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Nova Esperança para Tratamento de Demência Usando Luz

A pesquisa analisa os possíveis efeitos do tratamento com luz na função cognitiva em pessoas com demência.

― 7 min ler


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Índice

Demência é um termo usado pra descrever uma queda nas habilidades cognitivas que afeta o dia a dia e a qualidade de vida de quem foi diagnosticado e dos cuidadores. Quem tem demência pode ter dificuldades com memória, raciocínio e habilidades de pensamento. Tem uma fase antes da demência chamada de Comprometimento Cognitivo Leve, onde as pessoas têm alguns problemas com a função cognitiva, mas ainda conseguem viver de forma independente.

Embora existam medicamentos que podem ajudar com a demência, como os inibidores da colinesterase e a memantina, a eficácia e segurança deles ainda são debatidas. Uma opção de tratamento mais nova envolve anticorpos anti-amiloide, que foram recentemente aprovados em alguns países. Mas eles podem ser bem caros e têm riscos, incluindo efeitos colaterais sérios que podem ser perigosos.

Além dos medicamentos, vários fatores de estilo de vida podem influenciar o risco de desenvolver demência. Isso inclui se manter ativo fisicamente, socializar e gerenciar a depressão.

Introduzindo a Fotobiomodulação

A fotobiomodulação (PBM) é um tratamento que usa luz pra promover a cura e possivelmente melhorar a função cognitiva. O tratamento usa diferentes tipos de luz, incluindo luz visível e infravermelha próxima. Foi descoberta no final dos anos 60, quando pesquisadores perceberam que a luz poderia ajudar no crescimento de cabelo e na cicatrização de feridas em camundongos.

Desde então, a PBM evoluiu e novos dispositivos, como os LEDs, mostraram-se eficazes e são mais acessíveis do que lasers. A PBM pode envolver várias fontes de luz, além dos lasers.

Como a PBM funciona depende do tipo de luz usada. A luz no espectro vermelho e infravermelho próximo é acreditada como capaz de penetrar bem nos tecidos e ajudar as células a crescer e se multiplicar. Por outro lado, a luz azul pode ter efeitos diferentes, como matar bactérias ou causar morte celular em níveis altos.

Quando a luz vermelha e infravermelha próxima é usada em níveis baixos, acredita-se que ela seja absorvida por moléculas dentro das células, especialmente em estruturas chamadas mitocôndrias. Uma molécula chamada citocromo C oxidase atua como um receptor de luz nesse processo. Quando ativada, ela ajuda a produzir energia na forma de ATP e aumenta a atividade das células.

A PBM também pode levar à produção de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico nas células, o que pode ajudar na recuperação das células e promover o fluxo sanguíneo no cérebro. Esse aumento no fluxo sanguíneo pode melhorar o metabolismo cerebral.

Avanços nas Técnicas de PBM

A PBM viu melhorias na forma como a estimulação cerebral é realizada. A mudança de luz contínua para luz pulsada mostrou resultados promissores, possivelmente aprimorando a forma como os tecidos absorvem luz e incentivando padrões específicos de ondas cerebrais. Novas técnicas também foram desenvolvidas, como estimular as passagens nasais pra alcançar áreas mais profundas do cérebro.

Como os dispositivos LED são menores e mais econômicos, as esperanças em relação à PBM como tratamento para problemas neurológicos e de saúde mental, especialmente pra melhorar a função cognitiva, aumentaram. Estudos clínicos começaram a avaliar seu impacto nas habilidades cognitivas de pessoas com demência.

Por exemplo, alguns estudos mostraram benefícios potenciais na função cognitiva usando PBM em pacientes com Doença de Alzheimer. Um estudo tratou um pequeno grupo de pacientes com dispositivos LED, e eles mostraram melhorias em testes de memória. Outros estudos confirmaram melhorias em avaliações cognitivas com diferentes configurações e durações de luz.

Nova Pesquisa sobre PBM para a Doença de Alzheimer

Diante dos resultados encorajadores de estudos anteriores, está rolando uma nova pesquisa pra avaliar quão eficaz a PBM pode ser para indivíduos com Alzheimer em estágio inicial. Esse novo estudo foca em pessoas com comprometimento cognitivo leve e demência leve devido à doença de Alzheimer.

O principal objetivo do estudo é determinar se uma intervenção de PBM de 12 semanas pode melhorar a função cognitiva. O teste envolverá 30 Participantes que serão divididos em dois grupos: um recebendo tratamento real de PBM e outro recebendo um tratamento simulado que parece semelhante, mas não emite luz.

Os participantes virão de um hospital acadêmico, e aqueles que estiverem interessados em participar receberão informações sobre o estudo. Depois de darem o consentimento, eles serão avaliados pra garantir que atendem a critérios específicos, incluindo idade, estado cognitivo e disponibilidade de um cuidador.

O tratamento de PBM será realizado em casa usando um dispositivo que fornece luz infravermelha próxima através de vários aplicadores. Os participantes seguirão instruções pra usar o dispositivo diariamente. Aqueles que estão no grupo de tratamento ativo receberão exposição real à luz, enquanto o grupo simulado usará um dispositivo que parece semelhante, mas não funciona.

Tanto os participantes quanto aqueles que supervisionam o estudo não saberão qual tratamento está sendo usado para aumentar a confiabilidade do estudo. Depois do período de terapia, os participantes darão feedback sobre sua experiência com o tratamento.

Resultados e Avaliações

O principal resultado medido no estudo são as mudanças na função cognitiva, avaliadas por uma escala específica chamada Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer - Subescala Cognitiva. Outros resultados incluirão avaliações de funcionamento geral, qualidade de vida e sintomas que afetam tanto os participantes quanto seus cuidadores.

Psicólogos que não estão cientes dos grupos de participantes farão avaliações no início do estudo e após o período de tratamento de 12 semanas. Todas as avaliações ajudarão a determinar quão bem a PBM pode funcionar pra melhorar a função cognitiva em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve.

Os pesquisadores monitorarão de perto os participantes durante todo o estudo em busca de quaisquer eventos adversos ou experiências negativas que surgirem durante o tratamento. Verificações regulares garantirão conformidade e abordarão quaisquer preocupações.

Importância do Desenho do Estudo

Esse novo estudo é projetado pra coletar dados significativos sobre os potenciais benefícios da PBM em pacientes com Alzheimer. Realizar o estudo com um grupo maior de participantes proporcionará insights melhores sobre a eficácia e segurança dessa terapia.

Embora esse estudo esteja limitado a um local, os resultados podem levar a ensaios maiores no futuro. Os efeitos a longo prazo da PBM na cognição também precisarão ser examinados, já que muitos tratamentos para problemas cognitivos exigem períodos prolongados pra determinar sua eficácia.

Ética e Responsabilidades

Antes de começar, o estudo foi revisado e aprovado por um comitê ético pra garantir que atenda a todas as diretrizes necessárias. Os participantes serão informados sobre seus direitos e o propósito do estudo, e poderão desistir a qualquer momento sem consequências.

Os dados coletados durante este estudo permanecerão confidenciais e serão usados apenas para fins de pesquisa. Os pesquisadores analisarão os resultados e os compartilharão com o público pra contribuir com um entendimento maior sobre os tratamentos para demência.

Conclusão

A demência é uma condição desafiadora que afeta muitos aspectos da vida. Com a pesquisa em andamento e métodos de tratamento inovadores como a PBM, há esperança de melhorar a função cognitiva e a qualidade de vida de quem é afetado. Entender os potenciais mecanismos e efeitos da PBM pode levar a melhores opções de cuidado pra indivíduos enfrentando declínio cognitivo. Este estudo representa um passo importante pra descobrir maneiras mais eficazes de combater a demência e apoiar quem vive com isso.

Fonte original

Título: A randomized sham-controlled trial of transcranial and intranasal photobiomodulation in Japanese patients with mild cognitive impairment and mild dementia due to Alzheimer's disease: a protocol

Resumo: IntroductionPhotobiomodulation (PBM) is a novel strategy for cognitive enhancement by improving brain metabolism and blood flow. It is potentially beneficial for patients with Alzheimers disease (AD). We present a study protocol for a randomised controlled trial designed to evaluate the efficacy and safety of PBM. Method and analysisThis is a single-centre, parallel-group, randomised, sham-controlled study. We enrol patients with mild cognitive impairment or dementia due to AD and assigned them to receive either active or sham stimulation at home for 12 weeks, with three sessions per week (20 minutes each). The stimulation involves invisible near-infrared light delivered by five applicators (one in a nostril, one on the frontal scalp, and three on the occipital scalp). The primary outcome will be the mean change in the Alzheimer Disease Assessment Scale-cognition from baseline to Week 12. We will also measure cognitive function, activity of daily living, behavioural and psychological symptoms, and caregiver burden. We will collect data at clinics at baseline and Week 12 and remotely at home. We estimate a sample size of 30 (20 active and 10 sham) based on an expected mean difference of -6.9 and an SD of 4.8. We use linear models for the statistical analysis. Ethics and disseminationThe National Center of Neurology and Psychiatry Clinical Research Review Board (CRB3200004) approved this study. The results of this study will be published in a scientific peer-reviewed journal. Trial registration details Japan Registry of Clinical Trials jRCTs032230339. ARTICLE SUMMARYStrengths and limitations of this study O_LIThis study aims to investigate the impact of PBM on the cognitive function and quality of life of patients diagnosed with mild cognitive impairment or dementia, using a well-defined sample population. C_LIO_LIA potential limitation of this study is that it is conducted at a single centre and does not adequately assess the long-term outcomes of PBM. C_LI

Autores: Yuma Yokoi, T. Inagawa, Y. Yamada, M. Matsui, A. Tomizawa, T. Noda

Última atualização: 2024-01-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299692

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299692.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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