças específicas em células e tecidos que se relacionam com os sintomas da MLC. Acredita-se que a falha do KIF11 leve a problemas na sinalização celular, particularmente em vias que regulam o comportamento das células linfáticas.

Descobertas de Pesquisa sobre Função Linfática e KIF11

Nos pacientes com MLC, os pesquisadores descobriram que a função linfática geralmente está comprometida. Testes diagnósticos, como a linfoscintigrafia, que visualiza o fluxo de líquido linfático, mostraram que os vasos linfáticos podem não funcionar corretamente.

Em alguns indivíduos, as estruturas linfáticas estão ausentes ou significativamente reduzidas. Essas descobertas estão alinhadas com os sintomas de linfedema. Em um paciente, investigações também revelaram linfangiectasia Intestinal, uma condição caracterizada pelo inchaço dos vasos linfáticos nos intestinos, sugerindo que mutações no KIF11 também podem impactar processos digestivos.

A análise de células de pacientes com MLC revelou uma diminuição significativa nos níveis da proteína KIF11. Essa redução na proteína pode levar a uma capacidade diminuída de regular o movimento celular e manter a integridade das estruturas linfáticas.

Além disso, estudos indicaram que mutações no KIF11 podem resultar em splicing alternativo, onde certos segmentos do RNA são processados incorretamente. Isso pode complicar ainda mais a produção de proteínas funcionais necessárias para o desenvolvimento linfático.

Modelos de Zebrafish e Camundongos na Pesquisa sobre MLC

Zebrafish e camundongos servem como modelos importantes para estudar a MLC. Os pesquisadores podem observar como mudanças no gene KIF11 impactam o desenvolvimento nesses organismos. Em zebrafish, por exemplo, os cientistas podem manipular genes facilmente e ver os efeitos imediatos no crescimento e na função.

Quando os pesquisadores criaram zebrafish com o gene KIF11 desativado, perceberam defeitos sérios no desenvolvimento inicial, indicando que o gene é crucial para o crescimento embrionário adequado. Embora as implicações completas ainda estejam sendo exploradas, essas descobertas apoiam a ideia de que o KIF11 desempenha um papel importante na formação e função do sistema linfático.

Usando modelos de camundongos, os cientistas também examinaram como as mutações no KIF11 se manifestam em um organismo vivo. Eles descobriram que, enquanto camundongos heterozigotos (aqueles com um gene normal e um gene mutado) parecem normais, aqueles que não têm KIF11 totalmente não sobrevivem, demonstrando o papel essencial do gene no desenvolvimento.

Investigando Vulnerabilidades Linfáticas

Através desses estudos, os pesquisadores ganharam insights sobre como o KIF11 influencia o comportamento das células linfáticas. Uma descoberta significativa é que a redução da atividade do KIF11 pode prejudicar a migração celular, que é crítica para a formação de vasos linfáticos.

Quando células endoteliais linfáticas (LECs) foram submetidas a testes que avaliavam sua capacidade migratória, foi observada uma diminuição notável em seu movimento quando a função do KIF11 foi inibida. Essa migração prejudicada pode dificultar o desenvolvimento normal das vias linfáticas, levando ao linfedema visto em pacientes com MLC.

Além disso, os estudos indicaram que o KIF11 interage com outras vias de sinalização, particularmente aquelas envolvendo VEGFR3, um regulador chave do desenvolvimento linfático. Mudanças nas vias de sinalização AKT e MAPK foram notadas, sugerindo que mutações no KIF11 podem desregular essas importantes linhas de comunicação celular.

Implicações para Tratamento e Pesquisa Futura

Entender a conexão entre mutações no KIF11 e a MLC abre portas para tratamentos potenciais. Ao compreender os mecanismos celulares subjacentes, os pesquisadores podem desenvolver terapias direcionadas que podem ajudar a melhorar a função linfática em pacientes afetados.

Pesquisas futuras podem se concentrar em abordagens farmacológicas que possam aumentar a função de vias alternativas ou compensar a perda de atividade do KIF11. Por exemplo, explorar ativadores de AKT poderia ser uma forma de ajudar as células endoteliais linfáticas a superar algumas das deficiências causadas pelas mutações do KIF11.

Além disso, investigar a interação entre KIF11 e outras proteínas envolvidas no desenvolvimento linfático pode levar a novas estratégias terapêuticas. Esses estudos também podem ajudar a esclarecer se modificações dietéticas específicas ou mudanças no estilo de vida podem aliviar os sintomas de linfangiectasia intestinal ou linfedema em pacientes com MLC.

Conclusão

A MLC é uma condição genética multifacetada ligada a variações no gene KIF11, causando uma gama de sintomas, principalmente linfedema. A pesquisa em andamento visa desvendar as complexidades de como as mutações no KIF11 impactam as vias linfáticas e outras vias de desenvolvimento.

Usando modelos genéticos avançados e células derivadas de pacientes, os cientistas começaram a iluminar como o papel do KIF11 na função celular e nas vias de sinalização contribui para os sintomas da MLC. Compreender esses processos é crucial para desenvolver terapias direcionadas que possam melhorar a qualidade de vida de indivíduos com essa síndrome.

À medida que a pesquisa avança, a esperança é descobrir mais detalhes que ajudarão no diagnóstico e tratamento da MLC, levando a melhores resultados de saúde para aqueles afetados por essa condição desafiadora.

Fonte original

Título: Insights into KIF11 pathogenesis in Microcephaly-Lymphedema-Chorioretinopathy syndrome: a lymphatic perspective.

Resumo: Pathogenic variants in kinesin KIF11 underlie microcephaly-lymphedema-chorioretinopathy (MLC) syndrome. Although well known for regulating spindle dynamics ensuring successful cell division, the association of KIF11 (encoding EG5) with development of the lymphatic system, and how KIF11 pathogenic variants lead to lymphatic dysfunction and lymphedema remain unknown. Using patient-derived lymphoblastoid cells, we demonstrate that MLC patients carrying pathogenic stop-gain variants in KIF11 have reduced mRNA and protein levels. Lymphoscintigraphy showed reduced tracer absorption, and intestinal lymphangiectasia was detected in one patient, pointing to impairment of lymphatic function caused by KIF11 haploinsufficiency. We reveal that KIF11 is expressed in early human and mouse development with the lymphatic markers VEGFR3, Podoplanin and PROX1. In zebrafish, scRNA-seq identified KIF11 specifically expressed in endothelial precursors. In human lymphatic endothelial cells (LECs), EG5 inhibition with Ispinesib, reduces VEGFC-driven AKT phosphorylation, migration and spheroid sprouting. KIF11 knockdown reduces PROX1 and VEGFR3 expression, providing for the first time a link between KIF11 and drivers of lymphangiogenesis and lymphatic identity.

Autores: Silvia Martin-Almedina, K. Ogmen, S. Dobbins, I. Martinez-Corral, R. Y. Behncke, R. C. Brown, S. Ulferts, N. R. Hansmeier, E. Sackey, A. Alqahtani, C. Karapouliou, D. Grigoriadis, M. Oberlin, D. Williams, A. Ekici, K. Karaer, S. Jeffery, P. Mortimer, K. Gordon, B. Hogan, T. Makinen, R. Haegerling, S. Mansour, P. Ostergaard

Última atualização: 2023-11-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.02.23297090

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.02.23297090.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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