Alvo das Quinases Aurora no Tratamento do Câncer
Pesquisas destacam possíveis medicamentos pra inibir a Aurora-B e tratar câncer.
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Índice
As proteínas Aurora são um grupo de enzimas importantes que ajudam as células a se dividirem direito. Elas fazem parte de uma família chamada quinases de serina/treonina e têm um papel bem grande durante a mitose, que é o processo que resulta na divisão celular. Quando as células se dividem, elas precisam organizar seu material genético direitinho pra garantir que cada nova célula receba a quantidade certa. Se esse processo der errado, pode gerar problemas como o câncer, onde as células crescem sem controle.
Tem três tipos de quinases Aurora nos humanos: Aurora–A, Aurora–B e Aurora–C. Essas quinases são encontradas em partes do corpo que estão sempre fazendo novas células, como o baço, timo e medula óssea. Elas são bem parecidas em estrutura, com Aurora–A e Aurora–B sendo especialmente importantes pra divisão celular. Problemas nessas quinases podem causar erros na divisão celular, contribuindo pro desenvolvimento do câncer.
Aurora–B tem um papel crítico durante a divisão celular, ajudando a gerenciar a separação dos cromossomos. Ela faz isso trabalhando com outras proteínas pra garantir que tudo esteja alinhado e separado corretamente. O papel da Aurora–C não está completamente claro, mas parece que ela dá uma força pra Aurora–B durante a divisão celular. Por causa da ligação delas com o câncer, os pesquisadores estão a fim de desenvolver medicamentos que possam inibir essas quinases.
A Busca por Novos Inibidores
Os cientistas estão sempre em busca de novas maneiras de desenvolver medicamentos que ajudem a tratar doenças, principalmente o câncer. Um método usado na descoberta de medicamentos envolve técnicas baseadas em computador pra identificar possíveis novos remédios. Esses métodos permitem que os pesquisadores simulem como diferentes moléculas podem interagir com proteínas, como a Aurora–B. Usando essas técnicas, eles conseguem descobrir quais compostos podem ser eficazes em bloquear a atividade da Aurora–B e, quem sabe, parar as células cancerosas de se dividirem.
Uma abordagem usada pra encontrar novos candidatos a medicamentos se chama modelagem farmacófora. Essa técnica ajuda os pesquisadores a identificar características importantes que um remédio precisa ter pra interagir de forma eficaz com uma proteína alvo. Pra criar um modelo farmacóforo pra Aurora–B, os cientistas analisaram inibidores conhecidos dessa proteína pra entender sua estrutura e como funcionam.
Os pesquisadores coletaram dados sobre esses inibidores conhecidos de um banco de dados e analisaram isso pra determinar as características chave necessárias pra uma boa ligação com a Aurora–B. Eles agruparam essas características num modelo que pode ser usado pra procurar novos compostos que também possam inibir a atividade da Aurora–B.
Preparação das Proteínas
Antes de testar novos compostos, os cientistas precisam preparar a proteína alvo. Esse processo envolve garantir que a estrutura da proteína esteja organizada direitinho pra análise. Os pesquisadores usaram um software específico pra preparar a estrutura da proteína Aurora–B complexada com outra proteína, a INCENP. Essa preparação envolveu ajustar a estrutura da proteína, adicionar partes que faltavam e garantir que tudo estivesse organizado corretamente.
Depois que a proteína foi preparada, uma "grade" ao redor do local ativo foi criada. Essa grade serve como referência de onde potenciais inibidores podem se ligar à proteína.
Desenhando um Modelo Farmacóforo
Com a proteína pronta, os pesquisadores começaram a criar um modelo farmacóforo usando dados de 58 inibidores conhecidos da Aurora–B. Eles dividiram esses inibidores em duas partes: um conjunto de treino pra desenvolver o modelo e um conjunto de teste pra validar. O objetivo era identificar características comuns entre os inibidores eficazes.
O processo de criação do modelo farmacóforo incluiu várias etapas chave. Primeiro, as estruturas químicas desses compostos foram preparadas e otimizadas pra garantir precisão. Depois, a pesquisa se concentrou em identificar características comuns, como doadores e aceitadores de ligações de hidrogênio, grupos hidrofóbicos e outras características químicas importantes.
Após gerar uma variedade de hipóteses com base nas características comuns, os pesquisadores avaliaram essas hipóteses pra determinar qual representava melhor os aspectos cruciais dos inibidores bem-sucedidos. A melhor hipótese foi identificada, incluindo cinco características diferentes necessárias pra uma boa ligação com a Aurora–B.
Triagem Virtual de Compostos
Depois que o modelo farmacóforo foi estabelecido, os pesquisadores partiram pra encontrar novos compostos que se encaixassem nesse modelo. Eles pesquisaram em grandes bancos de dados que continham centenas de milhares de candidatos a medicamentos. Usando o modelo farmacóforo como guia, eles fizeram uma triagem pra encontrar compostos que combinassem com as características chave identificadas no modelo.
Dentre os muitos compostos analisados, um número menor que atendia aos critérios desejados foi selecionado pra uma análise mais aprofundada. Esses compostos passaram por uma triagem adicional pra avaliar suas propriedades farmacocinéticas, que incluem absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME).
O processo de seleção continuou com estudos de docking detalhados. Essa etapa envolveu simular como os compostos selecionados se ligariam à proteína Aurora–B, permitindo que os cientistas avaliassem sua potencial eficácia.
Análise e Docking Molecular
Estudos de docking molecular foram realizados pra prever como cada potencial inibidor se ligaria ao local ativo da Aurora–B. Os pesquisadores analisaram as interações entre os inibidores e aminoácidos importantes no local ativo. Entender essas interações é fundamental, já que elas determinam quão eficaz um composto pode ser em inibir a proteína.
Os resultados iniciais mostraram que certos compostos eram mais promissores que outros com base nas pontuações de docking. Os melhores compostos foram selecionados pra um docking de precisão adicional pra refinar os resultados.
No final, vários compostos principais foram identificados como tendo um forte potencial pra inibir a Aurora–B. Esses compostos foram escolhidos com base em sua afinidade de ligação e propriedades farmacocinéticas favoráveis.
Dinâmica Molecular
Simulações dePra investigar ainda mais as interações entre a proteína Aurora–B e os compostos principais, simulações de dinâmica molecular (MD) foram realizadas. Esse método permite que os pesquisadores vejam como a proteína e os ligantes se comportam ao longo do tempo, oferecendo insights sobre sua estabilidade e interações em um ambiente biológico simulado.
Durante essas simulações, os pesquisadores mediram quanto as estruturas da proteína e do ligante mudaram. Foi observado que alguns compostos mantiveram interações estáveis com a proteína, enquanto outros mostraram algumas mudanças conformacionais enquanto se adaptavam ao local de ligação.
As descobertas das simulações de MD reforçaram a análise inicial de docking, confirmando que os compostos principais mantinham interações fortes com aminoácidos chave na Aurora–B. Essa informação é crucial pra entender como esses compostos podem se comportar em cenários biológicos reais.
Conclusão
Essa pesquisa conseguiu identificar uma gama de compostos que poderiam potencialmente inibir a Aurora–B, o que pode ajudar no tratamento de cânceres relacionados a erros na divisão celular. O uso de modelagem farmacófora, triagem virtual e simulações de dinâmica molecular se mostrou eficaz nessa busca.
Identificando interações chave e desenvolvendo um modelo farmacóforo robusto, os pesquisadores estabeleceram as bases pra descobrir novos medicamentos que visem a Aurora–B. O estudo enfatiza a importância de métodos computacionais no desenvolvimento de medicamentos, abrindo caminho pra explorar novas opções terapêuticas. Os compostos principais identificados nesse estudo, com suas interações fortes de ligação e propriedades favoráveis, oferecem perspectivas empolgantes pra futuras investigações e desenvolvimento em tratamentos eficazes contra o câncer.
Essa pesquisa oferece um caminho a seguir pra entender como combater doenças ligadas a erros na divisão celular, com as quinases Aurora no centro dessa abordagem promissora.
Título: Three-Dimensional Quantitative Structure-Activity Relationships and Molecular Dynamic Simulations Studies to Discover Aurora Kinase-B Inhibitors
Resumo: The serine-threonine kinase gene Aurora-B kinase plays a critical role in spindle assembly, chromosome alignment, mitotic checkpoint activation, and cytokinesis. The overexpression of Aurora-B causes errors in cell division and multinucleation in centrosome numbers leads to cancer. Three-dimensional Quantitative Structure-Activity Relationship studies were conducted on known inhibitors to find valid pharmacophore hypotheses. The five features hypothesis AADRR with better parameters using partial least square analysis has been selected for virtual screening. Molecular docking was applied to find the binding mode interactions of ligands with the Aurora-B binding pocket. Lys 106, Ala 157, Glu 161, and Phe 219 were identified as crucial residues that formed several interactions with the ligands which are essential for Aurora-B inhibition. After the different levels of screening, five compounds from the National Cancer Institute database were acknowledged as novel inhibitors of Aurora-B. The active site interactions of the protein-ligand complex were examined by molecular dynamics simulation studies. Graphical Abstract O_FIG O_LINKSMALLFIG WIDTH=200 HEIGHT=72 SRC="FIGDIR/small/605534v1_ufig1.gif" ALT="Figure 1"> View larger version (29K): [email protected]@f9ae5aorg.highwire.dtl.DTLVardef@25c55forg.highwire.dtl.DTLVardef@1c0ffd9_HPS_FORMAT_FIGEXP M_FIG C_FIG
Autores: Kabilan Senthamaraikannan, A. A. A. Selvam
Última atualização: 2024-07-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.29.605534
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.29.605534.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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