Impacto do Volume de Procedimentos EVT nos Resultados de AVC
Volumes mais altos de EVT nos hospitais levam a melhores taxas de recuperação dos pacientes.
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Índice
A Trombectomia Endovascular (EVT) virou o tratamento principal pra quem tem um AVC causado por um bloqueio em um vaso sanguíneo importante no cérebro. Estudos mostram que a EVT pode ajudar as pessoas a se recuperarem melhor e aumentarem as chances de levar uma vida normal depois de um AVC. Pra que a EVT funcione bem, os hospitais precisam ter bons sistemas de cuidado pros pacientes com AVC, o que significa escolher rapidamente os pacientes certos pra tratamento e gerenciar o cuidado deles depois do procedimento.
Pesquisas indicam que os hospitais que fazem mais procedimentos de EVT costumam ter resultados melhores. Pacientes tratados nesses centros de alto volume geralmente têm tempos de procedimento mais curtos, taxas de tratamento bem-sucedido mais altas e melhores resultados de saúde. Com a EVT se tornando parte regular do cuidado de AVC, é importante entender como o número de procedimentos realizados pelos hospitais afeta os resultados pros pacientes.
Dois estudos anteriores analisaram como o número de procedimentos de EVT realizados nos hospitais se relacionava com os resultados dos pacientes. Ambos os estudos descobriram que pacientes em hospitais com alto volume de EVT tiveram melhores resultados de saúde e menores chances de morrer durante a internação. No entanto, esses estudos só incluíram pacientes cobertos pelo Medicare e analisaram dados de um ou dois anos.
Esse estudo tem como objetivo explorar como o número de procedimentos de EVT realizados nos hospitais afeta os resultados de saúde dos pacientes. Analisamos dados do banco de dados National Inpatient Sample (NIS) de 2016 a 2020. O NIS é um grande banco de dados que inclui informações sobre internações hospitalares em todo os Estados Unidos, cobrindo todos os tipos de seguro. Nossa meta é reunir evidências fortes que possam ajudar a melhorar como a EVT é realizada e aprimorar o cuidado de AVC.
Design do Estudo
Esse estudo é uma análise retrospectiva que examina como o número de procedimentos de EVT realizados nos hospitais se relaciona com os resultados de saúde dos pacientes. Seguimos as diretrizes STROBE pra garantir que nossa pesquisa fosse completa e confiável.
Fonte de Dados
O NIS é o maior banco de dados nacional para internações hospitalares nos Estados Unidos, contendo cerca de 7 milhões de admissões hospitalares a cada ano. Ele é mantido pelo Healthcare Cost and Utilization Project (HCUP) e consiste em dados anônimos de hospitalização obtidos a partir de informações de faturamento e alta dos hospitais. Usando os pesos de alta fornecidos pelos hospitais, conseguimos estimar estatísticas que representam o país inteiro.
Seleção de Pacientes
Analisamos dados de alta do NIS de 2016 a 2020 para pacientes admitidos com o diagnóstico principal de AVC isquêmico agudo. Os procedimentos de EVT e tPA intravenoso foram identificados usando códigos específicos. Pacientes foram incluídos no nosso estudo se foram admitidos por um AVC e receberam EVT. Um resumo visual da seleção de pacientes está disponível.
Características Demográficas e Clínicas
Coletamos dados demográficos básicos do banco de dados NIS, incluindo idade, sexo, raça, tipo de seguro, localização do hospital e se o hospital era um centro de ensino. Também usamos o índice de comorbidade de Charlson pra avaliar a carga de outras doenças. Identificamos sinais de gravidade do AVC com base em estudos anteriores que analisaram os resultados da EVT. Esses sinais incluíam nível de consciência, tamanho da lesão cerebral, déficits neurológicos e a necessidade de suporte respiratório ou nutricional.
Medidas de Resultado
O principal objetivo do nosso estudo foi ver quantos pacientes tiveram um resultado funcional favorável, definido como ter alta pra casa sem precisar de assistência. Esse tipo de alta tá muito ligado a uma recuperação a longo prazo melhor. Também analisamos resultados secundários, incluindo taxas de Hemorragia intracraniana (ICH) e mortalidade hospitalar, além de analisar os diferentes destinos de alta disponíveis no NIS. Além disso, avaliamos o tempo de internação e os custos totais associados à internação.
Determinação do Status de Volume de EVT e Características do Hospital
Contamos o número de procedimentos de EVT realizados em cada hospital a cada ano usando os dados do NIS. Centros de alto volume foram identificados como aqueles que estavam no top 20% de volume de EVT. Esse método já foi usado em estudos anteriores com bancos de dados nacionais.
Também investigamos valores de corte de volume pra ver onde os pacientes tinham resultados significativamente melhores. Começando de 25 EVTs, aumentamos o volume em intervalos de 25 até atingir um limite de 300 EVTs. Assim que identificamos diferenças estatísticas entre grupos de alto e baixo volume, refinamos o ponto de corte usando incrementos menores de 5 EVTs.
Emparelhamento por Escore de Propensão
Emparelhamos pacientes 1:1 entre centros de alto e baixo volume com base em fatores demográficos, condições comórbidas, gravidade do AVC e se receberam o tratamento com tPA.
Análise Estatística
Fizemos análises estatísticas levando em consideração o design amostral do NIS, usando os pesos e clusters apropriados. Empregamos vários métodos e softwares estatísticos pra analisar os dados. Comparamos os resultados de centros de alto volume com os de baixo volume usando diferentes testes estatísticos, com o objetivo de entender como o volume de casos influenciou os resultados.
Resultados do Estudo
Durante nosso período de estudo, um total de 114.640 pacientes passaram por EVT. Desses, 24.415 pacientes foram tratados em centros de alto volume.
Antes de emparelharmos os pacientes, os centros de alto volume mostraram taxas mais altas de resultados funcionais favoráveis, mas sem diferença nas taxas de ICH. Depois do emparelhamento, os centros de alto volume ainda tiveram melhores resultados funcionais, mas não houve diferença significativa na mortalidade hospitalar ou nas taxas de ICH.
Centros de alto volume trataram uma porcentagem maior de pacientes com AVC com EVT em comparação aos centros de baixo volume. Eles também mostraram custos médios mais baixos para os procedimentos, sugerindo que um maior volume pode levar a economias de custo.
Nossa análise do impacto do volume de casos mostrou que hospitais que realizam 50 ou mais EVTs anualmente tiveram melhores resultados para os pacientes. À medida que o volume aumentava, também aumentavam as chances de alcançar resultados favoráveis. Identificamos um grupo específico rotulado como "centros super de alto volume", que realizaram pelo menos 175 EVTs anualmente, como tendo os melhores resultados.
Conclusão
Nossos achados confirmam que hospitais com volumes mais altos de EVT alcançam melhores resultados para pacientes com AVC isquêmico agudo. As evidências indicam uma relação positiva entre o número de procedimentos realizados e os resultados de saúde desejáveis. Centros de alto volume não só melhoraram as chances dos pacientes voltarem pra casa sem assistência, mas também mostraram economias de custo em comparação aos hospitais de baixo volume.
Esse estudo destaca a importância de direcionar pacientes pra hospitais que realizam mais procedimentos de EVT. Conforme continuamos a aprimorar as redes de cuidado de AVC, entender a relação entre volume de casos e resultados dos pacientes é fundamental pra melhorar o tratamento e otimizar o cuidado pros pacientes com AVC. A análise urge os sistemas de saúde a considerar as vantagens de aumentar os volumes de procedimentos de EVT e implementar políticas que apoiem centros de alto volume pro benefício dos pacientes.
Título: Association of Endovascular Thrombectomy Volume and Outcomes in Acute Ischemic Stroke: A National Inpatient Sample Study
Resumo: BackgroundPrevious studies have reported a positive relationship between higher hospital endovascular thrombectomy (EVT) volume and shorter procedures, higher revascularization rates, and improved functional outcomes. We investigated the association between hospital EVT volume and clinical outcomes using the National Inpatient Sample (NIS) database from 2016-2020. MethodsA cross-sectional analysis of the NIS examining the relationship of hospital EVT volume and outcomes was performed. All relevant clinical and demographic information was collected. The outcomes were favorable functional outcome (home without assistance), inpatient mortality, and intracerebral hemorrhage (ICH). Centers were classified as high-volume if they were in the top quintile of annual EVT volume. We performed univariate, multivariate, nearest neighbor matched analysis, and an exploratory annual case volume cutoff analysis. ResultsThere were 114,640 patients who underwent EVT included in the sample. Of these, 24,415 (21.3%) were in the high-volume group. High-volume centers had higher rates of favorable functional outcome in univariate (OR 1.20, p < 0.001), multivariate (aOR 1.19, p = 0.003), and matched analysis (OR 1.14, p = 0.028). Prior to matching, lower rates of inpatient mortality (OR 0.83, p < 0.001). However, in univariate and matched analysis there were no differences between high and low-volume centers. There were no differences in ICH across all analyses. Functional benefit was first noted at [≥] 50 EVTs, but centers performing [≥] 175 EVTs had substantially higher functional benefit (aOR 1.42, p = 0.002). ConclusionsOur analysis demonstrates increased hospital case volume is associated with a modest improvement in favorable functional outcomes in patients undergoing EVT for AIS. Attempts to identify procedural cut off values reveal likely improved functional outcomes beginning at 50 EVT per year, while this benefit seems to increase with increasing case volumes. These higher levels of case volumes do not lead to higher rates of inpatient mortality or ICH.
Autores: Lane Fry, A. Brake, C. Heskett, F. De Stefano, A. Williams, N. Majo, C. Lei, A. R. Alkiswani, K. Le, A. G. Rouse, J. Peterson, K. Ebersole
Última atualização: 2024-06-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308466
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308466.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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