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# Ciências da saúde# Neurologia

Riscos de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico em Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço

Estudo revela altos riscos de AVC após terapia de radiação para cânceres de cabeça e pescoço.

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Cânceres de cabeça e pescoço (HNC) são uma causa significativa de morte relacionada ao câncer na Ásia. Com as melhorias contínuas nos métodos de tratamento, muitos pacientes com HNC estão vivendo mais tempo, tornando importante focar na qualidade de vida a longo prazo deles. Uma parte importante do tratamento para HNC é a radioterapia (RT), mas isso pode levar a complicações após o tratamento. Uma das complicações comuns é o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (IS), que ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é bloqueado.

Estudos mostram que o risco de desenvolver IS após RT para HNC pode ser relativamente alto. Na verdade, as taxas relatadas variam bastante, indo de 10% a 34% entre os sobreviventes. As estatísticas sugerem que pacientes com HNC têm uma chance muito maior de experimentar IS em comparação com a população geral. Isso é preocupante porque ter um derrame pode impactar muito a capacidade de uma pessoa se mover e pensar, reduzindo significativamente sua qualidade de vida.

Estenose da Artéria Carótida e Seu Papel nos Derrames

Um dos principais problemas que pode levar a derrames após a radioterapia é a estenose da artéria carótida (CAS). Essa condição acontece quando as artérias carótidas, que fornecem sangue ao cérebro, ficam estreitas. Relataram que um número significativo de pacientes desenvolve CAS após receber RT, com taxas de severidade variadas. Por exemplo, alguns estudos encontraram que cerca de 25% dos pacientes tinham pelo menos 50% de estreitamento da artéria carótida após o tratamento.

Por causa desse risco, os médicos costumam usar testes como ultrassom duplex carotídeo para monitorar os pacientes em busca de CAS após a RT. Enquanto muita atenção tem sido dada à CAS, a pesquisa sobre outro problema relacionado chamado estenose da artéria vertebral (VAS) tem sido menos comum. VAS ocorre quando as artérias vertebrais, que também fornecem sangue ao cérebro, ficam estreitas. Algumas descobertas sugerem que VAS também pode afetar um número significativo de pacientes com HNC após RT, então é importante estudar isso mais a fundo.

Recrutamento de Pacientes e Design do Estudo

Para entender melhor os riscos de IS em pacientes com HNC, foi realizado um estudo envolvendo um grande grupo de pacientes que passaram por RT. Os pesquisadores coletaram dados desses pacientes, registrando vários fatores de saúde e detalhes do tratamento. O estudo focou em pacientes tratados em um hospital específico ao longo de vários anos, garantindo que as informações fossem o mais abrangentes e precisas possível.

Os pacientes foram monitorados regularmente para quaisquer sinais de complicações, incluindo IS e o estreitamento dos vasos sanguíneos. O estudo foi desenhado para explorar as razões por trás do IS e comparar os riscos entre pacientes com CAS e VAS. Ao examinar esses riscos, o objetivo era fornecer insights valiosos para um melhor atendimento ao paciente.

Principais Descobertas sobre a Incidência de Derrames

Entre os pacientes estudados, um pequeno grupo experimentou IS após passar por RT. Aqueles com estreitamento significativo dos vasos sanguíneos estavam particularmente em risco. Por exemplo, no grupo de pacientes com carcinoma nasofaríngeo (NPC), houve diferenças notáveis na ocorrência de derrames com base em ter ou não estreitamento significativo dos vasos.

As descobertas enfatizaram que o monitoramento e avaliação dos vasos sanguíneos são críticos para aqueles que receberam RT. Foi observado que os com CAS experimentaram derrames com mais frequência do que aqueles sem. Em contraste, o mesmo pode ser dito para pacientes com VAS, indicando que ambas as condições são sérias e merecem monitoramento cuidadoso.

Fatores de Risco e Demografia

O estudo também analisou vários fatores que poderiam influenciar o risco de IS, como idade, gênero e outras condições de saúde, como hipertensão e diabetes. Por exemplo, pacientes mais velhos tendiam a ter uma maior probabilidade de desenvolver estreitamento significativo em seus vasos sanguíneos. Além disso, fatores de estilo de vida, incluindo tabagismo e uso de medicamentos, foram considerados, pois também podem impactar o risco de derrame.

Curiosamente, ao comparar pacientes com NPC com aqueles que tinham outros tipos de HNC, os pesquisadores descobriram que os pacientes com NPC tinham padrões distintos em seus riscos de desenvolver derrames. Por exemplo, pacientes com NPC frequentemente tinham regimes de tratamento e efeitos colaterais diferentes em comparação com aqueles com outros tipos de câncer de cabeça e pescoço.

Necessidade de Monitoramento Regular

Os resultados destacaram a necessidade de monitoramento contínuo de pacientes após terminarem a radioterapia. Consultas regulares, incluindo testes de imagem, podem ajudar a identificar quaisquer problemas com o estreitamento dos vasos sanguíneos antes que levem a complicações mais sérias, como derrames.

Tanto a CAS quanto a VAS devem ser avaliadas como parte do cuidado pós-tratamento, já que ambas podem contribuir para o risco de IS. Essa abordagem abrangente é vital não apenas para pacientes com NPC, mas para qualquer pessoa com HNC que tenha passado por RT.

Conclusão

Resumindo, pacientes com HNC enfrentam riscos significativos após o tratamento, especialmente em relação à saúde vascular. O acidente vascular cerebral isquêmico é uma preocupação séria que pode afetar muito a qualidade de vida deles. Monitorar condições como estenose da artéria carótida e estenose da artéria vertebral é crucial para prevenir derrames.

As descobertas deste estudo ressaltam a importância de entender os diferentes riscos associados a vários tipos de câncer de cabeça e pescoço e seus tratamentos. Ao focar nesses fatores, os profissionais de saúde podem apoiar melhor os pacientes em manter sua saúde e bem-estar após o tratamento. Avaliações regulares e intervenções focadas podem fazer uma diferença significativa nos resultados dos pacientes, garantindo que aqueles afetados por cânceres de cabeça e pescoço recebam o melhor atendimento possível a longo prazo.

Fonte original

Título: Vertebral and Carotid Artery Stenosis after Irradiation Both Raise Ischemic Stroke Risk in Head and Neck Cancer Patients

Resumo: PurposeTo study the risk of ischemic stroke (IS) following carotid (CAS) or vertebral artery stenosis (VAS) in head and neck cancer (HNC) patients after radiation therapy (RT). MethodsWe included HNC patients who received RT between 2010 and 2023. They underwent regular head and neck imaging monitoring to evaluate cancer recurrence at the department of radiation-oncology and vascular examinations at the department of neurology. Patients were initially divided into nasopharyngeal carcinoma (NPC) and non-NPC groups. The primary outcome was the occurrence of IS after RT, and the secondary outcomes included the development of >50% CAS or >50% VAS after RT. Cox regression and Kaplan-Meier analyses were conducted to compare the outcomes of the study groups. Further analysis was conducted based on the presence or absence of >50% CAS or >50% VAS during the follow-up period. ResultsOf the 1,423 HNC patients, 19%, 6.8%, and 2.3% developed >50% CAS, >50% VAS, and IS during a 58-month follow-up. Compared with the NPC group, the non-NPC group exhibited a higher incidence of >50% CAS (25.4% vs. 10.7%, p50% VAS (8.8% vs. 4.3%, p50% CAS (adjusted hazard ratio [HR]=3.21, 95% confidence interval [CI]=1.53-6.71), and >50% VAS (adjusted HR=2.89, 95% CI=1.28-6.53) were both the independent predictors of IS. In the patients with NPC, >50% CAS was an independent predictor of anterior circulation IS (adjusted HR=4.39, 95% CI=1.17-16.47). By contrast, >50% VAS emerged as a predictor of posterior circulation IS in both the NPC (adjusted HR=15.02, 95% CI=3.76-60.06) and non-NPC groups (adjusted HR=13.59, 95% CI=2.21-83.46). ConclusionHNC patients with >50% CAS or >50% VAS after RT had an increased risk of IS within their corresponding vascular territory. CAS is a major predictor of IS in NPC patients, whereas VAS is a major predictor of IS in both NPC and non-NPC patients.

Autores: Chi-Hung Liu, J.-L. Jiang, J. T.-C. Chang, B.-S. Huang, T.-Y. Chang, P.-S. Sung, Y.-C. Wei, C.-Y. Lin, C.-H. Yeh, K.-H. Fang

Última atualização: 2024-05-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.07.24307026

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.07.24307026.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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