Desafios na Doação de Medicamentos na Etiópia
Analisando doações de medicamentos e sua gestão em hospitais etíopes.
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Índice
O mundo tá vendo um aumento no acesso a remédios, mas ainda tem muita desigualdade sobre quem recebe o quê. Por exemplo, enquanto muita gente toma várias doses de remédios todo dia, quem tá em países mais pobres muitas vezes depende de doações pra conseguir os remédios que precisam. Situações de desastre e doenças em larga escala só pioram o problema.
O Problema do Desperdício de Medicamentos
Apesar da necessidade de remédios doados, o desperdício é um grande problema em países pobres. Muitas vezes, os remédios enviados não são adequados pras necessidades de saúde locais. Muitos chegam perto da Data de Validade ou são enviados sem checar se realmente são necessários. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu algumas diretrizes lá em 1999 pra ajudar com essas questões, mas os problemas ainda existem na forma como os remédios são armazenados e distribuídos.
Mesmo com esforços pra criar sistemas organizados de gerenciamento de remédios, os problemas persistem. Produtos desatualizados ou indesejados ainda chegam nesses países, especialmente depois de desastres naturais ou conflitos. Isso pode levar a mais desperdício e preocupações de saúde.
Comunicação
Problemas deA OMS tem pressionado por uma comunicação melhor entre as organizações que enviam remédios e os países que os recebem. Idealmente, os Doadores não deveriam enviar itens que não são necessários. No entanto, a má governança e questões políticas muitas vezes complicam as coisas. Diferentes grupos envolvidos têm seus próprios interesses, tornando difícil aplicar as diretrizes de forma eficaz.
Os remédios doados podem ser benéficos ou prejudiciais. Na Etiópia, por exemplo, a extensão das doações não é bem monitorada, o que leva a uma má gestão. Não tem informação suficiente sobre se os remédios são adequados, seguros ou realmente necessários.
A Pesquisa
Esse estudo analisa como os remédios doados são geridos no Hospital Especializado Tikur Anbessa (TASH) na Etiópia. O TASH é o maior hospital do país e tem muitos profissionais de saúde que oferecem atendimento. O objetivo do estudo é descobrir como o hospital lida com os remédios doados, quais desafios eles enfrentam e como os funcionários percebem o processo de doação.
A pesquisa rolou durante um mês, usando tanto números quanto entrevistas pessoais pra coletar informações. Dados foram coletados sobre remédios doados entre novembro de 2021 e março de 2022. Membros da equipe envolvidos no processo de doação foram entrevistados pra dar suas opiniões.
Descobertas sobre Doações
Durante o período do estudo, o TASH recebeu uma quantidade significativa de remédios e equipamentos doados. No entanto, nem todas as doações são registradas corretamente, dificultando saber os números exatos. A maioria das doações veio de algumas organizações, e algumas doações tinham um valor maior que outras.
Uma variedade de remédios foi doada, incluindo opioides, antibióticos e tratamentos para câncer. No entanto, há uma preocupação de que muitos remédios estão perto das datas de validade, o que pode levar a desperdício. Vida útil mais curta significa que os remédios podem vencer antes de serem usados.
Como os Medicamentos São Geridos
Uma vez doados, os remédios são tratados como qualquer outro estoque no hospital. O TASH usa um sistema de informação pra gerenciar esses itens, embora não tenha um sistema separado só pra remédios doados. As doações costumam seguir dois caminhos: fornecimento contínuo pra certos tratamentos como HIV/AIDS ou doações únicas de diferentes fontes.
Há uma preocupação de que algumas doações podem não atender às necessidades reais do hospital. Alguns doadores podem não comunicar suas intenções claramente, levando a doações desnecessárias ou desperdícios. Por exemplo, às vezes o hospital recebe remédios que não precisa, o que pode fazer com que eles venzam antes de serem usados.
O Impacto das Doações
Embora as doações sejam essenciais, elas também podem levar a problemas. Alguns remédios podem chegar tarde demais ou podem não ser o que o hospital precisa no momento. A má comunicação entre doadores e hospitais pode aumentar as chances de receber itens inadequados. Essa situação pode elevar os custos de descarte de remédios desnecessários e contribuir pro desperdício.
Os membros da equipe destacaram que uma comunicação melhor é fundamental. Os doadores deveriam avaliar o que o hospital precisa antes de enviar qualquer coisa. Além disso, criar um sistema baseado nas necessidades reais do hospital pode ajudar a evitar desperdícios desnecessários.
Recomendações para Melhoria
Pra melhorar a situação, várias etapas podem ser tomadas. A primeira é melhorar a comunicação entre doadores e o hospital. Os doadores devem ser incentivados a entender as necessidades do hospital antes de fazer doações. Isso ajudaria a garantir que os itens certos sejam enviados na hora certa.
Além disso, deve haver um foco em um planejamento melhor. Os hospitais precisam monitorar quais medicamentos são mais usados pra dar aos doadores uma compreensão clara do que é necessário. Ter registros precisos pode ajudar a evitar situações em que os remédios sejam desperdiçados porque não eram necessários.
Conclusão
O papel dos remédios doados em hospitais como o TASH não pode ser subestimado. Eles podem salvar vidas e preencher lacunas significativas no atendimento, especialmente em regiões onde os recursos são limitados. No entanto, os desafios relacionados ao desperdício e à má comunicação ameaçam a eficácia dessas doações.
Ao implementar melhores estratégias de comunicação e práticas de gestão, os hospitais podem melhorar a forma como recebem e utilizam os remédios doados. Isso pode ajudar a garantir que os remédios certos estejam disponíveis pros pacientes que mais precisam, levando a melhores resultados de saúde e menos desperdício.
É crucial que mais pesquisas se aprofundem em como as doações podem ser geridas melhor, visando uma abordagem mais sustentável na saúde. Melhor coleta e compartilhamento de dados entre doadores e hospitais vão contribuir pra uma melhor entrega de saúde na Etiópia e em contextos semelhantes.
Título: Assessment of Donated Medications and their Use in Tikur Anbessa Specialized Hospital: Promoting Green Health and Circular Economy
Resumo: IntroductionDespite the increased access to medicine, developing countries receive large amounts of medicines from donations. Donated medication could save lives and alleviate suffering but they could also cause deleterious effects on recipients. These effects can lead to the disposal of harmful drugs, affecting health infrastructure and causing negative. Organizations donate drugs for various reasons, including charitable, publicity, or humanitarian reasons. Despite the need for donated drugs, drug dumping remains a prevalent issue in Sub-Saharan Africa. The volume of pharmaceutical waste that accumulates worldwide is now a major concern. The idea of a sustainable, circular bioeconomy on a global scale is appealing. It prioritizes environmental sustainability and human well-being atop economic recovery. The primary objective of this study was to evaluate the status of donated medicines in Tikur Anbessa Specialized Hospital (TASH) and develop suggestions. Medicines donated from April 2022 up to May 2022 were included in this study Materials and MethodsA cross-sectional survey conducted at an institutional level employed both quantitative and qualitative research methodologies. The study was conducted from April 2022 to May 2022, focusing on pharmaceuticals donated to Tikur Anbessa Specialized Hospital (TASH) between November 2021 and March 2022. For the qualitative part, employees of Tikur Anbessa Specialized Hospital (TASH) working at different dispensary units, and pharmaceutical stores constituted the source population. Results and recommendationsA total of six donors contributed a combined value of 11,715,389 Ethiopian birr worth of medicines, supplies, and equipment. The donated items comprised 45 product categories and a total of 160 individual products. Among these, the most prevalent product categories included Opioids (27.48%), ASRVI (10.22%), PDE-5 Inhibitors (7.70%), Antihemophilic agents (7.34%), Antibiotics (7.02%), Anticonvulsants (5.67%), and Antifungals (3.36%). Management of medicines, supplies, and equipment at Tikur Anbessa Specialized Hospital (TASH) is facilitated through the Pharmaceutical Management Information System (PMIS), similar to other medication management processes. The acquisition of donated medications primarily occurs through both recipient requests and donor initiatives. Delivery of drugs near expiry, too small amount, discontinuation, disposal cost and push pull scenario were among the problems. Simple effective communication among donors and the hospital can uplift these problems and enhance the positive impacts of donations. Furthermore, the hospital needs to update its policy on donation and schedule donations to optimize the effects of donations; as a result promoting sustainability.
Autores: Elbethel Getinet Alemaw, B. N. Demisse
Última atualização: 2024-04-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.24.24306299
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.24.24306299.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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