Melhorando a Saúde Pré-Concepção para Famílias Futuras
Essa revisão destaca a necessidade de um cuidado pré-concepção melhor e de uma coleta de dados mais eficiente.
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Índice
- Importância de Monitorar a Saúde Pré-Concepção
- Abordagem da Pesquisa
- Coleta e Análise de Dados
- Descobertas sobre Indicadores de Pré-Concepção
- Relação entre Indicadores de Pré-Concepção e Resultados de Saúde
- Qualidade e Limitações dos Dados
- Importância dos Dados da Atenção Primária
- Padronização e Pesquisa Futura
- Conclusão
- Fonte original
O Cuidado Pré-Concepção envolve oferecer várias intervenções de saúde para pessoas em idade reprodutiva, geralmente entre 15 e 49 anos, antes de engravidarem. O objetivo é melhorar os Resultados de Saúde não só para os pais, mas também para os futuros filhos. É essencial que as equipes de saúde, especialmente na atenção primária, assumam esse papel. Embora haja boas evidências de que o cuidado pré-concepção apoie a saúde das mulheres, ainda precisamos de mais informações sobre como isso afeta os homens e a saúde a longo prazo de pais e filhos.
Apesar dos benefícios conhecidos, o cuidado pré-concepção rotineiro não é amplamente praticado no Reino Unido. Para incentivar melhores práticas, uma parceria no Reino Unido sugeriu criar um relatório anual para monitorar a saúde pré-concepção da população.
Importância de Monitorar a Saúde Pré-Concepção
Foi feito um levantamento para coletar dados sobre saúde pré-concepção no Reino Unido. Pesquisadores identificaram 65 indicadores relacionados a fatores médicos, comportamentais e sociais que podem afetar futuras gravidezes. A partir desses indicadores, os dados foram coletados de bancos de dados de saúde estabelecidos, focando nas mulheres que poderiam se beneficiar do apoio à saúde pré-concepção. Os achados iniciais indicaram que um número significativo de mulheres entra na gravidez com pelo menos um fator de risco que poderia levar a resultados negativos na gestação.
Os dados mostraram que muitas mulheres em idade reprodutiva na Inglaterra têm Fatores de Risco médicos ou comportamentais que podem afetar suas gravidezes. No entanto, pesquisas anteriores se concentraram principalmente nas mulheres, deixando uma lacuna no conhecimento sobre a saúde pré-concepção dos homens. Ao analisar os dados coletados rotineiramente na atenção primária, podemos entender melhor as necessidades de homens e mulheres e melhorar os resultados de saúde.
Abordagem da Pesquisa
Para coletar informações abrangentes, os pesquisadores revisaram sistematicamente a literatura existente. Eles seguiram métodos estabelecidos para garantir que a revisão fosse completa. Buscas foram feitas em vários bancos de dados de saúde para encontrar estudos relevantes. Apenas estudos que relataram sobre indivíduos em idade reprodutiva usando dados rotineiros da atenção primária do Reino Unido foram incluídos.
O processo de seleção envolveu reunir os resultados das buscas, remover duplicatas e filtrar títulos e resumos para relevância. Uma vez que os artigos foram reduzidos, dois revisores avaliaram independente e criticamente a elegibilidade, resolvendo quaisquer diferenças por meio de discussão.
Coleta e Análise de Dados
A extração de dados foi feita usando um formulário padronizado, onde dois revisores garantiram a precisão. Os estudos foram agrupados com base no banco de dados de atenção primária utilizado, e as informações foram apresentadas em tabelas. Os pesquisadores não realizaram uma meta-análise devido a diferenças em como os estudos definiram seus indicadores de pré-concepção.
Para avaliar a qualidade dos estudos, os pesquisadores usaram escalas de risco de viés estabelecidas. Eles classificaram os estudos com base em suas forças e fraquezas, garantindo que os dados apresentados fossem confiáveis.
De milhares de registros, um total de 42 estudos foi incluído na revisão. A maioria desses estudos tinha dados abrangentes de várias partes do Reino Unido, e alguns tinham conjuntos de dados vinculados que forneciam uma visão mais ampla dos resultados de saúde relacionados aos indicadores de pré-concepção.
Descobertas sobre Indicadores de Pré-Concepção
A revisão encontrou 30 indicadores diferentes de pré-concepção relatados em vários estudos. Isso incluía vários fatores médicos, comportamentais e sociais que as pessoas em idade reprodutiva enfrentam. Muitos estudos focaram nas mulheres, embora alguns também tenham olhado para os homens.
A prevalência desses indicadores variou bastante entre os diferentes estudos, indicando que as definições e os métodos de coleta de dados diferem. Por exemplo, alguns fatores de risco comuns incluíam estar acima do peso, fumar e ter um diagnóstico de saúde mental como depressão. Os achados revelaram que um número significativo de mulheres se beneficiaria de ajuda em relação à saúde antes da gravidez.
Um pequeno número de estudos também relatou sobre indicadores masculinos. Curiosamente, a taxa de depressão entre os pais era menor do que entre as mães.
Relação entre Indicadores de Pré-Concepção e Resultados de Saúde
Alguns estudos incluídos nesta revisão exploraram como os indicadores de pré-concepção se relacionam com os Resultados da Gravidez. Os resultados sugeriram que certos fatores de saúde poderiam impactar os riscos durante a gravidez e o parto. Por exemplo, condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) estavam ligadas a uma maior chance de parto prematuro.
No entanto, as evidências continuam limitadas, especialmente em relação a como os fatores de saúde dos homens podem impactar os resultados da gravidez. Essa falta de dados indica a necessidade de mais pesquisas focadas nos futuros pais.
Qualidade e Limitações dos Dados
Embora os estudos mostrassem, em geral, baixo risco de viés, algumas limitações foram observadas. Por exemplo, certas populações podem não estar bem representadas nos dados, especialmente aquelas que não tiveram uma gravidez relatada. Isso poderia distorcer a compreensão da saúde pré-concepção como um todo.
Além disso, questões como dados ausentes sobre etnia e índice de massa corporal (IMC) eram comuns em muitos estudos. Essas limitações poderiam afetar o quanto conseguimos entender a saúde pré-concepção no Reino Unido.
Importância dos Dados da Atenção Primária
Esta revisão sistemática destacou o papel valioso que os dados rotineiros da atenção primária podem desempenhar na avaliação da saúde pré-concepção. Os achados mostram que muitos fatores de risco já estão sendo capturados nos registros eletrônicos de pacientes, permitindo que os profissionais de saúde apoiem melhor seus pacientes.
Um template de triagem de risco digital foi criado para ajudar os provedores de atenção primária a identificar fatores de risco, de acordo com diretrizes atualizadas. Isso poderia levar a uma melhor coleta e relatórios de dados, garantindo que potenciais riscos à saúde sejam abordados logo no início.
Padronização e Pesquisa Futura
Uma das principais recomendações desta revisão é a necessidade de padronizar definições para indicadores de pré-concepção. As diferenças em como esses indicadores são relatados dificultam a comparação eficaz dos dados entre os estudos. Estabelecer definições consistentes melhoraria a qualidade das informações disponíveis.
Além disso, mais ênfase precisa ser dada à saúde pré-concepção masculina. Muitos fatores relevantes para as mulheres são igualmente importantes para os homens, como fumar e obesidade. Melhor saúde para os pais poderia melhorar os resultados tanto das gravidezes quanto da saúde das crianças.
Conclusão
Em resumo, esta revisão enfatiza a importância do cuidado pré-concepção como uma ferramenta para melhorar a saúde antes da gravidez. Revela lacunas significativas no conhecimento, especialmente em relação à saúde dos homens. Ao utilizar os dados da atenção primária de forma mais eficaz, os sistemas de saúde podem monitorar melhor a saúde pré-concepção e atender às necessidades de futuros pais. Com esforços focados para melhorar a coleta e padronização de dados, é possível aprimorar a saúde geral das futuras famílias no Reino Unido.
Título: Preconception indicators and associations with health outcomes reported in UK routine primary care data: a systematic review
Resumo: BackgroundRoutine primary care data may be a valuable resource for preconception health research and informing provision of preconception care. AimTo review how primary care data could provide information on the prevalence of preconception indicators and examine associations with maternal and offspring health outcomes. Design and SettingSystematic review of observational studies using UK routine primary care data. MethodLiterature searches were conducted in five databases (March 2023) to identify observational studies that used national primary care data from individuals aged 15-49 years. Preconception indicators were defined as medical, behavioural and social factors that may impact future pregnancies. Health outcomes included those that may occur during and after pregnancy. Screening, data extraction and quality assessment were conducted by two reviewers. ResultsFrom 5,259 records screened, 42 articles were included. The prevalence of 30 preconception indicators was described for female patients, ranging from 0.01% for sickle cell disease to >20% for each of advanced maternal age, previous caesarean section (among those with a recorded pregnancy), overweight, obesity, smoking, depression and anxiety (irrespective of pregnancy). Few studies reported indicators for male patients (n=3) or associations with outcomes (n=5). Most studies had low risk of bias, but missing data may limit generalisability. ConclusionFindings demonstrate that routinely collected UK primary care data can be used to identify patients preconception care needs. Linking primary care data with health outcomes collected in other datasets is underutilised but could help quantify how optimising preconception health and care can reduce adverse outcomes for mothers and children. How this fits inO_LIProvision of preconception care is not currently embedded into routine clinical practice but may be informed by routinely collected primary care data. C_LIO_LIThis systematic review demonstrates that UK primary care data can provide information on the prevalence of a range of medical, behavioural and social factors among female patients of reproductive age, while limited research has examined male preconception health or associations with maternal and offspring health outcomes. C_LIO_LIRoutinely recorded electronic patient record data can be used by primary healthcare professionals to search for preconception risk factors and thereby support individualised preconception care, while aggregate data can be used by public health agencies to promote population-level preconception health. C_LIO_LIFurther data quality improvements and linkage of routine health datasets are needed to support the provision of preconception care and future research on its benefits for maternal and offspring health outcomes. C_LI
Autores: Danielle Schoenaker, E. Lovegrove, E. Cassinelli, J. Hall, M. McGranahan, L. McGowan, H. Carr, N. Alwan, J. Stephenson, K. Godfrey
Última atualização: 2024-02-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.05.24302342
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.05.24302342.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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