Odonatos se adaptando às mudanças climáticas
Os odonatos estão mudando de habitat e de época de surgimento por causa dos impactos das mudanças climáticas.
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A mudança climática tá mudando os padrões do tempo e aumentando o número de eventos climáticos extremos. Essas mudanças acabam colocando pressão em várias espécies, forçando elas a saírem da sua zona de conforto, o que pode fazer com que suas populações diminuam. Pra lidar com essas condições extremas, algumas espécies se mudam pra áreas novas onde o clima é mais ameno. Geralmente, isso significa se mover em direção aos polos ou mudar seus comportamentos sazonais pra se adaptar às novas temperaturas que tão esquentando.
Os odonatos, que incluem libélulas e efêmeras, são super sensíveis às mudanças climáticas. Esses insetos conseguem mudar onde moram (sua faixa geográfica) e quando saem da fase larval pra se tornarem adultos (sua fenologia). A habilidade dessas espécies de se mover pra novas áreas ou mudar seu comportamento é crucial pra sobrevivência delas num mundo que tá esquentando.
Tanto onde esses insetos vivem quanto quando estão ativos dependem muito do clima e do habitat. À medida que as condições mudam, esses insetos podem encontrar novos espaços que se encaixam melhor neles pra sobreviver. Essa flexibilidade permite que suas populações cresçam mesmo diante de mudanças ambientais, reduzindo as chances de declínio e extinção.
Entendendo Mudanças de Faixa e Fenologia
Falando dos odonatos, algumas espécies conseguem se mover pro norte e aparecer mais cedo no ano, o que pode ajudar elas a lidarem com temperaturas mais quentes. O movimento pra áreas mais frias é chamado de expansão em direção ao polo, enquanto as mudanças no timing de emergência são conhecidas como mudanças na fenologia. Tem vários fatores que afetam essas mudanças, incluindo características biológicas, localização geográfica e condições climáticas.
Espécies que conseguem se adaptar às mudanças no ambiente e ajustar seu timing podem ter mais sucesso na reprodução e crescimento populacional. Isso significa que elas podem expandir suas Faixas ainda mais e se tornar mais abundantes. Por outro lado, espécies que não conseguem se mover ou se adaptar tão facilmente podem ter dificuldade pra sobreviver, levando a declínios e, possivelmente, extinção.
Pesquisas mostram que espécies que têm a capacidade de se dispersar ou se realocar podem não precisar ajustar tanto seus timings de emergência, já que conseguem encontrar ambientes mais adequados. Em contrapartida, espécies que têm dificuldade pra se mover podem precisar mudar seus comportamentos dentro da própria faixa pra sobreviver. Alguns estudos sugerem que se uma espécie tá perdendo populações nas bordas da sua faixa, ela pode não precisar se mover tão longe se conseguir mudar seu timing ao invés disso.
Coleta de Dados e Observações
Nesse estudo, os pesquisadores juntaram cerca de 2 milhões de registros de observação de espécies de odonatos na América do Norte e Europa de 1980 a 2018. Esses registros vieram de várias fontes de dados, incluindo plataformas online que reúnem observações de espécies. Focando nas espécies que mais foram amostradas, os pesquisadores conseguiram reduzir pra cerca de 76 espécies pra análise.
Os dados foram divididos em dois períodos de tempo pra comparar como as espécies responderam à mudança climática ao longo do tempo. Mapeando as localizações dessas espécies, os pesquisadores conseguiram visualizar as mudanças nas suas faixas geográficas ao longo dos anos.
Dados Climáticos e Técnicas de Observação
No estudo, foram coletados dados da temperatura máxima média pros meses que correspondem à temporada de voo dos odonatos. Os pesquisadores mediram a variabilidade da temperatura durante essa temporada de voo, procurando padrões que poderiam afetar como essas espécies se estabelecem em novos locais ou quando emergem.
Pra analisar como as espécies mudaram suas faixas e timings de emergência, os pesquisadores desenvolveram métricas específicas que levavam em conta possíveis viéses nos dados de amostragem. Isso garantiu que os resultados refletissem mudanças ecológicas reais e não variações causadas pela forma como os dados foram coletados.
Resposta das Espécies à Mudança Climática
Os achados mostraram que a maioria das espécies de odonatos ampliou suas faixas pro norte, se movendo em direção a latitudes mais altas. Ao mesmo tempo, muitas espécies também adiantaram seus timings de emergência, significando que estavam se tornando ativas mais cedo no ano. Um número significativo de espécies mostrou mudanças tanto na faixa quanto na fenologia, enquanto algumas não mudaram nada.
Curiosamente, as espécies que se moveram pro norte também tendiam a emergir mais cedo. Esse padrão foi consistente em ambos os continentes, demonstrando uma tendência clara de como os odonatos respondem à mudança climática.
Enquanto as espécies que expandiram suas faixas geográficas mostraram mudanças mais pronunciadas nos seus timings de emergência, vários fatores influenciaram esses padrões. A localização geográfica de uma espécie e a variabilidade na temperatura tiveram papéis mais significativos em prever as mudanças de faixa do que as características ecológicas específicas da espécie.
Principais Descobertas e Implicações para a Conservação
Essa pesquisa destaca a diferença entre "vencedores" e "perdedores" em meio à mudança climática. Algumas espécies, conhecidas como vencedores climáticos, estão se ajustando com sucesso tanto onde vivem quanto no timing de emergência. Em contraste, outras que não conseguem se adaptar às mudanças ambientais enfrentam o risco de declínio e extinção.
Notavelmente, espécies que antes eram limitadas por temperaturas mais frias estão agora se movendo pro norte à medida que o clima esquenta. Essas mudanças de comportamento e localização permitem que mais espécies do sul prosperem em áreas que antes eram inóspitas.
Esse estudo mostra a importância de considerar tanto as mudanças de faixa quanto as mudanças fenológicas ao avaliar a vulnerabilidade de uma espécie à mudança climática. Ele mostra que algumas espécies conseguem prosperar rastreando com sucesso as temperaturas em mudança, o que significa que elas podem precisar de menos intervenção de conservação. No entanto, espécies que não se adaptam podem precisar de mais apoio, como proteção de habitat ou esforços de realocação.
Futuras pesquisas são necessárias pra entender como essas mudanças observadas se relacionam com o sucesso geral das populações e o habitat disponível. Compreender a interação entre a mudança climática e o comportamento das espécies é crucial pra estratégias de conservação eficazes.
Em resumo, as espécies de odonatos oferecem um modelo valioso pra estudar os impactos da mudança climática. A capacidade delas de se adaptar espacial e temporariamente revela insights importantes sobre como as espécies podem lidiar com um ambiente que muda rapidamente. Esse conhecimento é essencial pra desenvolver medidas de conservação eficazes que podem ajudar a proteger espécies vulneráveis diante da mudança climática que continua a acontecer.
Título: Range geographies, not functional traits, explain convergent range and phenology shifts under climate change
Resumo: Climate change may introduce conditions beyond species tolerances; to survive, species must avoid these extremes. Phenological shifts are one strategy, as species move their activity or life history events in time to avoid extreme conditions. Species may also shift in space, moving their ranges poleward to escape extremes. However, whether species are more likely to exhibit one or both strategies, and whether this can be predicted based on a species functional traits, is unknown. Using a powerful macroecological dataset of European and North American odonate observations, we assessed range and phenology shifts between two time periods (1980-2002 and 2008-2018) to measure the strength and direction of the association between responses. Species with the greatest poleward range shifts also showed the largest phenological shifts toward earlier annual activity periods, with half of all species shifting in both space and time. This response was consistent across continents, despite highly divergent land use and biogeographical histories in these regions. Surprisingly, species range and phenology shifts were not related to functional traits; rather, southern species shifted their range limits more strongly, while increasing temperature variability hindered range shifts. By reducing risk through phenological shifts, the resulting larger populations may be more likely to disperse and expand species ranges. While species shifting in both space and time may be more resilient to extreme conditions, we identified a small number of species (approximately 10%) that failed to shift at all; these species are likely to be particularly vulnerable to climate change, and should be prioritized for conservation intervention.
Autores: Catherine Sirois-Delisle, S. C. C. Gordon, J. Kerr
Última atualização: 2024-07-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.22.604548
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.22.604548.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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