Gerenciando a Hipertensão: Um Estudo em Addis Ababa
Pesquisas mostram os desafios em controlar a pressão alta entre pacientes na Etiópia.
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Índice
- Quão Comum é a Hipertensão?
- O Custo da Pressão Alta
- Por Que as Pessoas Não Controlam Sua Hipertensão?
- O Objetivo do Estudo
- Desenho e Configuração do Estudo
- Quem Participou do Estudo?
- Coleta de Dados
- Tamanho da Amostra e Análise
- Principais Descobertas sobre o Perfil dos Participantes
- Escolhas de Estilo de Vida dos Participantes
- Uso de Medicamentos
- Taxas de Adesão à Medicação
- Fatores que Afetam a Adesão à Medicação
- Fatores de Controle da Pressão Arterial
- Conclusão
- Fonte original
Hipertensão, ou pressão alta, é um problema de saúde sério. Você tem hipertensão se sua pressão arterial sistólica é 140 mmHg ou mais, ou sua pressão diastólica é 90 mmHg ou mais. É importante cuidar da hipertensão porque, se não tratada, pode causar problemas graves de saúde, incluindo doenças cardíacas e AVC.
Quão Comum é a Hipertensão?
Cerca de 1,3 bilhões de pessoas no mundo têm pressão alta. Espera-se que esse número suba para cerca de 1,5 bilhão até 2025. Entre os adultos, a prevalência de hipertensão é de cerca de 30% a 45%. Na África, aproximadamente 30,8% dos adultos são afetados, enquanto na África Subsaariana a prevalência varia de 30,0% a 31,1%. Na Etiópia, os relatos de hipertensão variam entre as regiões, mas uma meta-análise em 2019 estimou que 21,8% das pessoas no país tinham pressão alta.
O Custo da Pressão Alta
A hipertensão traz um ônus financeiro significativo. Em 2001, o custo global da pressão alta foi de cerca de 370 bilhões de dólares. Esse valor representa 10% do total gasto com saúde no mundo. Além disso, a pressão alta está ligada a um número elevado de doenças cardiovasculares e mortes precoces. Estima-se que de 7,7 a 10,4 milhões de mortes todo ano sejam causadas pela pressão alta, afetando principalmente pessoas em países de baixa e média renda.
Por Que as Pessoas Não Controlam Sua Hipertensão?
Existem medicamentos eficazes para pressão alta, como diuréticos, inibidores da ECA, ARBs e bloqueadores de canais de cálcio. Esses medicamentos ajudam a reduzir o risco de doenças cardíacas e diminuem as chances de morte. No entanto, muitas pessoas não controlam bem sua hipertensão. Apenas 45,6% das pessoas com pressão alta sabem que têm. Desses, só 36,9% recebem tratamento e apenas 13,8% conseguem controlar a pressão.
A Adesão à Medicação é crucial para a saúde a longo prazo, mas seguir os tratamentos prescritos pode ser complicado. Muita gente para de tomar os remédios. Pesquisas mostram que a má adesão à medicação é uma das principais razões para o controle inadequado da pressão arterial. Isso pode levar a prescrições desnecessárias, piora na saúde, mais visitas ao hospital e maiores custos para o sistema de saúde. A má adesão à medicação também afeta a qualidade de vida e aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves, como infartos e AVCs.
O Objetivo do Estudo
Esse estudo tem como objetivo examinar como os pacientes hipertensos seguem seus regimes de medicação e quão efetivamente controlam sua pressão arterial em determinados hospitais em Addis Ababa, Etiópia. Ao identificar os fatores que contribuem para a má adesão à medicação e Controle da Pressão Arterial, podem ser desenhadas intervenções adequadas para melhorar os resultados dos pacientes.
Desenho e Configuração do Estudo
A pesquisa foi realizada em dois hospitais em Addis Ababa de 1º de maio de 2022 a 31 de agosto de 2022. O Hospital Yekatit 12 atende cerca de 230.000 pessoas anualmente, enquanto o Hospital Menelik II tem uma longa história de prestação de serviços de saúde. O estudo incluiu pacientes diagnosticados com pressão alta que já estavam em tratamento.
Quem Participou do Estudo?
O estudo incluiu pacientes com 18 anos ou mais diagnosticados com hipertensão e que estavam em tratamento por pelo menos seis meses. Aqueles que estavam grávidas ou tinham problemas de saúde mental foram excluídos do estudo.
Coleta de Dados
Para coletar informações, os pesquisadores usaram um questionário estruturado que incluía várias perguntas relacionadas à demografia dos Participantes, comportamentos de saúde e uso de medicamentos. Fatores como idade, sexo, educação, renda, dieta, atividade física e com que frequência os pacientes verificavam sua pressão arterial foram examinados. Os dados foram coletados por médicos que trabalhavam na clínica de cuidados crônicos dos hospitais.
Tamanho da Amostra e Análise
Os pesquisadores calcularam que precisavam de 393 participantes. Os dados foram analisados usando software estatístico para determinar a relação entre adesão e vários fatores.
Principais Descobertas sobre o Perfil dos Participantes
Dos 393 participantes, a maioria era de meia-idade, com média de 59 anos. Mais da metade eram mulheres e um número considerável vivia em áreas urbanas. Cerca de 25% dos participantes tinham concluído a faculdade. Em relação à renda, 45,8% dos entrevistados tinham uma renda mensal acima de 3.000 birr etíopes.
Escolhas de Estilo de Vida dos Participantes
Em termos de estilo de vida, 4,6% dos participantes eram fumantes, enquanto 22,9% consumiam álcool. Muitos entrevistados relataram comer uma variedade de vegetais e cereais, mas 59,5% disseram que adicionavam mais sal às suas refeições. A maioria dos participantes tinha algum nível de atividade física, com média de cerca de 30 minutos por dia.
Uso de Medicamentos
O estudo descobriu que certos tipos de medicamentos, como bloqueadores de canais de cálcio e inibidores da ECA, eram frequentemente prescritos. Muitos pacientes recebiam tratamentos combinados, com a maioria comprando seus medicamentos nos hospitais. Um pequeno número relatou efeitos colaterais de seus medicamentos.
Taxas de Adesão à Medicação
Usando uma escala bem conhecida, foi revelado que 72,5% dos participantes aderiam aos seus regimes de medicação. Mais da metade dos pacientes monitorou sua pressão arterial em casa. No entanto, apenas 23,4% dos participantes conseguiram controlar a pressão arterial durante o estudo.
Fatores que Afetam a Adesão à Medicação
O estudo investigou vários fatores que poderiam influenciar o quão bem os pacientes seguiam seus planos de medicação. Foi descoberto que aqueles que adicionavam sal extra às suas refeições eram mais propensos a seguir sua medicação. Curiosamente, participantes que tomavam um medicamento anti-hipertensivo eram menos propensos a aderir ao tratamento em comparação com aqueles que tomavam dois ou mais medicamentos. Notavelmente, aqueles que não se engajavam em atividade física moderada também eram menos aderentes.
Fatores de Controle da Pressão Arterial
Uma análise mais profunda mostrou que homens tinham melhor controle da pressão arterial em comparação com mulheres. Participantes que não consumiam álcool também tinham melhor controle sobre a pressão arterial. Além disso, aqueles que verificavam regularmente sua pressão arterial em casa tiveram mais sucesso em controlar seus níveis.
Conclusão
Embora a maioria dos participantes aderisse aos seus medicamentos anti-hipertensivos, a taxa de controle da pressão arterial era baixa. Fatores como escolhas alimentares, atividade física e monitoramento regular da pressão arterial desempenham um papel significativo no manejo eficaz da hipertensão. Este estudo ressalta a necessidade de mudanças no estilo de vida junto com a medicação para alcançar melhores resultados de saúde para os pacientes com pressão alta.
Título: Predictors of blood pressure control and antihypertensive drug adherence among hypertensive patients: Hospital-based cross-sectional study
Resumo: BackgroundHypertension or elevated blood pressure is a serious medical condition that significantly increases the risk of diseases of the heart, brain, kidneys, and other organs. Antihypertensive drug adherence is a key to controlling blood pressure. ObjectiveTo assess factors associated with antihypertensive drug adherence and blood pressurecontrol among hypertensive patients in Selected Public Hospitals under Addis Ababa City Administration. MethodA hospital-based cross-sectional study was conducted among hypertensive patients on follow-up in randomly selected Public Hospitals under the Addis Ababa City Administration from May 1, 2022, to August 31, 2022. The study population was 393 and patients who fulfilled the eligibility criteria were selected by systematic random sampling and the first participant was selected randomly. Data collection was conducted by reviewing the patients electronic medical records and by interviewing patients with a structured questionnaire. Data was entered into Epi-Info 7.2.1 and exported to SPSS version 25 software for analysis. Logistic regression analysis was done to see the association between the dependent and independent variables. ResultThe rate of antihypertensive drug adherence and blood pressure control was 72.5 % and 23.4% respectively. Participants with uncontrolled blood pressure were found to be 41.7% less adherent than those with controlled blood pressure (AOR= 0.59; 95% CI, 0.36-0.97). Non-adherence to dietary restriction (AOR, 3.31; 95% CI, 1.84-5.96) and chronic kidney disease (AOR=3.85; 95% CI, 1.41-10.52) are associated with good adherence, whereas using single antihypertensive drug (AOR=0.53; 95% CI, 0.30-0.94), and non-adherence to moderate physical exercise (AOR=0.30; 95% CI, 0.20-0.65) were associated with poor adherence to antihypertensive medications. Male sex (AOR=1.95; 95% CI, 1.04-3.28) and blood pressure measurement at home (AOR=0.59; 95% CI,0.36- 0.99) were independent predictors of controlled blood pressure. Drinking alcohol (AOR=1.92; 95% CI, 1.05-3.49) is inversely associated with blood pressure control. ConclusionDespite good adherence to antihypertensive medications, blood pressure control was low. This signifies the importance of lifestyle measures beyond pharmacologic intervention.
Autores: Tamrat Petros Elias, A. T. Minyilshewa, M. A. Tekle, T. W. Gebreamlak, B. L. Adde
Última atualização: 2024-01-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.11.24301173
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.11.24301173.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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