Japão reduz a classificação de risco da COVID-19
O Japão reclassificou a COVID-19, tratando como se fosse uma gripe sazonal.
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A partir de 8 de maio de 2023, o Japão atualizou a classificação do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. Antes, ele era categorizado junto com doenças sérias como SARS ou gripe altamente patogênica. Agora, foi colocado em uma categoria de risco mais baixo, semelhante à gripe sazonal. Essa mudança significa que não há mais exigências oficiais para Vacinação ou maneiras de prevenir a infecção. As pessoas são responsáveis pela própria saúde nessa situação. Essa mudança indica que a COVID-19 agora é vista como comparável a um resfriado comum ou gripe.
Pesquisas e Impacto da Vacinação
Na nossa pesquisa, fizemos várias pesquisas com trabalhadores da saúde (HCWs) para avaliar o impacto das vacinas. A primeira pesquisa aconteceu pouco antes do início dos esforços de vacinação para os HCWs. Naquela época, os níveis de anticorpos dos participantes não tinham sido afetados pela vacina. A próxima pesquisa ocorreu sete a oito meses depois, antes da terceira dose da vacina ser aplicada, e durante o surgimento de novas ondas de COVID-19 impulsionadas pela variante Omicron. Essa pesquisa teve como objetivo analisar a resposta imunológica nos HCWs após receberem vacinas repetidas, especificamente até quatro meses após a terceira dose.
Visão Geral do Estudo Atual
O estudo mais recente foi realizado no final de outubro de 2023, cerca de 20 meses após a terceira dose de reforço e um ano após o início do programa de vacinação para HCWs. Analisamos respostas imunológicas, focando em dois tipos de imunidade: humoral (os anticorpos no sangue) e celular (respostas de células imunológicas específicas). O estudo incluiu 48 HCWs, em sua maioria mulheres, com idade média em torno de 46 anos e peso corporal típico para a altura.
Esses trabalhadores da saúde receberam em média quatro doses da vacina, e amostras de sangue foram coletadas cerca de um ano após a última dose. Entre os participantes, mais da metade tinha sido diagnosticada com COVID-19 anteriormente.
Resultados sobre Imunidade Humoral
Mediu-se anticorpos específicos conhecidos como Spike-IgG em vários momentos: antes da terceira dose de reforço, imediatamente após, quatro meses depois e novamente cerca de 20 meses após a terceira vacinação. Notavelmente, mesmo um ano após o programa de vacinação, muitos trabalhadores da saúde ainda tinham altos níveis desses anticorpos, comparáveis aos níveis imediatamente após a terceira dose de reforço. No entanto, ainda não se sabe quão eficazes esses níveis de anticorpos são contra as variantes Omicron que estão se espalhando atualmente.
Resultados da Imunidade Celular
Também avaliamos a imunidade celular, que é importante para a proteção a longo prazo. Os resultados mostraram que a imunidade celular permaneceu forte entre os participantes do estudo, mesmo 20 meses após a vacinação de reforço. Parte dessa imunidade celular provavelmente veio de infecções anteriores com o vírus, como evidenciado por respostas imunológicas adicionais a outras proteínas virais.
Curiosamente, enquanto 54,2% dos trabalhadores da saúde relataram um diagnóstico prévio de COVID-19, uma porcentagem maior mostrou sinais de ter sido exposta ao vírus quando testada para outras respostas imunológicas. Algumas pessoas relataram sintomas semelhantes ao resfriado, sugerindo que podem ter tido COVID-19 sem um diagnóstico formal.
Resultados Gerais de Saúde
Ao longo dos 20 meses de acompanhamento desses trabalhadores da saúde, nenhum dos que teve COVID-19 evoluiu para uma doença grave. Também não foram relatados casos de COVID longa. Entre aqueles com sintomas semelhantes a resfriados, apenas um pequeno número precisou se ausentar por um tempo significativo do trabalho, indicando que a maioria teve casos leves.
Algumas pessoas apresentaram níveis baixos de anticorpos, mas esses casos estavam relacionados a problemas de saúde preexistentes. Esses achados sugerem que as infecções por SARS-CoV-2 entre os trabalhadores da saúde no Japão agora se assemelham aos riscos associados a resfriados comuns ou gripes sazonais.
Riscos Apesar da Classificação Mais Baixa
No entanto, é importante lembrar que certas variantes, como a variante Omicron, ainda apresentam riscos significativos. A cepa Omicron pode ser mais severa do que a gripe ou infecções respiratórias típicas. Uma nova subvariante, a BA.2.86, demonstrou uma capacidade aumentada de infectar células humanas, o que pode levar a problemas respiratórios mais sérios.
Devido a esses riscos contínuos, é aconselhável que os trabalhadores da saúde, especialmente aqueles em maior risco, considerem se vacinar repetidamente.
Conclusão
Os dados recentes sugerem que a decisão de classificar o SARS-CoV-2 como uma infecção de menor risco no Japão é razoável. Sem mandatos atuais do governo para vacinas ou medidas preventivas, as pessoas ficam responsáveis por gerenciar sua própria saúde em relação à COVID-19. Dada a situação atual do vírus e a saúde da população de HCWs, a vacinação contínua é recomendada, especialmente para aqueles em maior risco.
Título: The Paradigm Shift: Reclassification of SARS-CoV-2 and Longitudinal Immune Responses in Japanese Healthcare Workers
Resumo: Under the aegis of the National Infectious Diseases Act, the virus transitioned from a Category 2 menace to Category 5, analogous to seasonal influenza. The current study has investigated the protracted immune responses of healthcare workers (HCWs) towards SARS-CoV-2 in Japan. One year subsequent to the systematically implemented SARS-CoV-2 vaccination campaign among HCWs, humoral and cellular immune responses were sustained at levels as high as or higher than those immediately following the 3rd booster vaccination. Persisting immunity has highlighted the resilience and lasting memory exhibited in HCW defense against the virus.
Autores: Tokuhiro Chano, H. Kita, T. Yamashita, H. Fujimura, T. Ikemoto
Última atualização: 2024-01-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.18.24301513
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.18.24301513.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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