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Diferenças de Gênero na Comunicação de Concussões Entre Estudantes Atletas

Analisando como atletas masculinos e femininos relatam concussões e suas implicações.

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Sintomas de concussão:Sintomas de concussão:Divisão de gênerosrelatam os sintomas de concussão.Diferenças na forma como os atletas
Índice

Todo ano, muitos estudantes-atletas competem em esportes universitários. As concussões, que são lesões cerebrais causadas por batidas na cabeça, são comuns nesses esportes. Pesquisas mostram que um número significativo de atletas sofre concussões, especialmente no futebol feminino e no vôlei. Há diferenças em como os atletas masculinos e femininos relatam os Sintomas de concussões, e isso pode afetar o processo de recuperação deles.

Estatísticas de Concussão nos Esportes Universitários

Mais de 460.000 estudantes-atletas participam de esportes organizados pela NCAA. Entre 2009 e 2014, cerca de 4,47 atletas a cada 10.000 relataram concussões. Isso totaliza cerca de 10.560 concussões por ano. A taxa de concussões varia entre os esportes, com o futebol feminino tendo uma das taxas mais altas. A NCAA usa uma série de testes para ajudar a diagnosticar e gerenciar concussões, mas esses testes podem não considerar as diferenças em como homens e mulheres expressam seus sintomas.

Diferenças de Gênero na Reportagem de Sintomas

Pesquisas mostraram que homens e mulheres podem ter experiências diferentes com concussões. As mulheres tendem a relatar mais sintomas e demoram mais para se recuperar. Isso levanta questões sobre como o gênero afeta o diagnóstico e o manejo das concussões. Estudos indicam que podem haver preconceitos na forma como os sintomas são relatados e compreendidos, especialmente em ambientes clínicos onde a maioria das pesquisas foi feita com atletas masculinos.

Ferramentas de Avaliação Atuais

Uma das ferramentas mais comuns usadas para avaliar concussões é o SCAT (Sport Concussion Assessment Tool). Essa ferramenta inclui uma lista de verificação de sintomas e outros testes. O SCAT não foi atualizado para refletir as diferenças na reportagem de sintomas entre os Gêneros desde que foi criado. Isso significa que as Avaliações atuais podem não ser precisas para as atletas femininas, que podem experimentar os sintomas de forma diferente.

A Necessidade de Avaliações Melhores

Dadas as diferenças em como homens e mulheres relatam os sintomas, há uma necessidade crescente de avaliações atualizadas. A Teoria da Resposta ao Item (IRT) é uma abordagem que pode ajudar a desenvolver melhores listas de verificação de sintomas. A IRT foca em como diferentes grupos respondem a perguntas, permitindo a identificação de possíveis preconceitos. Esse método pode ajudar a criar avaliações que levem em conta as diferenças de gênero, resultando em avaliações mais precisas da gravidade da concussão.

O Papel do Funcionamento Diferencial do Item

O Funcionamento Diferencial do Item (DIF) é um conceito usado para identificar quando uma avaliação de sintomas pode ser tendenciosa para um gênero. Se homens e mulheres com o mesmo nível real de habilidade relatam sintomas diferentes, isso pode indicar que a avaliação não é justa. Por exemplo, se os meninos tendem a relatar mais sintomas do que meninas com habilidade igual, isso pode sugerir um viés na ferramenta de avaliação. Compreender o DIF pode ajudar a melhorar a confiabilidade das avaliações de concussão, garantindo que sejam igualmente válidas para ambos os gêneros.

Visão Geral do Estudo

Um estudo foi realizado para analisar como os escores de sintomas do SCAT3 variavam entre atletas masculinos e femininos em várias fases de recuperação de concussões. O estudo incluiu um grande número de atletas de diferentes esportes e teve como objetivo identificar quaisquer disparidades com base no gênero. Os atletas foram avaliados em vários momentos: imediatamente após a lesão, 24 a 48 horas depois, quando estavam assintomáticos, quando retornaram ao jogo e seis meses após a lesão.

Resultados do Estudo

O estudo descobriu que os escores de sintomas do SCAT3 variavam entre os gêneros, particularmente nas fases iniciais da recuperação. Os atletas masculinos relataram mais dificuldade com certos sintomas físicos, como dores de cabeça e sensibilidade à luz, enquanto as atletas femininas enfrentaram mais sintomas relacionados à saúde cognitiva e emocional. Curiosamente, as mulheres relataram pontuações de severidade de sintomas mais altas em geral em comparação aos homens.

Implicações para Decisões de Retorno ao Jogo

Quando os atletas estão se preparando para retornar ao jogo, a precisão no relato dos sintomas é crucial. O estudo mostrou que as mulheres frequentemente relataram sintomas mais graves, o que poderia levar a que fossem vistas como menos recuperadas do que os atletas masculinos. Isso poderia afetar sua capacidade de voltar ao esporte. Devido a essas diferenças de gênero, há um risco de avaliar erroneamente a prontidão de um atleta para jogar, especialmente para as mulheres.

A Importância de Avaliações Precisas

É vital ter avaliações precisas para os sintomas de concussão para garantir que os atletas recebam o cuidado apropriado. Com as discrepâncias na forma como os sintomas são relatados entre os gêneros, as práticas atuais podem não capturar totalmente a gravidade de uma concussão em atletas femininas. Isso pode significar que algumas atletas femininas são injustamente consideradas inapta para jogar, impactando suas carreiras esportivas.

Recomendações para Pesquisa Futura

Para abordar essas questões, mais pesquisas são necessárias que se concentrem na criação de avaliações adaptadas especificamente para atletas femininas. Ao entender as maneiras únicas que as mulheres experienciam e relatam concussões, melhores ferramentas podem ser desenvolvidas. Isso ajudará a capturar o processo de recuperação de forma mais precisa e garantir que todos os atletas, independentemente do gênero, sejam tratados de forma justa.

Conclusão

Em resumo, existem diferenças significativas em como atletas masculinos e femininos relatam os sintomas de concussão. Ferramentas de avaliação atuais, como o SCAT, podem não ser adequadamente projetadas para levar em conta essas diferenças. Usando métodos como a IRT e abordando preconceitos nas avaliações, o objetivo é criar um sistema de avaliação mais preciso e justo para concussões. Isso levará, em última análise, a um melhor cuidado para todos os atletas e ajudará a tomar decisões informadas sobre seu retorno ao jogo.

Fonte original

Título: Gender Biases In Sports Concussions: A Differential Item Functioning Analysis into NCAA Female Athlete Symptom Presentation and Validity of the SCAT3 Checklist

Resumo: BackgroundAs a consequence of sports-related concussions, female athletes have been documented as reporting more symptoms than their male counterparts, in addition to incurring longer periods of recovery. However, the role of gender and its potential influence on symptom reporting and recovery outcomes in concussion management has not been completely explored. Study DesignThis study investigates potential differential item functioning (DIF) related to gender biases within the SCAT3 symptom severity checklist. The data was obtained from the Federal Interagency of Traumatic Brain Injury Research (FITBIR), which included information from the 2014-2017 NCAA and DoD CARE Consortium. A total of 1,258 NCAA athletes (n=473 females and n=785 males) SCAT3 Symptom Severity sub-scores were analyzed across five time points post-concussion: less than six hours post-injury, 24-48 hours post-injury, asymptomatic, unrestricted return to play, and at 6 months. ResultsDuring the recovery phase, women experienced more headaches, pressure in the head, and fatigue than male athletes. Overall, both male and female athletes had equivalent knowledge of concussions, and there was no significant difference in symptom-reporting ability for most items, including emotional-related symptoms. Only during the unrestricted return to play phase were group-level differences detected, with females being more likely to report more severe symptoms than males. However, upon further analysis, it was discovered females exhibit a relatively high difficulty level reporting symptom severity beyond Mild, therefore the group-level DIF may result from gender biases within the checklist. ConclusionThe present analysis posits that Differential Item Functioning (DIF) in specific symptoms may lead to gender bias. The findings of this study reveal that female athletes tend to exhibit symptomatic behavior upon returning to play, a phenomenon consistent with prior research. However, the possible DIF may provoke biases due to unreliable reporting measures within the SCAT3 symptom severity checklist. Furthermore, explaining why recent literature reports that female athletes do not present as symptomatic upon return to play. Additional research is warranted to determine whether females genuinely experience more symptoms or whether the presence of these potential assessment gender biases obstructs the manifestation of asymptomatic recoveries.

Autores: Rachel E Edelstein, K. Schmidt, S. Cushing, J. D. Van Horn

Última atualização: 2024-03-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.04.24303608

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.04.24303608.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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