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# Biologia# Neurociência

O Impacto da Saúde Cardiovascular nos Sinais Precoce do Alzheimer

Estudo liga a saúde do coração a mudanças no cérebro em idosos com queixas cognitivas.

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A demência tá virando uma preocupação crescente com o envelhecimento da galera. A doença de Alzheimer (DA) é o tipo mais comum de demência. Ela se desenvolve de forma gradual, começando com uns problemas de memória leves que podem levar a problemas cognitivos mais sérios. Detectar a DA cedo é importante porque isso pode abrir caminho pra tratamentos que ajudem a desacelerar a progressão da doença. Atualmente, não tem cura pra DA, e a maioria dos tratamentos só alivia os sintomas temporariamente. Por isso, os pesquisadores tão bem motivados a descobrir formas de identificar a DA mais cedo, antes que os sintomas evidentes apareçam.

Queixas Cognitivas Leves e Doença de Alzheimer

A diferença entre o envelhecimento normal e os primeiros sinais de demência pode ser difícil de notar. Os pesquisadores tão correndo atrás de biomarcadores-marcadores biológicos que podem indicar uma doença-que mostram mudanças no cérebro ligadas à DA antes que os médicos consigam detectar esses sinais em testes. Algumas pessoas sem demência relatam ter problemas de memória, que podem ser divididos em duas categorias: declínio cognitivo subjetivo (DCS) e Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). DCS é quando a pessoa sente que tá com problemas de memória, mas não tem déficits mensuráveis. Já CCL é quando há problemas cognitivos reais que podem ser confirmados em testes.

Apesar da pesquisa que tá rolando, os cientistas ainda não entendem completamente como a DA se desenvolve e progride. Tem poucos recursos disponíveis pra pegar os pacientes na hora certa, e os métodos atuais de avaliação das pessoas com sinais suspeitos da doença não são sempre eficazes.

O Papel dos Biomarcadores de Neuroimagem

Estudos tão rolando pra ver como a neuroimagem-usando técnicas de imagem como ressonância magnética (RM)-pode ajudar a identificar mudanças no cérebro relacionadas a problemas cognitivos iniciais ligados à DA. Um achado importante é que as hiperintensidades de matéria branca (HMBs), visíveis nas RM, são comuns em adultos mais velhos. As HMBs podem indicar sinais iniciais de demência, embora suas causas subjacentes ainda não sejam totalmente compreendidas.

Essas HMBs costumam ser observadas usando um método específico de RM chamado Recuperação por Inversão com Atenuação de Fluido (FLAIR). Áreas com sinal mais alto nessas imagens podem indicar problemas dentro da matéria branca do cérebro. Pesquisas sugerem que as HMBs tão ligadas a um risco maior de demência, mas o papel exato delas no desenvolvimento da doença ainda tá sendo estudado.

As HMBs são vistas como indicadores de problemas subjacentes nos vasos sanguíneos do cérebro. Fatores de risco tradicionais pra doenças cardíacas, como pressão alta e Diabetes, têm sido relacionados à presença de HMBs. Por exemplo, pessoas com pressão alta costumam apresentar desempenho cognitivo pior, e estudos indicam que o diabetes pode aumentar a carga de HMBs no cérebro.

Saúde Cardiovascular e Mudanças no Cérebro

Pressão alta, diabetes e outros fatores de estilo de vida podem afetar negativamente os vasos sanguíneos do cérebro, levando a HMBs. A pressão alta pode prejudicar os pequenos vasos sanguíneos no cérebro, o que pode afetar a função cerebral. Esse dano pode levar ao declínio cognitivo.

Curiosamente, pesquisas recentes sugerem que o acúmulo de proteínas como o beta-amiloide e tau no cérebro também pode ter um papel no desenvolvimento das HMBs, especialmente nas fases iniciais da DA. Estudos indicam que a presença do beta-amiloide, um marcador frequentemente analisado em estudos sobre demência, tá mais associada às HMBs do que a proteína tau.

Mesmo com fatores de risco tradicionais como pressão alta e diabetes sendo grandes contribuintes pras HMBs, parece que caminhos específicos da DA também podem ter um impacto localizado no desenvolvimento das HMBs. Por exemplo, certos tipos de proteínas tau foram ligados às HMBs em regiões específicas do cérebro.

O Estudo Atual: HMBs, Biomarcadores Sanguíneos e Fatores Cardiovasculares

Esse estudo teve como objetivo verificar a conexão entre as HMBs e duas coisas principais: 1) biomarcadores de beta-amiloide no sangue e 2) fatores de risco cardiovascular como Pressão Arterial e níveis de açúcar no sangue em adultos mais velhos que não têm demência, mas que relataram queixas cognitivas.

A pesquisa envolveu 112 indivíduos mais velhos de uma comunidade no Chile. Todos os participantes tinham mais de 70 anos, não tinham sido diagnosticados com demência e relataram problemas cognitivos. Uma variedade de testes, incluindo avaliações cognitivas e exames de sangue, foram realizados pra ter um panorama completo da saúde deles.

Ressonâncias Magnéticas e Análise de Sangue

As ressonâncias foram usadas pra visualizar as HMBs nos cérebros dos participantes, e dados sobre pressão arterial e níveis de açúcar no sangue foram coletados. Amostras de sangue foram retiradas pra avaliar os níveis de proteínas beta-amiloide. Fizeram perguntas sobre se a presença dessas proteínas influenciaria os níveis de HMBs no cérebro.

Os resultados mostraram que a idade era o fator mais significativo afetando os níveis de HMBs. A pressão arterial diastólica teve uma associação notável com as HMBs em várias regiões do cérebro, enquanto os níveis de açúcar no sangue também estavam ligados à presença de HMBs em áreas específicas da matéria branca. No entanto, os níveis de beta-amiloide no plasma não mostraram uma forte conexão com as HMBs.

Implicações pra Saúde e Pesquisas Futuras

Os achados desse estudo sugerem que gerenciar a pressão alta e os níveis de açúcar no sangue pode ter um papel crucial em reduzir os níveis de HMBs e potencialmente desacelerar o declínio cognitivo em adultos mais velhos com queixas cognitivas iniciais. Isso é importante porque destaca a necessidade da detecção e tratamento precoces dos fatores de risco cardiovascular mesmo antes da demência ser diagnosticada.

Entender como esses fatores se relacionam com a saúde do cérebro pode levar a melhores estratégias pra prevenir o declínio cognitivo e a demência. Pesquisas futuras serão essenciais pra confirmar esses achados e explorar mais a fundo os mecanismos pelos quais a saúde cardiovascular influencia as mudanças no cérebro que precedem a demência.

Conclusão

Esse estudo reforça a ideia de que a saúde cardiovascular tá intimamente ligada à saúde do cérebro, especialmente em adultos mais velhos que tão passando por problemas cognitivos leves. As relações entre pressão arterial, níveis de açúcar no sangue e mudanças no cérebro como as HMBs ressaltam a necessidade de medidas proativas pra gerenciar esses fatores de saúde. Ao focar nos fatores de risco cardiovascular, pode ser possível melhorar os resultados cognitivos e desacelerar a progressão pra estágios mais sérios da demência. Pesquisas futuras vão aprimorar a compreensão e ajudar a desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes.

Fonte original

Título: Impact of cardiometabolic factors and blood beta-amyloid on the volume of white matter hyperintensities in dementia-free subjects with cognitive complaints

Resumo: IntroductionWhite matter hyperintensities (WMH) in Alzheimers disease (AD) have traditionally been associated with cerebrovascular diseases. Amyloid {beta} (A{beta}) deposition reportedly contributes to WMHs; however, this relationship remains unclear in dementia-free subjects with cognitive complaints (CC). Here, we explored the relationship between WMHs and cardiometabolic and A{beta} blood biomarkers in a community-based cohort of Latin American CC participants. MethodsWe recruited 112 individuals with CC (69 - 92 YO, 90 females) with available plasma A{beta} biomarkers and cardiometabolic markers (systolic - diastolic blood pressure and glycaemia). WMHs were quantified using a lesion segmentation tool based on SPM12 and segmented using the John Hopkins University (JHU) Atlas and ALVIN segmentation for periventricular and subcortical white matter. Linear multiple regression models were fitted to assess total WMH lesions and the segmented tract, using demographics, cardiometabolic, and A{beta} blood biomarker measures as independent variables. ResultsAfter multiple comparison corrections, diastolic blood pressure was associated with WMHs, specifically in the right anterior thalamic radiation, left cingulum, minor forceps, and subcortical ALVIN segmentation. Glycaemia was associated with WMH volume in forceps major, forceps minor, and right fronto-occipital fasciculi. Conversely, A{beta} blood biomarkers and systolic blood pressure showed no association with WMH overall or in specific tracts. ConclusionOur findings suggest that, in dementia-free CC individuals, WMH volume was more related to cardiometabolic factors, whereas A{beta} blood biomarkers might be of less relevance. Dementia prevention strategies in individuals might be a useful focus for managing high peripheral vessel resistance and endothelial damage due to hypertension and hyperglycaemia.

Autores: Andrea Slachevsky, P. Riquelme-Contreras, M. Hornberger, M. Khondoker, F. Henriquez, C. Gonzalez-Campo, F. Altschuler, M. Fraile-Vazquez, P. Lukasewicz Ferreira, B. Bellaver, T. Pascoal, G. Muniz-Terrera, C. Okuma, C. Gonzalez-Billault, F. Court, M. Cerda, P. Lillo

Última atualização: 2024-06-11 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.10.598296

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.10.598296.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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