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Abordando Falhas Internas no Desenvolvimento de Software

Aprenda a prevenir falhas internas na programação de software de forma eficaz.

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Índice

Falhas em programas de software podem criar muitos problemas. Essas falhas acontecem com frequência durante o desenvolvimento e podem ser bem frustrantes. Elas podem vir de fora do programa, como quando arquivos estão faltando ou as permissões não estão corretas. No entanto, também podem surgir de dentro do próprio programa, por causa de erros no código.

Às vezes, esses erros internos podem acontecer quando uma função é chamada com argumentos que ela não consegue lidar. A maioria dos programadores acredita que seu código está certo e, por isso, não checa esse tipo de erro. Essa crença pode levar a resultados inesperados quando o programa é executado. Este artigo fala sobre como checar essas falhas internas antes que elas aconteçam.

O Problema com Falhas

Quando um software falha, isso pode sair bem caro. Os desenvolvedores muitas vezes precisam gastar tempo corrigindo esses problemas, o que pode atrasar projetos e gerar gastos extras. Existem dois Tipos principais de falhas:

  1. Falhas Externas: Esses são problemas fora do controle do programa. Exemplos incluem arquivos faltando ou formatos de dados incorretos.

  2. Falhas Internas: Esses são erros dentro do próprio programa. Por exemplo, tentar acessar um elemento de uma lista vazia pode fazer o programa falhar.

Falhas externas geralmente podem ser gerenciadas com tratamento de exceções, permitindo que o programa se recupere do erro sem travar. Já as falhas internas são mais difíceis de pegar porque os programadores costumam assumir que seu código está correto. Essa suposição pode resultar em problemas surgindo depois da implementação, causando dor de cabeça durante a manutenção.

Falhas Internas em Mais Detalhe

Um tipo comum de falha interna ocorre na programação imperativa quando um ponteiro é desreferenciado sem checar se é nulo. Isso acontece com frequência o suficiente para ser considerado um erro significativo no design de software.

Embora essas falhas relacionadas a ponteiros possam não ocorrer em linguagens de programação declarativas, outros erros comuns ainda podem acontecer, como aplicar funções como head ou tail em uma lista vazia. Por exemplo, as seguintes funções em Haskell podem levar a falhas:

head :: [a] -> a
tail :: [a] -> [a]

A função head pega uma lista e retorna seu primeiro elemento, enquanto tail retorna todos os elementos menos o primeiro. Se essas funções forem aplicadas a uma lista vazia, elas farão o programa falhar.

Para evitar essas falhas, é importante checar a entrada dessas funções. Por exemplo, pode-se usar um predicado para verificar se uma lista está vazia antes de chamar head ou tail, como mostrado no seguinte código:

readCmd = do
    putStr "Digite um comando:"
    s <- getLine
    let ws = words s
    case null ws of
        True -> readCmd
        False -> processCmd (head ws) (tail ws)

Nesse código, antes de chamar as funções head e tail, o programa confere se a lista não está vazia. Se estiver, o comando é solicitado novamente.

Uma Abordagem para Evitar Falhas

Para ajudar os programadores a evitar essas falhas internas, pode-se usar uma técnica para verificar as suposições feitas sobre o código. Essa abordagem envolve inferir o que são chamadas "condições de não falha" para operações no programa.

Em termos simples, uma condição de não falha é uma regra ou condição que garante que uma função não falhará quando for chamada. Nos casos em que uma função pode eventualmente falhar, o código pode ser ajustado para checar essas falhas, tornando o programa mais seguro.

Esse método pode ser aplicado a programas declarativos maiores automaticamente, sem exigir checagens manuais constantes por parte do desenvolvedor.

Entendendo Tipos de Funções

Na programação, os tipos são uma parte essencial para garantir que as funções recebam o tipo certo de dados. Cada função pode ser definida com certos tipos de entrada e saída. Ao analisar esses tipos, é possível determinar quando uma função falhará com base nos argumentos que recebe.

Por exemplo, se uma função aceita apenas listas não vazias, então a função deve verificar se a entrada realmente atende a esse requisito antes de prosseguir. É aqui que inferir condições de não falha se torna útil.

A ideia geral por trás do uso de tipos para verificar essas condições é analisar todas as entradas possíveis para a função. Se a função foi projetada corretamente, deve ser chamada apenas com entradas válidas.

O Papel dos Tipos In/Out

No sistema usado para essa análise, cada operação é dada em tipos in/out que descrevem que tipo de entrada e saída é esperada. Um tipo in/out é essencialmente um resumo dos tipos de dados com os quais uma função pode trabalhar e os resultados que pode produzir.

Para ilustrar isso, vamos olhar para uma função que verifica se uma lista está vazia:

null :: [a] -> Bool
null [] = True
null (x:xs) = False

Nesse exemplo, a função null recebe uma lista como entrada e retorna um valor booleano indicando se a lista está vazia. Para garantir que head e tail sejam chamados corretamente, deve-se estabelecer que se null retorna False, então a lista passada para head ou tail não pode estar vazia.

Inferindo Condições de Não Falha

O processo de inferir condições de não falha significa olhar para as funções dentro do código e determinar quais condições de entrada devem ser atendidas para garantir que as funções possam rodar sem falhar.

Esse processo envolve analisar os tipos de cada operação e as definições das funções. Quando a função é chamada, o sistema verifica se os tipos dos argumentos reais satisfazem as condições de não falha inferidas.

Se uma função não puder ser garantida para rodar sem erro, os programadores são avisados. Eles podem então modificar o código para lidar com possíveis falhas ou ajustar as condições sob as quais a função pode ser chamada.

Todo esse processo pode ser feito automaticamente, facilitando para os desenvolvedores se concentrarem em escrever um código funcional ao invés de ficarem checando erros o tempo todo.

Estudos de Caso e Aplicações Práticas

O sistema foi implementado em vários ambientes de programação, e sua eficácia foi testada usando diversos exemplos de programação lógica funcional.

Em uma avaliação, o método foi aplicado a um módulo contendo muitas operações. Os resultados mostraram que apenas um pequeno número de funções tinha condições de não falha não triviais, permitindo que o programador lidasse facilmente com esses casos.

Além disso, alguns módulos incluíam várias operações que se mostraram sempre falhas. Ao estar ciente dessas operações falhas, os desenvolvedores podem tomar decisões informadas sobre como gerenciar seu uso nos programas.

Conclusão

Resumindo, falhas internas na programação de software podem ser problemáticas, mas usando a inferência automática de condições de não falha, os desenvolvedores podem mitigar significativamente essas questões.

Ao compreender os tipos de funções e as condições necessárias para que elas tenham sucesso, os programadores podem escrever códigos mais seguros e confiáveis. Uma vez que essas checagens estão em prática, isso permite um foco maior em criar softwares funcionais e eficientes sem a preocupação constante de falhas inesperadas.

Essa abordagem tem o potencial de melhorar a qualidade do desenvolvimento de software em ambientes de programação declarativa e além, levando a aplicações mais robustas que podem lidar com dados e entradas de usuários de forma eficaz.

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