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# Informática# Visão computacional e reconhecimento de padrões

Avanços em Detecção de Objetos com Poucos Exemplos para Sensoriamento Remoto

Esse método melhora a detecção de objetos usando poucos dados rotulados em sensoriamento remoto.

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A detecção de objetos é uma tarefa importante na visão computacional, que permite que sistemas identifiquem e localizem objetos dentro de imagens. Essa habilidade é especialmente útil em sensoriamento remoto, onde imagens de satélites e aéreas podem fornecer informações valiosas para várias aplicações, incluindo planejamento urbano, monitoramento ambiental e gerenciamento de desastres. No entanto, um dos principais desafios na detecção de objetos é a necessidade de uma grande quantidade de amostras rotuladas para treinar modelos de aprendizado de máquina. Isso nem sempre é viável, levando ao desenvolvimento de métodos que conseguem aprender com uma quantidade limitada de dados rotulados.

O que é Detecção de Objetos Few-Shot?

A detecção de objetos few-shot é um método que visa detectar novas classes de objetos ou objetos desconhecidos após ter sido treinado com apenas alguns exemplos dessas classes. Em essência, em vez de precisar de milhares de exemplos para cada tipo de objeto, a detecção few-shot permite que um modelo aprenda com apenas alguns exemplos rotulados. Isso é especialmente útil em sensoriamento remoto, onde obter dados rotulados pode ser demorado e caro.

Na maioria das vezes, o aprendizado few-shot funciona em duas etapas. A primeira etapa envolve treinar um modelo usando um grande número de exemplos de classes de objetos conhecidas, o que ajuda a aprender características e padrões básicos. A segunda etapa ajusta finamente o modelo usando apenas alguns exemplos das novas classes que ele precisa aprender. Esse approach ajuda o modelo a se adaptar rapidamente ao reconhecimento de novos objetos.

Desafios na Detecção de Objetos Few-Shot

Um problema comum encontrado na detecção de objetos few-shot é conhecido como a questão dos Objetos Novos Incompletamente Anotados (IANO). Isso acontece quando uma imagem contém várias instâncias de um novo objeto, mas apenas algumas delas estão rotuladas. Durante o treino, o modelo pode interpretar erroneamente esses objetos não rotulados como fundo, o que pode resultar em um desempenho ruim na detecção deles.

Por exemplo, se uma imagem mostra vários aviões, mas apenas um está rotulado, o modelo pode não aprender a reconhecer os aviões não rotulados, afetando sua capacidade de identificá-los em imagens futuras. A situação fica ainda mais complicada em sensoriamento remoto, onde as imagens podem estar cheias de muitos pequenos objetos, tornando ainda mais difícil rotular cada instância com precisão.

Abordagem de Auto-Treinamento

Para resolver a questão do IANO, uma abordagem de auto-treinamento pode ser adotada. Esse método permite que um modelo gere seus próprios rótulos adicionais para os objetos não rotulados. Selecionando cuidadosamente previsões de alta confiança para esses objetos não rotulados, o modelo pode usar essas informações como se fossem dados rotulados.

No nosso método proposto baseado em auto-treinamento, o modelo usa dois componentes principais: uma rede de proposta de região de auto-treinamento (ST-RPN) e uma cabeça de caixa delimitadora de auto-treinamento (ST-BBH). A ST-RPN é responsável por gerar propostas de objetos a partir das imagens de entrada, enquanto a ST-BBH pega essas propostas e as classifica, permitindo que o modelo detecte objetos com precisão.

Estrutura do Método Proposto

O método de auto-treinamento proposto funciona separando inicialmente a extração de propostas para classes conhecidas (base) e novas (novel). Fazendo isso, o modelo garante que o treino em objetos novos não impacte negativamente seu conhecimento sobre objetos base. O modelo primeiro é treinado no conjunto base, que inclui um grande número de exemplos rotulados.

Depois disso, durante o ajuste fino com classes novas, o modelo gera propostas para potenciais novos objetos. Essas propostas são filtradas para garantir que apenas aquelas com alta confiança sejam usadas para melhorar a precisão do modelo. Essa separação ajuda a manter o desempenho do modelo na classe base enquanto permite que ele aprenda sobre as novas classes.

Configuração Experimental

Para avaliar a eficácia do método proposto, foram realizados experimentos em três conjuntos de dados populares de sensoriamento remoto: NWPU-VHR10 v2, DIOR e iSAID. Cada conjunto de dados consiste em imagens aéreas com vários tipos de objetos, permitindo testar o modelo em condições realistas.

O processo de treinamento inclui um treinamento em grande escala no conjunto base, seguido por ajuste fino few-shot. Várias métricas de avaliação, como precisão média, são usadas para avaliar o quão bem o modelo está se saindo na detecção de objetos.

Visão Geral dos Resultados

Os resultados dos experimentos mostram que o método proposto supera significativamente outras técnicas de ponta na identificação de objetos novos em imagens de sensoriamento remoto. Por exemplo, no conjunto de dados NWPU-VHR10 v2, o modelo alcança melhorias consideráveis em várias configurações. Os resultados indicam que a abordagem de auto-treinamento efetivamente recorda mais objetos, mesmo aqueles que anteriormente não estavam rotulados.

Vantagens do Método Proposto

Uma das principais vantagens do método proposto é sua capacidade de melhorar a detecção de novos objetos sem sacrificar o desempenho em objetos conhecidos. Ao separar o processo de geração de propostas para classes base e novas, o modelo cria um equilíbrio que ajuda a aprender de forma eficaz.

Além disso, o componente de auto-treinamento permite que o modelo use suas próprias previsões para aprimorar seu aprendizado. Isso é particularmente valioso em situações onde obter rótulos é difícil.

Conclusões

Em conclusão, o método de detecção de objetos few-shot baseado em auto-treinamento proposto aborda eficazmente a questão do IANO em imagens de sensoriamento remoto. Usando uma abordagem de treinamento em duas etapas e incorporando técnicas de auto-treinamento, o modelo mostra resultados promissores na detecção de objetos novos com exemplos rotulados limitados. As descobertas sugerem que esse método pode contribuir significativamente para a área de sensoriamento remoto, facilitando o uso de imagens aéreas e de satélite para várias aplicações.

Trabalhos Futuros

Embora a abordagem proposta demonstre grande potencial, pesquisas futuras podem se concentrar em melhorar a eficiência e a precisão do modelo na detecção de objetos ainda menores ou menos distintos. Além disso, à medida que conjuntos de dados mais complexos se tornam disponíveis, adaptar o método para lidar com essas complexidades será essencial para avançar na área. Explorar como aproveitar tipos adicionais de informação, como dados temporais de sequências de imagens, também pode trazer melhorias benéficas no desempenho do modelo.

Ao continuar refinando essas técnicas, podemos ampliar as capacidades de detecção de objetos em sensoriamento remoto, levando a uma melhor tomada de decisão com base nas valiosas informações que essas imagens fornecem.

Fonte original

Título: Few-shot Object Detection in Remote Sensing: Lifting the Curse of Incompletely Annotated Novel Objects

Resumo: Object detection is an essential and fundamental task in computer vision and satellite image processing. Existing deep learning methods have achieved impressive performance thanks to the availability of large-scale annotated datasets. Yet, in real-world applications the availability of labels is limited. In this context, few-shot object detection (FSOD) has emerged as a promising direction, which aims at enabling the model to detect novel objects with only few of them annotated. However, many existing FSOD algorithms overlook a critical issue: when an input image contains multiple novel objects and only a subset of them are annotated, the unlabeled objects will be considered as background during training. This can cause confusions and severely impact the model's ability to recall novel objects. To address this issue, we propose a self-training-based FSOD (ST-FSOD) approach, which incorporates the self-training mechanism into the few-shot fine-tuning process. ST-FSOD aims to enable the discovery of novel objects that are not annotated, and take them into account during training. On the one hand, we devise a two-branch region proposal networks (RPN) to separate the proposal extraction of base and novel objects, On another hand, we incorporate the student-teacher mechanism into RPN and the region of interest (RoI) head to include those highly confident yet unlabeled targets as pseudo labels. Experimental results demonstrate that our proposed method outperforms the state-of-the-art in various FSOD settings by a large margin. The codes will be publicly available at https://github.com/zhu-xlab/ST-FSOD.

Autores: Fahong Zhang, Yilei Shi, Zhitong Xiong, Xiao Xiang Zhu

Última atualização: 2023-09-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.10588

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.10588

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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