Novas Técnicas em Patologia para Diagnóstico de Linfoma de Células T
Métodos inovadores melhoram a detecção de proteínas em amostras de tecido para diagnóstico de câncer.
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Índice
- Imunofluorescência Multiplex de Um Passo Baseada em Imagem Espectral (SISS-mIF)
- Imagem hiperespectral
- Desmistificando Espectral
- Coloração Multiplex de Um Passo Direto em Imunofluorescência
- Saída de Imagem em Contagem de Anticorpos
- Detecção de CD3, CD5 e CD7 em Linfoma de Células T
- Análise de Agrupamento Espacial Baseada em jNMF (jNMF-SCA)
- Diagnóstico Assistido de Linfoma de Células T Usando jNMF-SCA
- Conclusão
- Fonte original
Imunohistoquímica (IHC) é uma técnica usada em patologia pra analisar amostras de tecido. Esse método ajuda os médicos a entenderem melhor as doenças, detectando proteínas específicas nas células. Uma substância comum usada nesse processo é a 3,3’-diaminobenzidina (DAB), que deixa as proteínas visíveis sob o microscópio. Mas identificar várias proteínas ao mesmo tempo pode ser complicado com a microscopia óptica tradicional. Essa limitação muitas vezes obriga os pesquisadores a fazer várias fatias finas de tecido, o que consome amostras preciosas. Isso também complica a análise de células pequenas, como linfócitos, especialmente ao diagnosticar certos tipos de câncer, como linfoma maligno de células T.
Nos linfomas, marcadores específicos nas células T, como CD3, CD5 ou CD7, podem indicar câncer. Confirmar esses marcadores nas mesmas células usando IHC convencional com DAB pode ser complicado. Embora a citometria de fluxo seja um método de diagnóstico preferido, nem sempre está disponível. Como resultado, os cientistas estão interessados em detectar múltiplas proteínas em seções de tecido. Esse desenvolvimento pode ajudar a prever como um paciente vai responder ao tratamento do câncer ao analisar a disposição das moléculas e células dentro do tecido.
Recentemente, várias novas técnicas de imunomarcação fluorescente foram desenvolvidas. Esses métodos podem detectar várias proteínas ao mesmo tempo e têm características únicas. A coloração por fluorescência é o principal método pra identificar múltiplas proteínas. Existem dois tipos principais: o método direto e o indireto.
O método direto de coloração é simples e usa apenas o anticorpo primário. Porém, tem dificuldade em diferenciar entre sinais reais e ruído de fundo, especialmente em amostras de tecido fixadas em formalina. Essa dificuldade limita seu uso hoje em dia. Por outro lado, o método indireto usa um anticorpo secundário pra melhorar o sinal, mas depende das combinações específicas de anticorpos usados. Outros métodos, como Amplificação de Sinal Tyramide (TSA) e coloração cíclica, adicionam complexidade e podem danificar o tecido.
Pra resolver esses desafios, uma nova técnica chamada Imunofluorescência Multiplex de Um Passo Baseada em Imagem Espectral (SISS-mIF) foi desenvolvida. Esse método simplifica o processo, permitindo que múltiplas proteínas sejam coloridas e detectadas em um só passo.
Imunofluorescência Multiplex de Um Passo Baseada em Imagem Espectral (SISS-mIF)
Nesse método, lâminas de tecido são tingidas com vários anticorpos que têm cores fluorescentes diferentes. Todos os anticorpos reagem com o tecido em um único passo, tornando o processo mais rápido e eficiente. Os dados de fluorescência são coletados rapidamente, criando uma matriz que organiza as informações espectrais. Uma parte chave do processo é separar os sinais reais do ruído de fundo usando uma técnica matemática chamada método dos mínimos quadrados.
A principal vantagem desse approach é a capacidade de oferecer informações espaciais sobre as proteínas. Isso é importante porque revela como diferentes células e proteínas estão dispostas dentro do tecido, fornecendo insights que métodos convencionais podem perder.
Imagem hiperespectral
A imagem hiperespectral captura uma ampla gama de comprimentos de onda de luz ao mesmo tempo, permitindo que os pesquisadores obtenham informações detalhadas sobre a amostra de tecido. Esse sistema usa uma abordagem de imagem de varredura em linha, ou seja, captura imagens em linhas ao invés de tudo de uma vez. O dispositivo de imagem utiliza múltiplos lasers pra excitar os marcadores fluorescentes usados na coloração.
Diferente da imagem tradicional, que usa filtros para cada cor, esse sistema de imagem hiperespectral captura dados de muitos canais ao mesmo tempo. Isso ajuda a reduzir o tempo de exposição e minimiza danos ao tecido.
Desmistificando Espectral
Após o processo de imagem, os pesquisadores precisam separar os sinais das proteínas reais e do ruído de fundo. Essa etapa, conhecida como desmistificação espectral, utiliza os espectros de fluorescência obtidos pra distinguir entre diferentes sinais. O objetivo é extrair as informações necessárias pra entender quais proteínas estão presentes e em quais níveis, o que é crucial pra uma análise precisa.
A técnica utiliza várias partes dos dados espectrais coletados, otimizando os resultados pra garantir clareza. As imagens resultantes podem então mostrar a quantidade de diferentes proteínas presentes em cada seção do tecido.
Coloração Multiplex de Um Passo Direto em Imunofluorescência
Pra essa técnica, painéis de anticorpos fluorescentes são preparados para diferentes tipos de tecido. Isso permite que os pesquisadores destaquem várias proteínas presentes nas amostras. A distinção entre as proteínas fica clara através dos padrões observados na coloração, ajudando no diagnóstico de doenças como o linfoma de células T. O processo de coloração pode revelar se as proteínas estão na membrana celular, dentro do núcleo ou no citoplasma.
Saída de Imagem em Contagem de Anticorpos
Uma das forças do SISS-mIF é a capacidade de produzir imagens que refletem o número real de proteínas presentes no tecido, em vez de apenas a intensidade das cores. Esse método permite comparação entre diferentes condições de imagem e fornece contagens consistentes para proteínas em várias amostras.
Isso é especialmente útil pra analisar a co-expressão de proteínas, o que é importante pra entender os mecanismos das doenças. Em testes, esse método demonstrou contagens confiáveis em várias condições, garantindo resultados consistentes.
Detecção de CD3, CD5 e CD7 em Linfoma de Células T
Ao avaliar linfoma de células T, é importante ver a presença de marcadores específicos como CD3, CD5 e CD7. O desempenho dos diferentes métodos de detecção pode ser comparado, permitindo que os pesquisadores vejam como cada um identifica esses marcadores. Em estudos, a imunofluorescência multiplex se mostrou mais precisa do que métodos tradicionais como DAB-IHC na detecção desses marcadores.
Análise de Agrupamento Espacial Baseada em jNMF (jNMF-SCA)
jNMF-SCA é outra abordagem inovadora usada pra categorizar amostras de tecido com base na disposição espacial das células. Esse método simplifica dados complexos e destaca áreas de interesse dentro das amostras de tecido, ajudando patologistas a identificar tipos de câncer.
A abordagem começa dividindo as imagens inteiras dos tecidos em regiões menores e contando marcadores de proteínas específicos nessas sub-regiões. Essa divisão ajuda a entender como vários marcadores estão distribuídos, o que pode indicar diferentes estágios ou tipos de câncer.
Diagnóstico Assistido de Linfoma de Células T Usando jNMF-SCA
Pra diagnosticar linfoma de células T, o método jNMF-SCA foi aplicado a um grupo de amostras de casos, incluindo amostras controle e de câncer. Esse método identificou eficazmente quais amostras tinham níveis baixos ou ausentes de marcadores específicos como CD5 e CD7, demonstrando sua utilidade em cenários clínicos.
Nesse estudo, o jNMF-SCA demonstrou alta sensibilidade pra detectar mudanças nos níveis de marcadores, provando seu potencial pra melhorar os diagnósticos dos pacientes.
Conclusão
Combinar SISS-mIF e jNMF-SCA oferece um kit poderoso pra diagnosticar condições como o linfoma de células T. O SISS-mIF fornece medições precisas dos níveis de proteínas e suas localizações no tecido, enquanto o jNMF-SCA ajuda a visualizar e interpretar as relações espaciais dentro das amostras. Juntas, essas técnicas melhoram a capacidade de identificar variações sutis no câncer, levando a uma melhor compreensão e opções de tratamento para os pacientes.
Usando essas técnicas avançadas, os pesquisadores estão melhorando os fluxos de trabalho de diagnóstico em patologia. Essas inovações prometem ajudar os profissionais médicos a fazer diagnósticos mais precisos, beneficiando, em última análise, o cuidado e os resultados dos pacientes.
Título: Spatial Clustering Analysis with Spectral Imaging-based Single-Step Multiplex Immunofluorescence (SISS-mIF)
Resumo: Precision medicine, anchored in spatial biology, is essential for the accurate diagnosis of cancer and prediction of drug responses. We have introduced the Spectral Imaging-based Single-Step Multiplex Immunofluorescence (SISS-mIF) technique, which leverages hyperspectral imaging to simultaneously capture fluorescence spectra. This approach automatically optimizes tissue autofluorescence spectra for each image, facilitating the use of fluorescent direct-labeled antibodies for multicolor staining in a single step. Unlike conventional methods, images are outputted as antibody counts rather than fluorescence intensity, allowing for consistent comparisons under different imaging conditions. We demonstrate that this technique allows for identical cell detection of CD3, CD5, and CD7 in T-cell lymphoma on a single slide. The utilization of fluorescent direct-labeled antibodies enables the triple staining of CD3, CD5, and CD7 without cross-reactivity, maintaining the same intensity as single stains. Moreover, we developed a joint Non-Negative Matrix Factorization-based Spatial Clustering Analysis (jNMF-SCA) with a modified spectral unmixing system, highlighting its potential as a supportive diagnostic tool for T-cell lymphoma.
Autores: Kazuhiro Nakagawa, T. Nakamura, N. Kaneko, T. Taguchi, K. Ikeda, M. Sakata, M. Inoue, T. Kuwayama, H. Tatsuta, I. Onishi, M. Kurata
Última atualização: 2024-06-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.17.597874
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.17.597874.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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