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# Informática# Robótica# Inteligência Artificial# Computação Neural e Evolutiva

Repensando a Inteligência dos Robôs através da Dinâmica Corporal

Explorando como os robôs podem se adaptar usando suas formas físicas pra ter um comportamento inteligente.

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No campo da inteligência artificial e robótica, os pesquisadores costumam se concentrar em criar sistemas que imitam a inteligência humana. Isso geralmente envolve projetar um cérebro complexo feito de redes neurais para ajudar as máquinas a aprenderem e se adaptarem. Porém, essa não é a única forma de criar comportamento inteligente. A natureza nos mostra várias formas de inteligência que não dependem de um cérebro separado.

Esse artigo explora como os robôs podem mostrar comportamento inteligente sem um cérebro tradicional. Em vez disso, o corpo deles pode lidar com todas as tarefas necessárias para se adaptar e responder ao ambiente. Usando materiais especiais que mudam de forma em reação a diferentes Estímulos, demonstramos que esses robôs podem agir de forma inteligente apenas por meio de sua forma física.

O Papel do Corpo na Inteligência

Historicamente, as pessoas pensaram na mente como o centro da inteligência. Filósofos como Descartes sugeriram que a mente e o corpo são separados. No entanto, muitos cientistas argumentam que essa visão é muito limitada. Na natureza, vemos que o comportamento inteligente muitas vezes surge de uma combinação do corpo e da mente trabalhando juntos.

Por exemplo, plantas mudam sua forma e crescem em resposta à luz e à água, mostrando que podem reagir de forma inteligente sem um cérebro. Da mesma forma, alguns robôs foram projetados para andar ou se mover com base em sua estrutura, em vez de instruções pré-programadas. Essas observações levaram à ideia de que o corpo em si pode fornecer uma maneira de criar comportamento adaptativo.

Computação Morfológica

Em vez de depender de estruturas cerebrais avançadas, o conceito de computação morfológica sugere que a forma e os materiais de um robô podem fornecer a inteligência necessária. Nessa abordagem, os pesquisadores estudam como a forma física dos robôs pode influenciar seu comportamento. Projetando robôs com materiais que respondem ao ambiente, é possível criar ações complexas sem um controlador ou rede neural.

Neste estudo, focamos em Robôs Macios feitos de blocos de construção simples que podem mudar de forma. Usamos quatro tipos de materiais que reagem a diferentes sinais ambientais, permitindo que os robôs adaptem seus movimentos em tempo real. Isso significa que, à medida que o ambiente muda, a forma e o comportamento do robô também mudam.

Configuração do Experimento

Para testar essas ideias, usamos uma simulação por computador para projetar e evoluir esses robôs macios. Os robôs foram representados como coleções de pequenos cubos, ou Voxels, que podiam esticar e encolher. Esses voxels foram programados para reagir a dois estímulos diferentes no ambiente.

Usamos dois tipos de voxels sensoriais, que se expandiam ou contraíam com base na presença ou ausência dos estímulos. Além disso, incluímos voxels ativos que proporcionavam movimento alternando seu tamanho em um padrão específico. Finalmente, adicionamos voxels passivos para dar estabilidade à estrutura.

Implementamos um algoritmo evolutivo para nos ajudar a desenvolver os melhores designs. Isso significa que permitimos que os robôs passassem por gerações de mudanças, selecionando aqueles que mostravam melhor movimento e adaptando seus designs com base no desempenho.

Resultados do Experimento

Após rodar a simulação, descobrimos que nossos robôs conseguiam mudar efetivamente de forma em resposta a diferentes estímulos. Cada robô foi capaz de demonstrar vários comportamentos baseados apenas em sua forma física. Por exemplo, alguns robôs se moviam em uma direção quando um estímulo estava presente, enquanto outros mudavam de direção ao detectar estímulos diferentes.

Nossa análise revelou que robôs que adaptavam seu comportamento a sinais ambientais podiam mostrar uma variedade de ações sem controle externo. Isso foi uma indicação clara de que os materiais e as formas dos robôs podiam levar a comportamentos inteligentes.

Construindo um Enxame para Comportamento Complexo

Além dos robôs individuais, queríamos ver se poderíamos combiná-los em um grupo, ou enxame, para alcançar ações ainda mais sofisticadas. Conectando os robôs de forma que o comportamento de um influenciasse as reações do outro, nosso objetivo era mostrar como grupos poderiam trabalhar juntos sem um sistema de controle central.

Por meio de um design cuidadoso, criamos um enxame de robôs, cada um com seu próprio comportamento simples. Quando um robô se movia, ele podia fornecer estímulos para seus vizinhos, semelhante a como os animais podem reagir uns aos outros na natureza. Essa configuração interconectada nos permitiu observar um comportamento de grupo mais complexo do que qualquer robô único poderia alcançar sozinho.

Análise do Comportamento do Enxame

O enxame demonstrou com sucesso que até robôs simples, quando conectados, poderiam produzir comportamentos adaptativos. Por exemplo, o movimento de um robô acionaria mudanças na resposta de outro, levando a uma ação coordenada sem a necessidade de memória ou controle centralizado.

Mostramos que os comportamentos desses robôs podiam ser interpretados como portas lógicas, formando a base para ações mais complexas. Pensando nos robôs dessa forma, conseguimos avaliar como eles respondiam a estímulos e trabalhavam juntos para alcançar objetivos coletivos.

Conclusão

Esse trabalho ilustra uma nova forma de pensar sobre inteligência em robôs. Focando em como o corpo pode dirigir o comportamento, conseguimos criar sistemas que se adaptam aos seus ambientes sem precisar de um cérebro separado. Essa abordagem abre possibilidades para construir robôs mais resilientes e adaptáveis no futuro.

A exploração da computação morfológica mostra que robôs podem demonstrar ações inteligentes apenas por meio de suas formas físicas. Isso desafia as abordagens tradicionais em robótica e oferece uma nova perspectiva sobre como podemos criar sistemas artificiais adaptativos.

Pesquisa futura vai aprofundar esses conceitos, possivelmente examinando como podemos refinar e melhorar os designs desses robôs. O objetivo é entender melhor como materiais e estruturas simples podem trabalhar juntos para criar comportamentos adaptativos complexos na tecnologia.

Fonte original

Título: No-brainer: Morphological Computation driven Adaptive Behavior in Soft Robots

Resumo: It is prevalent in contemporary AI and robotics to separately postulate a brain modeled by neural networks and employ it to learn intelligent and adaptive behavior. While this method has worked very well for many types of tasks, it isn't the only type of intelligence that exists in nature. In this work, we study the ways in which intelligent behavior can be created without a separate and explicit brain for robot control, but rather solely as a result of the computation occurring within the physical body of a robot. Specifically, we show that adaptive and complex behavior can be created in voxel-based virtual soft robots by using simple reactive materials that actively change the shape of the robot, and thus its behavior, under different environmental cues. We demonstrate a proof of concept for the idea of closed-loop morphological computation, and show that in our implementation, it enables behavior mimicking logic gates, enabling us to demonstrate how such behaviors may be combined to build up more complex collective behaviors.

Autores: Alican Mertan, Nick Cheney

Última atualização: 2024-07-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.16613

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.16613

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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