O Impacto Financeiro da Hipertensão durante a COVID-19
A pressão alta piora com a COVID-19, resultando em aumento dos custos de saúde e perda de produtividade.
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Índice
Pressão alta, ou Hipertensão, é um problema de saúde sério que pode causar doenças no coração e nos rins. Essas doenças são causas significativas de morte em muitos lugares, incluindo os Estados Unidos. Estimativas recentes mostram que cerca de 122 milhões de adultos nos EUA, ou seja, 47% das pessoas com 20 anos ou mais, têm pressão alta. Essa condição não é só um problema de saúde pessoal; também gera mais visitas ao médico e contas médicas mais altas.
Em 2019, mencionaram hipertensão em mais de 18 milhões de visitas hospitalares, com 1,4 milhão de casos sendo sobre pressão alta. Os Custos Médicos para quem tem hipertensão foram estimados em US$ 1500 por ano em 2012-2013, resultando em um custo anual total de cerca de US$ 109 bilhões em 2015. Esse peso financeiro é significativo não só para os sistemas de saúde, mas também para indivíduos e famílias.
Produtividade
Efeitos no Trabalho eHipertensão não afeta só a saúde; também impacta o trabalho. Muitos adultos em idade ativa não sabem que têm pressão alta ou não conseguem controlá-la bem. Nos EUA, uma alta porcentagem de adultos mais jovens e de meia-idade com hipertensão não tem a pressão sob controle. A hipertensão descontrolada pode levar a outros problemas de saúde, o que pode significar mais tempo fora do trabalho.
Pesquisas mostram que a pressão alta está relacionada a horas de trabalho perdidas e produtividade reduzida entre os adultos. Por exemplo, estudos indicam que pessoas com pressão alta faltam ao trabalho, têm desempenho mais baixo enquanto trabalham e podem enfrentar incapacitações temporárias. No geral, esses problemas podem custar bilhões todo ano, com faltas ao trabalho sozinhas custando cerca de US$ 11 bilhões.
COVID-19 na Hipertensão
Impacto daA pandemia de COVID-19 adicionou mais um risco para pessoas com hipertensão. Evidências mostram que indivíduos com pressão alta são mais propensos a experimentar sintomas graves de COVID-19, levando a taxas de hospitalização mais altas. Isso é especialmente verdadeiro para quem tem pressão alta descontrolada. Também existe o risco de que a COVID-19 possa causar pressão alta em indivíduos que não tinham essa condição antes.
Apesar dos links claros entre hipertensão e COVID-19, ainda há muito a aprender sobre como esses dois problemas de saúde interagem, especialmente em termos de custos médicos e produtividade perdida. Para abordar essas questões, estudos estão agora investigando os efeitos econômicos da hipertensão durante a pandemia, especialmente para adultos que têm seguro saúde ligado ao trabalho.
Abordagem da Pesquisa
Para entender o peso financeiro da hipertensão durante a pandemia de COVID-19, os pesquisadores usaram um grande banco de dados contendo registros médicos e informações sobre ausências relacionadas ao trabalho. Isso incluiu dados de mais de 350 provedores de saúde cobrindo uma ampla gama de serviços médicos em todo o país. A análise focou em pessoas de 18 a 64 anos que tinham emprego contínuo e seguro saúde através do empregador.
Pessoas grávidas ou aquelas com um certo tipo de seguro saúde não foram incluídas no estudo. Os pesquisadores identificaram indivíduos com hipertensão com base em suas visitas médicas e diagnósticos ao longo do ano.
Analisando Custos e Perdas de Produtividade
O objetivo principal do estudo era medir vários resultados-chave relacionados à hipertensão, incluindo:
- Custos médicos totais, que incluem despesas pessoais e pagamentos de seguro.
- Uso de cuidados de saúde, como visitas ao hospital e medicamentos prescritos.
- Dias que faltaram ao trabalho devido a problemas de saúde.
- Custos estimados associados à perda de produtividade por causa desses dias de ausência.
Para calcular os custos no trabalho, os pesquisadores analisaram quantas horas foram perdidas devido a ausências em comparação com os salários médios. Eles também controlaram vários fatores, como idade, gênero e outras condições de saúde.
Descobertas sobre Hipertensão e COVID-19
O estudo identificou mais de 1,6 milhão de adultos empregados que eram elegíveis, com cerca de 215.480 deles diagnosticados com hipertensão. Pessoas com pressão alta eram geralmente mais velhas, menos propensas a serem mulheres e tinham mais outras condições de saúde.
Em média, os custos médicos excessivos para pessoas com hipertensão foram estimados em cerca de US$ 8723 por ano. Aqueles com COVID-19 também enfrentaram custos mais altos relacionados à hipertensão, indicando que ser diagnosticado com ambas as condições aumenta significativamente as despesas médicas.
O número de visitas a salas de emergência e hospitais também foi maior entre indivíduos com hipertensão. Além disso, eles eram mais propensos a precisar de cuidados ambulatoriais e medicamentos do que aqueles sem pressão alta.
Produtividade e Custos Relacionados a Ausências
Ao olhar para os dias de trabalho perdidos associados à hipertensão, o estudo descobriu que indivíduos com essa condição tinham mais dias de licença médica. Os custos ligados à perda de produtividade por pessoa eram significativos, com ausências doentes e incapacitação temporária custando quase US$ 928 por paciente.
Aqueles diagnosticados com COVID-19 experimentaram perdas de produtividade ainda maiores relacionadas à hipertensão. Por exemplo, precisaram de mais licença médica e tiveram custos mais altos associados ao tempo fora do trabalho.
Comparando Dados de Anos Diferentes
Os pesquisadores também analisaram dados semelhantes do ano anterior, 2020, para ver como os custos e efeitos na saúde mudaram. As descobertas mostraram que os custos médicos para hipertensão eram comparáveis entre os dois anos, mas havia diferenças nos custos relacionados ao diagnóstico de COVID-19. Os custos eram mais altos em 2020, possivelmente devido ao impacto inicial da pandemia no acesso aos cuidados de saúde e nas estratégias de tratamento.
Limitações do Estudo
Este estudo tem algumas limitações. Os dados vieram de um grupo específico de indivíduos com seguro privado, o que significa que as descobertas podem não representar toda a população. Além disso, a pesquisa não conseguiu levar em conta pessoas sem seguro ou aquelas em programas de seguro público. Também se concentrou em adultos vivos e não pôde avaliar os custos associados àqueles que possam ter falecido devido a essas condições.
Outra limitação é a incapacidade de avaliar a gravidade da hipertensão e da COVID-19, o que poderia influenciar os resultados de saúde. Por fim, enquanto há evidências emergentes sobre sintomas pós-COVID de longo prazo, como hipertensão persistente, este estudo não conseguiu explorar totalmente essas preocupações.
Conclusão
O peso econômico da hipertensão é considerável, especialmente quando combinada com a COVID-19. O estudo destacou que indivíduos com pressão alta que também contraíram COVID-19 enfrentaram custos médicos e perdas de produtividade ainda maiores. Essas descobertas são cruciais para entender o impacto mais amplo da pandemia em pessoas com problemas de saúde crônicos como a hipertensão.
Abordar tanto a hipertensão quanto os efeitos da COVID-19 é essencial para desenvolver estratégias eficazes de saúde. Os resultados deste estudo podem ajudar a informar formuladores de políticas e profissionais de saúde sobre o impacto econômico de gerenciar essas condições, levando, em última análise, a melhores resultados de saúde para as pessoas afetadas.
À medida que a crise de saúde continua, reconhecer e lidar com a interação entre COVID-19 e condições crônicas, como a hipertensão, será crucial para reduzir custos médicos e melhorar a saúde pública geral.
Título: Medical Costs, Health Care Utilization, and Productivity Losses Associated With Hypertension by COVID-19 Among US Commercial Enrollees
Resumo: BackgroundHypertension is a major risk factor for cardiovascular and renal diseases, significantly contributing to morbidity and mortality. The COVID-19 pandemic has heightened concerns about the impact of hypertension on severe COVID-19 outcomes. MethodsWe conducted a cross-sectional analysis using the 2021 MarketScan Commercial and Health and Productivity Management databases. The study included adults aged 18-64 with continuous employer-sponsored private insurance, excluding those with pregnancy or capitated plans. We compared excess total medical costs, healthcare utilization (including the number of emergency department visits, inpatient admissions, outpatient visits, and outpatient prescription drugs), and productivity losses and related costs due to sick absences, short-term disability (STD), and long-term disability (LTD) between individuals with and without hypertension, further stratified by COVID-19 diagnosis. Multivariate regression models adjusted for demographics and comorbidities were used to estimate the differences in outcomes. ResultsAmong 1,612,398 adults aged 18-64 years, 13% had hypertension in 2021. Those with hypertension were older, were less likely to be female or live in urban areas, and exhibited a higher prevalence of comorbidities. The total excess medical costs associated with hypertension were $8723 per patient (95% CI, $8352-$9093), which was significantly higher by $6117 (95% CI, $4780-$7453) among individuals diagnosed with COVID-19. Persons with hypertension had higher health care utilization, including a higher number of ED visits (0.21 per patient; 95% CI, 0.21-0.22), inpatient admissions (0.11; 95% CI, 0.10-0.12), outpatient visits (5.42; 95% CI, 5.36-5.49), and outpatient prescription drugs (10.85; 95% CI, 10.75-10.94). Moreover, they experienced a greater number of sick absences (1.22 days; 95% CI, 1.07-1.36) and STD occurrences (3.68 days; 95% CI, 3.38-3.98) per patient compared to those without hypertension. These trends were further exacerbated among individuals diagnosed with COVID-19. ConclusionsHypertension markedly increases medical costs, healthcare utilization, and productivity losses, which are further exacerbated by COVID-19. These findings highlight the substantial economic burden of managing hypertension in the context of the COVID-19 pandemic and underscore the importance of targeted interventions.
Autores: Jun Soo Lee, Y. Zhang, Y. Wang, J. Park, A. Kumar, B. Donald, F. Luo, K. Roy
Última atualização: 2024-06-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.31.24308307
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.31.24308307.full.pdf
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