Avaliando Infecções Nosocomiais com o NOSTRA
A NOSTRA melhora a avaliação das infecções adquiridas em hospitais e suas fontes.
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Índice
- A Necessidade de Avaliação Precisa
- Ferramentas de Avaliação Atual
- Desafios na Identificação das Fontes de Infecção
- Apresentando o NOSTRA
- Coleta e Análise de Dados
- Como Funciona o NOSTRA
- Análise Bayesiana: Estabelecendo Prioridades
- Analisando Probabilidades
- Usando Dados Genéticos
- Resultados do Estudo de Cambridge
- Limitações do NOSTRA
- A Importância da Coleta de Dados
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Infecções nosocomiais são aquelas que rolam com pacientes durante a estadia em um hospital ou serviço de saúde. Essas infecções podem causar sérios problemas de saúde tanto para os pacientes quanto para a equipe do hospital. Quando essas infecções acontecem, elas podem complicar a recuperação dos pacientes e adicionar uma pressão extra nos sistemas de saúde que já estão sobrecarregados. Por isso, é super importante que os profissionais de saúde consigam identificar com precisão se uma infecção veio do hospital. Esse conhecimento ajuda a tomar as ações necessárias para proteger outros pacientes.
Determinar se uma infecção é nosocomial requer uma análise cuidadosa dos contatos do paciente dentro do hospital. Se um paciente interagiu com alguém que tem um alto risco de espalhar infecção, as chances de a infecção ter sido adquirida no hospital aumentam.
A Necessidade de Avaliação Precisa
Ter métodos precisos para avaliar infecções nosocomiais é crucial. Se descobrir que uma infecção faz parte de um surto hospitalar, pode ser necessário tomar medidas drásticas, como fechar as enfermarias afetadas, o que pode atrapalhar os cuidados com os pacientes e pressionar os recursos. Por outro lado, se for determinado que a infecção foi adquirida em outro lugar, fechamentos desnecessários podem ser evitados, permitindo que as operações normais do hospital continuem.
Tradicionalmente, os hospitais usavam regras simples para avaliar se uma infecção foi adquirida durante a estadia do paciente. Por exemplo, uma técnica comum era considerar uma infecção como adquirida no hospital se os sintomas aparecessem três dias após a admissão. No entanto, esse método nem sempre é o mais confiável. Uma abordagem mais detalhada que considere evidências específicas sobre o patógeno e as pessoas envolvidas pode levar a avaliações mais precisas.
Ferramentas de Avaliação Atual
Diversas ferramentas foram criadas para ajudar na avaliação se uma infecção é nosocomial ou para rastrear como as infecções se espalham. No entanto, a maioria das ferramentas existentes tem dificuldade em responder duas perguntas importantes ao mesmo tempo: "Essa infecção foi adquirida no hospital?" e "Quem é a provável fonte da infecção?" É importante abordar essas duas perguntas juntas, pois saber as fontes prováveis ajuda a avaliar as chances de a infecção ser nosocomial.
Dada a importância de fornecer respostas corretas a essas perguntas rapidamente, há uma necessidade urgente de novas ferramentas que possam ajudar a equipe do hospital a tomar decisões em tempo real.
Desafios na Identificação das Fontes de Infecção
Identificar se uma infecção é nosocomial e determinar suas fontes é complicado. Nem todas as possíveis fontes de infecção podem ser reconhecidas, o que pode distorcer resultados. Mesmo quando uma lista completa de fontes potenciais está disponível, os dados coletados podem representar apenas uma parte da situação real. Qualquer abordagem para esses problemas precisa considerar cuidadosamente as suposições feitas sobre dados ausentes.
Um modelo simples que foi usado para avaliar infecções adquiridas no hospital é conhecido como HOCI. Esse modelo combinou vários tipos de informações para determinar se uma infecção detectada foi adquirida no hospital. No entanto, ele não analisou as fontes prováveis da infecção se fosse encontrada como nosocomial.
Outro modelo, chamado A2B, foi criado para focar na identificação da fonte da infecção, mas não abordou a probabilidade de a infecção ser adquirida no hospital. Ambos os modelos têm suas forças, mas também deixam lacunas na compreensão.
Apresentando o NOSTRA
Para preencher essas lacunas, foi criado um novo modelo chamado NOSTRA (Avaliação de Transmissão Nosocomial). Esse modelo é uma combinação dos modelos HOCI e A2B. O NOSTRA tem como objetivos principais:
- Fornecer uma probabilidade de que uma infecção foi adquirida no hospital.
- Determinar a probabilidade de que indivíduos específicos no hospital foram responsáveis pela infecção.
Para que o NOSTRA seja útil, ele precisa processar os dados rapidamente, para que a equipe do hospital possa usá-lo como parte do processo de tomada de decisão.
Coleta e Análise de Dados
Para mostrar como o NOSTRA funciona, os pesquisadores usaram dados de um surto de COVID-19 em um hospital. Esses dados foram coletados durante um período específico em que os pacientes foram monitorados para sintomas de COVID-19. O hospital tinha cinco enfermarias diferentes, mas o foco foi apenas em uma que teve um grande surto, onde todos os indivíduos foram testados para o vírus.
Informações como locais dos pacientes, datas de início dos sintomas e os Dados Genéticos do vírus foram registrados. Ao analisar essas informações, o objetivo era determinar quão provável era que a infecção de um indivíduo tivesse se originado no hospital e quem poderiam ser as possíveis fontes dessa infecção.
Como Funciona o NOSTRA
O NOSTRA foi projetado para analisar as fontes de infecção usando uma abordagem bayesiana, que permite uma compreensão mais clara das probabilidades com base nas evidências disponíveis. Ele organiza as possíveis fontes em diferentes categorias:
- Indivíduos que foram identificados como possíveis fontes dentro do hospital.
- Outras fontes potenciais dentro do ambiente hospitalar, como visitantes.
- Fontes fora do hospital.
O modelo usa as informações coletadas para calcular a probabilidade de um indivíduo ter sido infectado por qualquer uma dessas fontes. Esse cálculo ajuda a esclarecer se a infecção é nosocomial e identifica fontes prováveis.
Análise Bayesiana: Estabelecendo Prioridades
A análise bayesiana requer um ponto de partida, conhecido como prior, que representa o que se sabe antes que novos dados sejam considerados. No caso do NOSTRA, foi utilizado um prior uniforme, ou seja, cada fonte potencial foi inicialmente considerada igualmente provável. Ajustar esse prior em aplicações práticas para refletir melhor a situação específica em cada caso pode levar a resultados melhores.
Analisando Probabilidades
O próximo passo na análise do NOSTRA envolve definir quão provável é que os dados observados estejam sob diferentes suposições sobre as fontes de infecção. O modelo separa a análise em dois grupos principais: casos em que a infecção é considerada de um indivíduo candidato e casos em que a infecção é considerada de outra pessoa.
Cada parte dos dados é processada individualmente, e os resultados são combinados para dar uma compreensão geral da fonte da infecção.
Usando Dados Genéticos
Um aspecto importante do NOSTRA é a incorporação de dados genéticos. Ao analisar as diferenças genéticas entre amostras de patógenos, os pesquisadores podem determinar melhor quão provável é que uma infecção tenha sido transmitida dentro do hospital em vez de de uma fonte externa. Essa informação genética também pode ajudar a identificar quais indivíduos do hospital eram mais propensos a serem fontes de infecção.
Resultados do Estudo de Cambridge
Usando os dados coletados do surto de COVID-19, os pesquisadores descobriram que o NOSTRA poderia fornecer informações valiosas sobre a probabilidade de infecções serem nosocomiais e identificar fontes potenciais. Um achado significativo foi que os dados genéticos desempenharam um papel crucial na determinação das fontes de infecção.
Os resultados também indicaram que o tempo dos sintomas poderia fornecer evidências fortes sobre se uma infecção foi adquirida no hospital ou em outro lugar.
Limitações do NOSTRA
O NOSTRA, embora seja um avanço significativo na avaliação de infecções nosocomiais, tem algumas limitações. Um dos principais desafios é a suposição de que cada hospedeiro tem um único tipo genético a qualquer momento. Se um hospedeiro tem múltiplos tipos genéticos, isso pode complicar a análise.
Além disso, o modelo faz suposições fortes sobre dados ausentes, o que pode impactar os resultados se essas suposições não forem verdadeiras. O modelo também se baseia muito no conhecimento prévio sobre o patógeno e suas características genéticas.
Outra limitação é que o modelo faz várias suposições de independência que podem não ser sempre precisas. Os efeitos dessas suposições nos resultados podem variar, tornando crucial considerar cuidadosamente como o modelo é aplicado.
A Importância da Coleta de Dados
As descobertas enfatizam o valor de coletar dados relevantes durante o atendimento aos pacientes. Dados genéticos, em particular, podem ser muito informativos na avaliação da nosocomialidade das infecções. Os hospitais podem se beneficiar de sequenciar rotineiramente patógenos para melhorar sua capacidade de rastrear infecções e caminhos de transmissão.
Coletar informações mais detalhadas sobre horários de admissão e início dos sintomas pode melhorar ainda mais a precisão do modelo. Essas informações podem levar a uma avaliação mais clara sobre se uma infecção é nosocomial, especialmente em casos ambíguos.
Conclusão
Resumindo, o NOSTRA fornece uma nova ferramenta para avaliar infecções nosocomiais. Ao integrar dados epidemiológicos e genéticos, oferece aos profissionais de saúde insights valiosos sobre a probabilidade de infecções adquiridas em hospitais e suas fontes. Embora haja limitações no modelo, os potenciais benefícios em melhorar o controle de infecções fazem dele um desenvolvimento significativo em saúde pública. À medida que os hospitais continuam a enfrentar infecções nosocomiais, ferramentas como o NOSTRA podem ajudar na tomada de decisões informadas que, em última análise, beneficiam os cuidados com os pacientes e as operações hospitalares.
A direção futura para essa pesquisa deve focar na coleta de conjuntos de dados onde as verdadeiras fontes de infecção são conhecidas, permitindo melhores testes e validação de modelos como o NOSTRA. Isso ajudará os profissionais de saúde a escolher as melhores ferramentas para gerenciar infecções e proteger pacientes em ambientes hospitalares.
Título: The NOSTRA model: coherent estimation of infection sources in the case of possible nosocomial transmission
Resumo: Nosocomial infections have important consequences for patients and hospital staff: they worsen patient outcomes and their management stresses already overburdened health systems. Accurate judgements of whether an infection is nosocomial helps staff make appropriate choices to protect other patients within the hospital. Nosocomiality cannot be properly assessed without considering whether the infected patient came into contact with high risk potential infectors within the hospital. We developed a Bayesian model that integrates epidemiological, contact and pathogen genetic data to determine how likely an infection is to be nosocomial and the probability of given infection candidates being the source of the infection.
Autores: David J Pascall, Chris Jackson, Stephanie Evans, Theodore Gouliouris, Chris Illingworth, Stefan Piatek, Julie V Robotham, Oliver Stirrup, Ben Warne, Judith Breuer, Daniela De Angelis
Última atualização: 2024-01-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.11837
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.11837
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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