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Representação LGBTQ+ naPesquisa em HCI: Uma Revisão

Esse artigo revisa a representação LGBTQ+ na pesquisa de HCI e identifica lacunas importantes.

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Índice

Pessoas LGBTQ+ têm ganhado atenção na pesquisa de interação entre humanos e computadores (HCI), especialmente à medida que questões de justiça social se tornam mais importantes. No entanto, ainda não rolou uma revisão completa sobre como indivíduos LGBTQ+ são discutidos ou estudados nesse campo. Esse artigo tem como objetivo preencher essa lacuna revisando Pesquisas que mencionam pessoas LGBTQ+ em eventos importantes de HCI, como CHI, CSCW, DIS e TOCHI.

Desde 2014, houve um aumento constante em artigos focados em indivíduos LGBTQ+ e uma subida ainda mais rápida em menções gerais. Esses artigos costumam discutir os desafios enfrentados por pessoas LGBTQ+, incluindo marginalização ou estigmatização. A discussão geralmente enquadra indivíduos LGBTQ+ como um grupo que precisa de mais atenção em pesquisas futuras. Este trabalho identifica algumas lacunas na pesquisa atual e aponta oportunidades para um engajamento melhor com tópicos LGBTQ+ em HCI.

Contexto

Pessoas LGBTQ+ abrangem uma variedade de Identidades, incluindo aquelas que se identificam como gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, queer, entre outras. O termo "queer" é frequentemente usado como um guarda-chuva para aqueles que não se encaixam nas normas de gênero e sexualidade tradicionais, mas também pode ter significados diferentes para pessoas diferentes.

Nos últimos anos, houve um aumento na formação de grupos de pesquisa focados em "Queer HCI". Esses grupos são compostos por pessoas que pesquisam tópicos queer, aquelas que se identificam como queer, independentemente do que estudam, e indivíduos que usam teoria queer para moldar seu trabalho. Apesar do crescente interesse, ainda não houve uma exploração detalhada da representação LGBTQ+ na pesquisa em HCI.

Perguntas de Pesquisa

Para entender melhor a representação LGBTQ+ em HCI, este estudo busca responder três perguntas principais:

  1. O que a pesquisa existente diz sobre as experiências das pessoas LGBTQ+?
  2. Como as identidades LGBTQ+ são enquadradas na pesquisa em HCI?
  3. Como a conversa em torno das pessoas LGBTQ+ em HCI evoluiu ao longo do tempo?

Ao responder essas perguntas, a gente quer fornecer uma imagem clara da representação LGBTQ+ no campo.

Metodologia

Para explorar a representação LGBTQ+, revisamos um total de 1.148 publicações de HCI de eventos importantes que incluem palavras-chave relacionadas a identidades LGBTQ+. O processo de revisão envolveu duas etapas principais: criar um sistema de codificação para categorizar as publicações e depois analisar essas categorias.

Desenvolvemos um código para diferenciar entre pesquisas que focam especificamente em pessoas LGBTQ+ e pesquisas que apenas as mencionam. Esse sistema de codificação nos permite atribuir notas com base em quão diretamente um artigo discute questões LGBTQ+.

Os artigos foram então analisados para identificar tendências e padrões distintos dentro da pesquisa. Nossos achados revelam que discussões sobre pessoas LGBTQ+ frequentemente se concentram em desafios como estigma e vulnerabilidade. No entanto, também há discussões emergentes sobre comunidades LGBTQ+ que mostram crescimento e interesse por parte dos pesquisadores.

Principais Conclusões

Crescimento da Representação LGBTQ+ em HCI

A representação de indivíduos LGBTQ+ na pesquisa de HCI começou a crescer lentamente, com as primeiras menções aparecendo no final dos anos 1990. Embora houvesse alguns artigos iniciais que se referiam a tópicos LGBTQ+, foi só em 2014 que começaram a aparecer pesquisas focadas exclusivamente em pessoas LGBTQ+.

Momentos notáveis incluem a publicação do primeiro artigo totalmente focado em homens gays, que apareceu em uma conferência de HCI em 2014, e vários artigos abordando experiências de pessoas transexuais e não-binárias nos anos que se seguiram. Esse crescimento marca um passo significativo em direção à compreensão e ao apoio às pessoas LGBTQ+ no contexto da pesquisa.

Enquadramento das Identidades LGBTQ+

Na pesquisa examinada, as identidades LGBTQ+ costumam ser discutidas de maneiras que destacam seu status marginalizado. Muitos estudos enfatizam os desafios e a discriminação que indivíduos LGBTQ+ enfrentam, enquadrando-os como um grupo que é frequentemente ignorado e que precisa de mais atenção na pesquisa.

Há também uma tendência de discutir identidades LGBTQ+ no contexto de movimentos sociais mais amplos, como iniciativas de direitos civis e ativismo online. Esse enquadramento pode destacar as dimensões políticas das experiências LGBTQ+, o que agrega profundidade à pesquisa.

Desafios Identificados na Literatura

Embora tenha havido progresso na representação LGBTQ+ em HCI, lacunas significativas permanecem. Muitos estudos ainda se concentram nas experiências de grupos específicos, como homens gays, enquanto falham em incluir adequadamente outras identidades, particularmente as perspectivas bissexuais e lésbicas. Falta pesquisa sobre indivíduos LGBTQ+ em diferentes contextos culturais ou faixas etárias, o que é essencial para uma compreensão abrangente de suas experiências.

Além disso, pessoas LGBTQ+ muitas vezes aparecem na pesquisa como sujeitos de estudo, em vez de como contribuintes ativos do processo de pesquisa. Essa abordagem pode levar a Representações distorcidas ou incompletas que não capturam totalmente as complexidades das identidades LGBTQ+.

Provocações para Pesquisa Futura

Especificidade na Pesquisa

Um ponto chave da nossa análise é a necessidade de pesquisas mais específicas focadas em populações particulares dentro da comunidade LGBTQ+. Embora seja essencial entender os desafios mais amplos enfrentados por esses grupos, pesquisas nuançadas que abordam as experiências únicas de diferentes identidades produzirão insights mais ricos e valiosos.

Os pesquisadores são encorajados a investir tempo em aprender sobre a diversidade dentro das comunidades LGBTQ+, reconhecendo que cada identidade traz seu próprio conjunto de desafios e experiências.

Além da Pesquisa Focada em Trauma

A pesquisa atual sobre pessoas LGBTQ+ frequentemente enfatiza trauma, estigmatização e marginalização. Embora esses tópicos sejam importantes, eles não representam a totalidade das experiências LGBTQ+. Os pesquisadores devem expandir seu foco para incluir as alegrias, sucessos e vidas cotidianas de indivíduos LGBTQ+, reconhecendo que nem todas as discussões precisam girar em torno do trauma.

Estudando aspectos da vida LGBTQ+ que exploram a construção de comunidade e positividade, os pesquisadores podem criar uma visão mais equilibrada da experiência queer.

Repensando os Objetivos da Pesquisa

É crucial pensar criticamente sobre por que e como as pessoas LGBTQ+ são estudadas em HCI. Os pesquisadores devem avaliar se estão genuinamente interessados em entender as experiências LGBTQ+ ou se estão usando essas identidades como estudos de caso para explorar outros tópicos em HCI.

Fazer essas perguntas pode ajudar a garantir que indivíduos LGBTQ+ não sejam vistos apenas como sujeitos de pesquisa, mas como contribuintes valiosos para o campo.

Recomendações para uma Pesquisa Mais Abrangente em HCI

À medida que os pesquisadores avançam no engajamento com tópicos LGBTQ+, várias recomendações podem melhorar a qualidade e relevância do trabalho deles.

Como Discutir Gênero

Os pesquisadores de HCI devem priorizar a compreensão e o respeito pela diversidade de gênero em seu trabalho. Familiarizar-se com a pesquisa existente sobre como coletar e relatar informações de gênero é fundamental. Recomenda-se que os pesquisadores permitam que os participantes se autoidentifiquem em relação ao seu gênero, usando formatos abertos sempre que possível.

Pesquisas quantitativas também devem considerar o uso de múltiplas opções para representar gênero além da estrutura binária. Essa prática ajudará a criar um ambiente mais inclusivo para todos os participantes.

Abordando Contextos Políticos

Os pesquisadores devem estar cientes de que discutir os direitos civis LGBTQ+ muitas vezes envolve navegar em paisagens políticas complexas. Reconhecer essas tensões abertamente pode levar a conversas mais produtivas na pesquisa. É essencial tomar uma posição em defesa dos direitos LGBTQ+, especialmente quando esses direitos estão sob ameaça em muitas partes do mundo.

Reconhecendo Limitações

À medida que o panorama da pesquisa evolui, é importante que os acadêmicos abordem as limitações de seu próprio trabalho de forma franca. Usar seções de "trabalho futuro" e "limitações" para tratar da falta de foco em pessoas LGBTQ+ em contextos específicos pode ser uma maneira útil de avançar a conversa. Os pesquisadores não devem apenas fazer uma menção superficial a esses grupos, mas se comprometer a fazer uma pesquisa que os inclua ativamente.

Conclusão

Em resumo, embora tenha havido progresso notável na representação LGBTQ+ na pesquisa em HCI, lacunas e oportunidades significativas ainda permanecem. À medida que os pesquisadores continuam a explorar tópicos LGBTQ+, é crucial reconhecer a importância da especificidade, ampliar o foco além do trauma e avaliar criticamente os objetivos de seus estudos.

Ao lutar por uma pesquisa mais inclusiva e representativa, os acadêmicos de HCI podem ajudar a amplificar as vozes e experiências LGBTQ+, enriquecendo ainda mais o campo e apoiando as necessidades de comunidades diversas.

Direções Futuras

A pressão contínua por uma melhor representação de pessoas LGBTQ+ na pesquisa em HCI reflete uma mudança social mais ampla em direção à inclusão e aceitação. À medida que mais pesquisadores se envolvem com esses tópicos, há uma oportunidade de construir sobre o trabalho existente e criar uma compreensão mais abrangente das experiências LGBTQ+.

Estudos futuros devem buscar incluir perspectivas e identidades diversas, garantindo que todos os membros da comunidade LGBTQ+ sejam representados nos achados da pesquisa. Ao fazer isso, o campo pode continuar a crescer de maneiras que sejam significativas e impactantes para indivíduos LGBTQ+ e para a sociedade como um todo.

Fonte original

Título: Cruising Queer HCI on the DL: A Literature Review of LGBTQ+ People in HCI

Resumo: LGBTQ+ people have received increased attention in HCI research, paralleling a greater emphasis on social justice in recent years. However, there has not been a systematic review of how LGBTQ+ people are researched or discussed in HCI. In this work, we review all research mentioning LGBTQ+ people across the HCI venues of CHI, CSCW, DIS, and TOCHI. Since 2014, we find a linear growth in the number of papers substantially about LGBTQ+ people and an exponential increase in the number of mentions. Research about LGBTQ+ people tends to center experiences of being politicized, outside the norm, stigmatized, or highly vulnerable. LGBTQ+ people are typically mentioned as a marginalized group or an area of future research. We identify gaps and opportunities for (1) research about and (2) the discussion of LGBTQ+ in HCI and provide a dataset to facilitate future Queer HCI research.

Autores: Jordan Taylor, Ellen Simpson, Anh-Ton Tran, Jed Brubaker, Sarah Fox, Haiyi Zhu

Última atualização: 2024-02-12 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2402.07864

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2402.07864

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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