Novos Compostos de Quinoxalina Mostram Potencial Contra a Resistência Antimicrobiana
Pesquisas recentes mostram que compostos de quinoxalina são eficazes contra bactérias resistentes a medicamentos.
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Índice
- A Necessidade de Novos Antimicrobianos
- Quinoxalina e Seu Potencial
- Pesquisa sobre Compostos de Quinoxalina
- Método de Teste
- Resultados dos Testes Iniciais
- Fase 1: Analisando a Atividade Antibacteriana
- Teste de CIM Contra Cepas Clínicas
- Foco no Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
- Testando Contra Outras Bactérias Gram-positivas
- Investigando Bactérias Gram-negativas
- Importância da Pesquisa sobre Biofilmes
- Compreendendo as Relações Estrutura-Atividade
- Observando os Efeitos da Pré-exposição aos Compostos
- Teste de Concentração Biocida Mínima
- Examinando Mudanças na Morfologia Celular
- Comparação com Antibióticos Existentes
- Direções Futuras para a Pesquisa
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A Resistência Antimicrobiana (RAM) é um problema sério que afeta a saúde pública em todo o mundo. Quando as bactérias se tornam resistentes aos remédios que deveriam matá-las, os tratamentos falham, resultando em mais mortes e custos maiores para a saúde. Até 2050, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas possam morrer por ano por causa da RAM. Só em 2019, cerca de 4,95 milhões de mortes estiveram ligadas a infecções causadas por bactérias resistentes a medicamentos.
A Necessidade de Novos Antimicrobianos
Pra enfrentar essa ameaça crescente, é crucial encontrar e desenvolver novos antimicrobianos. Nos últimos anos, os cientistas têm se concentrado em criar novos medicamentos que possam combater essas bactérias resistentes. Uma abordagem promissora envolve o estudo de compostos heterocíclicos, que são estruturas encontradas em produtos naturais e sintéticos. Dentre eles, a Quinoxalina é uma estrutura significativa que mostrou potencial para tratar várias infecções e doenças.
Quinoxalina e Seu Potencial
A quinoxalina foi identificada como um composto importante devido às suas fortes propriedades biológicas e medicinais. Pesquisadores descobriram que vários derivados de quinoxalina podem combater efetivamente parasitas como Leishmania, Trypanosoma, Plasmodium e Schistosoma. Dado seu potencial, há um crescente interesse em explorar suas propriedades antibacterianas.
Pesquisa sobre Compostos de Quinoxalina
Nossa pesquisa teve como objetivo encontrar novos medicamentos para tratar esquistossomose, uma doença tropical negligenciada. Projetamos e criamos uma série de análogos de quinoxalina para testar sua eficácia contra diferentes espécies de Schistosoma. Os compostos que criamos mostraram uma forte atividade anti-esquistossomose, o que é promissor.
No entanto, devido às crescentes preocupações com as bactérias desenvolvendo resistência aos antibióticos existentes, decidimos testar nossos derivados de quinoxalina para seu potencial antibacteriano. Inicialmente, realizamos testes em um pequeno grupo de compostos contra uma variedade de bactérias, incluindo cepas Gram-positivas e Gram-negativas.
Método de Teste
Pra determinar quão eficazes eram nossos compostos, usamos dois métodos principais de teste. Um método mediou a Concentração Inibitória Mínima (CIM), que é a menor quantidade de um composto necessária pra parar o crescimento bacteriano. O outro método envolveu examinar Biofilmes, que são grupos de bactérias que grudam umas nas outras e são mais difíceis de tratar com antibióticos.
Resultados dos Testes Iniciais
Nossos resultados indicaram que dois dos derivados de quinoxalina, o composto 25 e o composto 31, tinham eficácia significativa contra uma variedade de cepas bacterianas. Isso nos encorajou a continuar a investigar esses compostos.
Fase 1: Analisando a Atividade Antibacteriana
Na nossa primeira fase de testes, preparamos uma biblioteca de 15 compostos, incluindo 13 que sintetizamos e dois materiais iniciais. Testamos esses compostos contra várias bactérias pra identificar quais eram mais eficazes.
Cada composto foi colocado em poços de uma placa de 96 poços com bactérias e observamos o crescimento. Realizamos esses testes várias vezes pra garantir a precisão. Descobrimos que os dois compostos de interesse, o composto 25 e o composto 31, mostraram uma atividade antibacteriana promissora.
Teste de CIM Contra Cepas Clínicas
Com base em nossas descobertas iniciais, testamos nossos compostos selecionados contra cepas bacterianas clinicamente relevantes. Os resultados mostraram que ambos os compostos tinham forte atividade contra bactérias que causam infecções na vida real. Por exemplo, Staphylococcus aureus, uma causa comum de infecções, foi particularmente sensível aos nossos compostos.
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
Foco noDada a ameaça à saúde pública que o MRSA representa, testamos especificamente nossos compostos contra várias cepas de MRSA. Enquanto alguns compostos perderam eficácia contra essas cepas resistentes, os compostos 25 e 31 mantiveram fortes propriedades antibacterianas.
Testando Contra Outras Bactérias Gram-positivas
Expandimos nossa análise pra incluir outras bactérias Gram-positivas importantes. Nossos compostos mostraram ser eficazes contra várias cepas, incluindo Enterococcus faecalis e Streptococcus pneumoniae. Essa ampla atividade é encorajadora, pois sugere um uso potencial generalizado desses compostos no tratamento de diferentes tipos de infecções bacterianas.
Investigando Bactérias Gram-negativas
Enquanto nosso enfoque inicial era em bactérias Gram-positivas, também procuramos determinar a eficácia de nossos compostos contra bactérias Gram-negativas. Os compostos 25 e 31 mostraram alguma atividade contra Neisseria e Haemophilus influenzae.
Importância da Pesquisa sobre Biofilmes
Um dos desafios no tratamento de infecções é quando as bactérias formam biofilmes. Esses agregados dificultam a penetração dos antibióticos. Pra resolver isso, testamos se nossos compostos poderiam interromper ou erradicar biofilmes estabelecidos. Ambos os compostos demonstraram a capacidade de reduzir biofilmes de forma eficaz, sugerindo que seu uso poderia ser benéfico no tratamento de infecções persistentes.
Compreendendo as Relações Estrutura-Atividade
Como parte da nossa pesquisa, examinamos a relação entre a estrutura de nossos compostos e sua eficácia. Isso é conhecido como análise de relação estrutura-atividade (RSA). Nossas descobertas sugerem que certas características dos compostos, como substituições na estrutura central de quinoxalina, poderiam aprimorar suas propriedades antibacterianas.
Observando os Efeitos da Pré-exposição aos Compostos
Em experimentos adicionais, expomos as bactérias a níveis subinibitórios de nossos compostos antes de testar sua suscetibilidade a outros antibióticos. Esse processo revelou que a pré-exposição ao composto 31 poderia reduzir a eficácia de certos antibióticos, mas também aumentou a suscetibilidade a outros. Compreender essas interações é crucial pra determinar como usar esses compostos em combinação com tratamentos existentes.
Teste de Concentração Biocida Mínima
Pra medir quão rápido nossos compostos podiam matar bactérias, realizamos testes de concentração biocida mínima (CBM). Esses testes indicaram que o composto 25 tem uma forte atividade bactericida contra S. aureus e E. faecalis, o que é uma característica importante para potenciais tratamentos.
Examinando Mudanças na Morfologia Celular
Também realizamos estudos de imagem pra observar as mudanças na estrutura celular bacteriana após tratamento com nossos compostos. A microscopia eletrônica de varredura revelou danos significativos tanto nas células de S. aureus quanto de E. faecalis após exposição. Esse dano indica que nossos compostos estão realmente afetando as bactérias, possivelmente levando à sua morte.
Comparação com Antibióticos Existentes
Pra entender como nossos compostos de quinoxalina se comparam aos tratamentos existentes, testamos eles ao lado de antibióticos comumente usados. Em muitos casos, nossos compostos exibiram atividade antibacteriana comparável ou até superior, especialmente contra cepas resistentes. Isso contrasta favoravelmente com o desempenho de alguns antibióticos atuais.
Direções Futuras para a Pesquisa
Os resultados do nosso estudo destacam o potencial dos derivados de quinoxalina como novos antibióticos. No entanto, mais pesquisas são necessárias pra melhorar a solubilidade e eficácia deles. Trabalhos futuros em química medicinal podem resultar em compostos ainda melhores, com menos efeitos colaterais e propriedades antibacterianas aumentadas.
Conclusão
Nossa pesquisa conseguiu identificar compostos promissores de quinoxalina que mostram forte atividade antibacteriana contra uma variedade de bactérias importantes, incluindo cepas resistentes. Esses compostos demonstraram eficácia tanto em formas planctônicas quanto em biofilmes, sugerindo seu potencial para aplicações práticas no tratamento de infecções bacterianas. A exploração e o refinamento contínuos desses compostos poderiam levar a novos tratamentos que ajudem a combater a questão atual da resistência antimicrobiana.
Título: 2,3-bis (phenylamino) quinoxaline - containing compounds display potent activity against Methicillin-resistant Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis and their biofilms
Resumo: Antimicrobial resistance remains a global challenge threatening the ability to control diseases caused by bacterial infections. Here, we explored the antimicrobial activity of 2,3-N,N-diphenyl quinoxaline derivatives against representative Gram-positive, Gram-negative and Mycobacterium species. Two quinoxaline derivatives (compounds 25 and 31) demonstrated particularly potent activity against most Staphylococcus aureus, Enterococcus faecium and Enterococcus faecalis strains tested (MIC values between 0.25 to 1 mg/l). These compounds also demonstrated potent antibacterial activity against methicillin-resistant S. aureus (MRSA) and vancomycin-resistant E. faecium/E. faecalis (VRE) strains. Against an extensive panel of clinically relevant isolates, they further showed comparable or better activity to four currently used antibiotics (vancomycin, teicoplanin, daptomycin and linezolid). Finally, they performed better in preventing S. aureus and E. faecalis biofilm formation when compared to several other antibiotics. In conclusion, these two quinoxaline derivatives have promising activities that could be further explored as part of efforts to identify urgently needed new antibacterial agents.
Autores: Gilda Padalino, K. Duggan, L. Mur, J.-Y. Millard, A. Brancale, K. F. Hoffmann
Última atualização: 2024-07-15 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.15.603556
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.15.603556.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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