Desafios no Acesso à Contracepção para Adolescentes Hispanos
Analisando barreiras e facilitadores que impactam o uso de anticoncepcionais entre adolescentes hispânicos.
― 7 min ler
Índice
- Desigualdades no Uso e Acesso aos Contraceptivos
- Visão Geral do Estudo
- Método de Pesquisa
- Descobertas
- Barreiras para Acessar Contraceptivos
- Nível Individual
- Nível Interpessoal
- Nível do Prestador de Saúde
- Barreiras Contextuais
- Facilitadores para Acesso a Contraceptivos
- O Papel da Educação e da Experiência
- Fonte original
A gravidez indesejada entre adolescentes é um grande problema de saúde pública, especialmente entre mulheres hispânicas nos Estados Unidos. Essa situação tem efeitos sérios na vida delas e na dos filhos. Comparadas às adolescentes brancas, as adolescentes hispânicas têm menos probabilidade de usar contraceptivos e, quando usam, os métodos escolhidos não são tão eficazes. Por exemplo, apenas 12% das adolescentes hispânicas usaram contraceptivos na última relação sexual, em comparação com 24% das adolescentes brancas. Além disso, só 18% das adolescentes hispânicas usaram métodos de Contracepção prescritos mais confiáveis, enquanto 38% das adolescentes brancas fizeram o mesmo.
Existem várias razões pelas quais as adolescentes hispânicas enfrentam dificuldades em acessar contraceptivos eficazes. Um fator importante é que elas têm taxas mais altas de gravidez na adolescência. A taxa para adolescentes hispânicas é de 25,3 nascimentos para cada 1.000 mulheres, enquanto para mulheres brancas não hispânicas, é bem mais baixa, 11,4 por 1.000. Esse problema também gera custos, com estimativas mostrando que custa ao sistema de saúde dos EUA cerca de 6 bilhões de dólares em receita fiscal perdida por ano e mais 3 bilhões em despesas públicas. Os impactos da gravidez na adolescência também podem levar a piores resultados educacionais e problemas relacionados à estabilidade econômica e saúde para mães e filhos.
Mães adolescentes muitas vezes têm dificuldades com a Educação e são mais propensas a abandonar a escola. Isso interrompe seus estudos e torna mais difícil encontrar bons empregos depois, aumentando o risco de viver na pobreza. Elas também enfrentam uma maior probabilidade de problemas de saúde mental, como depressão, abuso de substâncias e até condenações criminais. Os filhos de mães adolescentes estão em risco de problemas de saúde, como baixo peso ao nascer, nascimento prematuro e questões de desenvolvimento.
Desigualdades no Uso e Acesso aos Contraceptivos
De acordo com as estatísticas, 75% das gravidezes em mulheres de 15 a 19 anos são indesejadas. Prevenir gravidezes indesejadas é possível abstendo-se de atividade sexual ou usando contraceptivos eficazes de forma consistente. No entanto, muitos fatores, incluindo falta de conhecimento sobre riscos e Barreiras para acessar contraceptivos, contribuem para o problema. Os adolescentes podem usar contraceptivos de forma inadequada, não usar de jeito nenhum ou escolher métodos menos eficazes. As formas mais confiáveis de contracepção, como DIUs e implantes, exigem receita, o que pode ser mais uma barreira.
O acesso aos serviços de saúde é crucial para alcançar bons resultados de saúde. Algumas barreiras incluem custo, sentimentos de vergonha ou embaraço, e dificuldades práticas para chegar aos serviços de saúde. Esses problemas tendem a afetar mais os grupos marginalizados, incluindo jovens mulheres hispânicas. No entanto, estudos mostraram que quando os jovens têm melhor acesso a serviços de planejamento familiar, são mais propensos a usar contraceptivos e a ter menos gravidezes indesejadas.
Apesar das várias barreiras, a maioria dos adolescentes consegue acessar e usar contraceptivos. Isso levanta perguntas sobre o que permite que alguns tenham sucesso enquanto outros enfrentam dificuldades.
Visão Geral do Estudo
Essa revisão analisou a literatura sobre acesso e uso de contraceptivos entre adolescentes hispânicas de 13 a 17 anos que vivem nos EUA. O foco foi restrito a essa faixa etária devido às altas taxas de gravidez indesejada e uso inconsistente de contraceptivos entre elas.
O termo "hispânico" refere-se a pessoas de diversas origens de língua espanhola, e seu contexto cultural pode variar bastante. A pesquisa teve como objetivo entender como esses adolescentes conseguem acessar contraceptivos, o que facilita esse acesso e quais barreiras existem.
Método de Pesquisa
O estudo usou uma abordagem estruturada para reunir literatura relevante. Esse processo envolveu identificar o problema, realizar uma busca na literatura, avaliar a qualidade dos estudos, analisar os dados e tirar conclusões. Ferramentas de pesquisa ajudaram a avaliar a qualidade dos estudos incluídos. Os pesquisadores extrairam dados e os categorizaram para destacar barreiras e Facilitadores relacionados ao acesso aos contraceptivos.
A busca foi conduzida em três grandes bancos de dados e envolveu palavras-chave específicas relacionadas a adolescentes hispânicas e contracepção. Os critérios para inclusão dos estudos focaram em artigos revisados por pares publicados em inglês que abordassem as experiências de acesso de mulheres adolescentes hispânicas. Estudos foram excluídos se não atendiam a esses critérios ou não estavam diretamente relacionados ao tópico.
Descobertas
A revisão incluiu 16 estudos que focaram em vários aspectos do acesso a contraceptivos entre adolescentes hispânicas. Esses estudos incluíram abordagens qualitativas, quantitativas e mistas. Os pesquisadores avaliaram a qualidade dos estudos e encontraram uma qualidade geral alta, com algumas limitações, como tamanhos de amostra pequenos e viés potencial.
Barreiras para Acessar Contraceptivos
As barreiras para acessar contraceptivos podem ser categorizadas em diferentes níveis:
Nível Individual
As barreiras de nível individual incluíram crenças pessoais, equívocos e sentimentos sobre contraceptivos. Muitos adolescentes expressaram medo de efeitos colaterais ou experiências negativas relacionadas a métodos contraceptivos. Outros tinham mal-entendidos sobre como a contracepção funciona ou sentiam que não tinham controle sobre suas escolhas reprodutivas devido à influência do parceiro.
Nível Interpessoal
A dinâmica familiar desempenhou um papel importante, com pais que apoiam ajudando os adolescentes a acessar contraceptivos. Por outro lado, alguns adolescentes enfrentaram desaprovação ou falta de entendimento por parte de suas famílias, dificultando a busca por ajuda. O nível de conforto dos pais em discutir saúde sexual também influenciou as experiências dos adolescentes.
Nível do Prestador de Saúde
Os prestadores de saúde podem ajudar ou dificultar o acesso aos contraceptivos. Comunicação eficaz, respeito e atendimento confiável foram notados como influências positivas. No entanto, experiências negativas, discriminação percebida e má comunicação podem desencorajar os adolescentes de buscar ajuda.
Barreiras Contextuais
Essas barreiras incluem crenças culturais, visões religiosas e questões práticas, como custo e transporte. O estigma cultural em torno da sexualidade e da contracepção pode impactar significativamente o acesso. Os adolescentes relataram desafios práticos, como encontrar tempo para visitar clínicas ou lidar com a falta de transporte.
Facilitadores para Acesso a Contraceptivos
Apesar das barreiras, alguns fatores surgiram como facilitadores para acessar contraceptivos:
- Intenções Claras: Adolescentes determinados a evitar a gravidez são mais propensos a buscar contraceptivos ativamente.
- Ambiente de Apoio: Reforço positivo de família, amigos e escolas pode encorajar significativamente os adolescentes a seguir métodos contraceptivos.
- Cuidados de Saúde Eficazes: Atendimento centrado no paciente que respeita a confidencialidade pode fazer uma grande diferença para os adolescentes que buscam contraceptivos.
O Papel da Educação e da Experiência
A educação sobre saúde sexual é essencial para ajudar os adolescentes a entender riscos e fazer escolhas sobre contracepção. No entanto, adolescentes hispânicas muitas vezes recebem educação sexual menos abrangente, o que contribui para lacunas no conhecimento. Isso pode levar a equívocos e resultar em uso menos eficaz de contraceptivos.
Em conclusão, entender as barreiras e facilitadores no acesso a contraceptivos é crucial para abordar gravidezes indesejadas entre adolescentes hispânicas. A revisão destaca a importância de dinâmicas familiares de apoio, comunicação eficaz com prestadores de saúde e a necessidade de educação sexual abrangente. Estratégias direcionadas que aproveitam os facilitadores enquanto abordam barreiras podem ajudar a reduzir taxas de gravidez e melhorar o acesso a contraceptivos para essa população.
Título: Facilitators and barriers to contraception access and use for Hispanic American adolescent women: An integrative literature review
Resumo: Statement of the ProblemHispanic American adolescents experience high rates of pregnancy with profound consequences. Compared with White teens, Hispanic teens use contraception less frequently and often choose less effective forms of contraception. Access to contraception is a primary barrier to use which contributes to relatively high and disparate rates of pregnancy in Hispanic teens. This integrative review identifies facilitators and barriers of contraception access and use for Hispanic women, 13-17 years of age, living in the U.S. MethodologyFollowing the Whittemore and Knafl (2005) methodology and PRISMA guidelines, peer reviewed studies were retrieved from PUBMED, CINAHL and EMBASE. The Mixed Methods Appraisal Tool was used to assess the study quality and thematic analysis was used to categorize barriers and facilitators. FindingsOf 131 studies retrieved, 16 met inclusion criteria. Individual, interpersonal and healthcare provider factors were identified as primary categories of barriers and facilitators with contextual issues comprising an additional barrier category. Individual level barriers were disproportionately represented and further categorized into themes: beliefs/misconceptions, dislike of contraception, pregnancy risk perception, lack of knowledge, and lack of control. The most frequently reported facilitators were perceived parent comfort discussing sexual health and past experience of pregnancy. DiscussionLimitations in this review may stem from heterogeneity in the acculturation and geography of participants and analysis by a single reviewer. Implications include considering the range of information sources and the influence they have on risk perception and risk mitigation for this population. Conclusion & SignificanceAdolescents describe many modifiable influences on contraception access and use. Misperceptions related to contraception, stemming from beliefs and perceptions, can be corrected through increased access to reliable sources of sex education, parental support, and direct access to nurses and healthcare providers. Awareness of these influences can inform further research and intervention development to address these health disparities.
Autores: Lindsay M. Batek, N. M. Leblanc, A. P. Alio, K. F. Stein, J. M. McMahon
Última atualização: 2024-04-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.10.24305616
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.10.24305616.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.