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# Biologia# Neurociência

Ondas Cerebrais de Animais e Novas Experiências

Estudo revela como os cérebros dos animais reagem a novos ambientes através das ondas beta.

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Índice

Entender como os animais reagem a ambientes novos é chave em várias áreas de pesquisa. Quando os bichos encontram algo desconhecido, os cérebros deles respondem de maneiras específicas. Por exemplo, certas ondas cerebrais, principalmente na faixa de frequência beta (20-30 Hz), mudam quando os animais exploram novos espaços ou objetos. Essas mudanças na atividade cerebral ajudam os animais a lembrar e reagir corretamente ao que tá ao redor.

Nos roedores, eles mostram explosões dessas ondas beta quando exploram lugares ou coisas novas pela primeira vez. Com o tempo, à medida que ficam mais familiarizados com o ambiente, essas explosões acontecem com menos frequência. Estudos recentes também descobriram que outras áreas do cérebro, além do hipocampo, podem mostrar essas explosões beta. Por exemplo, áreas do cérebro ligadas a sensações corporais e movimento também parecem participar.

Esta pesquisa tem como objetivo aprofundar como essas ondas beta se espalham pelo cérebro quando um animal encontra algo novo. Focamos principalmente em camundongos e usamos equipamentos especiais para medir os sinais elétricos do cérebro deles enquanto exploravam um novo ambiente. Nossas observações mostraram que as explosões beta são comuns em todo o cérebro, mas são mais pronunciadas em uma área específica chamada Córtex retrosplenial quando exploram lugares desconhecidos.

Método

Sujeitos

O estudo envolveu cinco camundongos que foram mantidos em um ciclo regular de luz e escuridão. Eles tinham acesso a comida e água sempre que quisessem. Os camundongos foram hospedados em grupos até que passaram por cirurgia, após a qual foram mantidos sozinhos pra proteger os implantes cirúrgicos.

Cirurgia

Os camundongos foram equipados com dispositivos avançados de detecção cerebral que nos permitiram medir os sinais do cérebro deles. A cirurgia consistiu em colocar o dispositivo na cabeça dos camundongos enquanto estavam sob anestesia, garantindo que tudo estivesse seguro. Depois da cirurgia, eles tiveram pelo menos uma semana pra se recuperar antes de serem colocados em um novo ambiente para observação.

Configuração Experimental

Durante o experimento, os camundongos foram colocados em uma nova área projetada pra Exploração. Essa área foi marcada com listras pretas e brancas contrastantes, tornando-a visualmente distinta. Eles puderam se mover à vontade por quinze minutos enquanto gravávamos a atividade cerebral deles.

Pra entender melhor o comportamento deles, dividimos a gravação em duas partes: o primeiro minuto, quando os camundongos estavam explorando a nova área, e os últimos dez minutos, enquanto se tornavam mais familiares com ela. Depois, analisamos como as ondas cerebrais mudaram em ambas as fases.

Observações e Resultados

Explosões Beta e Exploração

A primeira descoberta foi que as explosões beta nos cérebros dos camundongos eram mais frequentes quando eles exploravam o novo ambiente pela primeira vez do que na parte mais familiar da sessão. Durante o primeiro minuto, a taxa dessas explosões foi significativamente maior, especialmente no córtex retrosplenial. Essa área é crucial para processar informações espaciais e de contexto.

Gravação EEG

Usando um array de múltiplos eletrodos, coletamos sinais elétricos de várias regiões do cérebro. Os dados mostraram que, embora todas as áreas detectassem explosões beta, aquelas acima do córtex retrosplenial tinham as taxas mais altas. Comparamos a frequência dessas explosões durante a exploração inicial com a fase posterior, mais familiar da sessão.

Mudanças na Atividade Cerebral com Familiaridade

Ao analisar as ondas cerebrais, notamos que a atividade cerebral geral não mostrou mudanças significativas de potência entre a exploração inicial e a fase familiar nas diferentes bandas de frequência. No entanto, o número de explosões beta registradas destacou diferenças significativas, particularmente nas áreas retrospleniais e somatossensoriais.

Nossas descobertas confirmaram que a taxa de explosões beta variava entre as partes inicial e final da sessão. O córtex retrosplenial mostrou um aumento notável nessas explosões durante a exploração inicial. Descobertas semelhantes foram observadas na área somatossensorial, mas não nas regiões frontal ou parietal.

Analisando Conectividade Entre Áreas

Pra entender como diferentes partes do cérebro se comunicavam durante essas explosões, olhamos pra quão conectada estava a área retrosplenial a outras regiões do cérebro. Medimos essa conectividade enquanto os camundongos estavam no novo ambiente, focando em três faixas de frequência: theta, beta e gama.

Durante a exploração inicial, encontramos um aumento na conectividade entre o córtex retrosplenial e outras áreas na faixa de frequência beta. A análise mostrou que, enquanto os estágios inicial e final tinham conectividade semelhante para theta e gama, a faixa beta exibiu um aumento claro durante a exploração.

Conectividade Global

Também examinamos a conectividade geral entre todos os canais durante a exploração. Semelhante a descobertas anteriores, os dados mostraram maior conectividade durante a fase inicial do experimento. Isso indicou um nível elevado de interação entre diferentes áreas do cérebro, sugerindo que elas trabalhavam juntas de forma mais eficaz quando os camundongos encontravam algo novo.

Discussão

Importância das Explosões Beta em Ambientes Novos

Essas descobertas fornecem insights importantes sobre como as explosões beta se relacionam com a exploração de novos ambientes. Revelamos que, embora as explosões beta sejam observáveis em todo o cérebro, a resposta à novidade, particularmente no córtex retrosplenial, é mais pronunciada. Isso sugere que essa região tem um papel especial no processamento de novas informações e na adaptação de comportamentos com base em experiências novas.

Características das Explosões Beta

Aprendemos que, embora as explosões beta ocorram em diferentes áreas, suas características, como tamanho e frequência, mostram uma relação significativa com o contexto. Por exemplo, a área retrosplenial teve explosões menores em magnitude em comparação com aquelas encontradas no córtex frontal. Isso sugere que a resposta à novidade pode diferir dependendo da estrutura e função anatômica do cérebro.

Conectividade e Processamento de Novidade

A conectividade aumentada observada na faixa de frequência beta durante a exploração pode indicar que o cérebro está transmitindo informações de forma eficiente quando enfrenta novas situações. Os resultados implicam que as interações entre o córtex retrosplenial e outras áreas são vitais pro processamento dessas novas experiências.

Direções Futuras de Pesquisa

Diante dessas descobertas, há várias avenidas pra pesquisa futura. Entender os mecanismos precisos de como as explosões beta facilitam a comunicação entre regiões do cérebro durante a exploração pode aprimorar nosso conhecimento sobre a função cerebral. Além disso, investigar como essas respostas mudam com a exposição repetida ao mesmo ambiente pode fornecer insights mais profundos sobre os processos de memória.

Conclusão

Neste estudo, mostramos que as explosões beta são comuns em todo o córtex, mas são mais pronunciadas em certas áreas, como o córtex retrosplenial, quando os animais encontram novos ambientes. Essas explosões estão ligadas a uma conectividade aumentada que melhora a comunicação no cérebro. Entender como esses processos funcionam pode fornecer informações valiosas sobre como o cérebro funciona em relação ao contexto e à memória.

Ao investigar as maneiras pelas quais a atividade oscilatória do cérebro muda em resposta a novas situações, podemos ter uma visão mais clara de como os animais, incluindo os humanos, processam e lembram do que tá ao redor.

Fonte original

Título: Transient cortical Beta-frequency oscillations associated with contextual novelty in high density mouse EEG

Resumo: Beta-frequency oscillations (20-30 Hz) are prominent in both human and rodent electroencephalogram (EEG) recordings. Discrete epochs of beta (or Beta2) oscillations are prevalent in the hippocampus and other brain areas during exploration of novel environments. However, little is known about the spatial distribution and temporal relationships of beta oscillations across the cortex in response to novelty. To investigate this, mice fitted with 30-channel EEG-style multi-electrode arrays underwent a single recording session in a novel environment. While changes to spectral properties of cortical oscillations were minimal, there was a profound increase in the rate of beta bursts during the initial part of the recording session, when the environment was most novel. This was true across the cortex but most notable in recording channels situated above the retrosplenial cortex. Additionally, novelty was associated with greater connectivity between retrosplenial areas and the rest of the cortex, specifically in the beta frequency range. However, it was also found that the cortex in general, is highly modulated by environmental novelty. This data further suggests the retrosplenial cortex is an important hub for distinguishing environmental context and highlights the diversity of functions for beta oscillations across the brain, which can be observed using high-density EEG.

Autores: Thomas Ridler, C. Walsh, L. Tait, M. Garcia Garrido, J. T. Brown

Última atualização: 2024-07-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.09.602651

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.09.602651.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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