Abordando o preconceito de gênero na transcrição de voz cantada
Analisando a justiça na tecnologia de transcrição de voz cantada entre os gêneros.
― 9 min ler
Cantar é uma forma única de fazer música que envolve duas coisas principais: as letras (as palavras) e as melodias (as notas). As pessoas cantam de maneiras diferentes, e é comum que homens e mulheres tenham sons distintos ao cantar. Essa diferença inclui aspectos como tom e altura. Embora saibamos que essas diferenças existem, não foi totalmente analisado como elas afetam a tecnologia usada para transcrever vozes cantantes em música escrita. Esse processo de transcrição é conhecido como Transcrição de Voz Cantada (TVC). Se houver diferenças em como homens e mulheres são transcritos, isso pode gerar problemas de equidade, impactando a experiência das pessoas com tecnologias que dependem da TVC.
O Problema em Questão
Ao olharmos para as diferenças em como homens e mulheres cantam, precisamos ter cuidado. Nossas descobertas sugerem que a tecnologia que transcreve o canto masculino e feminino não funciona da mesma forma entre os gêneros. Parece que os sistemas de TVC tendem a ter um desempenho melhor nas vozes femininas em comparação às masculinas. Essa diferença no desempenho levanta questões sobre a equidade no uso dessas tecnologias.
Muitos fatores podem contribuir para essas diferenças observadas, incluindo a faixa de alturas que homens e mulheres costumam cantar. Analisando vários conjuntos de dados, descobrimos que as mulheres geralmente cantam em alturas mais altas do que os homens. Além disso, um equilíbrio entre as vozes masculinas e femininas não é consistente em diferentes níveis de altura. Essa inconsistência pode levar a uma situação em que a tecnologia usada para transcrever vozes cantantes favorece um gênero em relação ao outro.
O Impacto do Viés na Tecnologia
Nos últimos anos, os avanços em aprendizado de máquina tornaram mais fácil para a tecnologia realizar tarefas que antes exigiam esforço humano. No entanto, o viés pode se infiltrar nesses sistemas, levando a um tratamento injusto de certos grupos com base em características sensíveis como gênero, idade ou raça. Quando sistemas tendenciosos são usados, eles podem reforçar estereótipos e negar oportunidades a alguns indivíduos. Esse viés não se limita a áreas tradicionais como contratações ou processos legais. Também pode ser visto em aplicações mais novas da tecnologia, como o reconhecimento de imagens, o processamento de linguagem e a análise de fala.
No contexto da transcrição de voz cantada, se um sistema for tendencioso, ele pode diminuir a experiência do usuário e a conveniência. Por exemplo, considere um exercício de canto automático onde um sistema transcreve o canto de uma pessoa em notas musicais. Se o sistema for tendencioso contra um determinado gênero, pode não refletir com precisão a voz cantada, levando à frustração dos usuários.
Investigando a Equidade na Transcrição de Voz Cantada
Este estudo mergulha fundo na equidade na transcrição de voz cantada. Através de nossas investigações, mostramos que os sistemas de TVC têm um desempenho melhor para mulheres do que para homens, levantando preocupações sobre a equidade. Sugerimos que a raiz desse viés está em como diferentes gêneros cantam, especialmente no que diz respeito às variações de altura.
Para resolver esse problema, projetamos um método que utiliza um preditor de atributos junto com o sistema de TVC. Esse preditor tem como objetivo reconhecer rótulos de gênero e treinar o sistema de TVC de uma maneira que minimize o impacto do gênero no processo de transcrição. Ao entender como a altura influencia os vieses, criamos uma forma de alinhar melhor os resultados de transcrição entre homens e mulheres com base em eventos de notas. Resultados de vários conjuntos de dados de canto mostram que nosso método proposto efetivamente reduz o Viés de Gênero enquanto preserva o desempenho geral.
Transcrição de Voz Cantada: Um Olhar Mais Aprofundado
A transcrição de voz cantada envolve diferentes tarefas, como identificar alturas e detectar notas. No passado, pesquisadores usaram vários modelos estatísticos para estimar a altura e reconhecer quando as notas começam e param. Mais recentemente, métodos de aprendizado profundo se tornaram o padrão ouro para lidar com tarefas de TVC, melhorando o desempenho devido à sua capacidade de aprender padrões complexos nos dados.
Apesar desses avanços, existem desafios na obtenção de conjuntos de dados grandes e de alta qualidade para treinar esses sistemas. Várias técnicas surgiram para criar e melhorar esses conjuntos de dados, como usar abordagens de treinamento adversarial que utilizam tanto dados rotulados quanto não rotulados. Alguns pesquisadores até adaptaram modelos originalmente projetados para analisar fala para trabalhar com dados de canto, ajudando a melhorar a qualidade das transcrições.
Equidade e Mitigação de Viés
A equidade em sistemas de aprendizado de máquina pode ser entendida como a ideia de que nenhum grupo deve ser discriminado com base em fatores sensíveis ao tomar decisões. Pode ser dividida em duas categorias principais: equidade de grupo e equidade individual. A equidade de grupo garante que diferentes grupos demográficos sejam tratados igualmente, enquanto a equidade individual enfatiza tratamento semelhante para indivíduos semelhantes.
Existem várias estratégias para abordar o viés em aprendizado de máquina, sendo o Aprendizado Adversarial uma das mais eficazes. Nessa abordagem, os modelos aprendem a ignorar atributos sensíveis ao fazer previsões. Vários métodos foram desenvolvidos para esse propósito, incluindo treinar sistemas para minimizar a influência de características sensíveis e se concentrar na tarefa em questão.
O Papel da Altura no Viés de Gênero
Em nossa pesquisa, focamos no aspecto da altura do canto ao examinar o viés de gênero na transcrição de voz cantada. Encontramos diferenças notáveis nas distribuições de altura entre homens e mulheres, o que pode ajudar a explicar a diferença de desempenho nos sistemas de TVC. Compreender essas diferenças nos permite abordar e mitigar melhor o viés.
Nossa avaliação de vários conjuntos de dados de canto revelou que cantoras femininas geralmente têm uma faixa de altura mais ampla do que cantores masculinos e que a distribuição de alturas difere entre os gêneros. Essas descobertas sugerem que o desempenho dos sistemas de TVC não é apenas resultado de um desequilíbrio nos dados, mas sim influenciado por diferenças inerentes em como homens e mulheres cantam.
Desenvolvendo uma Estrutura para Mitigação de Viés
Para combater o viés identificado na transcrição de voz cantada, criamos uma estrutura que integra um preditor de atributos para ajudar a alinhar as características acústicas associadas a diferentes grupos de gênero. Nossa abordagem garante que o modelo se adapte tanto às características sonoras das vozes cantantes quanto aos atributos de gênero.
Ao utilizar uma estrutura de aprendizado adversarial, nosso método busca minimizar a informação específica de gênero nas representações acústicas, enquanto retém as características necessárias para transcrever com precisão a voz cantada. Essa abordagem inclui fornecer eventos de notas ao preditor de atributos para enfatizar a conexão entre altura e gênero no processo de treinamento.
Resultados Empíricos e Avaliação
Para avaliar a eficácia do nosso método proposto de mitigação de viés, conduzimos uma série de experimentos usando vários conjuntos de dados de canto. Esses experimentos demonstraram que nossa abordagem reduziu significativamente o viés de gênero no desempenho dos sistemas de transcrição de voz cantada.
Em nossas avaliações, observamos que a diferença de desempenho entre as vozes masculinas e femininas diminuiu substancialmente sem impactar severamente o desempenho geral do sistema. Esse resultado ilustra o potencial do nosso método em alcançar um melhor equilíbrio entre equidade e utilidade em aplicações de TVC.
Comparando Nossa Abordagem com Métodos Existentes
Para validar ainda mais a eficácia da nossa estrutura de mitigação de viés, comparamos com vários métodos de base, incluindo aprendizado adversarial tradicional e abordagens de treinamento independentes de domínio. Nossos resultados indicaram que nosso método proposto superou consistentemente essas alternativas em termos de trocas entre equidade e utilidade.
Notamos que, embora nosso método alcançasse melhorias substanciais na redução do viés de gênero, técnicas adversariais tradicionais muitas vezes tinham dificuldade em manter um equilíbrio entre equidade e utilidade. Isso enfatiza os pontos fortes da nossa abordagem em navegar pelas complexidades da equidade em aprendizado de máquina.
Direções Futuras e Discussão
Embora nosso trabalho atual tenha focado na equidade de grupo, o conceito de equidade max-min também merece atenção. A equidade max-min busca minimizar as taxas de erro em pior cenário entre grupos, oferecendo outra dimensão para avaliar a equidade.
Olhando para o futuro, reconhecemos o potencial de expandir nossa estrutura para abordar vários atributos sensíveis além do gênero. Atributos como idade, raça e até mesmo o tipo de instrumentos usados na música poderiam ser explorados mais a fundo.
Além disso, incorporar técnicas de processamento de sinais poderia aprimorar nossa abordagem de aprendizado adversarial, potencialmente melhorando tanto as métricas de equidade quanto as de utilidade. Essa interseção de campos apresenta uma área empolgante para pesquisas futuras que poderiam levar a sistemas de TVC mais equitativos e eficazes.
Conclusão
Em resumo, nossa pesquisa esclarece as questões de equidade presentes nos sistemas de transcrição de voz cantada. Descobrimos que as vozes femininas tendem a ser transcritas com mais precisão do que as vozes masculinas, principalmente devido às diferenças inerentes em como os gêneros produzem som, especialmente em termos de altura.
Para enfrentar esse desafio, propusemos uma abordagem de aprendizado adversarial condicionada a notas que efetivamente reduz o viés de gênero enquanto mantém o desempenho geral. Nossos resultados demonstram a eficácia desse método em diversos conjuntos de dados, melhorando a experiência do usuário e promovendo equidade na tecnologia.
Através de nossas descobertas, esperamos inspirar mais exploração e discussão sobre a equidade em aprendizado de máquina, especialmente no contexto da tecnologia musical e suas aplicações. À medida que avançamos, é crucial desenvolver sistemas que reconheçam e abordem o viés para criar um cenário tecnológico mais inclusivo para todos os usuários.
Título: Elucidate Gender Fairness in Singing Voice Transcription
Resumo: It is widely known that males and females typically possess different sound characteristics when singing, such as timbre and pitch, but it has never been explored whether these gender-based characteristics lead to a performance disparity in singing voice transcription (SVT), whose target includes pitch. Such a disparity could cause fairness issues and severely affect the user experience of downstream SVT applications. Motivated by this, we first demonstrate the female superiority of SVT systems, which is observed across different models and datasets. We find that different pitch distributions, rather than gender data imbalance, contribute to this disparity. To address this issue, we propose using an attribute predictor to predict gender labels and adversarially training the SVT system to enforce the gender-invariance of acoustic representations. Leveraging the prior knowledge that pitch distributions may contribute to the gender bias, we propose conditionally aligning acoustic representations between demographic groups by feeding note events to the attribute predictor. Empirical experiments on multiple benchmark SVT datasets show that our method significantly reduces gender bias (up to more than 50%) with negligible degradation of overall SVT performance, on both in-domain and out-of-domain singing data, thus offering a better fairness-utility trade-off.
Autores: Xiangming Gu, Wei Zeng, Ye Wang
Última atualização: 2023-08-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.02898
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.02898
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://dl.acm.org/ccs.cfm
- https://github.com/guxm2021/SVT_SpeechBrain
- https://www.acm.org/publications/proceedings-template
- https://capitalizemytitle.com/
- https://www.acm.org/publications/class-2012
- https://dl.acm.org/ccs/ccs.cfm
- https://ctan.org/pkg/booktabs
- https://goo.gl/VLCRBB
- https://www.acm.org/publications/taps/describing-figures/
- https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/