Conectando Função Cerebral e Modelos de Linguagem
Pesquise como a codificação preditiva e o aprendizado de máquina podem melhorar as ideias sobre processamento de linguagem.
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Índice
- O que é Codificação Preditiva?
- Nosso Modelo Proposto
- Modelos de Linguagem e Suas Limitações
- A Necessidade de um Modelo Mecanicista
- O Papel da Incerteza de Peso na Codificação Preditiva
- Experimentos Iniciais
- Aplicação a um Modelo de Linguagem Simplificado
- Insights do Modelo de Linguagem Simplificado
- Transição para Modelos de Linguagem Reais
- Camada de Embedding e Vocabulário
- Avaliando o Desempenho
- Distribuições de Peso e Hiperparâmetros
- Ligando à Cognição Humana
- Desafios no Aprendizado Eficaz
- Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Avanços recentes em inteligência artificial mostraram como as máquinas conseguem entender e processar a linguagem humana. Modelos de linguagem grandes (LLMs) usam uma abordagem chamada autoatenção pra aprender com texto. Esse método permite que eles realizem uma variedade de tarefas com resultados impressionantes. Mas isso levanta uma questão: será que os humanos processam a linguagem da mesma forma? Os cientistas estão curiosos sobre como o cérebro funciona no processamento da linguagem, especialmente porque pode não depender da autoatenção como os LLMs.
Uma ideia popular na ciência do cérebro é chamada de Codificação Preditiva. Esse conceito sugere que o cérebro tenta prever a informação que chega e aprende com base na diferença entre o que espera e o que realmente recebe. Nossa pesquisa tem como objetivo conectar essa ideia ao processamento da linguagem usando um novo modelo de aprendizado dentro da codificação preditiva.
O que é Codificação Preditiva?
Codificação preditiva é uma estrutura usada pra entender como o cérebro processa informação. Sugere que o cérebro cria um modelo do mundo e o atualiza constantemente com base nos sinais sensoriais que recebe. Quando há uma diferença entre o que o cérebro prevê e o que realmente percebe, ele aprende com esse erro. Essa abordagem reflete como o cérebro se adapta e ajusta sua compreensão do ambiente.
Na codificação preditiva, o cérebro age como uma máquina que otimiza sua própria função pra entender melhor e prever o que está ao seu redor. Essa estrutura é uma base sólida pra pesquisa teórica sobre como o cérebro processa a linguagem.
Nosso Modelo Proposto
Desenvolvemos um novo modelo de aprendizado chamado aprendizado preditivo meta (MPL) baseado na estrutura da codificação preditiva. Nesse modelo, assumimos que as conexões no cérebro seguem um padrão específico chamado distribuição spike e slab. O objetivo é treinar essa distribuição em vez de focar apenas em conexões individuais.
Testamos esse modelo classificando dígitos manuscritos e trabalhando com conjuntos de dados de linguagem simplificados. Nossos achados sugerem que, uma vez que o modelo aprende, a maioria das conexões se torna estável, enquanto as conexões de saída permanecem mais variáveis. À medida que mais dados são fornecidos, a rede mostra um desempenho melhorado, parecido com o que acontece com os modelos de linguagem grandes.
Esse modelo oferece um ponto de partida pra entender como o processamento da linguagem no cérebro se relaciona com o aprendizado de máquina.
Modelos de Linguagem e Suas Limitações
Os modelos de linguagem grandes (LLMs) ganharam bastante atenção pela capacidade de realizar várias tarefas de forma eficaz. Esses modelos aprendem a partir de grandes quantidades de dados textuais através de um método chamado previsão do próximo token. A estrutura subjacente dos LLMs ("estrutura transformer") permite que eles processem informações em paralelo, tornando-os eficientes em reconhecer padrões na linguagem.
No entanto, esse processamento paralelo difere de como o cérebro humano funciona, que muitas vezes depende de feedback e memórias de etapas anteriores no tempo. Entender as diferenças entre essas abordagens pode nos ajudar a obter insights sobre inteligência artificial e natural.
A Necessidade de um Modelo Mecanicista
Pra explorar a conexão entre a atividade cerebral e o processamento da linguagem, é essencial desenvolver um modelo mecanicista que explique como processos biológicos podem informar nossa compreensão dos modelos de linguagem. Queremos traçar as regras que governam esses modelos e como eles interagem com padrões complexos nos dados de linguagem.
Dadas as funções da codificação preditiva e minimização de erros no processamento da linguagem, nosso trabalho investiga como a incerteza de peso impacta esses processos e como isso pode levar a uma melhor compreensão dos modelos de linguagem.
O Papel da Incerteza de Peso na Codificação Preditiva
A incerteza de peso é uma característica comum vista em circuitos neurais. Estudos tradicionais em codificação preditiva não consideraram totalmente esse aspecto. Entender como a incerteza de peso influencia a codificação preditiva no processamento de linguagem pode levar a um modelo mais abrangente.
Em nosso trabalho, usamos uma rede neural recorrente (RNN) como a estrutura central pra nossas tarefas de processamento de linguagem. Assumimos que o peso de cada conexão varia, levando a uma representação mais realista de como o cérebro pode funcionar.
Experimentos Iniciais
Realizamos nossos experimentos iniciais usando o conjunto de dados MNIST, que consiste em imagens de dígitos manuscritos. A RNN foi treinada pra classificar essas imagens processando pixel por pixel ao longo do tempo. Essa tarefa exigiu que a rede utilizasse memória de longo prazo, já que precisava combinar informações de múltiplas entradas anteriores pra tomar uma decisão final.
A rede teve um bom desempenho, alcançando resultados estáveis. Importante, notamos que a incerteza de peso diminuiu durante o treinamento, o que significa que as conexões se tornaram mais confiáveis à medida que o modelo aprendia. Essa descoberta contrasta com modelos tradicionais que focam apenas no determinismo.
Aplicação a um Modelo de Linguagem Simplificado
Depois de treinar a RNN no conjunto de dados MNIST, ampliamos sua aplicação para um modelo de linguagem simplificado. Um processo gerativo simplificado foi usado pra criar sequências de letras com base em regras gramaticais pré-definidas. Usamos o MPL pra treinar a rede, desafiando-a a prever a próxima letra com base nas entradas anteriores.
Uma vez treinada, a rede demonstrou sua habilidade em gerar sequências coerentes de letras que seguiam as regras gramaticais estabelecidas durante o treinamento. Esse experimento destacou a capacidade do modelo de aprender dados estruturados enquanto permitia variabilidade em suas previsões.
Insights do Modelo de Linguagem Simplificado
Através do modelo de linguagem simplificado, descobrimos que o desempenho do nosso modelo melhorou conforme aumentamos a quantidade de dados usados no treinamento. Inicialmente, com cargas de dados menores, as previsões corretas do modelo eram aleatórias. No entanto, ao cruzarmos um certo limite, o modelo mostrou uma melhoria notável, representando uma transição de fase de segunda ordem.
À medida que o treinamento progrediu, o desempenho da rede continuou a subir, indicando que ela havia aprendido a estrutura subjacente da linguagem. A capacidade de gerar novas sequências demonstrou o potencial do modelo para criatividade dentro da gramática definida.
Transição para Modelos de Linguagem Reais
Após testes bem-sucedidos no modelo de linguagem simplificado, voltamos nossa atenção pra um conjunto de dados mais complexo do mundo real conhecido como o corpus Penn Treebank. Esse conjunto contém várias sentenças do Wall Street Journal e é um dos mais utilizados pra modelagem de linguagem em nível de palavras.
Pra preparar os dados pra processamento, usamos um tokenizador pra dividir as sentenças em tokens gerenciáveis e substituímos palavras pouco frequentes por um identificador especial. Essa etapa garantiu que o modelo se concentrasse nas palavras mais relevantes e frequentes.
Camada de Embedding e Vocabulário
Processar dados de linguagem natural geralmente envolve converter tokens em representações numéricas. Pra isso, criamos uma camada de embedding que transforma cada token em um vetor. Essa representação vetorial permite que o modelo aprenda relações entre palavras de forma eficaz.
A camada de embedding é treinada separadamente usando retropropagação tradicional, enquanto a reserva recorrente e a camada de saída são treinadas usando nosso método MPL. Essa abordagem mista permite uma compreensão mais nuanceada do processamento da linguagem.
Avaliando o Desempenho
Pra medir o desempenho do nosso modelo, usamos uma métrica conhecida como Perplexidade. Essa métrica avalia quão bem o modelo prevê o próximo token na sequência. Quanto menor a perplexidade, melhores são as previsões do modelo, enquanto valores mais altos sugerem incerteza nas previsões.
Através de nossos experimentos com diferentes arquiteturas de RNN, comparamos o desempenho do MPL com outros algoritmos. Os resultados mostraram melhorias substanciais na perplexidade com o MPL, destacando sua eficácia no processamento de linguagem natural.
Distribuições de Peso e Hiperparâmetros
Como parte da nossa análise, investigamos a distribuição de hiperparâmetros em nosso modelo após o treinamento. Observamos que os pesos nas camadas mostraram padrões específicos, indicando a capacidade do modelo de aprender relações complexas nos dados.
Os dados de distribuição mostraram uma dispersão simétrica ao redor de zero, sugerindo uma estrutura de rede equilibrada. Certas camadas demonstraram redes mais densas após o treinamento, indicando que o modelo havia aprendido conexões eficazes enquanto simplificava as menos críticas.
Ligando à Cognição Humana
Um dos principais objetivos do nosso trabalho é traçar paralelos entre o funcionamento do nosso modelo e como os humanos processam a linguagem. A codificação preditiva oferece uma avenida promissora pra explorar como o cérebro pode gerar e interpretar linguagem com base em expectativas e experiências.
Nossas descobertas sugerem que adotar uma estrutura biologicamente plausível pode nos ajudar a compreender melhor como a linguagem é processada tanto em modelos artificiais quanto no cérebro humano. Esse conhecimento pode levar a avanços na criação de sistemas de IA mais sofisticados, capazes de entender e gerar linguagem de forma mais eficaz.
Desafios no Aprendizado Eficaz
Apesar dos nossos avanços, certos desafios permanecem. Por exemplo, RNNs tradicionais podem se tornar propensas ao overfitting, especialmente ao trabalhar com conjuntos de dados do mundo real. Nosso modelo mostra promessa em ser menos suscetível a esse problema, mas mais pesquisas serão necessárias pra garantir desempenho consistente em vários conjuntos de dados e tarefas.
Além disso, entender como diferentes propriedades estatísticas podem ajudar a melhorar o desempenho do modelo continua sendo uma questão em aberto. Desvendar as conexões entre a estrutura do modelo e a compreensão da linguagem será essencial pra futuros desenvolvimentos.
Direções Futuras
Olhando pra frente, pretendemos refinar ainda mais nosso modelo e explorar como a incerteza de peso pode contribuir pra um desempenho melhor em diferentes contextos. Expandir nossa estrutura pra incluir mecanismos de atenção também pode trazer resultados empolgantes, enquanto buscamos criar um modelo que espelhe de perto os processos de aprendizado biológicos.
Ao unir o que há entre modelos biológicos e artificiais de processamento de linguagem, esperamos descobrir novas estratégias pra criar sistemas inteligentes que consigam compreender e gerar linguagem de forma mais natural e precisa.
Conclusão
Nossa pesquisa em aprendizado preditivo meta oferece uma perspectiva nova sobre como o processamento da linguagem pode ser abordado tanto na inteligência artificial quanto na neurociência. Ao aproveitar os princípios da codificação preditiva e examinar o papel da incerteza de peso, abrimos caminho pra insights mais profundos sobre a mecânica por trás da compreensão da linguagem.
À medida que continuamos a investigar essas conexões, esperamos contribuir pros debates em andamento sobre inteligência, compreensão da linguagem e o futuro da inteligência artificial. Entender essas sutilezas não só enriquece nosso conhecimento sobre a cognição humana, mas também inspira o desenvolvimento de sistemas de IA avançados, capazes de um processamento de linguagem mais parecido com o humano.
Título: Meta predictive learning model of languages in neural circuits
Resumo: Large language models based on self-attention mechanisms have achieved astonishing performances not only in natural language itself, but also in a variety of tasks of different nature. However, regarding processing language, our human brain may not operate using the same principle. Then, a debate is established on the connection between brain computation and artificial self-supervision adopted in large language models. One of most influential hypothesis in brain computation is the predictive coding framework, which proposes to minimize the prediction error by local learning. However, the role of predictive coding and the associated credit assignment in language processing remains unknown. Here, we propose a mean-field learning model within the predictive coding framework, assuming that the synaptic weight of each connection follows a spike and slab distribution, and only the distribution, rather than specific weights, is trained. This meta predictive learning is successfully validated on classifying handwritten digits where pixels are input to the network in sequence, and moreover on the toy and real language corpus. Our model reveals that most of the connections become deterministic after learning, while the output connections have a higher level of variability. The performance of the resulting network ensemble changes continuously with data load, further improving with more training data, in analogy with the emergent behavior of large language models. Therefore, our model provides a starting point to investigate the connection among brain computation, next-token prediction and general intelligence.
Autores: Chan Li, Junbin Qiu, Haiping Huang
Última atualização: 2023-10-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.04106
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.04106
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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