Nova Abordagem de Tratamento para Dor Abdominal em Crianças
Um estudo analisa um novo tratamento para crianças com distúrbios de dor abdominal funcional.
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Índice
- O Impacto do TFDA na Vida Diária
- Abordagens de Tratamento Existentes
- Explorando a Resposta do Cérebro ao Tratamento
- Objetivos e Hipóteses do Estudo
- Design do Estudo e Recrutamento
- Envolvendo os Participantes
- O Programa ADAPT
- Medindo Resultados
- Gestão de Dados e Monitoramento
- Analisando Resultados
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Transtornos funcionais de Dor abdominal (TFDA) são um problema comum que afeta muitas crianças e adolescentes. Esses transtornos podem levar a dor crônica, dificultando a vida cotidiana das crianças, ir à escola ou aproveitar o tempo com os amigos. Estudos mostram que TFDA podem afetar de 4% a 41% das crianças em todo o mundo, com uma média de cerca de 12%. Isso significa que muita gente está levando os pequenos ao médico ou a especialistas por causa dessas questões.
O que é TFDA? Muitas vezes, está ligado a problemas em como o cérebro e o intestino trabalham juntos. Quando crianças com TFDA sentem dor, os cérebros delas respondem de forma diferente do que o de crianças saudáveis. Pesquisas indicam que há padrões incomuns de conexões no cérebro que podem contribuir para a experiência da dor.
O Impacto do TFDA na Vida Diária
TFDA representa cerca de metade de todas as visitas a clínicas de gastroenterologia pediátrica. Muitas crianças com esses transtornos enfrentam problemas a longo prazo. Aproximadamente um terço delas pode continuar a sentir dor ou desconforto por cinco anos ou mais. O problema pode ser ainda pior para adolescentes do que para crianças menores, tornando essencial abordar os desafios que eles enfrentam.
Complicando a situação, muitas crianças com TFDA também lidam com Ansiedade. Estudos sugerem que entre 42% e 85% das crianças com TFDA podem sentir ansiedade junto com a dor. Essa ansiedade pode aumentar os níveis de dor e dificultar ainda mais a vida cotidiana. Pesquisas mostraram que crianças com TFDA e ansiedade têm mais chances de sofrer com dor intensa e problemas relacionados.
Abordagens de Tratamento Existentes
A maneira mais comum de ajudar crianças com dor crônica é por meio da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). No entanto, crianças com TFDA e ansiedade muitas vezes não respondem bem a esse tratamento, o que é preocupante. Para lidar com esses problemas, pesquisadores desenvolveram um novo método chamado Tratamento para Diminuir Ansiedade e Dor (ADAPT).
ADAPT é um programa de seis sessões projetado para abordar tanto a dor quanto a ansiedade por meio de uma mistura de sessões presenciais e online. Ele utiliza diferentes técnicas, incluindo mindfulness e estratégias de terapia cognitivo-comportamental. Em estudos anteriores, o ADAPT mostrou ser mais eficaz em reduzir dor e incapacidade do que o tratamento médico padrão sozinho.
Explorando a Resposta do Cérebro ao Tratamento
Apesar dos resultados promissores, as razões subjacentes pelas quais o ADAPT funciona tão bem não estão totalmente claras. Os pesquisadores querem investigar como esse tipo de tratamento afeta o cérebro. Eles estão particularmente interessados em saber se o ADAPT pode melhorar a atividade cerebral anormal ligada à dor e à ansiedade em crianças com TFDA.
Para aprofundar isso, os pesquisadores montaram um estudo para ver quão eficaz é o ADAPT, especialmente em relação a mudanças no funcionamento do cérebro. O objetivo é entender se esse tratamento pode normalizar a forma como o cérebro se comunica quando as crianças sentem dor, tanto durante períodos de desconforto quanto quando estão em repouso.
Objetivos e Hipóteses do Estudo
O principal objetivo deste estudo é descobrir quão bem o ADAPT funciona em alterar a atividade cerebral relacionada à dor. Os pesquisadores acreditam que o ADAPT pode ajudar a reduzir conexões mais intensas do que o normal no cérebro entre áreas chave de processamento da dor, especialmente em situações que provocam desconforto. Eles também acham que o fluxo sanguíneo em certas regiões do cérebro diminuirá após o tratamento em comparação com crianças que recebem cuidados padrão.
Em termos mais simples, os objetivos do estudo podem ser divididos da seguinte forma:
- Determinar se o ADAPT pode diminuir conexões cerebrais anormais ligadas à dor.
- Descobrir se o fluxo sanguíneo em regiões específicas do cérebro se reduz após o tratamento ADAPT.
- Ver se há melhorias na intensidade e desconforto da dor durante e após o tratamento.
Design do Estudo e Recrutamento
Esta pesquisa é projetada como um ensaio clínico controlado randomizado, onde algumas crianças receberão o ADAPT e outras estarão em um grupo de espera. O estudo acontecerá em um centro de saúde especializado em problemas digestivos infantis. Os participantes passarão por avaliações para confirmar sua elegibilidade antes de iniciar o programa.
Durante o estudo, os pesquisadores coletarão tanto imagens de ressonância magnética quanto feedback das crianças sobre seus níveis de dor e ansiedade. As crianças serão perguntadas sobre como se sentem em diferentes momentos ao longo do estudo, permitindo que os pesquisadores acompanhem quaisquer mudanças ao longo do tempo.
Envolvendo os Participantes
Para participar do estudo, as crianças devem ter entre 11 e 16 anos e ter sido diagnosticadas com TFDA. Pais ou cuidadores também devem participar do estudo. As crianças serão excluídas se tiverem outras condições médicas graves ou certas condições psicológicas. Os participantes passarão por triagem para garantir que são adequados para a imagem cerebral e o programa de tratamento.
O recrutamento acontecerá nas clínicas de gastroenterologia infantil, onde os médicos apresentarão o estudo às famílias. Se as famílias optarem por participar, fornecerão consentimento por escrito, e as crianças darão seu assentimento para participar da pesquisa.
O Programa ADAPT
O ADAPT é feito para ajudar as crianças a gerenciar sua dor e ansiedade de forma eficaz. Ele consiste em sessões de vídeo ao vivo e conteúdos online que as crianças podem acessar no seu próprio ritmo. O programa dura seis semanas com sessões individuais conduzidas por profissionais treinados que se especializam em trabalhar com crianças que enfrentam dor.
Cada semana envolve uma mistura de sessões ao vivo e módulos auto-guiados. Essas sessões incluirão atividades práticas para ajudar as crianças a lidarem com dor e ansiedade usando técnicas de mindfulness e terapia cognitivo-comportamental.
No geral, o objetivo é proporcionar um ambiente de apoio onde as crianças possam aprender a lidar com sua dor enquanto gerenciam também sua ansiedade.
Medindo Resultados
Os pesquisadores acompanharão o progresso usando várias ferramentas de avaliação. Os participantes avaliarão seus níveis de dor e ansiedade em diferentes pontos do estudo. Eles também preencherão questionários para fornecer informações adicionais sobre suas experiências.
Além dos relatos pessoais, serão realizadas ressonâncias magnéticas antes e depois do tratamento para medir quaisquer mudanças. Os pesquisadores analisarão especificamente como diferentes partes do cérebro se conectam e como o sangue flui nessas áreas, o que pode indicar mudanças no funcionamento.
Gestão de Dados e Monitoramento
Para garantir que a pesquisa seja conduzida de forma segura e ética, um comitê de monitoramento de dados supervisionará o progresso. Eles verificarão se tudo segue as diretrizes do estudo. Todos os dados dos participantes permanecerão confidenciais, com medidas adequadas para proteger suas identidades.
Os pesquisadores esperam que possam encontrar alguns dados faltando durante o estudo, o que é comum em pesquisas desse tipo. Eles implementarão estratégias para lidar com qualquer informação faltante para garantir que suas descobertas sejam robustas.
Analisando Resultados
Uma vez que o estudo for concluído, os pesquisadores analisarão os dados para ver se o ADAPT teve impacto. Eles buscarão quaisquer mudanças significativas na atividade cerebral, fluxo sanguíneo e dor autorrelatada, para ver se o tratamento funcionou como esperado.
Examinando esses diferentes fatores, eles buscam construir uma imagem mais clara de como o tratamento psicológico impacta crianças com TFDA e ansiedade. Eles esperam que os resultados ofereçam insights que possam beneficiar tratamentos futuros e melhorar o cuidado com crianças enfrentando esses desafios.
Conclusão
Os transtornos funcionais de dor abdominal apresentam um desafio significativo para muitas crianças, afetando sua qualidade de vida. Compreender tanto os aspectos psicológicos quanto neurológicos dessas condições é crucial para desenvolver tratamentos eficazes.
O Tratamento para Diminuir Ansiedade e Dor (ADAPT) é um passo à frente para enfrentar essas questões, adaptando abordagens específicas para atender às necessidades das crianças. Este estudo é uma oportunidade de aprofundar nosso entendimento de como esses tratamentos funcionam e como podem ser aprimorados.
Ao combinar estratégias psicológicas inovadoras com um foco no funcionamento cerebral, os pesquisadores esperam melhorar os resultados para muitas crianças que lutam com TFDA e ansiedade. A esperança é que esse trabalho não só melhore as abordagens atuais, mas também abra caminho para futuros avanços no cuidado de condições de dor crônica pediátrica.
Título: Study protocol for a pilot clinical trial to understand neural mechanisms of response to a psychological treatment for pain and anxiety in pediatric functional abdominal pain disorders (FAPD)
Resumo: BackgroundFunctional abdominal pain disorders (FAPD) are the most common chronic pain conditions of childhood and are made worse by co-occurring anxiety. Our research team found that the Aim to Decrease Pain and Anxiety Treatment (ADAPT), a six-session coping skills program using cognitive behavioral therapy strategies, was effective in improving pain-related symptoms and anxiety symptoms compared to standard care. In follow-up, this current randomized clinical trial (RCT) aims to test potential neural mechanisms underlying the effect of ADAPT. Specifically, this two-arm RCT will explore changes in amygdalar functional connectivity (primary outcome) following the ADAPT protocol during the water loading symptom provocation task (WL-SPT). Secondary (e.g., changes in regional cerebral blood flow via pulsed arterial spin labeling MRI) and exploratory (e.g., the association between the changes in functional connectivity and clinical symptoms) outcomes will also be investigated. MethodsWe will include patients ages 11 to 16 years presenting to outpatient pediatric gastroenterology care at a midwestern childrens hospital with a diagnosis of FAPD plus evidence of clinical anxiety based on a validated screening tool (the Generalized Anxiety Disorder-7 [GAD-7] measure). Eligible participants will undergo baseline neuroimaging involving the WL-SPT, and assessment of self-reported pain, anxiety, and additional symptoms, prior to being randomized to a six-week remotely delivered ADAPT program plus standard medical care or standard medical care alone (waitlist). Thereafter, subjects will complete a post assessment neuroimaging visit similar in nature to their first visit. ConclusionsThis small scale RCT aims to increase understanding of potential neural mechanisms of response to ADAPT. ClinicalTrials.gov registration: NCT03518216
Autores: Natoshia R Cunningham, M. A. Adler, B. N. Barber Garcia, T. Abounader, A. K. Miller, M. Monzalvo, I. Hashemi, R. Cox, S. L. Ely, Y. Zhou, M. DeLano, T. Mulderink, M. J. Reeves, J. L. Peugh, S. Kashikar-Zuck, R. C. Coghill, J. E. Arnetz, D. C. Zhu
Última atualização: 2024-02-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.08.24302498
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.08.24302498.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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