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Analisando o Prêmio de Carbono: As Empresas Poluentes Se Saem Melhor?

Analisando a relação entre as emissões de carbono e os preços das ações no mercado de hoje.

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No mundo financeiro de hoje, tá todo mundo de olho em como as empresas impactam o meio ambiente, principalmente em relação às Emissões de carbono. Muita gente fica se perguntando se as empresas que mais poluem têm preços de ações mais altos. Essa ideia é chamada de "prêmio de carbono". Acham que os investidores podem aceitar preços mais altos para as ações de empresas que produzem mais poluição porque esperam retornos maiores. Mas será que isso é verdade? Vamos desmembrar o assunto e ver o que as evidências mostram.

O que é o Prêmio de Carbono?

O prêmio de carbono se refere ao valor extra que uma ação pode ter por causa das suas emissões de carbono. Alguns acreditam que ações de empresas que emitem muito carbono são precificadas mais alto como uma forma de compensar os investidores pelos riscos associados às mudanças climáticas. No entanto, não há consenso entre os especialistas sobre se esse prêmio de carbono realmente existe ou se a conexão entre emissões de carbono e preços das ações é apenas uma coincidência.

Os Investidores Estão Cientes dos Riscos do Carbono?

Rola a dúvida se os investidores sabem dos riscos relacionados às emissões de carbono. Alguns estudos indicam que empresas com altas emissões tendem a oferecer retornos mais altos que não podem ser explicados por fatores financeiros normais. Isso levanta duas ideias possíveis: ou os investidores querem mais retornos quando investem em empresas poluidoras por causa dos potenciais riscos de longo prazo, ou as empresas que têm bom desempenho sentem menos pressão para se tornarem mais sustentáveis.

Evidências Mistas na Pesquisa

Ao olhar para as pesquisas existentes, a gente vê que não há um consenso sobre se o prêmio de carbono é real. Muitos estudos encontram que empresas com grandes pegadas de carbono têm retornos de ações mais altos, mas os resultados são frequentemente mistos. Alguns estudos mostram uma relação positiva entre emissões e desempenho das ações, enquanto outros não encontram uma ligação significativa.

Um estudo notou que apenas 50 empresas foram responsáveis por metade de todas as emissões de gases de efeito estufa no mundo em 2015. Isso destaca a necessidade dessas empresas reduzirem suas emissões se quisermos continuar dentro dos limites ecológicos. Se as empresas abandonarem os combustíveis fósseis, isso pode prejudicar seus lucros e receitas devido a custos ligados ao capital próprio e ao consumo reduzido.

Uma Mudança em Direção a Alternativas Mais Limpas

Pode ser que alguns investidores prefiram colocar grana em empresas ambientalmente responsáveis. É possível que em um mercado 'normal', essas empresas verdes ofereçam retornos mais baixos em comparação com as poluidoras porque seus preços de ações podem estar mais altos devido às preferências dos investidores. Porém, à medida que a mudança climática se torna um problema mais urgente, o mercado está em constante mudança. Alguns estudos sugerem que há um retorno anômalo para empresas verdes em comparação com as marrons, atribuído ao aumento da demanda por ações ambientalmente responsáveis.

Por outro lado, outros estudos indicam uma ligação positiva entre emissões e retornos das ações, sugerindo que os riscos de carbono já estão embutidos nos preços das ações. A implicação é que os investidores esperam ganhos de curto prazo das empresas poluidoras, o que poderia compensar os riscos de longo prazo. Portanto, se os riscos de carbono estão devidamente precificados, haveria um prêmio de carbono justo equilibrando esses fatores.

Falta de Desinvestimento em Empresas Poluidoras

Apesar dos riscos, muitos investidores institucionais parecem relutantes em se afastar de empresas nocivas. Pesquisas mostram que, embora eles estejam cientes dos riscos financeiros das mudanças climáticas, preferem gerenciar esses riscos em vez de desinvestir. Isso pode tornar a compreensão do prêmio de carbono ainda mais importante para quem está tentando se proteger contra riscos financeiros relacionados ao clima.

Resultados Diferentes nas Pesquisas

A literatura existente sobre prêmio de carbono mostra uma grande divergência nos resultados. Alguns estudos encontram uma forte ligação positiva entre emissões e retornos das ações, enquanto outros apresentam resultados neutros ou negativos. A variação nos resultados pode vir dos diferentes mercados ou políticas analisados. Por exemplo, muitos estudos realizados na Europa costumam olhar para permissões de carbono reguladas pelo comércio de emissões. Tais políticas podem não se traduzir bem para mercados como os dos EUA, onde essas regulações são menos evidentes.

Nossa Abordagem de Pesquisa

Para investigar esse tema, analisamos dados públicos sobre emissões de carbono e informações financeiras de 141 empresas que fazem parte do índice S&P 500. Focamos nos movimentos dos preços das ações entre 2018 e 2019 para evitar fatores que poderiam confundir, como as interrupções causadas pela pandemia de COVID-19.

Na nossa análise, olhamos especificamente para as emissões Scope 1 e Scope 2. As emissões Scope 1 são aquelas que vêm diretamente das operações de uma empresa, enquanto as emissões Scope 2 estão ligadas à eletricidade comprada.

Tendências de Emissão nas Empresas

Descobrimos que entre 2018 e 2019, as emissões médias das empresas no nosso grupo diminuíram em 4,65%, principalmente devido a uma queda significativa nas emissões Scope 2. No entanto, as emissões Scope 1 mostraram um leve aumento. Isso sugere que, enquanto as empresas estão migrando para energia mais limpa, suas emissões diretas das operações não estão caindo na mesma velocidade.

Entendendo as Mudanças nas Emissões

Classificamos as empresas em dois grupos: aquelas que reduziram suas emissões e aquelas que as aumentaram. Nossos achados indicaram que os Redutores de Emissões tendiam a ter mais passivos e menos receitas, enquanto os Aumentadores de Emissões eram geralmente mais lucrativos. A implicação é que empresas que estão indo bem financeiramente podem ter menos incentivo para reduzir emissões.

Investigando a Ligação Causal

Usando um modelo de efeitos fixos bidirecionais, nosso objetivo foi analisar os efeitos das emissões nos preços das ações enquanto controlávamos diversos fatores. Também usamos um método chamado ponderação por escore de propensão para lidar com potenciais vieses de seleção, garantindo uma representação mais precisa dos dados.

Nossas Principais Descobertas

A análise confirmou um prêmio de carbono significativo ligado às emissões Scope 1. Para cada aumento de 1% nas emissões Scope 1, houve um aumento de aproximadamente 0,076% nos retornos das ações. Isso sugere que quando empresas com baixas emissões, inesperadamente aumentam suas emissões, os preços das suas ações sobem devido a preocupações aumentadas sobre o risco de carbono.

Por outro lado, não encontramos uma ligação significativa entre emissões Scope 2 e preços das ações. Parece que enquanto as empresas podem estar reduzindo suas emissões Scope 2, o mercado não reage da mesma forma que reage às emissões Scope 1.

Assimetria no Prêmio de Carbono

Também examinamos se o prêmio de carbono se comporta de forma simétrica. Ou seja, verificamos se um aumento nas emissões resulta em uma correspondente redução de risco quando as emissões caem. As evidências mostraram que o risco de carbono é precificado quando as emissões aumentam, mas não há uma diminuição similar no risco percebido quando as emissões caem.

Implicações para Investidores

Nossas descobertas ressaltam alguns pontos-chave. Primeiro, os investidores parecem estar cientes dos riscos de carbono e esperam retornos mais altos de curto prazo das empresas que mais poluem. Em segundo lugar, eles também esperam que as empresas diminuam suas emissões ao longo do tempo, o que significa que reduções na velocidade atual podem não ser suficientes para mitigar os riscos percebidos.

Conclusão: O Que Vem a Seguir

A relação entre emissões de carbono e preços das ações continua a ser um tópico relevante nas finanças. À medida que mais investidores focam na sustentabilidade, as empresas precisam se adaptar às expectativas em mudança em torno de suas pegadas de carbono.

Em resumo, nosso estudo sugere que, enquanto há um prêmio de carbono associado às emissões Scope 1, o mesmo não pode ser dito para as emissões Scope 2. À medida que o mundo pressiona por energia mais limpa e investimentos responsáveis, entender essas dinâmicas será crucial tanto para investidores quanto para empresas que buscam navegar no cenário em mudança dos riscos climáticos e expectativas de mercado.

Fonte original

Título: The Carbon Premium: Correlation or Causation? Evidence from S&P 500 Companies

Resumo: In the context of whether investors are aware of carbon-related risks, it is often hypothesized that there may be a carbon premium in the value of stocks of firms, conferring an abnormal excess value to firms' shares as a form of compensation to investors for their transition risk exposure through the ownership of carbon instensive stocks. However, there is little consensus in the literature regarding the existence of such a premium. Moreover few studies have examined whether the correlation that is often observed is actually causal. The pertinent question is whether more polluting firms give higher returns or do firms with high returns have less incentive to decarbonize? In this study, we investigate whether firms' emissions is causally linked to the presence of a carbon premium in a panel of 141 firms listed in the S\&P500 index using fixed-effects analysis, with propensity score weighting to control for selection bias in which firms increase their emissions. We find that there is a statistically significant positive carbon premium associated with Scope 1 emissions, while there is no significant premium associated with Scope 2 emissions, implying that risks associated with direct emissions by the firm are priced, while bought emissions are not.

Autores: Namasi G. Sankar, Suryadeepto Nag, Siddhartha P. Chakrabarty, Sankarshan Basu

Última atualização: 2024-01-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.16455

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.16455

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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