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# Ciências da saúde# Oncologia

Novas Descobertas sobre Câncer de Mama HER2 na Nova Zelândia

Estudo revela dados importantes sobre tipos de câncer de mama HER2 e opções de tratamento.

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Índice

Aotearoa Nova Zelândia tem altas taxas de câncer de mama, com cerca de 3.500 novos casos todo ano. Uma em cada nove mulheres pode esperar ser diagnosticada com câncer de mama durante a vida. Infelizmente, essa doença leva cerca de 650 vidas anualmente. Há diferenças significativas nas taxas de câncer de mama entre diferentes grupos étnicos, afetando principalmente mulheres Māori e do Pacífico. Comparado à Austrália, a Nova Zelândia tem uma taxa de mortalidade 16% maior por câncer de mama, em parte devido ao acesso limitado a tratamentos de câncer financiados pelo governo.

Câncer de Mama HER2 Positivo

O câncer de mama pode ter diferentes tipos, dependendo de como os tumores crescem. Um tipo é conhecido como HER2 positivo. Esses tumores têm muita proteína chamada HER2. Cerca de 15-24% dos cânceres de mama se encaixam nessa categoria. Desde 2005, um remédio chamado Trastuzumabe está disponível para ajudar mulheres com câncer de mama HER2 positivo avançado. Ao longo dos anos, esse tratamento se expandiu para estágios iniciais do câncer de mama.

A eficácia do tratamento muitas vezes depende de testes específicos que verificam a presença da proteína HER2. Estudos recentes mostram que até tumores com níveis baixos de HER2 podem se beneficiar de novos tipos de tratamentos. Esses tumores HER2 de baixo nível, anteriormente chamados de “HER2 negativo”, agora são reconhecidos como HER2-baixo. Essa mudança abre novas opções de tratamento para essas pacientes, especialmente com a introdução de um remédio chamado trastuzumabe deruxtecano.

Objetivo do Estudo

Esse estudo tem como objetivo analisar de perto os diferentes tipos de Câncer de mama invasivo na Nova Zelândia, focando especialmente nos cânceres HER2 Positivos, HER2-baixos e HER2-zero. Ele busca entender quem pode se beneficiar das novas opções de tratamento.

Coleta de Dados

O estudo usou informações de um registro nacional de câncer que acompanha casos de câncer de mama de 2000 a 2021. Esse registro cobre várias regiões da Nova Zelândia e inclui dados sobre as origens étnicas das pacientes. Apenas mulheres com câncer de mama invasivo foram incluídas na análise. As pesquisadoras excluíram aquelas com informações faltantes sobre receptores hormonais ou testes de HER2.

Quantas Mulheres Fizeram Teste de HER2?

O teste de HER2 é crucial para decidir o melhor tratamento para o câncer de mama. A partir de 2009, cerca de 94-96% das mulheres com câncer de mama fizeram o teste de HER2. Dentre as testadas, cerca de 13-15% foram diagnosticadas com câncer de mama HER2 positivo. O teste variou por região, e mulheres mais velhas, especialmente acima de 70 anos, eram menos propensas a receber o teste. Entre as mulheres mais jovens com menos de 45 anos, 23,1% tinham tumores de mama HER2 positivos.

Quem Não Fez o Teste de HER2?

O estudo descobriu que muitas mulheres que não fizeram o teste de HER2 eram mais velhas, principalmente aquelas com mais de 69 anos. Uma grande parte dessas mulheres era de origem europeia. As regiões com o maior número de tumores não testados foram as áreas do Norte e do Sul da Nova Zelândia.

Proporções de Cânceres HER2+, HER2-baixo e HER2-zero

O registro permitiu que os pesquisadores classificassem tumores HER2 negativos em HER2-baixos e HER2-zero. Essa reclassificação mostra que muitos tumores HER2 negativos podem ainda se beneficiar de novos tratamentos. Em casos de câncer de mama avançado, 31% das mulheres anteriormente classificadas como HER2 negativas poderiam ser reclassificadas como HER2-baixas.

Para câncer de mama inicial, 43% das mulheres com tumores HER2 negativos também poderiam ser classificadas como HER2-baixas. O estudo explorou como diferentes faixas etárias e origens étnicas influenciaram essas classificações, com padrões notáveis emergindo. Mulheres mais jovens com menos de 45 anos tinham uma proporção maior de tumores HER2 positivos, enquanto mulheres do Pacífico mostraram uma prevalência maior de casos HER2 positivos em todos os estágios da doença.

Câncer de Mama Avançado e Opções de Tratamento

Para mulheres com câncer de mama avançado, uma porcentagem notável tinha tumores HER2 positivos. Os dados revelaram disparidades étnicas significativas, mostrando que mulheres Māori e do Pacífico tinham níveis mais altos de tumores HER2 positivos. O acesso a novos tratamentos que visam HER2 poderia levar a melhores resultados para esses grupos.

O estudo estabeleceu que não foram observadas grandes diferenças em tumores HER2-baixos com base em idade ou etnia. Isso sugere que o status HER2-baixo pode não estar ligado a esses fatores demográficos.

Câncer de Mama Inicial e Implicações Futuras

Embora ensaios clínicos para tratamentos de câncer de mama em estágio inicial estejam em andamento, a análise encontrou uma proporção significativa de mulheres que agora poderiam ser categorizadas como tendo tumores HER2-baixos. Isso pode abrir portas para novas terapias para essas pacientes, especialmente aquelas anteriormente diagnosticadas com cânceres triplo-negativos.

O estudo também revelou que mulheres mais jovens tendiam a ter tipos mais agressivos de câncer de mama, e mulheres do Pacífico apresentavam taxas notavelmente mais altas de tumores HER2 positivos. Esses grupos poderiam se beneficiar significativamente do acesso a terapias direcionadas.

Limitações do Estudo

Embora o estudo tenha fornecido insights valiosos, há limitações sobre como os tumores HER2-baixos e HER2-zero foram classificados. A variabilidade nos testes e relatórios entre diferentes laboratórios pode impactar a confiabilidade dessas classificações. Futuros avanços em tecnologia de testes visam reduzir esses problemas e fornecer resultados mais claros.

Conclusão

As descobertas deste estudo destacam o potencial de tratar mais tipos de câncer de mama com novas terapias direcionadas. Garantir que esses avanços cheguem a todas as mulheres na Nova Zelândia exigirá um planejamento cuidadoso em pesquisa, políticas de saúde e prática clínica. Este estudo serve como uma base para futuros esforços de aprimoramento do tratamento do câncer de mama no país.

Fonte original

Título: Analysis of HER2-low breast cancer in Aotearoa New Zealand: a nationwide retrospective cohort study

Resumo: AimTo perform the first national analysis of demographic and clinicopathological features associated with the HER2 positive, HER2-low and HER2-zero invasive breast cancers in New Zealand. The study will inform the proportion of women who benefit from new HER2-targeted antibody drug conjugate (ADC) therapies. MethodsUtilising data from Te R[e]hita Mate [U]taetae (Breast Cancer Foundation NZ National Register), the study analysed data from women diagnosed with invasive breast cancer over a 21-year period. The HER2 status of tumours was classified into three categories - HER2-zero, -low, - positive. ResultsFrom 2009-2021, 94% of women underwent HER2 testing, with 14% diagnosed with HER2-positive breast cancer. For advanced-stage disease, 38% formerly classified as HER2-negative were reclassified as HER2-low. Including HER2-positive breast cancers, this indicates 60% of women with advanced breast cancer would be eligible for the new HER2-directed ADCs (approximately 120 women per year). In future, these therapies may provide a targeted option for 40% of women with early-stage triple negative breast cancer now classified as HER2-low. ConclusionThe findings suggest a significant proportion of women with invasive breast cancer in New Zealand could benefit from new HER2-targeted treatments. There is a need to standardise HER2 testing to enhance personalised treatment and improve outcomes.

Autores: Annette Lasham, R. Ramsaroop, A. Wrigley, N. Knowlton

Última atualização: 2024-07-11 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.10.24310238

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.10.24310238.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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