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Avanços na Identificação Molecular com HR-AFM

A Microscopia de Força Atômica de Alta Resolução ajuda na identificação molecular precisa.

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A identificação molecular é importante em várias áreas, como química e ciência dos materiais. Conseguir reconhecer moléculas específicas e suas estruturas pode ajudar os pesquisadores a entender vários processos, desenvolver novos materiais e melhorar tecnologias existentes. Nos últimos anos, uma técnica chamada Microscopia de Força Atômica de Alta Resolução (HR-AFM) se tornou uma ferramenta valiosa para identificação molecular por causa das imagens detalhadas que consegue produzir de moléculas individuais em superfícies.

O que é Microscopia de Força Atômica de Alta Resolução (HR-AFM)?

A HR-AFM é um tipo de microscopia que permite aos cientistas ver e interagir com materiais em nível atômico. Ela usa uma sonda minúscula, que é frequentemente comparada a uma agulha bem fina, para escanear a superfície de um material. Essa sonda mede as forças entre ela e os átomos na superfície, fornecendo informações detalhadas sobre a estrutura do material por baixo.

Uma grande vantagem da HR-AFM é sua capacidade de alcançar alta resolução. Isso significa que consegue distinguir até características muito pequenas em uma superfície. Por exemplo, pode identificar diferentes tipos de átomos dentro de uma molécula com base em como eles interagem com a sonda. Esse nível de detalhe é essencial para os cientistas que querem analisar as finas estruturas dos materiais.

A Necessidade de Identificação Molecular

Identificar moléculas e entender suas estruturas é crucial em várias aplicações. Por exemplo, no desenvolvimento de medicamentos, os pesquisadores precisam identificar como as moléculas interagem com sistemas biológicos. Na ciência dos materiais, conhecer a estrutura de um composto pode ajudar no design de melhores materiais com propriedades específicas, como resistência ou reatividade.

Tradicionalmente, técnicas espectroscópicas como espectroscopia vibracional ou espectrometria de massa têm sido usadas para identificação molecular. No entanto, essas técnicas têm limitações, especialmente quando tentam identificar pequenas moléculas orgânicas ou estruturas complexas. É aqui que a HR-AFM brilha, pois oferece uma nova abordagem para identificação molecular.

Como a HR-AFM Funciona?

A HR-AFM funciona escaneando uma superfície com uma sonda afiada. À medida que a sonda se aproxima da superfície, ela percebe várias forças que ocorrem devido a interações com os átomos. Essas forças ajudam a criar uma imagem detalhada da estrutura molecular. O processo envolve tirar várias imagens em diferentes alturas, fornecendo uma visão tridimensional da molécula.

Para alcançar esse nível de detalhe, os pesquisadores utilizam pontas especializadas na sonda feitas de materiais como monóxido de carbono (CO). Essa funcionalização melhora muito a resolução, permitindo que a sonda detecte até mudanças sutis na carga eletrônica da superfície.

O Papel do Aprendizado Profundo

Com a enorme quantidade de dados gerada pela HR-AFM, os pesquisadores têm recorrido ao aprendizado de máquina, especialmente ao aprendizado profundo, para ajudar a analisar essas imagens. Modelos de aprendizado profundo podem ser treinados para reconhecer padrões nos dados, tornando-os capazes de identificar estruturas moleculares a partir das informações complexas contidas nas imagens da HR-AFM.

Uma abordagem envolve usar um tipo de modelo de aprendizado profundo chamado Rede Neural Convolucional (CNN). Esses modelos são treinados em grandes conjuntos de dados de imagens de HR-AFM para prever características moleculares específicas. Uma vez treinados, eles podem realizar triagem molecular comparando as características previstas de novas imagens contra um banco de dados de estruturas moleculares conhecidas.

Usando Impressões Digitais Moleculares

Impressões digitais moleculares são uma forma de representar a estrutura de uma molécula de um jeito que seja mais fácil para os computadores analisarem. Cada impressão digital corresponde a características estruturais específicas de uma molécula. Os pesquisadores usam essas impressões digitais para comparar e identificar moléculas de forma mais eficaz.

Nesse contexto, um tipo específico de impressão digital molecular, chamado Impressões digitais de conectividade estendida (ECFP), é particularmente útil. ECFPs desmembram estruturas moleculares em representações de 1024 bits, onde cada bit indica a presença ou ausência de várias subestruturas. Isso permite uma comparação eficiente entre diferentes moléculas.

O Processo de Identificação Molecular

O processo de identificar uma molécula usando imagens de HR-AFM envolve várias etapas-chave:

  1. Aquisição de Imagem: O primeiro passo é coletar imagens de HR-AFM das moléculas-alvo. Uma série de imagens é tirada em alturas constantes para capturar informações detalhadas sobre a estrutura atômica.

  2. Extração de Impressão Digital: Uma vez coletadas as imagens, um modelo de aprendizado profundo as processa para extrair suas impressões digitais moleculares. Isso envolve analisar os dados nas imagens e convertê-los em um formato que reflita as características estruturais das moléculas.

  3. Triagem Virtual: As impressões digitais extraídas são então usadas em um processo de triagem virtual. Isso envolve compará-las com um banco de dados de impressões digitais moleculares conhecidas para encontrar possíveis correspondências. O modelo calcula um escore de similaridade, chamado de similaridade Tanimoto, para cada molécula candidata.

  4. Atribuição de Confiança: Além de identificar candidatos, o modelo também atribui um escore de confiança para indicar quão provável é que uma determinada molécula seja a correspondência correta. Isso ajuda os pesquisadores a focarem nos candidatos mais promissores.

Aumentando a Precisão com Fórmulas Químicas

Embora as impressões digitais moleculares forneçam informações valiosas, às vezes podem perder certos detalhes, como quantas vezes uma estrutura específica ocorre dentro de uma molécula. Para lidar com essa limitação, os pesquisadores desenvolveram um modelo complementar de aprendizado profundo que prevê a fórmula química da molécula a partir das mesmas imagens de HR-AFM. Ao combinar os resultados de ambos os modelos, a precisão na identificação pode ser significativamente melhorada.

Resultados Promissores

Testes recentes mostraram que o uso combinado de extração de impressões digitais e previsão de fórmula química pode resultar em uma precisão de identificação muito alta. Em testes teóricos, o modelo alcançou uma precisão de até 97,6%. Isso significa que a maioria das moléculas pode ser corretamente identificada, mesmo em casos complexos.

Testes Experimentais

Imagens experimentais reais também foram analisadas para testar a eficácia do modelo em condições do mundo real. Nesses experimentos, o modelo conseguiu extrair informações químicas significativas das imagens de HR-AFM, confirmando seu potencial para aplicações práticas.

Aplicações do Mundo Real

A capacidade de identificar moléculas com precisão tem inúmeras aplicações em várias áreas. Na indústria farmacêutica, pode ajudar na descoberta de medicamentos, identificando rapidamente potenciais candidatos a drogas. Na ciência dos materiais, pode auxiliar no desenvolvimento de novos materiais com propriedades sob medida. Além disso, essa tecnologia pode ser essencial em catálise, ciência ambiental e até astrobiologia.

Direções Futuras

Para continuar melhorando a tecnologia, os pesquisadores estão focando em aumentar a precisão dos modelos e expandir sua aplicabilidade para uma gama mais ampla de tipos moleculares. Além disso, a colaboração contínua entre trabalho teórico e validação experimental garantirá que essas ferramentas permaneçam relevantes e úteis para avançar na compreensão científica.

Conclusão

A identificação molecular através da HR-AFM, aprimorada por aprendizado profundo e impressões digitais moleculares, representa um avanço significativo na ciência dos materiais e na química. Essa tecnologia não só oferece alta precisão na identificação de moléculas, mas também abre novas possibilidades para pesquisa e aplicação em várias áreas. Ao continuar refinando essas técnicas, os pesquisadores podem desbloquear ainda mais o potencial da identificação molecular para impulsionar inovação e descoberta.

Fonte original

Título: Molecular Identification via Molecular Fingerprint extraction from Atomic Force Microscopy images

Resumo: Non--Contact Atomic Force Microscopy with CO--functionalized metal tips (referred to as HR-AFM) provides access to the internal structure of individual molecules adsorbed on a surface with totally unprecedented resolution. Previous works have shown that deep learning (DL) models can retrieve the chemical and structural information encoded in a 3D stack of constant-height HR--AFM images, leading to molecular identification. In this work, we overcome their limitations by using a well-established description of the molecular structure in terms of topological fingerprints, the 1024--bit Extended Connectivity Chemical Fingerprints of radius 2 (ECFP4), that were developed for substructure and similarity searching. ECFPs provide local structural information of the molecule, each bit correlating with a particular substructure within the molecule. Our DL model is able to extract this optimized structural descriptor from the 3D HR--AFM stacks and use it, through virtual screening, to identify molecules from their predicted ECFP4 with a retrieval accuracy on theoretical images of 95.4\%. Furthermore, this approach, unlike previous DL models, assigns a confidence score, the Tanimoto similarity, to each of the candidate molecules, thus providing information on the reliability of the identification. By construction, the number of times a certain substructure is present in the molecule is lost during the hashing process, necessary to make them useful for machine learning applications. We show that it is possible to complement the fingerprint-based virtual screening with global information provided by another DL model that predicts from the same HR--AFM stacks the chemical formula, boosting the identification accuracy up to a 97.6\%. Finally, we perform a limited test with experimental images, obtaining promising results towards the application of this pipeline under real conditions

Autores: Manuel González Lastre, Pablo Pou, Miguel Wiche, Daniel Ebeling, Andre Schirmeisen, Rubén Pérez

Última atualização: 2024-05-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.04321

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.04321

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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