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Adaptando Modelos a Novos Dados sem Acesso à Fonte

Um jeito de adaptar modelos de aprendizado de máquina sem precisar dos dados de origem.

― 8 min ler


Método de AdaptaçãoMétodo de AdaptaçãoOpen-Set Sem Fontemodelos sem dados de origem.Uma abordagem robusta pra adaptar
Índice

No mundo de hoje, modelos de aprendizado de máquina, especialmente os de deep learning, são super usados pra várias tarefas como reconhecimento de imagem, processamento de linguagem natural, e muito mais. Esses modelos geralmente vão bem quando os dados que eles foram treinados são parecidos com os dados que encontram em aplicações reais. Mas, aí surgem problemas quando rola uma mudança nos dados, ou seja, as características dos dados de treino são diferentes da nova galera. Isso pode acontecer por causa de mudanças na luz, tipos diferentes de imagens, ou outros fatores.

Pra resolver essa questão, surgiu uma área chamada Adaptação de Domínio (DA). A DA permite que modelos transfiram conhecimento de uma área de dados (a fonte) pra outra área onde os dados estão disponíveis, mas não são rotulados (o alvo). Um tipo chave da DA é a Adaptação de Domínio Não Supervisionada (UDA). Na UDA, o objetivo é usar informações de um domínio de origem rotulado pra ajudar a melhorar a performance num domínio de alvo não rotulado.

Tradicionalmente, métodos de UDA precisam de acesso tanto aos dados da fonte quanto aos do alvo. Mas tem casos em que não é possível acessar os dados da fonte enquanto adapta o modelo pro domínio alvo, resultando num cenário conhecido como Adaptação de Domínio Sem Fonte (SF-DA). Além disso, muitos cenários da vida real envolvem classes desconhecidas ou privadas no domínio alvo que não estavam presentes no domínio da fonte, levando à Adaptação de Domínio de Conjunto Aberto (OSDA). Isso significa que o domínio alvo contém tanto classes que o modelo já viu antes quanto classes que são completamente novas.

Nesse artigo, vamos discutir uma nova abordagem que combina SF-DA e OSDA, conhecida como Adaptação de Domínio de Conjunto Aberto Sem Fonte (SF-OSDA). Nossa técnica visa melhorar como os modelos se adaptam a novos dados não rotulados enquanto lidam com classes desconhecidas de forma eficaz.

Os Desafios da Adaptação de Domínio

Quando se usa DA, tem alguns desafios importantes a considerar:

  1. Privacidade dos Dados: Em algumas situações, acessar os dados da fonte durante a adaptação pode não ser permitido por causa de preocupações de privacidade. Por exemplo, dados pessoais não podem ser compartilhados facilmente. É aí que a SF-DA entra em cena, permitindo a adaptação sem precisar acessar os dados da fonte.

  2. Classes Desconhecidas: Em muitas situações práticas, o domínio alvo pode ter classes que não faziam parte do domínio da fonte. Isso significa que o modelo deve ser capaz de reconhecer que essas classes são desconhecidas e não tentar classificá-las de forma errada.

  3. Problemas de Agrupamento: Muitas vezes, os métodos existentes têm dificuldade em separar classes conhecidas das desconhecidas de forma eficaz. Se o modelo só criar uma única classe "desconhecida" para todos os exemplos privados, isso pode criar problemas em entender as diferenças subjacentes nesses exemplos.

  4. Ruído nas Previsões: Durante o processo de adaptação, o modelo pode fazer previsões ruidosas devido a rótulos incertos. Essa incerteza pode levar a resultados de aprendizado ruins, já que o modelo pode focar demais nesses rótulos errados.

Nossa Solução Proposta

Pra enfrentar esses desafios, nossa solução introduz um método que refina o processo de adaptação focando na granularidade das classes privadas do alvo. Isso significa que, em vez de agrupar todas as classes desconhecidas numa única categoria, a gente vai tentar separá-las em múltiplos grupos com base nas suas semelhanças.

Agrupamento Inicial

Começamos agrupando as características das amostras do alvo usando o conhecimento aprendido com o modelo da fonte. Esse agrupamento inicial nos permite fornecer uma atribuição aproximada de Pseudo-rótulos pra cada amostra do alvo. Embora o modelo da fonte não tenha visto essas classes privadas antes, o agrupamento aproveita a estrutura no espaço de características pra agrupar amostras semelhantes. Assim, conseguimos criar um ponto de partida melhor pro modelo.

Refinamento de Pseudo-Rótulos

Depois do agrupamento inicial, percebemos que os pseudo-rótulos gerados podem ser ruidosos. Pra melhorar isso, refinamos esses pseudo-rótulos por meio de um processo de votação entre amostras vizinhas. A ideia é que amostras semelhantes (que deveriam pertencer à mesma classe) terão previsões semelhantes. Ao fazer uma votação majoritária dos vizinhos, conseguimos produzir pseudo-rótulos mais confiáveis.

Estimativa de Incerteza

Pra garantir ainda mais que só os pseudo-rótulos mais confiáveis sejam usados pra treinamento, implementamos uma abordagem de estimativa de incerteza. Isso envolve avaliar quão confiante o modelo está sobre seus rótulos. Se o modelo estiver incerto – ou seja, se der probabilidades semelhantes pra múltiplas classes de uma amostra – vamos tratar aquele rótulo como menos confiável. Ao descartar amostras com alta incerteza, conseguimos melhorar a qualidade dos nossos dados de treinamento.

Aprendizado Contrastivo

Pra melhorar o processo de adaptação, introduzimos uma estrutura de aprendizado contrastivo. Isso ajuda a garantir que amostras que pertencem à mesma classe estejam próximas no espaço de características, enquanto amostras de classes diferentes sejam afastadas. Ao ajustar continuamente o modelo com base nessa estrutura, conseguimos garantir uma melhor compreensão das relações entre as amostras.

Aprendizado Negativo

A gente também incorpora uma abordagem de aprendizado negativo pra aumentar a robustez contra ruídos nos pseudo-rótulos. Em vez de depender apenas dos rótulos conhecidos, esse método utiliza rótulos complementares pra ajudar o modelo a aprender com seus erros. Isso permite que o modelo se concentre não só no que ele acha que está certo, mas também em evitar classificações incorretas.

Experimentos e Resultados

Pra avaliar nosso método pro SF-OSDA, fizemos experimentos extensivos em conjuntos de dados de referência bem conhecidos, como Office31 e Office-Home. Esses conjuntos de dados oferecem uma diversidade de imagens e cenários com classes variadas.

Métricas de Performance

Medimos a performance da nossa abordagem usando várias métricas, incluindo a precisão média das classes vistas na fonte, a precisão nas classes desconhecidas, e uma medida combinada conhecida como Média Harmônica (HOS). O score HOS é particularmente importante porque exige um equilíbrio entre a precisão em classes conhecidas e desconhecidas.

Resultados

Nosso método apresentou melhorias significativas em relação às abordagens existentes nos dois conjuntos de dados de referência. Por exemplo, alcançamos altos scores de HOS, indicando que nossa técnica efetivamente equilibra a performance entre classes conhecidas e desconhecidas. Os resultados mostram que nossa abordagem consegue se adaptar bem ao domínio alvo mesmo sem acesso aos dados da fonte.

Descoberta de Classes Novas

Um resultado interessante da nossa abordagem é a capacidade de descobrir a semântica subjacente de classes novas. Em vez de apenas classificar todas as amostras não vistas como "desconhecidas," nosso método consegue segregar essas amostras com base nas suas características. Isso significa que o modelo aprendeu a identificar certas características das classes que não foram treinadas explicitamente, o que abre novas possibilidades pra exploração em tarefas de descoberta de classes.

Robustez Contra Ruídos

Nosso método mostrou resiliência contra ruídos nos pseudo-rótulos. Ao usar estimativa de incerteza e aprendizado negativo, garantimos que o modelo pudesse manter um bom desempenho mesmo quando enfrentasse informações potencialmente enganosas.

Conclusão

Em resumo, nossa abordagem proposta pra Adaptação de Domínio de Conjunto Aberto Sem Fonte oferece uma forma eficaz de adaptar modelos a novos dados não vistos sem precisar acessar os dados da fonte. Usando agrupamento pra agrupar amostras, refinando pseudo-rótulos, estimando incerteza, e implementando aprendizado contrastivo, construímos uma estrutura robusta que permite melhor performance e descoberta de classes novas.

Esse trabalho abre portas pra futuras pesquisas em adaptação de domínio e destaca a importância de lidar com classes desconhecidas em aplicações práticas. À medida que o aprendizado de máquina continua a crescer em importância em várias indústrias, entender como adaptar modelos de forma eficaz a novos ambientes será crucial pra maximizar sua utilidade.

Fonte original

Título: Uncertainty-guided Open-Set Source-Free Unsupervised Domain Adaptation with Target-private Class Segregation

Resumo: Standard Unsupervised Domain Adaptation (UDA) aims to transfer knowledge from a labeled source domain to an unlabeled target but usually requires simultaneous access to both source and target data. Moreover, UDA approaches commonly assume that source and target domains share the same labels space. Yet, these two assumptions are hardly satisfied in real-world scenarios. This paper considers the more challenging Source-Free Open-set Domain Adaptation (SF-OSDA) setting, where both assumptions are dropped. We propose a novel approach for SF-OSDA that exploits the granularity of target-private categories by segregating their samples into multiple unknown classes. Starting from an initial clustering-based assignment, our method progressively improves the segregation of target-private samples by refining their pseudo-labels with the guide of an uncertainty-based sample selection module. Additionally, we propose a novel contrastive loss, named NL-InfoNCELoss, that, integrating negative learning into self-supervised contrastive learning, enhances the model robustness to noisy pseudo-labels. Extensive experiments on benchmark datasets demonstrate the superiority of the proposed method over existing approaches, establishing new state-of-the-art performance. Notably, additional analyses show that our method is able to learn the underlying semantics of novel classes, opening the possibility to perform novel class discovery.

Autores: Mattia Litrico, Davide Talon, Sebastiano Battiato, Alessio Del Bue, Mario Valerio Giuffrida, Pietro Morerio

Última atualização: 2024-04-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.10574

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.10574

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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