Entendendo a Sobrecarga de Volume do Ventrículo Direito em Pacientes com TOF
Um estudo investiga o impacto do tamanho do ventrículo direito no desempenho durante exercícios em pacientes com TOF.
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Índice
- Causas da Sobrecarga de Volume do Ventrículo Direito
- Opções de Tratamento
- Avaliando Níveis de Condicionamento
- O Estudo
- Demografia dos Pacientes
- Resultados do TECP e RMC
- Remodelação do VD e Desempenho no Exercício
- Correlações Entre Medidas
- Resultados Clínicos Após a SVP
- Conclusão e Direções Futuras
- Fonte original
- Ligações de referência
O coração tem quatro câmaras, e uma delas é o ventrículo direito (VD). Essa câmara é responsável por bombear sangue para os pulmões pra pegar oxigênio. Às vezes, por causa de certos problemas cardíacos, o VD pode ficar sobrecarregado de sangue. Essa condição é chamada de sobrecarga de volume do ventrículo direito. Com o tempo, isso pode fazer o VD se esticar e não funcionar tão bem. Quando isso acontece, os pacientes podem sentir cansaço, pouca tolerância a exercícios e uma qualidade de vida menor. Em alguns casos, pode até levar à morte precoce.
Causas da Sobrecarga de Volume do Ventrículo Direito
Doença cardíaca congênita (DCC) é uma das principais razões pra sobrecarga do VD. Condições como a Tetralogia de Fallot (TF) podem causar problemas no VD. Após cirurgias pra corrigir esses problemas, alguns pacientes ainda podem ter questões residuais, como insuficiência da válvula pulmonar (IVP), onde a válvula não fecha direito. Outras cirurgias, como criar novos caminhos para o fluxo sanguíneo, também podem levar a problemas no VD.
Opções de Tratamento
Uma opção pra tratar a sobrecarga do VD é a substituição da válvula pulmonar (SVP). Isso envolve trocar a válvula com defeito pra ajudar a reduzir a carga de trabalho no VD. Porém, decidir quando fazer essa cirurgia é complicado. As válvulas de substituição têm uma vida útil limitada, e os médicos precisam equilibrar o momento da cirurgia com os riscos de esperar demais, que podem levar a mudanças irreversíveis no VD.
Atualmente, os médicos usam a Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) pra medir o tamanho do VD e ajudar a decidir quando fazer a SVP. Sintomas como cansaço durante exercícios também são indicadores importantes, mas às vezes a relação entre o tamanho do VD e esses sintomas não é clara.
Avaliando Níveis de Condicionamento
Pra medir quão bem os pacientes conseguem se exercitar, faz-se o Teste de Exercício Cardiopulmonar (TECP). Esse teste verifica como o coração, os pulmões e os músculos trabalham juntos durante a atividade. O TECP pode ajudar a identificar sintomas que aparecem durante o exercício e medir o condicionamento cardiopulmonar geral dos pacientes. Pra aqueles que fizeram reparos de TF e podem precisar da SVP, os resultados do TECP podem dar informações importantes sobre o sucesso da cirurgia.
O Estudo
O objetivo de um estudo recente foi ver se o TECP poderia mostrar a extensão da sobrecarga do VD em pacientes com TF reparada. Também pretendia ver como os dados da RMC se conectavam com os resultados de desempenho no exercício do TECP.
Nesse estudo, foram incluídos pacientes que fizeram a cirurgia de TF na infância e foram avaliados com ambos TECP e RMC com mais de dez anos. Alguns pacientes foram excluídos por vários motivos, como ter outras condições de saúde ou estar acima do peso, já que esses aspectos poderiam afetar os resultados do TECP.
O estudo coletou informações dos registros médicos sobre a condição cardíaca de cada paciente, cirurgias anteriores e sua saúde geral. As varreduras de RMC foram feitas pra ver a estrutura e a função do coração. O TECP foi realizado usando uma bike ergométrica, com vários parâmetros medidos continuamente, incluindo frequência cardíaca e uso de oxigênio.
Demografia dos Pacientes
Entre os pacientes incluídos, a idade média era de cerca de 18 anos, com a maioria sendo mulheres. A maioria tinha TF com algum tipo de estenose pulmonar. A maioria passou por procedimentos cirúrgicos específicos, como a reparação com patch transanular.
Resultados do TECP e RMC
Os resultados de desempenho do TECP mostraram diferenças com base no gênero. Os homens geralmente mostraram maiores capacidades físicas que as mulheres em vários parâmetros medidos durante o teste. No entanto, ambos os grupos tiveram níveis de pico de exercício semelhantes quando comparados às medições esperadas.
Os resultados da RMC indicaram que tanto homens quanto mulheres tinham tamanhos de VD significativamente aumentados, mas não mostraram diferença significativa nos volumes do coração esquerdo entre os gêneros.
Remodelação do VD e Desempenho no Exercício
Os pesquisadores dividiram os pacientes em quatro grupos com base no tamanho do VD e em como ele estava funcionando. Os grupos representavam diferentes níveis de problemas no VD, desde nenhum aumento significativo até diminuição da função.
Uma descoberta interessante foi que pacientes com tamanhos maiores de VD geralmente tinham melhor desempenho em exercícios, medido pelo consumo de oxigênio de pico. Em contraste, aqueles com tamanhos menores de VD tiveram pior desempenho em exercícios.
Correlações Entre Medidas
Os pesquisadores encontraram fortes conexões entre as medidas da RMC e os resultados de desempenho no exercício do TECP. Tamanhos maiores de VD estavam ligados a melhores resultados nos exercícios, revelando que um VD aumentado poderia facilitar o fluxo sanguíneo e a saída do coração durante o exercício.
Resultados Clínicos Após a SVP
Na coorte examinada, vários pacientes acabaram fazendo a SVP. Enquanto alguns viram mudanças no tamanho do VD após o procedimento, nem todos mostraram melhorias no desempenho do exercício. Na verdade, alguns pacientes experimentaram novos sintomas ou sintomas que continuaram após a cirurgia, destacando a complexidade da saúde cardíaca desses indivíduos.
Conclusão e Direções Futuras
O estudo concluiu que ter um VD maior pode não necessariamente se correlacionar com um mau desempenho em exercícios. Em vez disso, tamanhos menores de VD estavam ligados a piores resultados. Essa descoberta sugere a necessidade de investigações mais profundas sobre os efeitos do tamanho e da função do VD nas capacidades de exercício.
Resumindo, a pesquisa indica uma necessidade de examinar a compreensão mais ampla da remodelação cardíaca em pacientes com TF e as complicações associadas. Há uma clara indicação de que o tamanho do VD influencia os níveis de condicionamento, mas as razões subjacentes para essas conexões precisam de mais exploração. Estudos adicionais podem ajudar a esclarecer por que VDs menores resultam em pior desempenho em exercícios e explorar opções de tratamento que possam melhorar os resultados para esses pacientes.
Título: A Smaller Right Ventricle Results in Poorer Exercise Performance in Adolescents After Surgical Repair of Tetralogy of Fallot
Resumo: BackgroundChronic pulmonary valve insufficiency frequently results in right ventricular (RV) dilatation and dysfunction in surgically repaired tetralogy of Fallot (rTOF). Correlations between peak exercise performance and progression of RV remodeling in rTOF remain elusive. MethodsPatients with rTOF were reviewed with cardiopulmonary exercise testing (CPET) and cardiac magnetic resonance (CMR). Peak and submaximal CPET parameters were obtained. Both RV and left ventricular (LV) volume were measured in end-systole (RVESV and LVESV, respectively) and end-diastole (LVEDV and RVEDV, respectively). Stroke volume (SV), ejection fraction (EF), and pulmonary regurgitant fraction (RF) were calculated. ResultsThirty-seven patients (17 {+/-} 5 years; 22 females; 5 with pulmonary atresia and 2 with absent pulmonary valve) were studied. Pulmonary RF was 28.3 {+/-} 13.4%. Indexed RVEDV was 132 {+/-} 33 mL/m2. Ejection fraction of RV and LV was 50.3 {+/-} 7.8% and 59.1 {+/-} 6.1%, respectively. Peak oxygen consumption (pVO2) was 71 {+/-} 16% of predicted maximum value. A strong positive correlation was noted between CMR data including RVEDV, RVSV and LVSV, and pVO2. Higher RVEDV was correlated with higher RVSV and LVSV and higher pVO2, whereas lower RVEDV was associated with lower RVSV and LVSV and lower pVO2. ConclusionIn rTOF, smaller RV resulted in reduced SV of both ventricles and significantly lower pVO2, whereas larger RV provided higher SV and higher pVO2 regardless of RVEF or RF. Smaller RV in rTOF may represent a unique pathological entity responsible for reduced exercise performance, which requires special consideration when determining further surgical interventions. Clinical Perspective What is New?We characterized a novel clinical entity after surgical repair of tetralogy of Fallot (TOF) with a relatively small right ventricle (RV) and decreased exercise performance. It is likely due to limited RV stroke volume adjustment in response to peak exercise affecting left ventricular (LV) stroke volume. Although the pathogenesis of this smaller RV remains undetermined, our results shed light on the diverse clinical phenotypes after surgical repair of TOF. What are the Clinical Implications?Pulmonary valve replacement (PVR) is a treatment option for progressive RV dilatation and/or symptoms of exercise intolerance related to persistent pulmonary valve insufficiency in repaired TOF. Our data demonstrated that poor exercise performance was more frequently associated with a smaller RV size rather than dilated RV. Indication for PVR in repaired TOF needs to be carefully assessed in symptomatic patients with non-enlarged RV.
Autores: Takeshi Tsuda, C. Mhanna, K. Kourpas
Última atualização: 2024-04-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.24305748
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.24305748.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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