O Papel da Mentoria na Pesquisa em Saúde na África
Explorando a necessidade crítica de mentoria na pesquisa em saúde na África.
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Índice
Tem um grande problema com a pesquisa na África subsaariana, onde muitas pessoas sofrem de várias doenças. A quantidade de pesquisa em ciências da saúde que tá rolando, a grana disponível pra isso e as habilidades dos pesquisadores no continente não atendem às necessidades da população. Um dos principais motivos disso é a falta de pesquisadores capacitados e as poucas chances que eles têm de ganhar experiência prática com a orientação de profissionais de pesquisa experientes. Essa situação dificulta a vida dos novos pesquisadores pra encontrar mentores que ajudem eles a crescer.
O que é Mentoria?
Mentoria é basicamente uma relação onde uma pessoa experiente ajuda alguém que tá começando a aprender e crescer na carreira. Tem duas formas comuns de fazer isso. A primeira e mais tradicional é a mentoria um a um. Nesse esquema, um pesquisador mais experiente dá atenção pessoal a uma pessoa menos experiente, ajudando com conselhos e orientações. Essa relação próxima permite conversas profundas e ajuda o mentoreado a desenvolver habilidades importantes. O mentor compartilha suas experiências e ajuda o mentee a entender o mundo complexo da pesquisa. Esse tipo de mentoria é especialmente bom pra atender as necessidades específicas do mentee.
A segunda forma é a mentoria em grupo. Aqui, um mentor trabalha com vários mentees que estão envolvidos em projetos de pesquisa ou temas semelhantes. Esse modelo cria um senso de comunidade e incentiva o aprendizado entre eles. A mentoria em grupo pode ser ótima pra fazer conexões entre diferentes áreas e compartilhar várias ideias. Permite que o mentor ajude várias pessoas ao mesmo tempo, enquanto também promove o aprendizado entre pares. Essa abordagem é flexível e se adapta bem às necessidades dos pesquisadores que trabalham juntos.
A Importância da Mentoria
A mentoria é vista como uma forma chave de promover desenvolvimento pessoal e profissional. Mais gente tá começando a reconhecer quão importante isso é pra pesquisadores, especialmente em áreas onde os recursos são escassos. Porém, práticas de mentoria não são muito comuns em países de baixa e média renda, e os estudos disponíveis mostram resultados mistos sobre a efetividade dessas práticas. Existem muitos Desafios nesses lugares, como a falta de uma cultura forte de mentoria, a ausência de políticas formais e ferramentas ruins pra medir como a mentoria funciona.
O objetivo de revisar vários estudos foi melhorar os Programas de mentoria pra atender as necessidades específicas dos pesquisadores de saúde na África. A ideia era reunir provas sobre diferentes abordagens de mentoria pra entender melhor como a mentoria funciona nas instituições de pesquisa africanas. A revisão analisou o que foi feito bem e quais desafios ainda persistem, ajudando a destacar as lacunas nas práticas de mentoria.
Como Fizemos a Revisão
Pra garantir uma revisão completa, seguimos diretrizes definidas pra revisões sistemáticas. Documentamos nosso plano com um registro reconhecido. Pesquisamos em várias bases de dados acadêmicas e outros recursos online por estudos relacionados a programas de mentoria em instituições de pesquisa em saúde na África. Isso incluiu artigos de diferentes regiões e anos variados.
Nossa busca envolveu vários termos-chave e combinações pra encontrar estudos relevantes sobre mentoria, seus benefícios e desafios nas instituições de pesquisa. Focamos em estudos onde pesquisadores em qualquer nível de carreira, tanto como mentores quanto mentees, participaram de diferentes tipos de mentoria.
Seleção de Estudos
Equipes de revisores examinaram cuidadosamente os estudos com base em critérios definidos. A revisão focou em estudos publicados em inglês. Usamos uma estrutura pra determinar se os estudos se adequavam aos nossos critérios. Isso incluía quem participou, quais tipos de programas de mentoria foram oferecidos e quais resultados foram relatados. Estudos que só abordavam pesquisa não relacionada à saúde não foram incluídos.
Processo de Coleta de Dados
Os revisores extraíram informações relevantes dos estudos selecionados usando um formulário simples de coleta de dados. Alguns dos aspectos-chave coletados incluíram o autor e a data do estudo, o país de origem, o desenho da pesquisa e os resultados relacionados aos Sucessos, benefícios e desafios da mentoria. Quaisquer diferenças nos dados foram resolvidas por meio de discussão.
Avaliação da Qualidade dos Estudos
Pra garantir que os estudos incluídos fossem de boa qualidade, os revisores os avaliaram usando uma ferramenta reconhecida que analisa diferentes tipos de pesquisa. As avaliações focaram em vários aspectos, como o design dos estudos, como os dados foram coletados e como os resultados foram relatados. Os estudos foram classificados com base na qualidade de suas metodologias.
O que Encontramos
A partir da nossa pesquisa, encontramos que muitos programas de mentoria existiam pra pesquisadores de saúde na África. Os programas podiam ser categorizados em três abordagens principais:
Programas Colaborativos Internacionais: Esses envolviam parcerias entre pesquisadores de diferentes países. Essas colaborações geralmente focavam em compartilhar conhecimento e recursos pra enfrentar desafios de pesquisa em saúde.
Colaborações Regionais e Internas: Essa abordagem se centrava em construir parcerias dentro de um país ou região específica, fortalecendo a Capacidade de pesquisa local.
Programas Especializados de Capacitação: Esses programas foram desenhados pra aprimorar habilidades específicas necessárias na pesquisa em saúde. Eles ofereciam treinamento direcionado pra pesquisadores.
Cada abordagem ofereceu sucessos e desafios únicos, e era claro que muitos pesquisadores se beneficiaram dessas iniciativas.
Sucessos Observados
A revisão destacou vários sucessos dos programas de mentoria:
Parcerias e Colaborações: Muitos estudos descobriram que os programas de mentoria promoveram parcerias importantes entre pesquisadores de diversos países. Essas colaborações foram benéficas pra compartilhar recursos e expertise.
Desenvolvimento de Programas de Pesquisa: Os programas ajudaram pesquisadores em início de carreira a construir sua confiança e criar uma cultura de pesquisa positiva dentro de suas instituições.
Fortalecimento de Habilidades Individuais: Muitos participantes relataram ter adquirido habilidades valiosas por meio de workshops e atividades de mentoria, levando a práticas de pesquisa mais eficazes.
Aumento na Produção de Publicações: Vários estudos notaram que os programas de mentoria resultaram em mais artigos de pesquisa sendo publicados, mostrando a eficácia dessas iniciativas.
Aplicações e Prêmios de Grant Bem-Sucedidos: Um número de estudos indicou que a mentoria ajudou pesquisadores a garantir grants e reconhecimento por seu trabalho, impulsionando suas carreiras.
Desafios e Lacunas Identificadas
Apesar dos sucessos, a revisão também encontrou vários desafios que precisam ser abordados:
Financiamento Limitado: Muitos estudos relataram que a falta de apoio financeiro era uma barreira importante pra uma mentoria eficaz. Pesquisadores frequentemente lutavam pra encontrar fundos pros seus projetos ou pra crescimento profissional.
Falta de Cultura de Mentoria: Vários estudos apontaram que não havia uma boa compreensão ou cultura de mentoria em muitas instituições. Isso dificultava a vida dos pesquisadores pra encontrar mentores.
Atitudes Negativas em Relação às Carreiras de Pesquisa: A pesquisa muitas vezes não era vista como uma escolha de carreira atraente, levando a menos pessoas seguindo nessa área.
Baixa Priorização da Mentoria em Pesquisa: A mentoria frequentemente não era considerada importante por organizações de financiamento e instituições, resultando em menos recursos sendo alocados.
Impacto da COVID-19: A pandemia atrapalhou muitas atividades de mentoria, dificultando a conexão dos pesquisadores com seus mentores.
O Caminho a Seguir
A revisão enfatiza que há uma necessidade urgente de mais financiamento local para programas de mentoria em pesquisa em saúde. Os países africanos deveriam criar estratégias pra incentivar investimentos privados e públicos no desenvolvimento de capacidade de pesquisa. Desenvolvendo programas de mentoria locais, os pesquisadores podem depender menos de apoio estrangeiro, levando a soluções mais sustentáveis e conscientes do contexto.
Além disso, instituições e governos devem reconhecer a importância da mentoria nas carreiras de pesquisa e fornecer a infraestrutura e apoio necessários. Abordar os desafios identificados e construir sobre os sucessos ajudará a mentoria em pesquisa em saúde a se tornar uma prioridade máxima na África.
Conclusão
A revisão mostra que a mentoria em pesquisa em saúde é um ativo valioso que pode impactar significativamente pesquisadores individuais e instituições mais amplas. Contribui pra construir habilidades e conhecimento, fomentar colaborações e aumentar oportunidades de carreira. No entanto, desafios como escassez de financiamento, falta de cultura de mentoria e percepções negativas sobre carreiras de pesquisa precisam ser abordados.
Focando em desenvolver iniciativas de mentoria locais e criando um ambiente de apoio, os pesquisadores africanos podem prosperar e ajudar a enfrentar os desafios de saúde que suas comunidades enfrentam. O caminho à frente requer compromisso, colaboração e uma visão clara pra empoderar a próxima geração de pesquisadores de saúde na África.
Título: Mentorship in Health Research Institutions in Africa: A Systematic Review of Approaches, Benefits, Successes, Gaps and Challenges
Resumo: BackgroundIn Africa, where the burden of diseases is disproportionately high, significant challenges arise from a shortage of skilled researchers, lack of research funding, and limited mentorship opportunities. The continent faces a substantial gap in research output largely attributed to the dearth of mentorship opportunities for early career researchers. ObjectiveTo explore existing mentorship approaches, identify challenges, gaps, successes, and benefits, and provide insights for strengthening mentorship programs in African health research institutions. MethodsWe registered the review protocol on the International Prospective Register of Systematic Reviews [CRD42021285018] and searched six electronic databases - EMBASE, AJOL, Web of Science, PubMed, DOAJ and JSTOR from inception to 10 November 2023, for studies published in English reporting on approaches of mentorship in health research in African countries. We also searched grey literature repositories, institutional websites, and reference lists of included studies for additional literature. Two independent reviewers conducted screening of titles and abstracts of identified studies, full-text screening, assessment of methodological quality, and data extraction. We assessed study quality against the Mixed Methods Appraisal Tool (MMAT). We resolved any disagreements through discussion and consensus. We employed a narrative approach to synthesize the findings. ResultsWe retrieved 1799 articles and after screening, included 21 studies in the review. The reviewers identified 20 mentorship programs for health researchers (N=1198) in 12 African countries mostly focusing on early career researchers and junior faculty members. A few included mid-career and senior researchers. We categorized the programs under three key mentoring approaches: international collaborative programs, regional and in-country collaborations, and specialized capacity-building initiatives. Our review highlighted the following successes and benefits of health research mentorship programs: the establishment of collaborations and partnerships, development of research programs and capacities, improvement of individual skills and confidence, increased publications, and successful grant applications. The gaps identified were limited funding, lack of a mentorship culture, negative attitudes towards research careers, and lack of prioritization of research mentorship. ConclusionOur review highlights a diverse landscape of health research mentorship aspects predominantly targeting early career researchers and heavily driven by the North. There is a need for locally driven mentorship initiatives in Africa to strengthen mentorship in order to advance health research in the region.
Autores: Maurine Ng'oda, P. M. Gatheru, O. Oyeyemi, P. Busienei, C. H. Karugu, S. Mugo, L. Okoth, M. Nampijja, S. Kiwuwa-Muyingo, Y. D. Wado, P. Kitsao-Wekulo, G. Asiki, E. Gitau
Última atualização: 2024-05-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.17.24307540
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.17.24307540.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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