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# Ciências da saúde# Medicina d'urgenza

Priorizando o Atendimento ao Paciente nas Emergências

Estudo revela desafios em classificar pacientes com base na urgência nos atendimentos de emergência.

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Índice

Os Prontos-Socorros (PS) precisam de um jeito de priorizar os pacientes com base na urgência das necessidades médicas deles. O Índice de Gravidade de Emergência (IGE) é um sistema que serve pra isso. Ele classifica os pacientes em cinco níveis, com o nível 1 sendo o mais urgente e o nível 5 o menos urgente. Níveis 1 e 2 precisam de atendimento imediato, enquanto os níveis 4 e 5 podem esperar mais. Pacientes no nível 3 estão no meio, precisando de cuidado logo, mas não na hora.

Como Funcionam os Níveis do IGE

Os níveis do IGE são definidos por dois fatores principais: quão doente o paciente está e quantos recursos ele provavelmente vai precisar no PS. A equipe médica usa uma combinação da experiência deles e diretrizes específicas, como sinais vitais, pra decidir em qual nível o paciente se encaixa.

Por Que a Triagem É Importante

Na medicina de emergência, existe uma forte obrigação ética de atender os pacientes mais graves primeiro. Portanto, é crucial que os pacientes com níveis de IGE mais altos (casos mais urgentes) sejam atendidos antes dos com níveis mais baixos (casos menos urgentes), especialmente se chegarem perto um do outro.

O Modelo de Fluxo Dividido

Pra ajudar a gerenciar o fluxo de pacientes, muitos PS usam um sistema chamado modelo de fluxo dividido. Nesse modelo, os pacientes menos urgentes (níveis 4 e 5) são atendidos em uma área separada de “atendimento rápido”. Isso permite que eles recebam cuidados mais rápidos, enquanto os casos mais sérios (níveis 1, 2 e 3) são tratados em outra área. Essa configuração acredita-se que diminui o tempo de espera pra todo mundo, já que agiliza o atendimento para os pacientes menos urgentes.

O Propósito do Estudo

Um estudo recente quis ver com que frequência pacientes menos urgentes eram atendidos mais rápido que os mais urgentes. Os pesquisadores analisaram pares de pacientes com diferentes níveis de IGE que chegaram ao PS em um intervalo de dez minutos. Eles queriam descobrir quanto tempo cada paciente levava pra ser atendido por um profissional, e se os com níveis de IGE mais baixos eram frequentemente atendidos antes dos com níveis mais altos.

O Cenário

O estudo foi feito no Long Island Jewish Medical Center, um hospital grande que atende uma comunidade diversa. O PS adulto atende cerca de 100.000 pacientes todo ano. Tem áreas designadas para diferentes tipos de pacientes, incluindo uma área de atendimento rápido pra casos menos urgentes e uma área de cuidados agudos pra casos mais severos.

Design do Estudo

Os pesquisadores selecionaram 126 pares de pacientes com 18 anos ou mais, garantindo que os tempos de triagem estivessem dentro de dez minutos uns dos outros. Eles excluíram pacientes enviados diretamente pra área psiquiátrica ou caso o médico responsável fosse um dos autores. Usando registros eletrônicos de saúde, revisaram os horários de chegada, quando foram triados e quando viram um profissional pela primeira vez.

Importância do Tempo de Triagem

O tempo de triagem é significativo porque marca o momento em que um profissional de saúde avalia a urgência de um paciente. Isso ajuda a priorizar o atendimento de quem mais precisa. O estudo comparou o tempo que os pacientes levaram pra serem atendidos com base nos seus níveis de IGE e onde foram triados.

Principais Conclusões

O estudo descobriu que havia uma diferença notável no tempo que os pacientes de IGE 2 (mais urgentes) levavam comparado aos de IGE 3 (menos urgentes). Em média, os pacientes de IGE 2 foram atendidos cerca de 20 minutos mais rápido que os de IGE 3. Porém, numa reviravolta surpreendente, cerca de 35% dos pacientes de IGE 2 foram atendidos depois dos de IGE 3, indicando uma possível falha no processo de triagem.

Atendimento Rápido vs. Cuidados Agudos

A maioria dos pacientes no atendimento rápido estava classificada como IGE 3, enquanto a área de cuidados agudos tinha uma proporção maior de pacientes de IGE 2. Isso sugere que o atendimento rápido pode não estar funcionando como deveria. De fato, os pacientes na área de cuidados agudos foram atendidos significativamente mais rápido que os do atendimento rápido.

O Impacto no Cuidado ao Paciente

Embora o objetivo do modelo de fluxo dividido seja melhorar o atendimento e a satisfação dos pacientes, essas descobertas indicam algumas consequências não intencionais. O estudo levanta preocupações de que pacientes menos urgentes possam ser atendidos antes daqueles com problemas médicos mais sérios, o que poderia impactar negativamente os resultados pra quem precisa de atendimento imediato.

Recomendações pra Melhoria

Algumas ideias poderiam ajudar a resolver os atrasos observados para pacientes mais urgentes. Uma sugestão é ter mais profissionais envolvidos no processo de triagem pra reduzir os tempos de espera desde a chegada até a avaliação. Outra é eliminar o modelo de fluxo dividido completamente, pra que os profissionais atendam tanto pacientes urgentes quanto menos urgentes juntos. Isso poderia ajudar a garantir que os casos mais urgentes recebam atenção mais rápida.

As organizações também poderiam estabelecer um período razoável de espera para pacientes menos urgentes. Por exemplo, se um paciente espera mais de duas horas, um profissional poderia ser alertado pra checar sobre ele, a menos que esteja ocupado com casos mais urgentes.

Desafios com as Práticas Atuais

A Lei de Tratamento Médico de Emergência e Trabalho (EMTALA) exige que todos os pacientes recebam uma avaliação médica para determinar seu nível de necessidade. Normalmente, essa avaliação é feita por profissionais licenciados. No entanto, até queixas menores podem levar a Avaliações longas e visitas de tratamento, o que poderia atrasar o atendimento para pacientes de maior gravidade.

Limitações do Estudo

Este estudo tem algumas limitações. Foi realizado em um único hospital, então os resultados podem não se aplicar a outros PS com padrões de triagem diferentes. A alta porcentagem de pacientes de IGE 3 na configuração de atendimento rápido pode não ser a mesma em outros hospitais, onde essa área é reservada principalmente para casos menos urgentes.

Além disso, o estudo usou o horário de inscrição do profissional como um indicador de quando um paciente foi visto pela primeira vez, mas isso pode nem sempre refletir o tempo real que um profissional começou a cuidar. Por fim, o estudo não avaliou os resultados dos pacientes, deixando em aberto questões sobre os impactos a longo prazo dos padrões de triagem observados.

Conclusão

O sistema de IGE cumpre bem seu propósito de garantir que pacientes mais urgentes sejam geralmente atendidos mais rápido que os menos urgentes. No entanto, um número significativo de pacientes menos urgentes ainda está sendo atendido antes dos mais urgentes, o que é preocupante. Mais pesquisas são necessárias pra explorar esses achados em outros hospitais e acompanhar se isso afeta os resultados dos pacientes.

Avançando

Pra melhorar o cuidado ao paciente, os prontos-socorros precisam encontrar um equilíbrio entre melhorar o fluxo e manter o princípio básico de atender quem mais precisa. Várias estratégias poderiam ajudar a garantir que os pacientes com problemas sérios recebam cuidados em tempo hábil, enquanto também atendem às necessidades daqueles com condições menos urgentes.

Fonte original

Título: Does practice match protocol? A comparison of "triage-to-provider" time among more- vs. less-acute ED patients.

Resumo: INTRODUCTIONThe Emergency Severity Index (ESI) stratifies Emergency Department (ED) patients for triage, from "most-acute" (level 1) to "least-acute" (level 5). Many EDs have a split-flow model where less-acute (ESI 4 and 5) are seen in a Fast Track, while more-acute (ESI 1, 2, and 3) are seen in the acute care area. As a core principle of Emergency Medicine is to attend to more-acute patients first, deliberately designating an area for less-acute patients to be seen quickly might result in their being seen before more-acute patients. This study aims to determine the percentage of less-acute patients seen by a provider sooner after triage than more-acute patients who arrived within 10 minutes of one another. Additionally, this study compares the Fast Track and acute care areas to see if location affects triage-to-provider time. METHODSA random convenience sample of 252 ED patients aged [≥]18 was taken. Patients were included if their ESI was available for the provider during sign-up. Patients were excluded if they were directly sent to the ED psychiatric area or attended by the author. We collected data on ESI level, timestamps for triage and first provider sign-up, and location to which patient was triaged (Fast Track vs. acute care). Paired patients ESI levels, locations, and triage and first provider sign-up times were compared. RESULTSOne hundred twenty-six pairs of patients were included. More-acute patients were seen significantly-faster after triage ([~]20 minutes) than less-acute patients in two groups: ESI level 2 vs. 3 and overall high-vs. low-acuity. However, in 34.8% of paired ESI 2 vs. 3 patients, the ESI 3 patient was seen prior to the paired ESI 2 patient, and in 39.4% of overall paired high vs. low acuity patients, the less-acute patient was seen before the more-acute patient. Additionally, patients in the acute care area had significantly-shorter median triage-to-provider times ([~] 40 minutes) compared to those in the Fast Track area for ESI 2 (acute care) vs ESI 3 (Fast Track) and overall high-acuity (acute care) vs low-acuity (Fast-track). Nonetheless, approximately one-third of ESI 3 patients triaged to Fast Track were seen before ESI 2 patients triaged to the acute care area. CONCLUSIONThe split-flow model reduces overall ED length of stay (LOS), improving flow volume, revenue, and patient satisfaction. However, it comes at the expense of the fundamental ethos of Emergency Medicine and potentially subverts the intended triage process. Although most more-acute patients are seen by a provider sooner after triage than less-acute patients, a substantial number are seen later, which could delay urgent medical needs and impact patients outcome negatively. Furthermore, acute care area patients are seen sooner post-triage than identical-ESI-level Fast Track patients, suggesting Fast Track might not function as intended. Further examination of patient outcomes is necessary to determine the impact of the ESI triage process and spilt-flow model.

Autores: Temesgen T Tsige, R. Nasir, D. Puca, K. Charles, S. S. LoGalbo, L. Iyeke, L. Jordan, M. M. Sierra, D. Silver, M. Richman

Última atualização: 2024-02-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.11.24302630

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.11.24302630.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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