Variabilidade em Núcleos Galácticos Ativos: Um Olhar Mais Aprofundado
Pesquisadores estudam as mudanças de brilho em galáxias NLS1 e BLS1 pra descobrir o comportamento dos AGN.
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Índice
- Importância da Variabilidade nos AGNs
- Galáxias Seyfert de Linha Larga e Linha Estreita
- O Papel dos Dados do Pan-STARRS
- Metodologia
- Descobertas sobre Amplitude de Variabilidade
- Variabilidade e Parâmetros de Linhas de Emissão
- Investigando a Intensidade de Rádio
- Conclusão: Implicações dos Resultados
- Direções Futuras
- Fonte original
Núcleos Galácticos Ativos (AGN) são alguns dos objetos mais brilhantes do universo. Eles emitem energia em todo o espectro eletromagnético, incluindo ondas de rádio, luz visível e raios gama. Uma das principais características dos AGNs é a variação irregular do brilho, chamada de Variabilidade. Isso pode acontecer em diferentes escalas de tempo, de minutos a anos. Entender essas mudanças de brilho pode ajudar os cientistas a aprender sobre os processos que rolam em torno de buracos negros supermassivos no centro dessas galáxias.
Importância da Variabilidade nos AGNs
O estudo da variabilidade em AGNs começou na década de 1960. Vários modelos foram propostos para explicar por que essas mudanças acontecem. Alguns desses modelos sugerem que flutuações na massa do material que cai no buraco negro, instabilidades no disco de acreção, ou eventos como explosões de supernovas poderiam ser responsáveis pela variabilidade observada. Um método comum para analisar essas mudanças de brilho é chamado de modelo de passeio aleatório amortecido, que tem sido usado desde os anos 1990.
Apesar desses esforços, as razões exatas por trás da variabilidade nos AGNs ainda não são totalmente compreendidas.
Galáxias Seyfert de Linha Larga e Linha Estreita
Os AGNs podem ser classificados em diferentes tipos com base nas propriedades de suas linhas de emissão. AGNs do tipo 1 têm linhas de emissão largas, enquanto galáxias Seyfert 1 de linha estreita (NLS1) têm linhas de emissão mais estreitas. Esses dois tipos têm características diferentes. Por exemplo, galáxias NLS1 tendem a ter massas de buracos negros menores e maiores razões de Eddington, que medem quão eficientemente os buracos negros estão acumulando matéria.
Galáxias NLS1 também mostram espectros de raios X distintos e variabilidade rápida se comparadas às suas contrapartes mais largas (galáxias BLS1). Essa diferença levanta a questão se a variabilidade óptica delas também é distinta.
O Papel dos Dados do Pan-STARRS
Para investigar essas questões, os pesquisadores analisaram dados do Sistema de Telescópio de Pesquisa Panorâmica e Resposta Rápida (Pan-STARRS). Esse sistema está funcionando desde 2014 e oferece conjuntos de dados ricos em vários filtros (g, r, i, z e y). O objetivo era entender melhor a relação entre a amplitude da variabilidade - a quantidade de mudança de brilho - e vários parâmetros físicos, como massa do buraco negro, luminosidade e Razão de Eddington.
Metodologia
Os pesquisadores reuniram amostras de galáxias NLS1 e BLS1 e as cruzaram com base em redshift e luminosidade. Isso significava que podiam comparar tipos semelhantes de galáxias para ver como suas variações de brilho diferiam. Um total de mais de 25.000 galáxias foi incluído na análise.
Para obter os melhores resultados, eles removeram dados não confiáveis, como os afetados por raios cósmicos ou erros de medição significativos. A análise então focou na amplitude da variabilidade em diferentes bandas de luz para entender como diferentes fatores influenciam essas mudanças de brilho.
Descobertas sobre Amplitude de Variabilidade
A análise revelou que galáxias NLS1 geralmente mostram uma amplitude de variabilidade menor se comparadas às galáxias BLS1 em todas as bandas. Por exemplo, na banda g, a amplitude média de variabilidade foi de 0.142 mag para galáxias BLS1 e 0.119 mag para galáxias NLS1. Essa tendência continuou nas outras bandas (r, i, z e y).
Os pesquisadores também descobriram que há uma relação negativa significativa entre a amplitude de variabilidade e a razão de Eddington. Isso significa que, à medida que a razão de Eddington aumenta, a amplitude da variabilidade tende a diminuir. No entanto, a relação entre amplitude de variabilidade e luminosidade a 5100 angstrons foi considerada insignificante.
Além disso, houve correlações positivas com a massa do buraco negro, sugerindo que buracos negros mais pesados podem resultar em maior variabilidade, mas os resultados variaram entre diferentes bins de redshift.
Variabilidade e Parâmetros de Linhas de Emissão
O estudo foi além, examinando como a amplitude da variabilidade se relacionava com certas linhas de emissão nas galáxias. Por exemplo, os pesquisadores analisaram as proporções de certas linhas de emissão para ver como estas se correlacionavam com a variabilidade. Eles descobriram que a amplitude da variabilidade tinha correlação positiva com alguns desses parâmetros de linha de emissão ao observar as galáxias NLS1 e BLS1 juntas.
Investigando a Intensidade de Rádio
Outro aspecto do estudo explorou a relação entre a amplitude da variabilidade e a intensidade de rádio. Os pesquisadores criaram uma subsampla de rádio combinando os dados das galáxias com resultados do levantamento FIRST. O objetivo era ver se havia uma correlação entre mudanças de brilho e as emissões de rádio observadas das galáxias. No geral, nenhuma correlação significativa foi encontrada.
Esse resultado contrastou com estudos anteriores que sugeriram uma correlação positiva entre a intensidade de rádio e a amplitude da variabilidade. Os pesquisadores notaram que diferenças nas escalas de tempo e métodos de observação entre os estudos podem explicar essas inconsistências.
Conclusão: Implicações dos Resultados
As descobertas oferecem insights valiosos sobre o comportamento das galáxias NLS1 e BLS1, especialmente em relação às suas características de variabilidade. Foi mostrado que as galáxias NLS1 têm amplitudes de variabilidade menores e razões de Eddington mais altas, o que pode estar ligado às diferenças estruturais em suas regiões de linha larga.
Entender essas diferenças ajuda os astrônomos a criar um quadro mais claro de como diferentes tipos de AGNs funcionam e evoluem. Os resultados também incentivam investigações adicionais para desvendar as complexidades do comportamento dos AGNs, especialmente em relação às suas massas de buracos negros e os processos que influenciam suas emissões.
À medida que a tecnologia avança e mais dados se tornam disponíveis, os pesquisadores esperam aprofundar seu entendimento sobre esses fenômenos cósmicos notáveis, aprimorando nossa compreensão geral do universo.
Direções Futuras
Estudos futuros podem incluir tempos de observação mais longos e amostras mais amplas para validar essas descobertas. Focando em vários tipos de AGNs e suas características distintivas, os astrônomos podem coletar informações cruciais sobre os princípios físicos que os governam. Essa compreensão também pode ajudar a refinar modelos de crescimento de buracos negros e as dinâmicas dos discos de acreção, levando a melhores previsões sobre o comportamento de objetos semelhantes no universo.
Em resumo, variações de brilho entre AGNs, especialmente galáxias NLS1 e BLS1, oferecem uma janela para os processos complexos em jogo ao redor de buracos negros supermassivos. Ao continuar estudando esses fenômenos, os cientistas podem desbloquear mais segredos do cosmos e aprimorar nossa compreensão desses objetos celestiais fascinantes.
Título: The comparison of optical variability of broad-line Seyfert 1 and narrow-line Seyfert 1 galaxies from the view of Pan-STARRS
Resumo: By means of the data sets of the Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (Pan-STARRS), we investigate the relationship between the variability amplitude and luminosity at 5100 \AA, black hole mass, Eddington ratio, $ R_{\rm Fe \, II}$ ( the ratio of the flux of Fe II line within 4435-4685 \AA ~to the broad proportion of $\rm H\beta$ line) as well as $ R_{5007}$ (the ratio of the flux [O III] line to the total $\rm H\beta$ line) of the broad line Seyfert 1 (BLS1) and narrow line Seyfert 1 (NLS1) galaxies sample in g,r,i,z and y bands, respectively. We also analyze the similarities and differences of the variability characteristics between the BLS1 galaxies and NLS1 galaxies. The results are listed as follows. (1). The cumulative probability distribution of the variability amplitude shows that NLS1 galaxies are lower than that in BLS1 galaxies. (2). We analyze the dependence of the variability amplitude with the luminosity at 5100 \AA, black hole mass, Eddington ratio, $ R_{\rm Fe \,II}$ and $ R_{5007}$, respectively. We find significantly negative correlations between the variability amplitude and Eddington ratio, insignificant correlations with the luminosity at 5100 \AA. The results also show significantly positive correlations with the black hole mass and $ R_{5007}$, significantly negative correlations with $ R_{\rm Fe\, II}$ which are consistent with Rakshit and Stalin(2017) in low redshift bins (z
Autores: Hongtao Wang, Chao Guo, Hongmin Cao, Yongyun Chen, Nan Ding, Xiaotong Guo
Última atualização: 2023-08-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.12690
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.12690
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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