Inteligência Artificial Imita a Navegação Animal
Pesquisas mostram que a IA pode simular como os animais navegam e lembram de locais.
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Muitos animais, incluindo os humanos, têm maneiras incríveis de se localizar. Por exemplo, os pássaros migram longas distâncias, geralmente usando os campos magnéticos da Terra pra se guiar. Ratos encontram seu caminho em labirintos, enquanto motoristas de táxi em cidades movimentadas como Londres decoram milhares de ruas. Cientistas acreditam que uma parte do cérebro chamada hipocampo desempenha um papel importante em como essas habilidades de navegação funcionam.
Dentro do hipocampo, tem células especiais conhecidas como Células de Lugar. Essas células se ativam quando um animal tá em um local específico. Elas respondem a diferentes pistas, tipo a forma de um cômodo, cheiros ou cores. Isso significa que as células de lugar combinam tanto onde o animal tá quanto outras informações importantes sobre o ambiente. Quando o entorno muda muito, as células de lugar podem reagir alterando como respondem aos locais, sugerindo que conseguem se adaptar a diferentes ambientes.
Apesar de saberem bastante sobre as células de lugar, os cientistas ainda discutem como essas células se comportam tão bem. Alguns pesquisadores acham que as células de lugar podem pegar informações de outros tipos de células, como as células em grade, que ajudam a medir distância e direção. Outras ideias sugerem que a atividade das células de lugar pode variar de acordo com o ambiente, criando diferentes estados de comportamento. No entanto, como essas representações complexas são formadas e aprendidas continua sendo um mistério.
Recentemente, alguns cientistas usaram modelos de inteligência artificial pra imitar como os animais navegam. Descobriram que certos modelos de computador podiam criar padrões parecidos com os vistos nas células de lugar biológicas quando treinados em tarefas de navegação básicas. Porém, muitos desses modelos eram bem complexos e usavam várias técnicas, dificultando saber por que esses padrões eram formados. Esses estudos geralmente enfatizavam padrões semelhantes às células em grade, muitas vezes deixando de lado o comportamento das células de lugar.
Pra simplificar o processo, alguns cientistas desenvolveram uma ideia mais direta. Propuseram que se uma Rede Neural simples for treinada pra completar tarefas de navegação, ela poderia aprender a representar locais com precisão. Descobriram que esse modelo não só podia aprender a mostrar onde um animal estava, mas também podia combinar essa informação de localização com outras pistas contextuais, como diferentes ambientes ou condições.
Durante o treinamento, as redes neurais aprenderam a reconhecer quando dois locais estavam próximos, garantindo que os padrões correspondentes nas saídas fossem parecidos. Se dois locais estivessem distantes, os padrões seriam diferentes. Isso significa que a rede poderia representar informações espaciais de formas que se assemelham a como as células de lugar biológicas funcionam. Eles até descobriram que, conforme o contexto mudava, as representações da rede também mudavam, parecido com como as células de lugar no cérebro operam quando o ambiente muda.
Os pesquisadores treinaram dois tipos de redes: uma rede feedforward e uma rede recorrente. A rede feedforward foi treinada pra reconhecer locais e contextos processando os dados de uma vez. A rede recorrente, por outro lado, foi projetada pra considerar sequências de informações ao longo do tempo, como um animal se move pelo espaço.
Enquanto treinavam essas redes, os cientistas observavam de perto como as saídas evoluíam. Descobriram que a rede feedforward aprendeu a emular as células de lugar efetivamente, exibindo comportamentos como identificar locais específicos onde neurônios estavam ativos, parecido com o que as células biológicas fazem. Isso significa que, quando a rede era mostrada a diferentes locais, ela respondia como as células de lugar reais, oferecendo insights valiosos sobre seu comportamento.
A rede feedforward apresentou características interessantes, especialmente quando exposta a diferentes contextos. As unidades de saída mudavam seus padrões de ativação com base no contexto fornecido, um comportamento semelhante ao remapeamento visto nas células de lugar biológicas. Em termos mais simples, assim como os animais reagem a mudanças no ambiente, a rede se adaptou mudando suas respostas a diferentes contextos.
A rede recorrente também mostrou resultados promissores. Enquanto processava informações ao longo do tempo, aprendeu a representar tanto informações espaciais quanto contextuais. Não só exibiu padrões semelhantes às células de lugar, mas também mostrou padrões em faixas, que poderiam estar ligados a como os animais rastreiam seu movimento. Ambas as redes forneceram evidências de que podiam aprender representações úteis pra navegar por espaços enquanto se adaptavam a diferentes contextos.
Uma descoberta fascinante foi que as redes treinadas puderam adaptar suas representações aprendidas quando necessário. Elas conseguiram transformar seus mapas espaciais entre diferentes contextos sem ter que começar do zero. Isso significa que podiam pegar o que já aprenderam e ajustar com base em novas informações, uma habilidade que pode refletir como os cérebros reais funcionam quando os animais encontram novas situações.
Os pesquisadores também investigaram como as redes poderiam ser usadas pra criar novos mapas espaciais baseados em transformações dos dados aprendidos. Descobriram que podiam ajustar essas representações mantendo a estrutura subjacente intacta. Essa capacidade poderia imitar como as células de lugar no cérebro poderiam se reorganizar sob circunstâncias variadas, dando insights sobre como memória e navegação funcionam juntas.
No entanto, a pesquisa não está sem suas limitações. Os modelos usaram certas suposições que podem não refletir com precisão como os cérebros reais processam informações. Por exemplo, as redes precisavam de locais rotulados e pistas contextuais pré-arranjadas pra serem efetivas. Isso pode não combinar com como os animais naturalmente aprendem e interagem com seus ambientes.
Além disso, os modelos usaram uma forma simples de contexto, como um único valor pra representar diferentes situações. Na real, o contexto pode ser mais complexo e multifacetado. Estudos futuros podem explorar como construir redes que lidam melhor com essa complexidade, levando a uma representação mais precisa de como memória e navegação se interconectam.
Em conclusão, essa pesquisa dá uma olhada interessante em como sistemas artificiais podem imitar a navegação biológica. Criando modelos que replicam com sucesso o comportamento das células de lugar, os cientistas ganham insights sobre as nuances de navegação e memória tanto em animais quanto em máquinas. Esses achados podem levar a uma melhor compreensão e aplicações em robótica, inteligência artificial e na nossa compreensão do cérebro humano. A jornada de explorar como os organismos navegam continua, oferecendo um potencial empolgante para descobertas futuras.
Título: Learning Conjunctive Representations
Resumo: Hippocampal place cells are known for their spatially selective firing patterns, which has led to the suggestion that they encode an animals location. However, place cells also respond to contextual cues, such as smell. Furthermore, they have the ability to remap, wherein the firing fields and rates of cells change in response to environmental changes. How place cell responses emerge, and how these representations remap is not fully understood. In this work, we propose a similarity-based objective function that translates proximity in space, to proximity in representation. We show that a neural network trained to minimize the proposed objective learns place-like representations. We also show that the proposed objective is trivially extended to include other sources of information, such as context information, in the same way. When trained to encode multiple contexts, networks learn distinct representations, exhibiting remapping behaviors between contexts. The proposed objective is invariant to orthogonal transformations. Such transformations of the original trained representation (e.g. rotations), therefore yield new representations distinct from the original, without explicit relearning, akin to remapping. Our findings shed new light on the formation and encoding properties of place cells, and also demonstrate an interesting case of representational reuse.
Autores: Mikkel Elle Lepperød, M. Pettersen, F. Rogge, M. E. Lepperod
Última atualização: 2024-05-31 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.30.596595
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.30.596595.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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